segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022

Mastruço (Coronopus didymus)






Mastruço ou Mastruço-rasteiro * [Coronopus didymus (L.) Sm.**]
Erva anual, com raiz aprumada; caules prostrados ou decumbentes, vilosos, podendo atingir até 45 cm; folhas glabras, penatissectas, com segmentos penatipartidos ou penatifendidos, as basais maiores que as caulinares; flores diminutas com pétalas com cerca de 0,6 mm, nem sempre presentes, agrupadas em cachos laterais dispostos em oposição às folhas ou em pontos de ramificação dos caules; frutos em silícula dídima, comprimidos; sementes: 1 por lóculo.
Tipo biológico: terófito;
Família. Brassicaceae (Cruciferae);
Distribuição: planta originária da América do Sul, introduzida e naturalizada na Europa; África (Norte e Sul); América do Norte; Austrália e Macaronésia.
Em Portugal ocorre como espécie introduzida, quer no território do Continente, quer nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Ecologia/habitat: planta ruderal, com preferência por locais nitrificados, podendo encontrar-se em meios urbanos e à beira de estradas e caminhos, a altitudes até 700m.
Floração: de Fevereiro a Setembro. 
**Sinonímia: Lepidium didymus (L.) Sm. (basónimo); Senebiera didyma (L.) Pers.; Senebiera pinnatifida DC.
* Duas das várias designações vulgares por que é conhecida a planta no Brasil. Em Portugal não tem, ao que parece, designação comum.
(Avistamento: Almada; 30 - Abril - 2018)
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domingo, 20 de fevereiro de 2022

Candeias (Arisarum simorrhinum)







Candeias ou Capuz-de-frade (Arisarum simorrhinum Durieu)

Planta perene, acaule, com 15 a 40 cm, com tubérculo a partir do qual se desenvolvem rizomas e raízes; folhas que aparecem a partir do solo, com pecíolo comprido (5 a 34 cm) e limbo de cordiforme a hastado ou sagitado; inflorescência em forma de espádice, com pedúnculo com comprimento menor ou igual ao do pecíolo, protegida pela espata que se apresenta neste caso como estrutura tubular, curvada na parte superior, terminando em forma de capuz; espádice (mais curto ou mais comprido que a espata) com com 16 a 36 flores masculinas e 2 a 16 flores femininas, estas na base, estéril e dobrado na parte superior; fruto composto por 2 a 8 bagas; 1 a 12 sementes por cada baga.
Tipo biológico: geófito;
Família: Araceae;
Distribuição: Península Ibérica; Norte de África (Marrocos, Argélia e Tunísia); Ilhas Baleares; e Macaronésia (Madeira e Canárias).
Em Portugal, além de presente no arquipélago Madeira, ocorre também como espécie autóctone, com maior ou menor abundância, ao longo de grande parte do território do Continente. No arquipélago dos Açores surge como espécie introduzida.
Ecologia/ habitat: terrenos cultivados e incultos, taludes, bermas de estradas e caminhos, fendas e plataformas rochosas nitrificadas, em solos ácidos ou básicos, a altitudes até 840 m.
Floração: de Outubro a Abril.
(Avistamento: Serra do Risco (Arrábida); 6 - Fevereiro - 2019)
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

Cornilhão-esponjoso (Scorpiurus vermiculatus)






Cornilhão-esponjoso (Scorpiurus vermiculatus L.)
Erva anual, vilosa, com caules erectos ou prostrados, ramificados a partir da base, podendo atingir até 30 cm; folhas com pecíolo achatado, quase tão comprido quanto a lâmina; esta com 15 a 35 mm de largura, oblanceolada ou elíptica, aguda, mucronada, atenuada em direcção ao pecíolo, com 5 a 7 nervuras; inflorescências com pedúnculo muito mais comprido que a folha axilante, na fase da frutificação, por via de regra com uma só flor, ou, por excepção, com 2 ou 3 no máximo; flores com corola amarela; fruto que se fragmenta muito tarde, com 5 a 7 mm de largura, enrolado em várias espirais concêntricas, geralmente todas cobertas por protuberâncias, com 5 a 8 sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Oeste da Região Mediterrânica (Sardenha, Sicília, Itália, Tunísia, Argélia, Marrocos e Península Ibérica) e Macaronésia (Madeira e Canárias). Introduzida na França, Grécia e Malta.
Em Portugal além da mencionada presença no arquipélago da Madeira, distribui-se também por uma boa parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Beira Litoral Estremadura e Ribatejo)
Ecologia/habitat: prados e outros relvados; campos agrícolas; taludes, bermas de estradas e caminhos, em substratos ácidos ou básicos, a altitudes até 900m.
Floração: de Março a Junho.
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2022

Barrilha-espinhosa (Salsola kali)

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Barrilha-espinhosa *(Salsola kali L.)
Erva anual, erecta ou ascendente, ramificada desde a base, em geral, glabra, híspida, por vezes, podendo atingir até cerca de 100 cm; caules verdes quando jovens, apresentando, com o decorrer do tempo,  estrias longitudinais, roxas ou esverdeadas; folhas alternas, cilíndricas ou semi-cilíndricas, com o ápice espinhoso; flores solitárias ou agrupadas (até 4) em glomérulos.
Tipo biológico: terófito;
Família: Amaranthaceae;
Distribuição: Europa, Ásia e Norte de África. Naturalizada na América do Norte.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, quer no território do Continente (Algarve; Alto e Baixo Alentejo; Estremadura; Ribatejo; Beira Litoral; Douro Litoral e Minho) quer nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Ecologia/habitat: locais perturbados, abandonados ou em pousio; areais costeiros; suportando terrenos com algum grau de salinidade, a altitudes até 800m.
Floração: de Maio a Novembro.
* Outros nomes comuns: Barrilheira; Barrilheira-espinhosa; Gramata; Soda; Soda-espinhosa; Trago-espinhoso.
[(Avistamentos: Lagoa de Albufeira (concelho de Sesimbra); 30 - Julho - 2018 (fotos 1 e 6); Costa da Caparica (Almada); 5 - Agosto 2011 (fotos restantes)]
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