sexta-feira, 25 de abril de 2014

Crupina-comum (Crupina vulgaris)




Crupina-comum  (Crupina vulgaris Pers. ex Cass.)
Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Asteraceae (Compositae). 
Planta de reduzidas dimensões (20 a 50 cm) com caule erecto, ramificado na parte superior; folhas caulinares sésseis, penatissectas, com segmentos lineares denticulados; flores (3 a 5) agrupadas em capítulos cilíndricos ou ovóides protegidos por brácteas involucrais oblongo-lanceoladas, desiguais, de cor verde com tons de púrpura.
Distribuição:  originária do Sul e Centro da Europa e Região Mediterrânica, entretanto naturalizada noutras partes do globo, como, p.e., os Estados Unidos da América, onde lhe é dado o tratamento de planta invasora. 
Em relação à sua distribuição em Portugal, atentando nos registos existentes no Portal da SPBotânica (Flora.on) poder-se-á concluir que, não sendo, aparentemente, uma espécie particularmente abundante,  ela distribui-se, de forma irregular, por quase todo o território do Continente. Digo "aparentemente", porque a sua reduzida dimensão e o habitat não favorecem o seu fácil avistamento.
Ecologia/habitat: pastagens e clareiras de matos, em terrenos secos e pedregosos a  altitudes até 1100m.
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data: Cabo Espichel - Serra da Arrábida: 23 - Abril - 2014)

quinta-feira, 24 de abril de 2014

terça-feira, 22 de abril de 2014

Erva-fome (Cardaria draba subsp. draba)






Erva-fome *(Cardaria draba (L.) Desv. subsp. draba** ] 
Erva vivaz, rizomatosa (tipo biológico: geófito) da família Brassicaceae (Cruciferae) com caules erectos (20 a 60 cm) simples ou ramificados na parte superior; com  folhas indivisas, as caulinares sésseis e amplexicaules, com margens onduladas e, em geral, dentadas, as basais pecioladas; e flores pequenas, com pétalas brancas, dispostas em cachos formando inflorescências densas. 
Distribuição: Embora se admita que seja originária da Europa e do Sudoeste da Ásia, a verdade é que, actualmente, a espécie conhece uma bem mais larga difusão já que se encontra em grande parte das regiões temperadas do globo. Em Portugal, ao que parece, a sua ocorrência  está limitada a parte do território do Continente (Algarve, Estremadura, Beira Litoral e Douro Litoral). 
Ecologia/habitat: espécie ruderal e nitrófila, com capacidade para sobreviver em solos com alguma salinidade, surge em bermas de estradas e caminhos e noutros locais afectados pela intervenção humana.
Floração: de Março a Julho.
* Designação encontrada em mais que uma fonte, onde, todavia, não achei explicação para um nome com conotação tão pouco agradável. Poder-se-ia supor que a atribuição de um tal nome tivesse a ver com a utilização da planta para fins alimentares, porventura, em épocas de fome, mas não encontrei confirmação pra uma tal hipótese. 
**Sinonímia: Lepidium draba L. (Basónimo)
(Local e data: Serra de Montejunto; 21 - Abril - 2014)

Adenda:
Foto adicionada em 16  Maio - 2014

(Planta em frutificação)

domingo, 20 de abril de 2014

Rara e recatada













Euphorbia pedroi * Molero & Rovira
Rara, digo eu, porque se trata de um endemismo português com distribuição limitada ao litoral do concelho de Sesimbra, desde o "Alto da Califórnia até ao promontório do Cabo Espichel" (in Flora da Arrábida - guia de campo, de José Gomes Pedro e Isabel Silva Santos) e recatada, porque, tendo o seu habitat em falésias e arribas marítimas, sobre solos rochosos e pedregosos de origem calcária, em recantos isolados e a que se acede com algum grau de dificuldade, não é fácil avistá-la. Isto digo eu novamente, porque, apesar de ser um visitante habitual das paragens onde tem o seu habitat, só recentemente consegui encontrá-la. 
Apresenta-se sob a forma de um pequeno arbusto que pode atingir até cerca de 2m, geralmente muito ramificado, com ramos grossos, com casca rugosa e  escura.
Floração de Março a Agosto.
*Pedroi, epíteto específico atribuído em homenagem a José Gomes Pedro, "agrónomo/botânico português, estudioso da flora e vegetação da Arrábida e de Moçambique"(fonte)
(Local e data ; Cabo Espichel - 17 - Abril - 2014)

