sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quiabo (Abelmoschus esculentus)

(A planta)

(Flor)

(Fruto)
Com o calor a apertar, mais aconselhável do que calcorrear montes e vales, será um passeio pela praia, (onde também se podem encontrar plantas bem interessantes como a do "post" anterior) ou  uma ida até à horta, onde faz mais fresco e onde não faltam plantas para fotografar. É uma dessas plantas que hoje aqui trago: o Quiabo [Abelmoschus esculentus (L.) Moench] da família Malvaceae.
Os seus frutos, quando ainda imaturos, são usados em culinária, quer na confecção  de variados pratos, incluindo alguns típicos da culinária do Brasil e de África (continente donde a planta é originária) quer como acompanhamento de outros pratos.
 O Quiabo ainda não ocupa um lugar relevante na culinária portuguesa, mas o seu uso tem conhecido algum incremento, nos últimos anos, devido à presença de populações originárias do Brasil e das antigas colónias portuguesas. A ponto de já haver entre nós quem se dedique à sua cultura, em maior ou menor escala. 
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quarta-feira, 28 de julho de 2010

Morganheira-das-praias (Euphorbia paralias)

(Implantação das plantas na duna)

(Plantas isoladas, antes da floração)

(Plantas em floração)


(Inflorescência/infrutescência)

Designada vulgarmente por Morganheira-das-praias e Eufórbia-marítima esta planta, (com o nome científico de Euphorbia paralias L.) da família Euphorbiaceae, distribui-se ao longo do litoral da região ocidental e central do Mediterrâneo e do litoral atlântico desde o Magreb até Mar do Norte e Macaronésia (Canárias e Madeira) (fonte), onde ocupa, em regra, as dunas primárias para cuja formação, aliás, contribui. Encontra-se também naturalizada na Austrália, onde é considerada planta daninha.
(Local: Dunas da Costa da Caparica)

terça-feira, 27 de julho de 2010

Hipericão-peludo (hypericum tomentosum)

Hipericão-peludo (Hypericum tomentosum L.)
Também designada por Milfurada-peluda, esta planta da família Clusiaceae, encontra-se apenas na Região Mediterrânica Ocidental, de acordo com a informação aqui recolhida, local onde também se indica que tem o seu habitat em relvados húmidos. Não pondo em causa a fiabilidade da informação, a verdade é que a planta fotografada prosperava num talude junto de uma estrada, na região de Santarém, em terreno seco e pedregoso. 
Também não é menos verdade que, no momento em que a fotografia foi obtida, humidade era coisa que  não faltava no local, como se vê pela foto, pois as folhas ainda retinham gotas da chuva que acabara de cair, chuva que a planta, por certo, agradeceu.
(Data: 09-Junho-2010)
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domingo, 25 de julho de 2010

Plantas ornamentais: Esporas (Consolida ajacis)

(1)

(2)
Esta planta, designada vulgarmente por Esporas [designação científica: Consolida ajacis L.; sin: Delphinium ajacis (L.) Schur; Consolida ambigua (L.) P.W.Ball & Heywood; Consolida gayana (Wilmott) M.Laínz; Delphinium gayanum Wilmott] da família Ranunculaceae, é considerada originária da Europa e da Ásia, mas largamente cultivada como planta ornamental nos lugares de origem e noutras regiões do globo.
Em Portugal encontra-se, com frequência, em jardins, como planta cultivada, mas também ocorre como planta espontânea (como é o caso das plantas fotografadas), sobretudo em terrenos abandonados no interior ou na proximidade de povoações e à beira de caminhos, não sendo de excluir que, na maior parte destes casos, o seu aparecimento se deva à dispersão de sementes de plantas cultivadas.
As flores podem ser azuis (foto 1) rosadas (foto 2) ou mesmo brancas.
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sexta-feira, 23 de julho de 2010

Erva-tintureira (Phytolacca americana)

(1. Aspecto antes da floração)

(2.Após a floração)

(3. Inflorescência)

