sábado, 31 de outubro de 2020

Reseda-brava (Reseda media)




Reseda-brava (Reseda media Lag.)
Erva anual ou bienal, raramente com maior duração, multicaule, com caules com 30 a 70 cm, prostrados ou prostrado-ascendentes, raramente erectos, glabros, papiloso-hispídulos, pouco ramificados na metade superior; folhas basais inteiras ou quase inteiras, dispostas em roseta, as médias e superiores, alternas, geralmente trissectas ou pinatissectas, com 1 a 3 pares de segmentos laterais e um terminal mais comprido e mais largo que os laterais; inflorescência em cacho especiforme;  flores hermafroditas com 6 sépalas persistentes, pouco acrescentes na frutificação e 6 pétalas brancas, unguiculadas, com o limbo profundamente dividido em 5 a 8 lacínias; fruto com a forma de cápsula ovóide-globosa, tridentada no ápice, glabra ou papilosa; sementes reniformes, rugosas.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
FamíliaResedaceae;
Distribuição: Sudoeste da Europa, Noroeste de África.
Em Portugal, ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e, como espécie introduzida, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: clareiras de matos, baldios, campos agrícolas abandonados ou em pousio, taludes, bermas de estradas e caminhos, geralmente em solos arenosos, nitrificados, algo húmidos e ácidos, a altitudes até 1000m.
Floração: ao longo de grande  parte do ano, com maior intensidade de Janeiro a Agosto.
[Local e data do avistamento: Serra de Alvelos (concelho da Sertã); 3 - Maio - 2020]
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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Serradela-amarela (Ornithopus compressus)







Serradela-amarela * (Ornithopus compressus L.)
Erva anual, com indumento viloso mais ou menos denso; caules erectos, decumbentes ou ascendentes, com 4 a 75 cm; folhas com 8 a 18 pares de folíolos densamente vilosos em ambas as páginas; flores com corola amarela, dispostas em grupos de até 5, em inflorescências axilares, pedunculadas; fruto (vagem) falciforme, comprimido (compressus) lateralmente, apenas levemente contraído entre as sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Região Mediterrânica e Macaronésia.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em todo o território do Continente bem como no arquipélago da Madeira. Como planta introduzida está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: relvados e pastagens anuais, preferentemente em solos siliciosos, a altitudes até 1500 m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
* Outros nomes comuns: Trevo-pé-de-pássaro; Serradela-estreita; Serradela-brava; Serrim.
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sábado, 24 de outubro de 2020

Amor-de-hortelão (Galium aparine)







Amor-de-hortelão * (Galium aparine L.)
Erva anual,  uni ou multicaule, trepadora,  escábrida (= àspera ao tacto), com caules em geral ascendentes e  ramificados, que podem atingir até 170 cm; folhas em geral sésseis, mas, no restante, com características bem distintas, consoante as subespécies:  oblongo-obovadas ou obovadas, dispostas em verticilos de 6 a 8, com 3 a 9 mm de largura, obtusas, contraídas repentinamente em arista (subespécie nominal); ou lineares, linear-oblanceoladas, ou linear-elípticas, dispostas em verticilos de 6 a 9, com 0,4 a 3 mm de largura, agudas, contraídas gradualmente em arista (subespécie spurium); flores hermafroditas, tetrâmeras, com corola glabra, branca, esverdeada ou verde-amarelada, com 1,5 a 3 mm de diâmetro; frutos cobertos de pêlos sedosos terminando em gancho, forma que permite que os frutos se prendam às roupas das pessoas ou à pelagem dos animais, favorecendo grandemente a sua dispersão.
Tipo biológico: terófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Europa, Ásia, Região Mediterrânica e Macaronésia. Introduzida em numerosas outras regiões do globo, é actualmente considerada como planta subcosmopolita.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, quer em todo o território do Continente, onde é muito comum, quer no arquipélago da Madeira. Presente também no arquipelago dos Açores, como espécie introduzida. 
Ecologia/habitat: planta ruderal e arvense, ocorre em campos cultivados e incultos, baldios, sebes, entulheiras e noutros locais perturbados, a altitudes até 2600m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Julho.
[Local e data do avistamento: Troviscal (Sertã); 19 - Abril - 2020] 
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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Loto-de-Coimbra (Lotus conimbricensis)


 




Loto-de-Coimbra (Lotus conimbricensis Brot.)
Erva anual, glabra, eventualmente com alguma pelosidade dispersa, com caules erectos ou ascendentes que podem atingir até cerca de 30cm; folhas com cinco folíolos; inflorescências compostas por 1 ou 2 flores e bráctea trifoliolada; flores com corola esbranquiçada ou rosada, com veias no estandarte; fruto cilíndrico e, em geral, marcadamente recurvado, com 20 a 40 sementes. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Sul da Europa; Sudoeste da Ásia e Norte de África.
Em Portugal, ocorre, como espécie autóctone, na maior parte do território do Continente e, como espécie introduzida, no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: pastagens, terrenos cultivados, incultos e em pousio, em locais sombrios e com alguma humidade, em solos preferentemente arenosos e ácidos, a altitudes até 1000 m.
Floração: de Março a Junho.
[Local e data do avistamento: Marmeleiro (Sertã); Maio - 2020]
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terça-feira, 20 de outubro de 2020

