sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Plantas ornamentais: Cardiospermum grandiflorum

 



 





Cardiospermum grandiflorum Sw.
Planta anual ou perene, semi-lenhosa, trepadora, que pode atingir até cerca de 10m.
Família: Sapindaceae;
Distribuição: planta originária da América do Sul (Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), América Central e Caraíbas (Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Nicáragua, Panamá, Honduras e Jamaica) e América do Norte (México), entretanto introduzida, para fins ornamentais, em numerosas regiões do globo, onde se naturalizou, por vezes com tanto sucesso que, não raro, se comporta como planta invasora.
Em território português, considera-se que a planta ocorre como espécie introduzida e naturalizada apenas na Ilha da Madeira. Tal não significa, no entanto, que não seja também usada como planta cultivada para fins ornamentais, noutros pontos do território nacional.
(Local e datas das observações; Setúbal; 12 de Março e 26 de Dezembro de 2019)

domingo, 22 de dezembro de 2019

Ésula-lanosa (Euphorbia hirsuta)







Ésula-lanosa ou Titímalo-lanoso (Euphorbia hirsuta L.)
Planta perene, geralmente pelosa, mas por vezes glabrescente ou mesmo glabra, que pode atingir até cerca de 1 m de altura; caules erectos, robustos e muito folhosos, com ramos laterais férteis; folhas oblongas ou oblongo-lanceoladas, amplexicaules, serrilhadas e onduladas, pelo menos parcialmente, na margem; pleiocásio com 3 a 5 raios, primeiramente trifurcados e em seguida bifurcados 1 a 3 vezes; ciátio com nectários amarelos ou purpúreos, inteiros, sem apêndices; fruto subgloboso, sulcado, hirsuto, por vezes glabro, com lóculos arredondados com o dorso coberto de verrugas purpúreas.
Tipo biológico: hemicriptófito; 
Família: Euphorbiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. Introduzida no México, Canárias e África do Sul. 
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, concentrando-se sobretudo nas regiões mais próximas do litoral.
Ecologia/habitat: locais húmidos e subnitrófilos, ao longo de valas, rios e outros cursos de água e nas margens de lagoas e marismas, a altitudes até 700m.
Floração: ao longo de quase todo o ano, porventura com maior intensidade de Abril a Agosto.
(Local dos avistamentos, em várias datas: Parque da Paz - Almada)

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Feto-negro (Asplenium adiantum-nigrum var. corunnense)







Feto-negro ou Fento-negro  (Asplenium adiantum-nigrum var. corunnense Christ)
Feto com rizoma largo, por vezes ramificado, coberto de escamas castanho-escuras; frondes com 10 a 30 cm, com pecíolo castanho-escuro ou negro, com frequência verde na proximidade da lâmina, com cerca de metade do comprimento desta; lâmina de ovada a aproximadamente triangular, bi ou tri-pinada, com consistência algo coriácea, brilhante; com 8 a 15 pares de pinas não caudadas; pínulas com numerosos dentes no ápice; soros dorsais, oblongo-lineares. 
Tipo biológico: hemicriptófito
Família: Aspleniaceae
Distribuição: Endemismo ibérico, com ocorrência circunscrita em Portugal a Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: locais sombrios e mais ou menos húmidos em solos ultrabásicos, a altitudes desde 600 até 2600 m.
Reprodução: de Maio a Dezembro

[Local e data: Castrelos  (Bragança - Trás-os-Montes) 21 - Junho - 2019]
(Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

Botão-de-oiro (Ranunculus repens)










Botão-de-oiro *(Ranunculus repens L.)
Erva vivaz, rizomatosa, multicaule, glabrescente, ou mais ou menos densamente pilosa, com pêlos patentes ou reflexos, com apenas alguns caules erectos, ou ascendentes, floridos, com os demais rastejantes e radicantes nos nós; folhas trissectas com o segmento central maior que os outros dois,  curta, mas claramente peciolado; flores com pétalas amarelo-douradas; fruto (poliaquénio) formado por múltiplos aquénios, lenticulares, lisos, com pico direito ou apenas ligeiramente curvado no ápice. 
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Ranunculaceae;
Distribuição: Europa, Ásia, Norte de África; América. 
Em Portugal ocorre em todo o território do Continente, com excepção da região do Algarve. Presente também no arquipélago da Madeira, como espécie autóctone e no arquipélago dos Açores, como planta introduzida.
Ecologia/habitat: terrenos húmidos em pastagens, bem como nas margens de lagoas, charcos, valas, riachos e outros cursos de água, a altitudes até 2200m. Indiferente à composição do solo.
Floração: durante boa parte do ano, mas com maior intensidade de Março a Julho.
* Outros nomes comuns: Pataló;  Erva-belida, Ranúnculo-rastejante; Ranúnculo-rasteiro.
[Local e data do avistamento: Lagoa de Albufeira (terrenos circundantes); Abril - 2019]

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

Crucianela (Cruciata laevipes)

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)
Crucianela (Cruciata laevipes Opiz)
Erva perene, rizomatosa, multicaule que pode atingir até cerca de 75cm, com caules ascendentes, simples ou ramificados, tetrágonos (com ângulos engrossados), hirsutos (com pêlos patentes); folhas sésseis ou curtamente pecioladas, trinérvias, com pêlos sedosos em ambas as páginas, concentrados principalmente nas margens e nervuras; inflorescências axilares, pedunculadas, geralmente com 5 a 11 flores; pedúnculos e pedicelos hirsutos [característica bem visível numa das imagens supra (2) e que permite distinguir facilmente esta espécie da sua congénere Cruciata glabra que apresenta pedúnculos e pedicelos glabros]; flores tetrâmeras, sem cálice, com corola glabra, amarelada ou amarelo-esverdeada.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição:  Europa, com excepção da parte Norte; sul e Sudoeste da Ásia. Introduzida na América do Norte.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, com presença, aparentemente, limitada à Beira Alta, Beira Litoral e Trás-os-Montes. Ocorrência duvidosa no Algarve.
Ecologia/habitat: terrenos relvados nitrófilos em sítios húmidos e sombrios, a altitudes até 1200 m.
Floração: de Março a Agosto.

