quinta-feira, 30 de janeiro de 2020

Cheilanthes guanchica






Cheilanthes guanchica Bolle
Feto com rizoma curto, coberto de escamas cor de ferrugem; frondes com pecíolo acastanhado e lâmina bi ou tri-penatissecta  com comprimento que pode ser semelhante ou algo menor do que o do pecíolo; pínulas glabras; pseudo-indúsio largo, descontínuo e, em geral, com margem inteira.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaPteridaceae:
Distribuição: Centro e Oeste da Região Mediterrânica; Madeira; Canárias; e Açores.
Em Portugal Continental a ocorrência deste feto está limitada ao Algarve; no Arquipélago da Madeira existe apenas na Ilha da Madeira; e no Arquipélago dos Açores está presente somente nas ilhas do Pico e de S. Jorge.
Habitat: fissuras de rochas, principalmente de rochas básicas, a altitudes até 1200m.
Época de reprodução: de Março a Junho.
Lista Vermelha: planta incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, como espécie ameaçada: Categoria da ameaça IUCN; "Em perigo".
(Local e data dos avistamentos: Serra de Monchique (Algarve); 10 de Março e 23 de Maio de 2016)
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segunda-feira, 27 de janeiro de 2020

Agrião-menor (Cardamine hirsuta)










Agrião-menor (Cardamine hirsuta L.)
Erva anual, geralmente multicaule e com raiz primária; caules direitos ou ligeiramente flexuosos, glabros ou com escassos pêlos curtos; folhas com pêlos mais ou menos abundantes, dispersos de forma variável; as basais, numerosas, dispostas em roseta, liradas, com 3 a 11 segmentos,  inteiros ou crenados, com 1 a 5 dentes; os laterais ovados ou orbiculares; o terminal  reniforme, ainda que nem sempre surja sob essa forma em todas as folhas da roseta; as caulinares (2 a 6 por caule) em geral menores que as basais, mas, tal como estas, liradas, com segmentos lineares ou ovados, inteiros ou com dentes pouco salientes; flores (com sépalas glabras ou, mais geralmente, com pêlos no dorso; pétalas brancas; estames: 4, ou, menos frequentemente,  5 ou 6) agrupadas em inflorescência em cacho, denso durante a floração, largo e lasso na frutificação; frutos, em forma de silíquas lineares, dispostos paralelamente ao eixo da inflorescência, os quais, durante a floração, ultrapassam claramente as flores superiores. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Brassicaceae / Cruciferae.
Distribuição: planta subcosmopolita, presente em múltiplas regiões dos dois hemisférios do globo.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e também no arquipélago da Madeira. Como espécie introduzida está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: pastagens anuais, margens de cursos de água, bermas de estradas e caminhos, com preferência por terrenos soltos e por sítios algo húmidos e sombrios, a altitudes até 1600 m.
Floração: de Janeiro a Julho.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

Feto-azevinho (Cyrtomium falcatum)






Feto-azevinho [Cyrtomium falcatum (L. f.) C. Presl. *]
Feto com rizoma bem desenvolvido, coberto de escamas de cor castanho-clara; frondes que podem atingir para cima de 50 cm.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Dryopteridaceae;
Distribuição: nativa do Leste da Ásia, incluindo China e Japão, esta espécie foi introduzida para fins ornamentais em diversas partes do globo, onde acabou por se naturalizar. Tal aconteceu também no Arquipélago da Madeira (onde está presente nas Ilhas Selvagens e na da Madeira) e no Arquipélago dos Açores, onde ocorre em todas as ilhas e onde lhe é dada a designação de Feto-azevinho (fonte), designação que, como se admite aqui, encontra justificação no facto de apresentar "folíolos (...) coriáceos, pontiagudos e de margens onduladas, que fazem lembrar o azevinho". 
Ecologia/habitat: fendas de rochas em arribas litorais; cavidades de muros e de paredes em áreas ruderais;  terrenos de mato e bosques em zonas costeiras.
Reprodução: ao longo de uma boa parte do ano, mas com maior intensidade, de Abril a Junho.
*Sinonímia: Polypodium falcatum L. f. (basónimo).

[Imagens vindas de ilhas do Açores, (S. Miguel; Flores; Corvo; S.Jorge e Pico)]
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segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Margarida-menor (Bellis annua subsp.annua)





Margarida-menor * (Bellis annua L. subsp.annua)
Erva anual,  com caules erectos ou ascendentes, simples ou ramificados na base, os quais raramente ultrapassarão 10cm de altura, conquanto possam, ocasionalmente, atingir 20 ou mesmo 30 cm; folhas oblongas, obovadas, ou espatuladas com margens inteiras, crenadas ou serradas, dispostas em roseta basal, coexistindo, no entanto, com algumas poucas caulinares; flores (com lígulas brancas, as exteriores) agrupadas em capítulos solitários, terminais: frutos (aquénios) desprovidos de papilho.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae);
Distribuição: Região Mediterrânica e Canárias.
Em Portugal ocorre em quase todo o território do Continente, embora seja bastante mais comum na metade sul. Inexistente quer no arquipélago dos Açores, quer no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: relvados anuais, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos, em terrenos com alguma humidade, geralmente arenosos.
Floração: de Dezembro a Junho.
* Outros nomes comuns: Bonina-dos-prados; Bonina-dos-campos; Margarida-anual; Margarida-do-campo;
[Local e data do avistamento: Ponta dos Corvos (Seixal); 7 - Janeiro - 2020]
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sábado, 18 de janeiro de 2020

