quinta-feira, 29 de julho de 2021

Lepídio (Lepidium heterophyllum)





Lepídio (Lepidium heterophyllum Benth.)

Erva perene, com rizoma um tanto lenhoso, com revestimento de pêlos curtos e algo ásperos. Caules erectos ou decumbentes com 15 a 45 cm.; folhas basais, pecioladas, subglabras, dispostas em roseta; as caulinares, amplexicaules, triangular-ovadas; flores com pétalas claramente unguiculadas, brancas, agrupadas em inflorescências em cachos densos na ântese e menos densos na frutificação; frutos elípticos alados no terço superior e ligeiramente emarginados no ápice.
Tipo biológico: hemicriptófito
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: planta nativa do Centro e Oeste da Europa. Introduzida no Norte da Europa, na América do Norte e Nova Zelândia.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em quase todo o território do Continente, sendo, no entanto, bem mais comum nas regiões a Norte do rio Tejo do que nas regiões a Sul do Tejo. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: pastagens, valas e taludes, preferentemente em zonas de montanha e em solos siliciosos, a altitudes até 2200m.
Floração: de Março a Julho.

terça-feira, 27 de julho de 2021

Salsinha-de-cabeça-rente (Torilis nodosa)




Salsinha-de-cabeça-rente  [Torilis nodosa (L.) Gaertn.*]
Erva anual, procumbente ou decumbente. Caules ramificados, com 20 a 50 cm, revestidos com pêlos híspidos, retrorsos; folhas multipenatissectas (2 ou 3 vezes) com divisões de última ordem ovadas, hispídulas ou subglabras; flores hermafroditas, sésseis, com pétalas brancas ou rosadas, agrupadas em inflorescências com 1 a 2 cm de diâmetro, curtamente pedunculadas, dispostas em oposição às folhas; frutos elipsóides ou ovóides.
Tipo biológico: terófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae)
Distribuição: Centro e Oeste da Europa; Sudoeste da Ásia; Noroeste da África e Macaronésia.
Em Portugal ocorre como planta autóctone, quer no território do Continente, quer no arquipélago da Madeira e como exótica no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: planta ruderal, presente na orla de terrenos cultivados, incultos ou em pousio, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1300.
Floração: de Março a Junho.
*Sinonímia: Tordilium nodosum L. (Basónimo)
(Local e data do avistamento: Condeixa; 9 - Junho - 2016)
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sexta-feira, 9 de julho de 2021

Cardo-italiano (Carduus pycnocephalus)


Cardo-italiano ou Cardo-asnil (Carduus pycnocephalus L.)
Erva anual, eventualmente bienal, espinhosa, com revestimento de pelos unicelulares e pluricelulares; caules erectos, simples ou ramificados na parte superior, folhosos, com revestimento de espinhos, podendo atingir até 130cm; folhas sésseis, decurrentes; flores com corola rosado-purpúrea ou branca agrupadas em capítulos curtamente pedunculados (com pedúnculos áfilos, branco-tomentosos, com até 45mm de comprimento) solítários ou em grupos de 2 a 4.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae);
Distribuição: Região Mediterrânica e Macaronésia (Madeira e Canárias). Introduzida em várias regiões do globo, sendo considerada como erva daninha em algumas delas, como é o caso da Califórnia.
Em Portugal ocorre como planta autóctone, quer no Continente (Alto Alentejo, Estremadura, Beira Alta, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes), quer no arquipélago da Madeira. Inexistente no arquipélago dos Açores. 
Ecologia/habitat: planta ruderal e nitrófila ocorre em terrenos relvados, frequentemente perturbados, a altitudes até 1300.
Floração: de Março a Julho.
[Avistamentos: Alqueidão (Sobral de Monte Agraço); 2 - Junho - 2014 (fotos 1 e 2); Serra da Marofa (Figueira de Castelo Rodrigo); 27 - Maio - 2014 (foto 3)]

sábado, 3 de julho de 2021

Erva-de-Santa-Bárbara (Barbarea vulgaris)







Erva-de-Santa-Bárbara * (Barbarea vulgaris R.Br. **)
Planta bienal ou perene de vida curta, glabra, com 30 a 100cm. Caules erectos, ramificados pelo menos no terço superior; folhas basais e médias longamente pecioladas, lirado-penatissectas, com 2 a 4 pares de segmentos laterais e um segmento terminal muito maior que os laterais; as caulinares superiores sésseis, auriculadas, irregularmente fendidas ou dentadas; flores com (4) pétalas tingidas de amarelo dourado, agrupadas em inflorescência em cacho, denso na ântese e com 10 a 35 cm na frutificação; pedicelos, erecto-patentes, mais estreitos que os frutos, com 3 a 4 mm de comprimento;  frutos erectos ou erecto-patentes, com secção aproximadamente tetragonal, atenuada no ápice. 
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: espécie nativa da Europa e Ásia. Naturalizada na  África, América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.
Em Portugal encontra-se apenas no território do Continente não sendo, aparentemente, muito comum.  Ocorrência circunscrita ao Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral, Minho e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: locais húmidos e sombrios, nas margens de cursos de água, em taludes e prados, em solos siliciosos ou calcários, a altitudes até 1200m.
Floração: de Março a Julho.
*Outros nomes comuns: Erva-carpinteira; Erva-dos-carpinteiros;
**Sinonímia: Erysimum barbarea L. (Basónimo)
Nota: planta a que são atribuídas propriedades fitoterápicas: macerada com azeite é usada no tratamento de feridas. Como infusão é considerada diurética e estimulante do apetite. 
Alegadamente, as folhas podem ser usadas em saladas.
[Avistamento: concelho de Vimioso (Trás-os-Montes); 1 - Junho - 2018]
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