segunda-feira, 26 de junho de 2023

Agulhas-de-Eva (Austrocylindropuntia subulata)



  



Agulhas-de-Eva (Austrocylindropuntia subulata (Mühlenpfordt) Backeb. * ]

Cacto arborescente, muito ramificado e robusto, podendo atingir até 5 m de altura. Ramos (cladódios) cilíndricos, com revestimento de fortes espinhos (até 4 por aréola) com cerca de 50 cm de comprimento; flores de cor rosada ou rosa-alaranjada, com até 6 cm de comprimento; frutos ovóides, frequentemente com espinhos.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Cactaceae;
Distribuição: planta originária da América do Sul (designadamente Peru e Equador), entretanto introduzida como planta ornamental noutros países, onde encontrou condições favoráveis para se desenvolver e prosperar, a ponto de não só se ter naturalizado mas também de ter adquirido o (pouco invejável) estatuto de espécie invasora, estatuto que é, aliás, o que lhe foi atribuido e de que "goza" em Portugal (Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 Julho).
Floração (em Portugal): de Maio a Julho
* Sinonímia: Pereskia subulata Muehlenpf. (Basónimo); Opuntia subulata (Muehlenpf.) Engelm.; Opuntia segethii F. Phil.; Opuntia exaltata A. Berger; Opuntia ellemeetiana Miq.; Cylindropuntia exaltata (A.Berger) Backeb.; Cylindropuntia subulata (Muehlenpf.) F.M.Knuth.
[Avistamento: Trafraria (Almada); 31 - Maio - 2023]
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sexta-feira, 23 de junho de 2023

Abrótea-lusitana (Asphodelus lusitanicus)





Abrótea-lusitana (Asphodelus lusitanicus Cout.)
Erva perene, rizomatosa, glabra, com rizoma curto, vertical ou oblíquo; caule liso, erecto, com 70 a 140cm; folhas todas basais, com quilha, dispostas em espiral ou de forma dística, com margem, em geral, denticulada, podendo atingir até 100 cm de comprimento; flores hermafroditas com seis tépalas lineares, oblongas ou oblongo-elípticas, em geral, brancas, com uma faixa central acastanhada ou púrpura, caducas na frutificação; inflorescência em cacho simples ou composto com 1 a 6 ramos erectos ou erecto-patentes, simples, com excepção do ramo inferior que, embora raramente, se pode apresentar ramificado; frutos sob a forma de cápsula ovóide, subesférica ou ovóide-elipsóide, brilhante, não viscosa, ligeiramente truncada no ápice.
No portal da SPBotânica (Flora.on) assinala-se que o A. lusitanicus é muito semelhante ao A. ramosus diferenciando-se, além do mais, pelas folhas (que são mais compridas e menos consistentes naquele do que neste) e "pela cor das brácteas (mais homogénea e de um castanho mais escuro em A. lusitanicus do que em A. ramosus, onde são esbranquiçadas ou de um castanho mais claro nas bordas)".
São reconhecidas 2 variedades desta espécie: var. lusitanicus e var. ovoideus, variedades que se distinguem, segundo os especialistas, tendo em conta, principalmente, o tamanho das sementes e das tépalas e a forma da sua base.
Tipo biológico: Geófito;
Família: Xanthorrhoeaceae;
Distribuição: trata-se, enquanto espécie, de um endemismo ibérico, porquanto a sua ocorrência está circunscrita a Portugal (Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Alta, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes) e a Espanha (províncias de Cáceres, Zamora, Ourense, Lugo e Pontevedra). Cumpre, no entanto, referir que a var.  lusitanicus ocorre apenas em território português do Continente. 
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques, terrenos de matos baixos com clara influência atlântica, em solos ácidos, com alguma profundidade, derivados de granitos, xistos e arenitos, a altitudes até aos 1200m.
Floração: de Março a Junho.
(Avistamento: Serra de Monchique; 26 - Março - 2023)
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terça-feira, 20 de junho de 2023

Plantas ornamentais: Árvore-da-chuva-dourada (Koelreuteria paniculata)







