sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Consolda (Symphytum officinale)


 

Consolda * (Symphytum officinale L.)
Erva perene, com 10 a 50 cm; caules erectos, alados, híspidos; folhas caulinares sésseis, decurrentes; flores com corola rosada ou violeta, agrupadas em inflorescências ramificadas paniculiformes.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaBoraginaceae;
Distribuição: grande parte da Europa e Oeste da Ásia (Turquia). Naturalizada em muitas partes do globo.
A presença desta espécie em território português, como planta cultivada, é certa**, mas  a sua ocorrência como planta autóctone é tida como duvidosa, admitindo-se, como possível a sua existência (aparentemente não confirmada) no Minho.   
Ecologia/habitat: relvados húmidos e margens de cursos de água, em substratos ácidos, a altitudes desde 100 a 1200 m.
Floração: de Março a Julho.
Fitoterapia: o uso da planta em fitoterapia tem uma larga tradição, quer por via interna (designadamente, no tratamento de gastroenterites, úlceras pépticas e cólon irritável), quer externamente (inflamações cutâneas, pele seca, contusões, distensões musculares e luxações, entre outras). No entanto, o uso por via interna é perigoso, visto que a planta, devido à presença de alcalóides pirrolizidínicos, é hepatotóxica. No Brasil, o  uso por via interna é mesmo interdito.
*Outros nomes comuns: Consolda-maior; Consólida-maior; Orelha-de-asno; Orelha-de-burro; Confrei.
** As plantas supra foram fotografadas no jardim existente na Casa da Cerca, em Almada, incluídas numa coleção intitulada "O Chão das Artes" dedicada a plantas utilizadas em tinturaria. De acordo com a informação recolhida no local, as folhas e o caule  da Consolda tingem de amarelo as fibras naturais.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Hypecoum procumbens











Hypecoum procumbens L.
Erva anual, com 10 a 25 cm, glabra, verde ou glauca, com caules numerosos, prostrados; folhas multi-penatissectas, com segmentos de última ordem linear-lanceolados, inteiros ou com 1 ou 2 dentes laterais; flores com 4 pétalas amarelas, as 2 externas aproximadamente iguais em comprimento e largura, trilobadas, com os lóbulos laterais mais ou menos planos e  o central com o ápice em quilha; as 2  internas, sem manchas negras, profundamente divididas, com os segmentos aproximadamente iguais e todos  bastante mais compridos do que largos;  frutos em geral arqueados,  estreitos (2 a 4 mm) e compridos (4 a 6 cm) 
Tipo biológico: terófito;
Família:  Papaveraceae;
Distribuição: Região Mediterrânica.
Em Portugal ocorre apenas no litoral algarvio e, aparentemente, é muito rara. De facto, nesta altura, o portal da SPBotânica (Flora.on) contém apenas o registo de três avistamentos, todos na mesma quadrícula.
Ecologia/habitat: terrenos arenosos, próximos do litoral.
Floração: de Fevereiro a Maio
(Local e data: Algarve; 11 - Março - 2016)
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segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Patinha (Lythrum portula)








Patinha [Lythrum portula (L.) D.A.Webb ]*
Erva anual, glabra, com caules geralmente prostrados, enraizantes nos nós, com 5 a 30 cm de comprimento; folhas opostas, mais ou menos pecioladas, espatuladas, com margens inteiras; flores hexâmeras, muito discretas e, consequentemente, pouco visíveis, que surgem isoladas ou aos pares, nas axilas das folhas, com pétalas de cor púrpura, por vezes, inexistentes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Lythraceae
Distribuição: Europa; África (Noroeste); Ásia (Oeste) América do Norte.
Em Portugal ocorre em quase todo o território do Continente, embora o seu aparecimento seja raro nas regiões a sul do Tejo. Está também presente, como planta autóctone no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: pastagens húmidas, margens e leitos de cursos de água com correntes fracas, lagoas, charcos permanentes e outros locais temporiamente encharcados, a altitudes até 2200m
Floração: de Maio a Setembro. 
* Sinonímia: Peplis portula L. (Basónimo)
[Locais e datas: Seixo do Côa; 13 - Setembro 2016 /fotos 1 a 3); Rapoula do Côa; 18 - Julho - 2015 (foto 4); Sabugal; 22 - Julho - 2015 (fotos 5 e 6) Aldeia do Bispo; 6 - Setembro - 2016 (fotos 7 e 8)]
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sábado, 22 de outubro de 2016