Trigo-de-perdiz (Aegilops geniculata)

Trigo-de-perdiz (Aegilops geniculata Roth)
Erva anual, cespitosa, com 30 a 40 cm de altura. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Poaceae (Gramíneas);
Distribuição: Região Mediterrânica; Oeste da Ásia e Norte de África. Introduzida no Norte da Europa, Canárias e América do Norte.
Em Portugal distribui-se por quase todo o território do Continente, estando, porém, ausente dos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem, incultos, em locais secos e bem ensolarados.
Floração: de Abril a Julho
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domingo, 12 de janeiro de 2020

Euphorbia nicaeensis subsp. nicaeensis











Euphorbia nicaeensis All. subsp. nicaeensis
Subarbusto multicaule, glauco, com 20 a 80 cm de altura; com cepa grossa;  caules erectos, robustos; folhas com formas variadas, em geral inteiras; pleiocásio amarelado, com 8 a 16 raios, simples ou bifurcados 1 ou 2 vezes; ciátio séssil ou curtamente pedunculado; nectários amarelados ou verdosos, em geral inteiros e frequentemente com apêndices; fruto ovóide-cónico, glabro, levemente sulcado, com lóculos arredondados, lisos. 
Tipo biológico: caméfito;
Família: Euphorbiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, estando circunscrita ao Alto Alentejo, Estremadura e Ribatejo.
Ecologia/habitat: locais abertos e ensolarados em taludes, bermas de estradas e caminhos, em terrenos pedregosos de pastagem e mato, com preferência por substratos calcários ou margosos, a altitudes desde 30 até 1800m.
Floração: de Abril a Agosto.
[Local e datas dos avistamentos: Malaqueijo (Rio Maior); 13/27 - Maio - 2018]
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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Asplenium marinum






Asplenium marinum L.
Feto com rizoma oblíquo, curto, ramificado, coberto de escamas linear-lanceoladas, de cor castanha escura ou clara; frondes que podem atingir até cerca de 50 cm, com pecíolo menor que a lâmina, de cor castanha (avermelhada ou escura); lâmina uni-pinada, oblongo-lanceolada, coriácea, com pinas ovadas ou oblongas, estas com margem dentada, crenada ou serrada, dispostas (até 40) ao longo de cada um dos lados do ráquis; soros oblongos, distribuídos 6 a 12 por cada pina.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Aspleniaceae;
Distribuição: litoral atlântico europeu e litoral da Região Mediterrânica Ocidental e da Macaronésia.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, quer no Continente (ao longo do litoral desde o Cabo de S. Vicente até ao Rio Minho), quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: fendas de rochas (calcárias, siliciosas e basálticas) em arribas marítimas fora da zona de rebentação
Reprodução: de Março a Novembro.
[Locais e datas: ilhas das Flores e do Corvo (Açores); 5/6 - Maio - 2016]
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terça-feira, 7 de janeiro de 2020

Abrótea (Asphodelus macrocarpus subsp. macrocarpus)




 
Abrótea * (Asphodelus macrocarpus Parl. subsp. macrocarpus)
Erva rizomatosa, perene, glabra, com rizoma horizontal ou oblíquo; caule liso com 60 a 185 cm; folhas, todas basais, planas, com quilha muito acentuada, que podem atingir até cerca 100cm de comprimento; flores hermafroditas (com 6 tépalas brancas ou rosadas, por via de regra  persistentes após a floração) agrupadas em inflorescência em cacho geralmente simples; frutos sob a forma de cápsula (de esférica a subesférica), umbilicada, com ápice truncado, não viscosa. 
Tipo biológico: geófito;
FamíliaXanthorrhoeaceae;
Distribuição: Sul da Europa (Península Ibérica, França e Itália); Noroeste de África (Marrocos).
Em Portugal está presente apenas no território do Continente e com ocorrência limitada ao Alto Alentejo, Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral, Minho e Trás-os-Montes.  
Ecologia/habitat: pastagens de montanha; em orlas, clareiras e sob coberto de bosques e matagais, em terrenos com alguma profundidade, ácidos ou básicos, a altitudes desde 500 a 2000m.
Floração: de Março a Julho.
* Outros nomes comuns: Abrótega; Gamão; Gamoneira; Gamonito.
[Local e data do avistamento: Serra de Montesinho (Trás-os-Montes); 20 - Junho - 2019]
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