domingo, 21 de junho de 2015

Linaria bipunctata subsp. glutinosa










Linaria bipunctata (L.) Chaz. subsp. glutinosa (Hoffmanns. & Link) D.A.Sutton *
Erva anual, bienal, por vezes, perene (tipo biológico: terófito ou hemicriptófito) com caules mais ou menos erectos,  simples ou ramificados, densamente glanduloso-pubescentes, com  5 a 45 cm.
Família;Plantaginaceae.
Distribuição: É um endemismo lusitano, com ocorrência limitada aos areais da "faixa costeira a sul do Sado"(fonte), quer nas dunas secundárias, quer na faixa interdunar.
Floração:de Abril a Julho, sem prejuízo de poder encontrar-se, ainda que esporadicamente, uma ou outra planta em floração, ao longo de quase todo o ano.
* Sinonímia: Linaria ficalhoana Rouy
[Local e data: Praia das Carretas a sul da Lagoa de Santo André (Sines); 20 - Maio - 2015)]

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Dedaleira-menor (Gratiola linifolia)








Dedaleira-menor *(Gratiola linifolia Vahl )
Erva perene, (tipo biológico: helófito) com caules erectos (com 15 a 40cm) glabros na base, puberulento-glandulosos na parte superior; folhas lineares ou lanceoladas, um tanto carnudas.
O hábito desta espécie é bastante semelhante ao da sua congénere  Gratiola officinalis. Apresenta, no entanto, características que permitem, mesmo a olho nu, saber qual a espécie que temos entre mãos. Recorremos uma vez mais ao portal da SPBotânica (Flora.on). Diz-nos esta fonte que a G. linifolia possui "pedicelos, cálices e bractéolas com pêlos glandulosos curtos", peças que na G. officinalis são glabros. Por outro lado, segundo a mesma fonte, enquanto na G. linifolia as bractéolas são mais curtas que as sépalas, na G. officinalis, as bractéolas ou são iguais ou mais compridas que as sépalas.
Família: Plantaginaceae
Distribuição: Endemismo ibérico, com ocorrência limitada ao Centro Oeste e Sudoeste da Península Ibérica. Em Portugal, ainda que, tendo em conta a escassez de registos existentes no Flora.on , possa não ser muito comum,, distribui-se de forma descontínua, desde o Algarve até Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat; cursos de água (margens e leitos de cheia) zonas pantanosas e/ou encharcadas, preferentemente em substratos siliciosos, em locais até aos 900 de altitude.
Floração: de Maio a Agosto.
*Outros nomes comuns: Cinifólio; Erva-do-pobre; Gracíola; Lenifólio
(Local e data: Ribeira do Vascão - Algarve; 27 - Maio - 2015)
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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Orquídea de Verão.



Spiranthes aestivalis (Poir.) Rich.
Erva perene, com 2 a 4 tubérculos, caule erecto com 9 a 30cm, cilíndrico, liso e glabro; folhas basais linear-lanceoladas; flores (com pétalas esbranquiçadas) dispostas em espiral. 
Tipo biológico: geófito;
Família: Orchidaceae;
Distribuição: Centro e Sudoeste da Europa; e costas mediterrânicas do Noroeste de África. 
Em Portugal, embora aparentemente não seja muito comum, pode encontrar-se no território do Continente, embora de forma descontínua, desde o Algarve até Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: em lugares húmidos, desde turfeiras a juncais, prados e pastagens, com frequência nas margens e no leito de cheia de cursos de água, a altitudes até 1200m.
Floração: de Maio a Agosto.
(Local e data: Ribeira do Vascão - Algarve; 27 - Maio - 2015)
(Fontes consultadas: Flora.on; Flora Iberica)

domingo, 14 de junho de 2015

Dianthus crassipes





Dianthus crassipes R.Roem.
Planta perene, cespitosa, com cepa algo lenhosa, com ramos florais, mais ou menos ascendentes que podem atingir até cerca de 70 cm.
Tipo biológico: Caméfito;
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: Endemismo ibérico, com ocorrência limitada ao sul da Península Ibérica. Em Portugal surge apenas no Algarve e no Baixo Alentejo.
Ecologia/habitat: em matagais pouco densos e em locais rochosos, frequentemente, xistosos, a altitudes que podem ir até aos 1800m. 
Floração: de Abril a Agosto.
(Local e data: Ribeira do Vascão - Algarve; 27 - Maio - 2015)
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quarta-feira, 10 de junho de 2015