Árvore-da-chuva-dourada * (Koelreuteria paniculata Laxm.)
Árvore de folha caduca, com copa arredondada que, em geral, não ultrapassará 12 metros de altura. Possui folhas compostas, com folíolos de margens crenado-dentadas; flores amarelas, tetrâmeras, hermafroditas, pequenas, agrupadas em panículas vistosas, de grandes dimensões; frutos sob a forma de cápsulas alongadas, infladas, persistentes, contribuindo para a beleza da árvore, enquanto nela permanecem.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Sapindaceae;
Distribuição: planta originária da Ásia (China, Coreia do Norte, Coreia do Sul e Japão), usada actualmente noutras partes do globo como planta ornamental. 
Em Portugal ocorre apenas como planta ornamental cultivada.
Floração (em Portugal): de Maio a Junho.
* Outros nomes comuns: Coreutéria; Quereutéria; Saboeiro.
[Avistamento: Parque da Paz - Almada; 20 - Junho - 2023;( as 4 primeiras fotos); 1 - Setembro - 2022 (as restantes)]
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quinta-feira, 8 de junho de 2023

Perfolhada (Bupleurum lancifolium)





Perfolhada (Bupleurum lancifolium Hornem.)
Erva anual com 6 a 75 cm de altura. Possui caules herbáceos, pouco ramificados; folhas basais diferentes das caulinares; as basais, amplexicaules, de oblongas a oblongo-lanceoladas, que acabam por murchar antes da floração; as caulinares, perfolhadas, de ovadas-lanceoladas a ovadas. Flores com pétalas amarelas agrupadas (6 a 25) em umbelas terminais e laterais com 2 a 4 raios com comprimento algo desigual; brácteas inexistentes; bractéolas ovadas ou ovado-lanceoladas, mucronadas, muito mais compridas e largas que as flores e frutos. Frutos com pedicelos curtos (1 a 4 mm); mericarpos oblongos ou oblongo-elípticos, tuberculados.
Tipo biológico: terófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae)
Distribuição: Sul da Europa; Norte de África; Sudoeste da Ásia; arquipélago da Madeira. Introduzida na Eritreia e Estados Unidos da América (Arizona, Califórnia, Connecticut, Maryland, Massachusetts, Ohio, Pensilvânia, Texas) (Fonte) e na Inglaterra.
Em Portugal ocorre como planta autóctone, quer no território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Douro Litoral), bem como no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: campos agrícolas cultivados (como hortas e searas) ou incultos; bermas de estradas e caminhos, em solos secos, preferentemente, calcários, argilosos ou margosos, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Agosto.
Risco de extinção: a planta figura na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental incluida na categoria de risco de extinção (IUCN) de "Quase Ameaçada".
[Avistamento: Monte da Caparica (Almada); 5 - Junho - 2023]
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quinta-feira, 1 de junho de 2023

Crepis bursifolia






Crepis bursifolia L.

Erva perene com raiz primária robusta; múltiplas hastes florais, erectas ou ascendentes, com 10 a 30 cm, em geral com ramificações na parte superior; folhas basais dispostas em roseta, pecioladas, penatipartidas ou penatissectas, com 5 a 10 pares de segmentos laterais e um terminal muito maior, ovado, denticulado; as caulinares (raras) em geral lineares, sésseis; flores liguladas, amarelas na página superior e esverdeada na inferior, agrupadas em pequenos capítulos aproximadamente cilíndricos dispostos em cimeiras pouco densas; frutos: cipselas castanhas, fusiformes, providas de papus brancos umbeliformes.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta originária do Centro e Oeste da Região Mediterrânica (incluindo: Argélia, Córsega, França, Itália, Marrocos, Sicília, Espanha, Tunísia, e países da antiga Jugoslávia) e ilha de Tenerife no arquipélago das Canárias (Fonte). Introduzida na Califórnia.
Em Portugal ocorre certamente como espécie introduzida e, supostamente, em data recente, visto não figurar na Checklist da Flora de Portugal, nem noutras fontes por mim habitualmente consultadas.
Ecologia/habitat; terrenos relvados, cultivados ou incultos.
Floração: de Maio a Agosto.
(Data e local da obtenção das fotos: Almada; 1 - Junho - 2023)
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