(Locais e datas dos avistamentos: Sabugal (concelho); 17 - Junho - 2014 (foto 2); Serra da Nogueira (Trás-os-Montes); Junho - 2019 (fotos restantes)

domingo, 8 de dezembro de 2019

Solda-dos-charcos (Galium palustre)

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)
Solda-dos-charcos ou Raspa-língua *(Galium palustre L.)
Erva perene, glabrescente, verde, com caules erectos ou ascendentes, simples ou ramificados que podem atingir até cerca de 100 cm: folhas sésseis, uninérvias, em geral obtusas, dispostas em verticilos de 4 a 6; flores, em geral, tetrâmeras, com corola glabra, branca, agrupadas em inflorescência sob a forma de panícula.
Em Portugal, tal como em toda a Península Ibérica, ocorrem duas variedades: a nominal, var. palustre e a var. elongatum, esta mais robusta, podendo os seus caules atingir os 100 cm, enquanto que os da variedade nominal não ultrapassarão os 80 cm. Distinguem-se também pelo habitat: enquanto a variedade nominal prefere as margens de cursos de água e terrenos temporariamente encharcados mas secos no Verão, a altitudes até 1950 m; a var. elongatum elege terrenos mais húmidos, incluindo os permanentemente inundados e até maior altitude (3300m)
Tipo biológico: geófito; helófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Europa e Ásia. Introduzida na América do Norte e Argentina.
Em Portugal distribui-se ao ao longo de todo o território do Continente, ainda que não uniformemente, pois é mais comum nas regiões do Norte e Centro do que no Sul. Presente também no arquipélago dos Açores, mas inexistente no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: zonas húmidas; margens de cursos de água, orlas de lagoas e de outros locais permanentemente inundados ou em sítios temporariamente encharcados, a altitudes até 3300m. Indiferente à natureza dos solo.
Floração: de Maio a Agosto.
Locais e datas dos avistamentos: Ribeira de Codes (Vila de Rei); 29 - Maio - 2019 (fotos 1 a 4); Lagoa de Albufeira (Sesimbra): 13 - Maio - 2019 (foto 5); concelho de Cantanhede; 27 - Maio - 2017 (foto 6).
(Clicando nas imagens, amplia)

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Plantas ornamentais: Iris unguicularis




Iris unguicularis Poir.*
Erva perene, rizomatosa, com rizoma fino; folhas lineares, ensiformes que podem atingir até cerca de 50cm; caule inexistente ou muito curto, tendo, em contrapartida, as flores (solitárias) um tubo coralino que pode ser confundido com o caule, com 6 a 28 cm de comprimento.
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae.
Distribuição: Planta nativa do Mediterrâneo Oriental e do Norte de África, é, no entanto, cultivada actualmente noutras regiões temperadas, para fins ornamentais,sendo utilizada, sobretudo, em jardins.
Floração: floresce a partir do final do Inverno e durante boa parte da Primavera.
*Sinonímia: Siphonostylis unguicularis (Poir.) Wern.Schulze.
[Local e data do avistamento: Jardim da Gulbenkian  (Lisboa); 10 - Janeiro - 2019]
(Clicando nas imagens, amplia)

terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Lavatera mauritanica subsp. davaei

  







Lavatera mauritanica subsp. davaei (Cout.) Cout.*
Erva anual ou bienal, densamente estrelado-tomentosa, com caule erecto, simples ou ramificado; folhas alternas, mais (as inferiores) ou menos (as superiores) longamente pecioladas, com limbo suborbicular ou cordado, com 5 a 7 lóbulos com rebordo crenado-dentado; flores (2 a 6) agrupadas em fascículos axilares, geralmente densos, com pedúnculos mais curtos que o pecíolo da folha axilante; epicálice, mais curto que o cálice, com 3 peças obtusas ou ligeiramente apiculadas, livres quase até à base; cálice com cinco sépalas ovado-triangulares, agudas, acrescentes na frutificação; corola com 5 pétalas levemente emarginadas, rosado-violáceas, com 3 a 4 veias de cor púrpura; fruto (esquizocarpo) formado por 7 a 9 mericarpos pubescentes.
Tipo biológico: terófito; hemicriptófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: endemismo ibérico, com ocorrência circunscrita ao Leste e Sul de Espanha e ao Sudoeste de Portugal (Algarve e Baixo Alentejo).
Ecologia/habitat: em areias depositadas por entre rochas calcárias, em arribas litorais.
Floração: de Março a Junho. 
* Sinonímia: Lavatera davaei (Boiss. & Reut.) P. Cout. (basónimo)
Nota: incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental como planta ameaçada. Categoria de ameaça IUCN : "Vulnerável".
[Local e data do avistamento: Cabo de S. Vicente (Algarve) (na imagem infra); 9 - Março - 2017]