(4. Infrutescência)
A Erva-tintureira (Phytolacca americana L.)  planta da família Phytolaccaceae, é também designada vulgarmente por uma longa série de outros nomes (Fitolaca, Baga-moira; Erva-dos-cachos-da-Índia; Erva-dos-cancros; Erva-dos-tintureiros; Tintureira; Uva-da-América; Uva-dos-tintureiros; Uva-dos-passarinhos, além de outros).
Originária da América do Norte, encontra-se actualmente naturalizada em muitas outras regiões, onde foi introduzida para utilização das bagas em tinturaria, finalidade que encontra expressão em vários dos seus nomes comuns.
Em Portugal ocorre principalmente nas regiões do centro e norte do Continente, à margem de caminhos  e em terrenos incultos, mas sobretudos em terrenos cultivados ou em pousio,  preferindo solos argilosos, com alguma humidade e aráveis, onde as suas raízes (que  chegam a atingir grandes dimensões) se podem desenvolver em melhores condições. É considerada pelos agricultores como planta infestante e de difícil erradicação, pois das suas raízes, mesmo que parcialmente destruídas pelas lavras, brotam novas plantas, na primavera seguinte.
As suas raízes são usadas em fitoterapia, para tratamento de várias doenças, incluindo as reumatismais e o cancro, além de várias outras. Não tendo certezas sobre a utilidade dos tratamentos, do que parece não haver dúvidas é que as suas bagas (se é que não se pode dizer o mesmo em relação a todas as partes da planta) são tóxicas, toxicidade que, todavia e aparentemente, não afecta as aves que delas se alimentam. Provavelmente, porque conhecem a medida certa e não abusam. Nos seres humanos adultos, 10 bagas já são suficientes para originar intoxicação.
(Local: Troviscal - Sertã; Datas: Foto 1: 19-Maio-2010; Foto 2: 14-Junho 2009); Foto 3: 17-Julho 2010; Foto 4: 17-Agosto 2009)
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quinta-feira, 22 de julho de 2010

Papoila-das-searas (Papaver rhoeas)

(A planta)

(A flor)

(Flor e fruto)

(Campo de papoilas)
A papoila-das-searas [Papaver rhoeas L. sin: Papaver rhoeas L. raça strigosum (Boenn.) Samp.; Papaver rhoeas L. subsp. strigosum (Boenn.) P. Cout.; Papaver rhoeas L. var. strigosum Boenn.; Papaver strigosum (Boenn.) Schur] também conhecida pelas designações de Papoila; Papoila-brava; Papoila-ordinária; Papoila-rubra; Papoila-vermelha; Papoila-vulgar; entre outros, é uma planta da família Papaveraceae .
Embora não haja muitas certezas sobre o lugar de origem da planta, há quem sustente que é originária da região do Mediterrâneo Oriental e que terá sido introduzida na Europa e noutras regiões do globo com a expansão da cultura dos cereais. Mesmo que assim seja, certo é que ela ocorre, actualmente, não só em terrenos cultivados, mas também em terrenos incultos e em pousio e não hesita em "plantar-se" à beira de estradas e caminhos. Não sei se para ver quem passa, se para exibir a sua beleza.
Em Portugal distribui-se por todo o Continente e pelos arquipélagos dos Açores e Madeira.
As suas pétalas são usadas em fitoterapia, geralmente sob a forma de infusão, como sedativo em situações de ansiedade e de perturbação do sono.
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terça-feira, 20 de julho de 2010

Plantas ornamentais: Linho-da-nova-zelândia (Phormium tenax)

Linho-da-nova-zelândia (Phormium tenax J.R.Forst. & G.Forst.)
Também designada por Espadana, ou Filaça, esta planta, da família Hemerocallidaceae ( ou Xanthorrhoeaceae ?) é endémica da Nova-Zelândia.
No lugar de origem, era cultivada "para a produção de fibras utilizadas em cordoaria e na confecção de tecidos grosseiros". Entretanto introduzida em numerosos outros países, é, actualmente, cultivada e utilizada sobretudo para fins ornamentais.
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domingo, 18 de julho de 2010

Cardo-penteador-de-folhas-recortadas (Dipsacus comosus)


(Inflorescência)

(Caule e folhas - pormenor)
Planta da família Dipsacaceae, o Cardo-penteador-de-folhas-recortadasDipsacus comosus Hoffmanns. et Link) é um endemismo ibérico, que em Portugal ocorre no centro e sul do território  do Continente (Fonte), em terrenos secos e pedregosos.
(Local e data: as fotos foram obtidas num terreno inculto à beira duma estrada na região de Santarém, em 14-Julho-2010)
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sábado, 17 de julho de 2010

Junco-articulado (Juncus articulatus)


Junco-articulado (Juncus articulatus L.)