Cardo-amarelo (Carlina hispanica)







Cardo-amarelo(Carlina hispanica Lam. **)
Planta herbácea, perene, rizomatosa, espinhosa, com caules erectos, geralmente ramificados, frequentemente a partir da base, podendo atingir até cerca de 85 cm de altura;  folhas sésseis, rígidas, espinhosas, com margem sinuado-dentada; flores amarelas, reunidas em capítulos, apresentando estes brácteas interiores de cor dourada.
Tipo biológicohemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição geral; Península Ibérica e Noroeste de África
Distribuição em Portugal;  é uma planta que se encontra com frequência em grande parte do território do Continente;
Habitat: clareiras de bosques e matagais, terrenos baldios e em pousio, dunas, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1700 m. Indiferente à  natureza dos solos; 
Floração: de Maio a Setembro;
*Outros nomes comuns:  CardolCardo-dos-cachosEspinho-de-cabeça;
** Sinonímia: Carlina corymbosa subsp. hispanica (Lam.) A. Bolòs & Vigo
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quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Trevo-istmocarpo (Trifolium isthmocarpum)





Trevo-istmocarpo  (Trifolium isthmocarpum Brot.)
Erva anual, glabra ou glabrescente, com caules prostrados, ascendentes ou erectos, com 8 a 75 cm; folhas trifolioladas, alternas, pecioladas, estipuladas; folíolos glabros, ovados, elípticos ou obovados, quase sésseis, com margem serrilhada; estípulas membranáceas, com ponta assovelada; inflorescências axilares ou aparentemente terminais,  capituliformes ou especiformes, ovóides na floração, cilíndricas ou subglobosas na frutificação, com pedúnculos que podem atingir até 12 cm; flores com cálice glabro,  actinomórfico, cilíndrico, com  tubo com 10 nervuras e segmentos subiguais, triangulares, com margens membranáceas e com corola branca, rosada ou purpúrea, com estandarte livre, com 8 a 12 mm de comprimento, cerca do dobro do do cálice; fruto (vagem) contraído * entre as sementes.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
DistribuiçãoPenínsula Ibérica, Córsega, Itália, Sicília, Noroeste de África, Turquia e Macaronésia.
Em Portugal ocorre, como planta autóctone, no território do Continente (Algarve, Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo,  Beira Alta, Beira Baixa, Beira Litoral e Douro Litoral) e como introduzida e naturalizada no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: prados, bermas de caminhos, em locais húmidos, incluindo em solos arenosos com alguma salinidade, a altitudes até 900m.
Floração: de Março a Junho.
* Característica que estará na base da atribuição do qualificativo isthmocarpum pelo descritor da espécie, o botânico português Félix de Avelar Brotero.
(Local e data: Estuário do Sado; 20 - Abril - 2016)
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segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Trevo-dos-prados (Trifolium pratense)



Trevo-dos-prados *(Trifolium pratense L.)
Erva perene, glabra ou pilosa (com pêlos aplicados ou patentes), com caules erectos ou ascendentes, com 6 a 110cm; folhas alternas, pecioladas, estipuladas, trifoliadas, com folíolos ovados ou suborbiculares (os das folhas inferiores) elípticos ou obovados (os das folhas superiores); inflorescências capituliformes, ovóides ou globosas, geralmente com invólucro formado pelas estípulas das folhas superiores, por vezes sem invólucro; flores com cálice campanulado e corola purpúrea ou rosada. 
Tipo biológico: Hemicriptófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Europa; Centro e Oeste da Ásia; Noroeste de África e Macaronésia. Introduzida e naturalizada noutras regiões do globo. 
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em todo o território. Presente também arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat:  terrenos relvados, prados e pastagens, em solos húmidos, nitrificados, a altitudes até 2600m.
Floração: ao longo de boa parte do ano, mas com maior intensidade de Abril a Outubro.
*Outros nomes comuns: Pé-de-lebre; Trevo-comum; Trevo-ribeiro; Trevo-roxo; Trevo-violeta.
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sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Lírio-dos-tintureiros (Reseda luteola)








Lírio-dos-tintureiros * (Reseda luteola L.)
Planta anual ou bienal, com caules erectos, glabros, simples ou ramificados que podem atingir até cerca 100cm de altura; folhas inteiras, com margem geralmente ondulada; inflorescência em cacho especiforme, densa; flores hermafroditas, tetrâmeras, com 4 sépalas persistentes e 4 pétalas amarelas ou branco-amareladas; fruto (cápsula) subgloboso, glabro ou papiloso, com sulcos profundos; sementes ovóides, lisas, escuras, brilhantes.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Resedaceae;
Distribuição: Europa, Norte de África, Oeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida e naturalizada na América.
Em Portugal, ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e no arquipélago da Madeira e como planta introduzida no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: planta arvense e ruderal, presente em campos cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, entulheiras, preferentemente em solos arenosos, a altitudes até 1700m.
Floração: ao longo de boa parte do ano, com maior intensidade de Fevereiro a Setembro.
Observação: planta outrora cultivada para obtenção de um corante amarelo usado em tinturaria.
* Outros nomes comuns: Erva-dos-ensalmos; Gauda.