terça-feira, 28 de setembro de 2021

Ononis baetica var. baetica





Ononis baetica var. baetica 
Erva anual podendo atingir até 50 cm de altura; caules erectos, ramificados, folhosos na base, mas áfilos ou com folhagem reduzida na parte superior; folhas trifoliadas, com folíolos serrados, pubérulo-glandulosos; inflorescências terminais, mais ou menos multifloras; flores solitárias dispostas na axila de cada bráctea, curtamente pediceladas, erecto-patentes após a ântese; cálice campanulado, densamente peloso-glanduloso; corola com cerca do dobro do comprimento do cálice, com estandarte glabro, rosado, alas brancas e quilha branca com ápice amarelo; fruto com comprimento semelhante ao do cálice, com 5 sementes e bico recurvado.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Sudoeste da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos. 
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente com presença limitada ao Algarve,  Alentejo e Estremadura. 
Ecologia/habitat: dunas e areais próximos do litoral a altitudes até 80m. 
Floração: de Abril a Junho. 
Sinonímia: Ononis subspicata Lag.; Ononis subspicata var. grandiflora Samp.;
(Avistamento: Algarve: 22 - Maio - 2016)
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terça-feira, 21 de setembro de 2021

Senecio inaequidens







Senecio inaequidens DC.
Planta herbácea perene, com 30 a 100 cm de altura; caules glabros, muito ramificados, algo lenhosos na base; folhas alternas, sésseis, lineares, com margens inteiras ou denticuladas; flores amarelas dispostas em capítulos com cerca de 2 cm de diâmetro, liguladas as externas, tubulares as do disco, agrupando-se os capítulos em cachos; frutos (aquénios) providos de papilho, estrutura adequada à sua dispersão pelo vento.
Tipo biológico: Caméfito
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta nativa do Sul de África, entretanto introduzida em múltiplas regiões do globo, com presença nos dois hemisférios.
Em Portugal terá sido introduzida na década de 2000. "Inicialmente confinado ao litoral de Viana do Castelo, tem-se revelado uma invasor muito agressivo" (fonte). De facto, já ocorre em locais bem afastados do litoral, como os cumes da serra da Lousã, onde foram obtidas as imagens aqui publicadas.
Ecologia/habitat: qualificada como planta ruderal, aparenta adaptar-se a diversos habitats, desde o litoral até pastagens e matos em zona de montanha, passando por margens de cursos de água até bermas de estradas e caminhos.
Floração: ao longo de boa parte do ano, facto que explica, pelo menos, em parte, a agressividade da sua disseminação.
(Avistamento: Serra da Lousã; 25 - Junho - 2021)
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sábado, 18 de setembro de 2021

Rabo-de-cão (Cynosurus echinatus)



Rabo-de-cão ou Rabo-de-cão-eriçado (Cynosurus echinatus L.)
Erva anual, cespitosa, glabra, com caule que pode atingir até cerca de 100cm; folhas lineares, planas, inteiras, ásperas, com limbo com 3 a 9 mm de largura; flores agrupadas em inflorescência em panícula, aproximadamente ovóide, unilateral e mais ou menos compacta.
Tipo biológico: terófito;
Família: Poaceae (Gramineae)
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Norte de África; Sudoeste da Ásia e Macaronésia (Madeira e Canárias)
Em Portugal ocorre, como planta autóctone, no território do Continente e no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: terrenos cultivados e incultos; pastagens; orlas e clareiras de bosques e matagais.
Floração: de Abril a Julho.
[Avistamento: Vale de Barris (P.N.Arrábida); 19 - Maio - 2021]
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segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Euphorbia dulcis