Planta da família Juncaceae, é considerada nativa da Europa, Ásia e América do Norte (Estados Unidos e Canadá), mas, dada a sua actual distribuição, é tida como planta cosmopolita. Cresce em áreas húmidas e prefere solos calcários (Fonte).
(Lugar e data: Parque da Paz - Almada; 07-Junho-2010)
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sexta-feira, 16 de julho de 2010

Língua-de-cão (Cynoglossum creticum)


(Aspecto geral)

(Ramo com folhas e flores)

(Flores - pormenor)

(Frutos - pormenor)

Língua-de-cão, Cinoglossa-de-flor-listradaOrelha-de-lebre são as designações vulgares desta planta da família Boraginaceae, com o nome científico de Cynoglossum creticum Mill. Distribui-se pela Europa meridional, Ásia central e ocidental e, em geral, pela Região Mediterrânica (Fonte).
Em Portugal, ocorre sobretudo no centro e sul do território do continente e no arquipélago dos Açores, em terrenos de pousio e à margem de estradas e caminhos. 
(Local e data: Parque da Paz - Almada; 24-Maio-2010);
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quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tasneira (Senecio jacobaea)


Da família Asteraceae, esta planta, designada vulgarmente por Tasneira, Tasna, ou Erva-de-São-Tiago (Senecio jacobea L.) é considerada originária da Europa e da Ásia, mas encontra-se amplamente distribuida por outros continentes.
Ocorre com frequência em Portugal, não só em terrenos húmidos,  mas também em prados e pastagens e à beira dos caminhos. Embora se trate de uma planta muito visitada por insectos, que dela se alimentam, é pouco apreciada por criadores de gado por se tratar de uma planta tóxica que pode causar danos aos animais que, eventualmente, dela se alimentem. Em vários países é considerada planta nociva e nalguns estados australianos é obrigatória a sua erradicação (Fonte).
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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Dedaleira-amarela (Digitalis thapsi)

Dedaleira-amarela (Digitalis thapsi L.)
Também designada por Abeloura-amarela, esta planta, da família Plantaginaceae, ou, seguindo a classificação tradicional, da família Scrophulariaceae, é considerada um endemismo ibérico, embora seja cultivada noutras paragens, como planta ornamental. Em Portugal, é possível encontrá-la no Alto-Alentejo, Beiras (Alta e Baixa), Trás-os-Montes e Minho, geralmente em terrenos secos e rochosos e, frequentemente, nas fendas de rochas graníticas (como é caso das fotografadas). Tal como a sua congénere Digitalis purpurea, a Digitalis thapsi também é usada em fitoterapia, como cardiotónico, mas com o uso destas plantas todo o cuidado é pouco, pois são tóxicas.
(Local e data: Rapoula do Côa - Sabugal; 13-Junho-2010)
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quarta-feira, 7 de julho de 2010

Flor-de-ouro (Bellardia trixago)

Bellardia trixago (L.) All.
Confesso que, desta feita, não consegui perceber a razão da atribuição a esta planta, da família Scrophulariaceae, da designação comum de Flor-de-Ouro, quando de ouro não se vêem sinais, mas é o que dizem os livros (este e não só). Distribui-se, em geral, por toda a região mediterrânica e em Portugal ocorre pela maior parte do território do continente, em terrenos secos, cultivados ou incultos, e também à beira de caminhos. Ao que leio, não gosta de grandes altitudes (acima dos 1300 m), mas, como é sabido, não é caso único, nem raro.
(Local e data: Parque da Paz - Almada; 26-Abril-2010)
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Adenda:
Com o tempo acabei por compreender a designação vulgar de "Flor-de-ouro". A espécie, pelos vistos, pode apresentar, quer flores brancas com o lábio superior rosado, como no caso do exemplar da fotografia, quer flores inteiramente amarelas. E, já agora acrescente-se que a designação científica mais comummente divulgada é a de Bartsia trixago L., sendo a acima indicada aceite como sinónimo.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ranúnculo-aquático (Ranunculus peltatus)