Local onde:



(Clicando nas imagens, amplia)

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Smyrnium perfoliatum

 




Smyrnium* perfoliatum L.
Erva bienal (tipo biológico: hemicriptófito) da família Apiaceae (Umbelliferae) com caules com 30 a 60 cm, erectos, ramificados na metade ou no terço superior; folhas basais penatissectas, com contorno triangular e segmentos ovados com margens serradas ou crenadas; folhas caulinares, em geral, indivisas, por vezes, trilobadas, alternas, amplexicaules, com margens serradas ou crenadas, raramente inteiras; flores dispostas em umbelas compostas (com 4 a 8 raios) por umbélulas com 10 a 20 raios.
Distribuição: Centro e Sul da Europa e Região Mediterrânica.
Em Portugal, se bem que os registos de ocorrência da espécie existentes no portal da SPBotânica (Flora.on) estejam concentrados no Centro Oeste do território do Continente, as fontes consultadas dão conta duma distribuição mais ampla  incluindo o Algarve, o Alto Alentejo, a Estremadura, o Ribatejo e a Beira Litoral. 
Ecologia/habitat: lugares frescos e algo sombrios, preferentemente sobre substrato calcário, a altitudes entre 200 e 1350m.
Floração: de Março a Junho.
(* Género pouco numeroso que apenas inclui 7 espécies, 5 existentes na Europa, estando presentes na Península Ibérica apenas 2 (in Flora Ibérica), tantas quantas as existentes em território português, onde além do S. perfoliatum, ocorre também e com frequência muito superior, o S. olusatrum.)
(Local e data: Serra de Montejunto; 15 - Abril - 2014)

Lugar onde:

(Vista parcial da ruínas do Convento Dominicano de Nossa Senhora das Neves, no alto da Serra de Montejunto)

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Goivinho-da-praia (Malcolmia triloba)








Goivinho-da-praia * [Malcolmia triloba (L.) Spreng.]
Erva anual ou perene (tipo biológico: terófito, ou hemicriptófito) da família Brassicaceae.
Planta de reduzidas dimensões (8 a 40 cm, segundo a Flora Ibérica) com caules erectos, simples, ou ramificados a partir da base, revestida de tomento acinzentado.
Apresenta grande variabilidade, mesmo no interior de cada população, designadamente, no que respeita à forma das folhas, à cor e dimensões das pétalas, o que leva a citada Flora Ibérica a recusar, sem um estudo mais aprofundado, o reconhecimento da existência, além da nominal,  de mais duas subespécies (ssp. patula e ssp. gracilima, esta tida na conta de endemismo português circunscrito às areias pliocénicas e paleodunas do litoral alentejano e da costa ocidental do Algarve).
Distribuição: espécie originária da Península Ibérica, entretanto, naturalizada em Marrocos.
Ecologia/habitat: terrenos arenosos, por vezes, pedregosos, no litoral ou no interior. 
Floração ao longo de quase todo o ano.
* Outros nomes comuns: Goiveiro-da-praia; Goiveiro-do-reino; Goivos.
(Local e data: margem sul do Estuário do Sado; 21 - Março - 2014)
(Clicando nas imagens, amplia)

sábado, 12 de abril de 2014

Moscardo-maior (Ophrys fusca subsp. dyris)





Moscardo-maior, ou Moscardo-fusco [Ophrys fusca Link subsp. dyris (Maire) Soó]
Das três subespécies de Ophrys fusca que ocorrem em território português, já aqui haviam sido publicadas fotos quer da subespécie nominal (Ophrys fusca fusca) quer da subsp. binulunata. Para completar a série faltavam, pois, as fotografias da subsp. dyris, falta que, se não estou em erro quanto à identificação da subespécie em questão, fica agora remediada com a publicação das fotografias supra, obtidas nas proximidades do Castelo de Paderne, durante uma breve e recente passagem pelo Algarve.

Lugar onde:
Castelo de Paderne