domingo, 28 de fevereiro de 2021

Perpétua-das-areias (Helichrysum italicum subsp. picardi)





Perpétua-das-areias ou Erva-caril [Helichrysum italicum subsp. picardi (Boiss. & Reut.) Franco]
Pequeno arbusto muito aromático com 10 a 35 cm de altura. Possui caules muito ramificados, erectos; folhas inteiras, lineares, esverdeadas, tomentosas; flores amarelas, tubulares, reunidas em capítulos de reduzidas dimensões, agrupando-se estes para formar corimbos muito densos. Os frutos são cipselas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: Sul da Europa.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e somente nas regiões confinantes com o Oceano Atlântico.
Ecologia/habitat: terrenos de mato e pinhais, em solos arenosos próximos do litoral, maxime em dunas fixas e paleodunas.
Floração: de Abril a Setembro.
[Local e data do avistamento: Fonte da Telha (Costa da Caparica - Almada); 3 - Agosto - 2016]
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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Myrrhoides nodosa




Myrrhoides nodosa (L.) Cannon *
Erva anual com 30 a 100 cm; caules pouco ramificados, mais ou menos densamente híspidos, engrossados nos nós; folhas basais não persistentes, de contorno aproximadamente triangular, bi ou tri-penatissectas; as caulinares semelhantes; flores com pétalas brancas de reduzida dimensão,  agrupadas em umbelas com 2 a 4 raios, compostas por umbélulas com 4 a 10 raios; frutos com denso revestimento de pêlos rígidos, tuberculados na base.
Tipo biológico: terófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae);
Distribuição: Centro e Oeste da Europa, Região Mediterrânica, Crimeia, Cáucaso e Oeste da Ásia.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e circunscrita ao Alto Alentejo, Beira Alta e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: locais húmidos e sombrios, na orla de bosques e nas margens de cursos de água, a altitudes desde 140 a 1700m.
Floração: de Março a Junho.
* SinonímiaScandix nodosa L. (basónimo)
[Local e data do avistamento: concelho de Vimioso (Trás-os-Montes); 1 - Junho - 2018]
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Pervinca-maior (Vinca major subsp. major)


A Pervinca-maior (Vinca major subsp. major) (também designada vulgarmente por Pervinca, Congossa e Congossa-maior) é uma planta perene, rizomatosa e estolonífera (tipo biológico: hemicriptófito) da família Apocynaceae.
É originária do Centro da Região Mediterrânica, mas encontra-se naturalizada noutras regiões.
Surge em Portugal como planta introduzida, onde é frequentemente cultivada e onde, entretanto, se naturalizou, surgindo como subespontânea em terrenos húmidos e sombrios, frequentemente na orla de bosques e margens de cursos de água. Cultivada para fins ornamentais é frequente em parques e jardins.
Floração: de Janeiro a Junho.
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Verbasco (Verbascum simplex)

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Verbasco (Verbascum simplex) Hoffmanns. & Link
Erva bienal, pubescente-tomentosa com caules erectos, simples ou ramificados, podendo atingir até cerca de 150cm de altura; folhas alternas; as basais elípticas, crenadas; as caulinares nitidamente decurrentes; inflorescências espiciformes com flores de corola amarela, reunidas em fascículos dispostos pouco densamente ao longo do eixo da inflorescência; fruto (cápsula) globoso, pouco maior que o cálice.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaScrophulariaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental incluindo a Península Ibérica, o Sudoeste de França e o Noroeste de África (Marrocos e Argélia).
Em Portugal, ainda que não seja muito comum, distribui-se de forma irregular e descontínua por quase todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: taludes, baldios, terrenos cultivados, incultos ou em pousio, com frequência em solos arenosos, designadamente costeiros, a altitudes até 1300m. 
Floração: de Março a Agosto.
[Local e data do avistamento: Estuário do Sado (Setúbal) 20 - Abril - 2016 (fotos 1 a 3); S.Estêvão (Sabugal) 30 - Abril - 2015 (foto 4)]

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Viúvas (Trachelium caeruleum)



Viúvas, ou Flor-de-viúvas (Trachelium caeruleum L.)

Planta herbácea, de base lenhosa, da família Campanulaceae, cujo caule raramente ultrapassa um metro de altura, dispondo-se as folhas (alternas, ovadas a ovada-lanceoladas e duplamente serradas) ao longo do caule. As flores, com forma tubular, pequenas e numerosas, de cor azul ou violeta-púrpura, ou, mais raramente, de cor branca, agrupam-se em inflorescências em corimbo, mais amplas quando terminais.
A espécie é originária da Região Mediterrânica Ocidental, mas é cultivada como planta de jardim em muitas outras regiões.
Aparentemente prefere encostas e taludes ou mesmo muros e paredes onde encontre algum suporte  para lançar as suas raízes,  em lugares húmidos e meio sombrios.
Em Portugal surge como espontânea,  de forma descontínua, desde o Minho até ao Algarve, segundo esta fonte. Não me parece, no entanto, que seja muito comum, dado que, pessoalmente, só me apercebi da sua existência no local onde obtive as  fotografias supra, embora nesse local fossem numerosos os exemplares encontrados. Contudo e curiosamente, esta outra fonte refere que a espécie pode ser encontrada em argamassas das muralhas do centro histórico de Braga.
A floração ocorre durante um largo período que vai, pelo menos, de Junho a Setembro.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Phalacrocarpum hoffmannseggii



Phalacrocarpum hoffmannseggii (Samp.) M.Laínz
Planta perene (tipo biológico: caméfito) da família Asteraceae, com hábito muito semelhante ao da congénere Phalacrocarpum oppositifolium, mas que apresenta folhas bem menos recortadas, característica que mais facilmente permite distinguir as duas espécies.
Distribuição: Endemismo ibérico, com ocorrência limitada em Portugal ao Nordeste trasmontano. 
Ecologia/habitat: afloramentos rochosos, taludes e encostas pedregosas, em substrato granítico ou, preferentemente, xistoso, a altitudes desde 500 a 1400m.
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data: Serra da Nogueira (Trás-os-Montes); 5 - Junho 2018)
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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

"Silene-duriense" (Silene boryi var. duriensis)





"Silene-duriense" (Silene boryi var. duriensis Samp.)
Erva rizomatosa, perene, densamente glandulosa;  caules ramificados na base, com 15 a 35 cm; folhas lineares, ovado-lanceoladas ou elíptico-lanceoladas; flores (com cálice truncado na base, densamente glanduloso; pétalas com limbo bífido, branco-amarelado ou rosado) agrupadas em dicásios paucifloros, por vezes reduzidos a uma única flor; fruto (cápsula) ovóide.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaCaryophyllaceae;
Distribuição:  "endemismo ibérico restrito à bacia hidrográfica do rio Douro, cuja presença atual em Portugal se confirma apenas em dois núcleos em Trás-os-Montes (Paradela e Bemposta)" (Fonte)
Ecologia/habitat: taludes, fendas de rochas e locais pedregosos nas margens do Douro ou no leito de cheia, sobre solos graníticos ou xistosos a altitudes entre 300 a 400 m.
Floração: de Abril a Junho.
Estatuto de Conservação: figura na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental,onde lhe é atribuída a categoria de ameaça (IUCN) de "Em Perigo".
[Local e data  do avistamento: Vale do Douro Internacional em Bemposta, concelho de Mogadouro (Trás-os-Montes); 3 - Junho - 2018]
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