(1)

(2)
                                 
(3)
Como o nome vulgar indica, o Ranúnculo-aquático (Ranunculus peltatus Schrank), da família Ranunculaceae, desenvolve-se em meio aquático, em águas paradas, ou em cursos de água com correntes não muito fortes, onde a planta flutua, em grande parte, submersa. Dispõe de folhas à superfície, em regra, pouco numerosas (visíveis na foto 3) e de folhas submersas sob a forma de filamentos (também visíveis na mesma foto). À superfície surgem também as flores (foto 4, em baixo).
Em condições favoráveis, forma grandes massas flutuantes (fotos 1 e 2), particularmente, nos cursos de água. Em tempos que já lá vão, nalgumas regiões em que é abundante, esta planta era utilizada como fertilizante das terras, na altura das plantações (de batata, por exemplo). Actualmente forma excelentes plataformas para as rãs exercitarem as cordas vocais, enquanto tomam banhos de sol.
(4)
(Local: Rio Côa - Rapoula do Côa - Sabugal)
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domingo, 4 de julho de 2010

Cardo-corredor (Eryngium campestre)



Cardo-corredor (Eryngium campestre L.)
Também designado vulgarmente por Cardo-de-palma, esta planta, da família Apiaceae, distribui-se pela Europa ocidental e meridional, norte de África e Médio Oriente. A sua distribuição em Portugal cobre praticamente todo o país, ocorrendo sobretudo em terrenos secos e pouco pesados, mais favoráveis ao desenvolvimento das suas raízes compridas. É uma planta pouco estimada por criadores de gado, pois surge, com frequência, em pastagens de sequeiro e os seus muitos espinhos impedem que os animais aproveitem a erva que tenha despontado nas áreas infestadas pela planta. Este cardo, porém, também tem virtudes: as suas raízes e as folhas enquanto tenras são comestíveis e (o que é mais importante) as suas raízes são o habitat do cogumelo Pleurotus eryngii, de grande valor culinário (Fonte).
(Local e data: Rapoula do Côa - Sabugal; 15- Junho-2010)
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sábado, 3 de julho de 2010

Esporas-bravas (Linaria triornithophora)

(Aspecto geral da planta)

(Caule e folhas - pormenor)

(Inflorescência)


(Flor - pormenor)
Esta planta, da família Scrophulariaceae, com a designação vulgar de Esporas-bravas [Linaria triornithophora (L.)  Willd.] é um endemismo ibérico. Em Portugal, ocorre no centro e norte do território. Não sendo apenas uma planta ripícola,  desenvolve-se geralmente em zonas húmidas e sombrias, especialmente em vales apertados de montanha. Distingue-se de outras espécies de linaria, pela dimensão das suas flores ((35-45 mm) de violeta púrpura (Fonte) e também pela altura que pode atingir em condições favoráveis (entre 50 cm  e 1m, segundo as que me foi dado observar).
(Locais e data: Mata da Margaraça e Fraga da Pena - Serra do Açor; 11-Junho-2010)
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sexta-feira, 2 de julho de 2010

Alho-das-vinhas (Allium vineale)

Alho-das-vinhas (Allium vineale L.)
Planta da família Alliaceae, nativa da Europa, do norte de África e  do oeste da Ásia, também é designado por Alho-silvestre. Ocorre, quer em terrenos incultos, quer cultivados, sendo neste caso considerado muitas vezes como planta daninha a erradicar. Introduzido na  Austrália e na América do Norte, é ali considerado como espécie invasora.
Na imagem, inflorescência da planta que, no exemplar fotografado, não apresenta qualquer flor, mas apenas bolbilhos aéreos, facto que parecendo contraditório, não é, no entanto, caso raro, não se considerando o facto como tendo relevância taxonómica (Fonte). Ao que se afirma, na mesma fonte,  o Alho-das-vinhas "pode ser utilizado como substituto do alho comum".
(Local e data: Sabugal; 23-Junho-2010)
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