terça-feira, 28 de maio de 2019

Ornithogalum thyrsoides







 (Ornithogalum thyrsoides Jacq.)
Erva perene, bulbosa, com caule com 20 a 50 cm.
Tipo biológico: geófito; 
Família: Asparagaceae;
Distribuição: Planta endémica da Província do Cabo (África do Sul) mas largamente utilizada como planta ornamental em várias partes do globo, incluindo em Portugal, onde surge não só como planta cultivada, mas também, por vezes, espontaneamente com origem em bolbos ou sementes escapadas de terrenos de cultivo.
Ecologia/habitat: em Portugal pode surgir em terrenos abandonados, bermas de estradas e caminhos e noutros locais ruderalizados.
Floração: de Maio a Julho.
(Local e data do avistamento: Serra do Bouro (Caldas da Rainha); 24 - Maio - 2019)

terça-feira, 21 de maio de 2019

Erva-de-São-Roberto (Geranium robertianum)








Erva-de-São-Roberto * (Geranium robertianum L.)
Erva bienal, por vezes anual, com caule geralmente erecto, piloso (com revestimento de pêlos glandulíferos)  com 10 a 60 cm; folhas palmatissectas, com contorno aproximadamente triangular e com com pilosidade em ambas as páginas; flores (agrupadas em cimeiras bifloras), com corola de rosada a purpúrea, com 10 estames unidos na base, com anteras de cor púrpura.
Planta com "hábito" muito semelhante ao da sua congénere Geranium purpureum, realidade que explica o facto de estarem associados às duas espécies os mesmos nomes comuns e, designadamente, o de Erva-de-São-Roberto. 
As caraterísticas que mais facilmente permitem distinguir as 2 espécies são: a cor das anteras (purpúreas no G. robertianum e amarelas no G. purpureum); e o tamanho das pétalas (maiores no G. robertianum do que no G. purpureum) característica esta que, todavia, não se revela de grande utilidade a menos que estejam disponíveis, ao mesmo tempo e na mesma ocasião, exemplares das duas espécies para ser possível efectuar a comparação. 
Tipos biológicos: Hemicriptófito; terófito;
Família: Geraniaceae;
Distribuição: planta cosmopolita, com larga distribuição a nível mundial, quer como planta autóctone (grande parte da Europa, Ásia, África e Macaronésia), quer como espécie introduzida (América do Norte, América do Sul e Nova Zelândia)
Em Portugal ocorre como espécie autóctone, quer no arquipélago da Madeira, quer em quase todo o território do Continente. É, todavia,  inexistente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: Pastagens anuais; taludes; bermas de estradas e caminhos; orlas e clareiras de bosques, em especial de bosques ribeirinhos; preferencialmente em terrenos húmidos e sombrios, a altitudes até 1900m.
Floração: ao longo de quase todo o ano, com maior intensidade durante os meses de Março a Julho.
Fitoterapia: planta usada em fitoterapia, sendo a sua utilização recomendada principalmente para  casos de inflamação gastrointestinal,  com administração por meio de infusões. 
* Outros nomes comuns: Erva-roberta; Bico-de-grou-robertino.
(Local e data do avistamento: Serra da Lousã; 4 - Maio - 2019)
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sexta-feira, 17 de maio de 2019

Dente-de-cão (Erythronium dens-canis)

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Dente-de-cão (Erythronium dens-canis L.)
Como já Carlos Aguiar escreveu, o Erythronium dens-canis "é sem dúvida uma das plantas mais fotogénicas da flora de Portugal continental."
Trata-se de uma erva perene, glabra, bulbosa, com bolbo semelhante a um dente de cão e, com frequência, com bolbilhos de propagação; caule com 6 a 30 cm, subterrâneo até ao nível da inserção das 2 folhas, apresentando estas como característica mais saliente numerosas manchas com tons que podem ir do avermelhado ao amarelado; flores solitárias com perianto formado por 6 tépalas livres de cor violeta ou rosada, por vezes, esbranquiçada; fruto em forma de cápsula pêndula.
Tipo biológico: geófito;
Família: Liliaceae;
Distribuição: Centro e Sul da Europa, desde a Península Ibérica até à parte europeia da Turquia.
Em Portugal está presente apenas no território do Continente e circunscrita a algumas regiões a norte do Tejo (Beira Alta, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes)
Ecologia/habitat: prados; orlas e clareiras de matagais e de bosques de caducifólias, geralmente em zonas de montanha, a altitudes  desde 600 a 2000m.
Floração: de Fevereiro a Maio.
[Locais e datas: Serra do Açor; 28 - Março . 2019 (fotos 1 a 8); Serra da Nogueira; 5 - Junho - 2018 (foto 9)]
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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Rabo-de-lebre (Lagurus ovatus)





Rabo-de-lebre (Lagurus ovatus L.)
Planta anual, com caules erectos, ascendentes, ou decumbentes, com 10 a 95 cm.
Tipo biológico: terófito;
Família: Poaceae;
Distribuição: originária da Região Mediterrânica e Macaronésia, entretanto introduzida em todos os continentes, é actualmente considerada como planta cosmopolita.
Em Portugal ocorre como planta autóctone no território do Continente e no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: solos arenosos em locais próximos do litoral e terrenos de pastagem secos em regiões do interior. 
Floração: de Março a Julho.
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sábado, 11 de maio de 2019

Escorcioneira-dos-prados (Scorzonera humilis)

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Escorcioneira-dos-prados (Scorzonera humilis L.)
Erva perene, rizomatosa, com 10 a 50 cm; com caule erecto com revestimento cotonoso no ápice; folhas basais pecioladas, lineares, lanceoladas ou elípticas; as caulinares lineares, sésseis, semi-amplexicaules; flores liguladas, amarelas, dispostas em capítulos terminais e solitários; "frutos [v. foto 5] negros quando maduros, e lisos" (fonte).
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição geral: Europa e Ásia.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, não sendo, aparentemente, muito comum, estando mesmo ausente das regiões mais afastadas do litoral.
Ecologia/habitat: prados, turfeiras, clareiras de bosques e matagais, em locais temporariamente encharcados ou, pelo menos, húmidos, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Julho.
[Local e datas: Fernão Ferro (Seixal); 22 - Abril /6 - Maio - 2019]

quarta-feira, 8 de maio de 2019

Orquídeas (época de 2019): 22 - Orchis langei





Orchis langei K.Richt.
Mais informação aqui.
[Local e data do avistamento: Casal de S. Simão (Figueiró dos Vinhos); 1 - Maio - 2019]
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terça-feira, 7 de maio de 2019

"...nem Salomão em toda a sua glória...





 




Rhaponticum longifolium (Hoffmans. & Link) Dittrich; Sinónimo: Leuzea longifolia Hoffmanns. & Link
... se vestiu como um deles" *.
Nem as vestes de Salomão, diz o evangelista, se comparam ao "hábito" dos lírios do campo. Atentando nas imagens supra, não custa nada admitir que o Rhaponticum longifolium também poderia servir de termo de comparação. A sua beleza é, deveras, impressionante. 
Trata-se de uma erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Asteraceae (Compositae) com  a particularidade de ser, quanto à distribuição, uma planta endémica de Portugal Continental (LU) e uma das plantas alvo a considerar na elaboração da Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental
Habitat: orlas e clareiras de matos e pinhais,  em solos com alguma humidade e, geralmente, arenosos.
Floração: de Abril a Junho.
(* Mateus 6:29, na tradução do Evangelho segundo Mateus, por Frederico Lourenço; Bíblia, Volume I