sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Plantas-miniatura: Teesdalia coronopifolia





Teesdalia coronopifolia (J.P.Bergeret) Thell. * 
No "post" imediatamente anterior dedicado à Teesdalia nudicaulis, foi também referida a 
Teesdalia coronopifolia
 (espécie pertencente ao mesmo género e, consequentemente, à mesma família Brassicaceae) com o propósito de referenciar as diferenças entre uma e outra.
Como se pode ver, algumas das diferenças então apontadas podem agora ser confirmadas. É o caso da forma dos lóbulos das folhas (agudos na 
T. 
coronopifolia
  
e obtusos na T. nudiscaulis); do formato das pétalas (todas as 4 iguais na T. coronopifolia e desiguais no caso da T. nudiscaulis, em que as pétalas se dividem em 2 grupos - duas são maiores que as outras duas. Menos visíveis nas imagens supra são os estames, pelo que será mais difícil verificar, sem ampliação da imagem, que, por regra, as flores da T. coronopifolia, não apresentam mais que 4 estames contra 6 na T. nudiscaulis. 
Tal como a sua congénere, também a T. coronopifolia é uma planta anual, integrando-se no mesmo tipo biológico: terófito. E tal como a T. nudiscaulis, também a T. 
coronopifolia é uma planta de reduzidas dimensões (2 a 20 cm de altura)
Distribuição; Sul da Europa, Madeira, Norte de África e Ásia Menor. Naturalizada na América do Norte. 
Em Portugal, além de presente na Madeira, distribui-se também por todas as regiões do Continente. 
Ecologia/habitat: Solos arenosos ou pedregosos, sem carbonatos, a altitudes até 1700m.
Floração: de Janeiro a Maio.
* Sinonímia: Thlaspi coronopifolium J.P.Bergeret (Basónimo)
(Local e data: Plataforma superior da Arriba Fóssil - Fonte da Telha - concelho de Almada; 29 - Janeiro -2013)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Plantas-miniatura:Teesdalia nudicaulis






Teesdalia nudicaulis (L.) R.Br.*
Planta herbácea, anual (tipo biológico: terófito) da família Brassicaceae.
Morfologicamente muito semelhante à sua congénere Teesdalia coronopifolia, até na dimensão. Por via de regra, uma e outra, não ultrapassam os 20cm e, por vezes, não vão além de 2 cm de altura. De facto, não é raro observar espécimes que são autênticas plantas miniatura.
Existem, no entanto, características que permitem distinguir as duas espécies do género Teesdalia, presentes na flora portuguesa. A este respeito caberá referir a diferente forma dos lóbulos das folhas basais (obtusos na T. nudicaulis e agudos na T. coronopifolia); o número de estames (6 na T. nudicaulis  e, em regra, não mais do que 4, na  T. coronopifolia) e o formato das 4 pétalas próprias das espécies da família Brassicaceae (4 iguais na T. coronopifolia e 2 maiores que as outras 2, na T. nudicaulis).
Distribuição: Centro, Oeste e Sul da Europa, Madeira e Ásia Menor. Presente também na América do Norte e na Austrália, como espécie introduzida. Em Portugal, além da sua ocorrência na Madeira, encontra-se também em todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: Terrenos arenosos ou pedregosos, temporariamente húmidos, a altitudes até 1800m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
*Sinonímia: Iberis nudicaulis L. (Basónimo).
(Local e data: Ribeira de Codes- Vila de Rei; 13- Fevereiro - 2015)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Codesso-rasteiro (Adenocarpus complicatus)



 