Euphorbia dulcis L.
Planta perene, rizomatosa; caules com 27 a 40 cm, erectos ou ascendentes, em geral solitários, com 3 a 9 ramos laterais férteis; folhas curtamente pecioladas, pouco consistentes, elípticas ou obovadas; pleiocásio com 3 a 6 raios, compridos (com 3 a 5 cm), delgados, bifurcados até 3 vezes; ciátio com nectários sem apêndices, verde-amarelados na ântese, purpúreos depois; fruto subesférico, glabro, sulcado, com lóculos arredondados, com verrugas no dorso.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Euphorbiaceae;
Distribuição: Centro, Oeste e Norte da Europa.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, circunscrita às regiões a norte do Tejo e à serra de S. Mamede, no Alto Alentejo. Inexistente quer no arquipélago da Madeira, quer no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: prados húmidos, na orla e sob coberto de bosques caducifólios, por vezes, na proximidade de pequenos cursos de água, a altitudes até 1500m. Indiferente à natureza do solo.
Floração: de Abril a Julho. 
(Avistamento: Serra da Lousã; 25 - Junho - 2021)
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sábado, 4 de setembro de 2021

Ervas-novas-do-arroz (Heteranthera reniformis)






 Ervas-novas-do-arroz *(Heteranthera reniformis Ruiz & Pav.)
Planta perene com caules procumbentes, com 6 a 80 cm, ramificados, radicantes nos nós; folhas com limbo reniforme e pecíolo glabro; inflorescência com 2 a 8 flores dispostas em espiga; flores cosmógamas, com perianto branco com 6 lóbulos, 5 orientados para cima e 1 para baixo, apresentando o superior central uma mancha amarela ou esverdeada; fruto constituído por uma cápsula fusiforme.
Tipo biológico: hidrófito;
Família: Pontederiaceae;
Distribuição: planta originária da América do Sul e Central e das regiões subtropicais e temperadas dos Estados Unidos, na América do Norte. Introduzida e naturalizada na Europa (Portugal, Espanha e Itália).
Em Portugal, por enquanto, parece limitada  às bacias hidrográficas do Mondego e do Tejo, mas, dadas as características que apresenta, não me surpreenderia se vier a expandir-se, a curto prazo,  para outras bacias hidrográficas com correntes lentas.
Ecologia/habitat:  águas paradas ou com pouco movimento, eutróficas, frequentemente em arrozais, a altitudes até 400m.
Floração: de Junho a Outubro.
* Outros nomes comuns: Espiga-azul-da-folha-redonda; Espiga-azul-do-arroz; Falsas-alismas (fonte). No Brasil: Agrião-do-Brejo; Águapé-mirim, Pavoa, Hortelã-do-brejo.
(Avistamentos: vale dos rios Sor e Sorraia; Agosto e Setembro - 2021)
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quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Joina-das-searas (Tanacetum annuum)









 Joina-das-searas (Tanacetum annuum L.*)
Planta anual, pubescente, com caule erecto, ramificado na parte superior, podendo atingir até 60cm; ramos laterais erecto-patentes que podem ultrapassar em comprimento o eixo principal; folhas pubescentes, sésseis; as inferiores: penatissectas, bi-penatissectas ou com limbo trilobado, com segmentos lineares; as superiores, por vezes, inteiras, lineares; flores amarelas tubulares, diminutas com corola com 4 ou 5 lóbulos, dispostas em capítulos de reduzida dimensão (4 a 5 mm de diâmetro) agrupados em glomérulos terminais, densos, reunindo até 30 capítulos; frutos (aquénios) com 1,5 a 2 mm.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae);
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental (Península Ibérica, França e Marrocos).
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e, atendendo ao número de ocorrências registadas no portal da SPBotânica (Flora.on), parece poder concluir-se que não é muito comum, visto que apenas são registados avistamentos no Algarve e na Estremadura.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem, eventualmente em locais com encharcamento temporário, com frequência em solos argilosos.
Floração: de Agosto a Novembro.
*Sinonímia: Vogtia annua (L.) Oberpr. & Sonboli; Balsamita annua (L.) DC.; Balsamita multifida Clemente; Chrysanthemum annuum (L.) Hayek ex P.Fourn.
[Avistamento: Serra de S. Luís (Arrábida); Julho/Agosto; 2021]
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