Clematis flammula

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Clematis flammula L.
Planta trepadora, com caules lenhosos; folhas penatissectas com lóbulos peciolados e, geralmente, inteiros; flores com 4 ou 5 pétalas brancas, ou branco-amareladas, agrupadas em cimeiras paniculiformes.
Família: Ranunculaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica e Ásia, desde o Ocidente até ao Irão.
Em Portugal, pelo que diz respeito ao território do Continente, a ocorrência da espécie, como planta autóctone, parece estar limitada ao Algarve e Baixo Alentejo. Os registos existentes no portal da SPBotânica (Flora.on) apontam nesse sentido. Como espécie introduzida está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: sebes; orlas e clareiras de bosques e matagais, até à altitude de 1300m.
Floração: de Abril a Agosto.
Observação: todas as partes da planta, em fresco, são tóxicas. Alegadamente, depois de secas, podem servir de alimento para o gado.
[Local e data: Barrocal do Algarve ; Março - 2014 (fotos 2 e 3); Maio - 2015 (fotos restantes)]
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terça-feira, 9 de junho de 2015

Epilobium hirsutum




Epilóbio-eriçado * Epilobium hirsutum L.   
Erva perene, estolhosa (tipo biológico:  helófito e hemicriptófito) com caules erectos muito ramificados, amplamente revestidos por pêlos compridos (0,5 a 1,7mm) não glandulíferos a par de outros grandulíferos bem mais curtos (0,1 a 0,3mm), caules que podem elevar-se até 2m ou um pouco mais.
Família: Onagraceae;
Distribuição: A espécie encontra-se dispersa por uma boa parte do globo, como planta autóctone (Europa, Ásia, e África), ou como espécie introduzida (América do Norte). No que respeita a Portugal há registos da sua presença em quase todo o território do Continente. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: margens e leito de regatos e ribeiros; superfícies de águas paradas, mais ou menos eutrofizadas, bem como em locais perturbados com elevada humidade no solo. Altitude: até aos 1500m.
Floração: de Maio a Outubro.
(Local e data; terreno alagado na proximidade da Lagoa de Santo André;20 - Maio - 2015)  
(Fontes consultadas: Flora.onFlora Iberica)

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Abrótea-da-serra-da-Gardunha*

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(Asphodelus bento-rainhae P.Silva** subsp. bento-rainhae)
Erva perene, rizomatosa (tipo biológico: geófito), glabra, com caule liso que pode elevar-se até aos 150cm de altura.
Família: Xanthorrhoeaceae.
É um endemismo lusitano, com distribuição muito limitada, porque circunscrita à vertente norte da Serra da Gardunha (Beira Baixa) desenvolvendo-se desde os 550 até aos 800 m de altitude, em bosques de carvalhos e de castanheiros, em orlas de cerejais, bermas de estradas e caminhos, em solos com alguma profundidade derivados de xistos e granitos.
Trata-se de uma espécie considerada "Em Perigo Crítico de Extinção" pelos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e incluída como Prioritária do Anexo II da Directiva Habitats.
Dentre as características próprias da espécie que mais facilmente permitem distingui-la das congéneres que ocorrem na mesma área de distribuição, a que que oferece ao observador maior certeza é, seguramente, a forma dos frutos  (cápsulas mais largas do que compridas, profundamente umbilicadas e acentuadamente trilobadas), forma que os torna inconfundíveis em relação aos frutos de toda a concorrência. Antes da frutificação, a cor das brácteas (negras ou castanho-escuras)  é talvez a caraterística própria da espécie mais facilmente perceptível.
Floração: de Abril a Junho.
(* Por estranho que pareça este endemismo português não tem designação comum em língua portuguesa. A adopção de uma designação como a usada no título, "Abrótea-da-serra-da-Gardunha" ou de uma mais simples como "Abrótea-da-Gardunha" não só não tem nenhum inconveniente, como tem inteira justificação, já que "Abrótea" é designação comum das espécies do género Asphodelus e Gardunha é precisamente o local de origem da espécie.)
(** O descritor é o botânico português António Rodrigo Pinto da Silva.)
[Local e datas: Serra da Gardunha; 16 - Abril - 2015 (fotos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 13); 30 - Abril - 2015 (fotos 7 e 8); 1 - Junho - 2015 ( fotos 9, 10 e 11)].