 Codesso-rasteiroou Codesso [Adenocarpus complicatus (L.) J.Gay *]  
Arbusto da família Fabaceae, (tipo biológico: fanerófito) cujo caule, muito ramificado, pode atingir cerca de 3 m de altura.
Para o diferenciar dos seus congéneres o portal da APBotânica (Flora.on) chama a atenção para o facto de o cálice não apresentar glândulas, mas apenas "pêlos finos não glandulosos".
Distribuição: Sudoeste europeu (França, Espanha e Portugal). No que respeita a Portugal, a planta ocorre, como espécie autóctone, no território do Continente (Alto Alentejo, Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral e Trás-os-Montes) e como espécie introduzida na Madeira.
Ecologia/habitat: Terrenos desflorestados, terrenos abandonados, baldios e bermas de caminhos, sobre solos pobres, preferentemente siliciosos, em locais com influência continental. a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Setembro.
*Sinonímia: Spartium complicatum L. (Basónimo)
(Locais e datas:  Serra de Malcata - Sabugal (concelho); meses de Junho de 2012, 2013 e 2104)

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Louro ou Loureiro (Laurus nobilis)







Louro ou Loureiro (Laurus nobilis L.)
Árvore, em geral, com 5 a 10m de altura, de folha perene, copa densa, algo irregular e tronco direito; folhas simples, verde-escuras, algo coreáceas e lustrosas na face superior; flores amarelo-claras agrupadas (4 a 6) em inflorescências axilares em forma de umbelas; o fruto é uma drupa, negra na maturação.
Distribuição: Região Mediterrânica. Em Portugal ocorre, quer como planta autóctone, quer como planta cultivada, podendo, devido a esse facto, encontrar-se em praticamente em todo o território do Continente. Como espécie introduzida, aparece também no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: locais húmidos e sombrios não muito afastados das regiões litorais, em bosques e sebes, bem como nas margens de cursos de água, a altitudes até 900m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Abril.
Observação: A planta, embora considerada como planta ornamental é sobretudo cultivada pelo uso das suas folhas aromáticas como condimento em culinária. São-lhe igualmente atribuídas propriedades medicinais.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Couve-bastarda (Crambe hispanica)










Couve-bastarda (Crambe hispanica L.)
Erva anual (tipo biológico: terófito) glabra, glabrescente, ou mais ou menos híspida, cujo caule (50 a 150cm), se apresenta com frequência muito ramificado; folhas lirado-penatissectas, com o segmento terminal muito maior que os segmentos laterais que, por vezes, mais se parecem com pequenos apêndices; flores com pétalas (4, como é de norma nas plantas da família Brassicaceae/Cruciferae), em geral, brancas.
Distribuição; Sul da Europa e Norte de África. Em Portugal, embora, aparentemente, não seja muito comum, distribui-se por boa parte do território do Continente, podendo encontrar-se, designadamente, no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: em locais pedregosos, abrigados e com humidade assegurada, em fissuras de rochas, sobre substrato silicioso ou calcário, a altitudes que podem ir desde as dezenas de metros acima do nível do mar até aos 700m.
 Floração : de Março a Julho.
(Local e data: Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 13 - Março a 28 - Maio -2014)

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Violeta-brava (Viola lactea)




Violetas-bravas * (Viola lactea Sm.)
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) com 5 a 25 cm, mais ou menos glabra, caulescente, não completamente erecta, sem roseta basal na floração. Tem folhas com limbo de ovado-lanceolado a lanceolado, com base em cunha ou truncada; flores inodoras com cálice formado por 5 sépalas agudas no ápice; corola com igual número de pétalas, muito mais compridas que largas, levemente azuladas, com frequência descoloridas, com predominância do branco lácteo.
Distribuição: Região europeia atlântica desde as Ilhas Britânicas até à Península Ibérica. Em Portugal a sua ocorrência tende a concentrar-se na metade norte do território do Continente, embora também se assinale a sua presença na Estremadura e no Alto Alentejo
Ecologia/habitat: urzais e outros matos baixos, em solos ácidos e pobres, a altitudes que podem ir desde o nível do mar até aos 1500m.
Floração: de Abril a Julho
*Outros nomes comuns: Benesses-da-Beira; Bunefes; Munefes.
(Local e data: Serra de Alvelos - Oleiros; 28 - Abril - 2014)