Inula salicina





Inula salicina L.
Erva vivaz, com caules erectos, simples ou escassamente ramificados que podem elevar-se até cerca de 50cm; folhas sésseis, lanceoladas, ligeiramente auriculadas na base, inteiras com margens denticuladas, um tanto rígidas, glabras na página superior, com alguma pilosidade dispersa na página inferior; flores amarelas, liguladas as exteriores e tubulares as do disco, agrupadas em capítulos frequentemente solitários ou em conjuntos de 2 ou 3.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae / Compositae;
Distribuição: em grande parte da Eurásia (Europa e Ásia). Aparece também na América do Norte como espécie introduzida. 
Em Portugal ocorre como planta autóctone, mas apenas no território do Continente e, se tivermos em conta os registos actualmente existentes no portal da SPBotânica (Flora.on), seremos levados a concluir que o seu aparecimento está limitado às regiões a norte do Douro.
Ecologia/habitat: prados húmidos, margens de cursos de água e outros locais temporariamente inundados, a altitudes até 1300m.
Floração: de Maio a Setembro.
[Local e data: Vinhais (Trás-os-Montes); 26 - Junho - 2015]

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Thesium humifusum










Thesium humifusum DC. in Lam & DC.
Planta perene, semi-parasita, glabra, com cepa lenhosa donde brotam numerosos talos floríferos que podem atingir desde 10 a 35 cm de comprimento; folhas lineares. inteiras; flores pentâmeras, verdes exteriormente, brancas no interior; agrupadas em inflorescências racemiformes ou paniculiformes; frutos que, à semelhança do que acontece com as demais espécies do género,  conservam no ápice os restos do perianto. zona que, nesta espécie, representa menos que uma terça parte do comprimento do fruto.
Tipo biológico: Caméfito;
FamíliaSantalaceae;
Distribuição: Europa (Sul e Oeste); Ásia (Oeste da Anatólia); África (Norte do Magrebe).
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e com presença porventura limitada às regiões a norte do Tejo e ao Algarve.
Ecologia/habitat: terrenos secos, com frequência pedregosos (calcários ou siliciosos), em locais com boa exposição solar, a altitudes até 1800m.
Floração: de Abril a Agosto
[Local e data: Vinhais (Trás-os-Montes); 26 - Junho - 2015]

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Inula conyza



 

 





Inula conyza (Griess.) DC.*
Erva vivaz, tomentosa ou pubescente, com caule erecto, ramificado na parte superior, com 50 a 100cm de altura; folhas oblongo-lanceoladas ou elíptico-lanceoladas, inteiras ou denticuladas, tomentosas na página inferior e ligeiramente pubescentes na superior; flores tubulares, amareladas ou avermelhadas,  formando capítulos que se agrupam em inflorescências corimbiformes.
Tipo biológicohemicriptófito;
Família: Asteraceae / Compositae;
Distribuição: grande parte da Europa; Ásia (Próximo Oriente) e Norte de África.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e parece licito concluir, atendendo aos registos existentes actualmente no portal da SPBotânica (Flora.on),  que o seu aparecimento estará limitado às regiões a norte do Tejo.
Ecologia/habitat: locais secos, por vezes, pedregosos, na orla e em clareiras de bosques e matagais, com preferência por solos básicos.
Floração: de Julho a Setembro.
*Sinonímia: Aster conyzae Griess. (Basónimo); Conyza squarrosa L.; Conyza vulgaris Lam.
(Local e data: Serra de Montejunto; 13 - Julho - 2016)

sábado, 15 de outubro de 2016

Âmio-maior (Ammi majus)













Âmio-maior ou Âmio-vulgar (Ammi majus L.)
Erva anual, glabra, com 20 a 150cm de altura;  caule erectos, ramificados; folhas penatissectas (uma ou mais vezes) com segmentos de última ordem com forma variável (desde lanceolados a lineares) com as margens denticuladas; flores, com pétalas brancas, dispostas (10 a 20) em umbélulas agrupadas em umbelas com 20 a 55 raios.
Tipo biológico: terófito;
Família: Apiaceae / Umbelliferae;
Distribuição: Sul da Europa, Leste da Ásia e Norte de África. 
Em Portugal ocorre como planta autóctone no território Continente e na Madeira e como espécie introduzida nos Açores.
Ecologia/habitat: terrenos cultivados, onde se comporta como planta daninha, margens de cursos de água, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 800m.
Floração: de Maio a Setembro.