terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Fumária-dos-campos (Fumaria agraria)








 Fumária-dos-campos (Fumaria agraria Lag.)
Erva anual, trepadora, podendo, por vezes, limitar-se a alastrar os ramos pelo terreno circundante; folhas multipenatissectas; flores com pétalas exteriores de cor branca, mais ou menos homogénea; as  interiores com ápice tingido de púrpura escuro, podendo evoluir para rosado; sépalas persistentes durante a frutificação, brácteas com comprimento igual a metade ou semelhante ao dos pedicelos frutíferos, apresentando-se estes engrossados no ápice; inflorescência em cacho com 14 a 25 flores; fruto com uma ligeira depressão no bico.
Tipo biológico: terófito;
Família: Papaveraceae;
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e com presença limitada ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo.
Ecologia/habitat: sebes, tapumes, muros e valetas, na orla de campos agrícolas e matagais, preferentemente em solos ácidos.
Floração: de Novembro a Julho.
(Local e data do avistamento: Trafaria (Almada); 25 - Fevereiro - 2019)

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Alegra-campo (Asparagus asparagoides)

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Alegra-campo ou Alegra-campo-de-folhas miúdas [Asparagus asparagoides ( L. ) Druce *]
Arbusto glabro, provido de rizoma donde emerge um único caule cilíndrico, volúvel, ramificado que pode atingir até 150cm; folhas escamiformes, nem sempre persistentes; cladódios ["ramos (...) morfologicamente similares a folhas"] ovado-lanceolados, inermes, verdes, persistentes, com numerosos nervos paralelos; flores hermafroditas com 4 a 6  tépalas brancas com um nervo central verde; fruto (baga) com 6 a 8 mm, avermelhado na maturação. 
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Asparagaceae;
Distribuição: espécie originária da África do Sul, entretanto introduzida para fins ornamentais  em diversas partes do mundo e, na sequência, naturalizada em várias regiões, em alguns casos, como na Nova Zelândia e na Austrália, com tanto sucesso que nesses países é já considerada como planta daninha. 
Em Portugal é dada como presente na Estremadura, encontrando-se, segundo esta fonte,  naturalizada há várias décadas nos arredores de Lisboa.
Ecologia/habitat; bosques e matagais termófilos, a altitudes até 100m.
Floração: de Fevereiro a Junho.
* Sinonímia: Medeola asparagoides L. (basónimo)
[Locais e datas: Almada; 19 - Abril - 2018 (foto 5); Seixal; 5/20 - Fevereiro - 2019 (fotos restantes)]

sábado, 23 de fevereiro de 2019

Ranunculus omiophyllus







Ranunculus omiophyllus Ten.
Erva anual ou vivaz, prostrada, com folhas laminares com 3 a 5 lóbulos, apresentando estes a particularidade de serem mais estreitos na base; flores com 5 pétalas brancas, ovadas, glabras, não contíguas, 2 a 3 vezes maiores que as sépalas.
Tipo biológico: helófito,ou hidrófito.
Família: Ranunculaceae;
Distribuição: Europa atlântica, desde o Norte de França até Portugal; Sul de Itália e Sicília; Norte de África.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, sendo a sua presença raríssima nas regiões a sul do Tejo.
Ecologia/habitat: águas lentas ou mesmo paradas em pequenos cursos de água, charcas, fontes ou nascentes; terrenos lodosos; frequentemente em ambientes perturbados e com preferência por solos ácidos e pobres em minerais. 
Floração: de Janeiro a Agosto.
[Local e data do avistamento: Serra do Caramulo; 26 - Agosto - 2017]
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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Stellaria graminea








Stellaria graminea L.
Erva vivaz, rizomatosa, glabra; caules com 15 a 50 cm, ascendentes, ramificados e com frequência entrelaçados com outras ervas circundantes; folhas sésseis, lineares ou oblongo-lanceoladas, 4 a 15 vezes mais compridas que largas; flores com (5) pétalas brancas, profundamente bipartidas, cujo comprimento excede, em geral, o das sépalas.
FamíliaCaryophyllaceae;
Tipo biológico: hemicriptófito:
Distribuição: espécie nativa da Europa e Ásia. Introduzida na América do Norte.
Em Portugal ocorre como planta autóctone no território do Continente, mas apenas em algumas regiões: Alto Alentejo, Beira Baixa, Beira Alta, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e Trás-os-Montes. Inexiste, quer no arquipélago da Madeira, quer no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: locais húmidos e sombrios a altitudes até 2000m.
Floração: de Maio a Agosto.
[Local e datas: Sabugal (concelho); 15/20 - Junho - 2013]
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019

Rosmaninho-maior (Lavandula pedunculata)










Rosmaninho-maior ou Arçã [Lavandula pedunculata (Mill.) Cav.]
Pequeno arbusto perenifólio, aromático, tomentoso, em geral, muito ramificado, que pode atingir até cerca de 100cm; folhas tomentosas, inteiras, aproximadamente lineares, frequentemente com margens revolutas; flores pequenas (com corola em tons de violeta-escuro com cerca de 5mm de diâmetro) agrupadas em inflorescências espiciformes, compactas, ovoides ou cilíndricas, encimadas por brácteas semelhantes no seu conjunto a penachos de cor violeta ou púrpura, assentando as espigas em longos pedúnculos sempre com mais do dobro do comprimento das inflorescências.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Lamiaceae;
Distribuição: Península Ibérica e Norte de África.
Espécie muito comum em Portugal ocorrendo  em todo o território do Continente. Todavia, é inexistente, quer no arquipélago da Madeira, quer no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: terrenos de matos baixos, pobres; campos agrícolas abandonados, em substratos preferentemente ácidos ou arenosos, a altitudes até 1700 m.
Floração: de Fevereiro a Setembro.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Plantas ornamentais: Abélia (Linnaea × grandiflora)



 




Abélia [Linnaea × grandiflora (Rovelli ex André) Christenh.; sin.: Abelia × grandiflora ( Rovelli ex André ) Rehder]
Arbusto muito ramificado, da família  Caprifoliaceae que pode atingir até cerca de 3 m de altura. Apresenta folhas ovadas, muito brilhantes; flores grandes ( com cerca de 2 cm de diâmetro) e numerosas, agrupadas em cimeiras axilares ou terminais, com corola branca ou rosada, formada por 5 pétalas soldadas, com lóbulos arredondados, tendo o interior, na parte mais larga, coberto por densa pilosidade.
Trata-se de um híbrido resultante do cruzamento de duas espécies do género Linnaea (antes: Abelia), a saber:  Linnaea chinensis (antes: Abelia chinensis) x Linnaea uniflora (antes: Abelia uniflora), híbrido que terá sido criado em Itália no ano de  1886 (fonte).
Como planta ornamental é usada sobretudo na formação de sebes vivas e na cobertura de muros e paredes em parques e  jardins e também  noutros locais,  designadamente em arruamentos urbanos.
A propagação é feita por estacas.
(Fotos obtidas em local público, em Almada; 4 - Maio - 2018)
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