sexta-feira, 29 de julho de 2011

Delphinium pentagynum








Delphinium pentagynum Lam.

Planta herbácea, vivaz, da família Ranunculaceae, apresenta caules delgados, simples ou pouco ramificados, com 30 - 70 cm de altura; folhas dimórficas, as inferiores  pecioladas e palmatipartidas, as superiores sésseis ou quase sésseis e palmatissectas; flores coloridas de azul-violeta, geralmente, carregado, por vezes, pálido, com pétalas internamente ciliadas e esporão, dispostas em cacho.
Distribui-se pelo centro-oeste e sul da Península Ibérica e pelo norte de África. Em Portugal encontra-se no centro-oeste e sul do território do Continente. Tem o seu habitat preferencial em terrenos incultos, em clareiras de matos e relvados, sobre solos secos de natureza calcária.
Floração: entre maio e julho.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 20 e 29 - maio - 2011)
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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Erva-pinheira (Sedum sediforme)


Erva-pinheira [Sedum sediforme (Jacq.) Pau]
Planta da família Crassulaceae, a Erva-pinheira, também conhecida pela designação comum de Pinheirinho-das-areias é uma herbácea vivaz, com caules floríferos que podem atingir até 60 cm de altura, e caules estéreis muito mais curtos; folhas geralmente ovóide-lanceoladas, carnudas, sésseis e dispostas alternadamente ao longo dos caules floríferos e imbricadas nos ramos estéreis; flores sem brácteas e corola composta por pétalas amarelo-cremosas, dispostas em inflorescências corimbiformes.
Distribui-se por toda a Região Mediterrânica, França (centro) e norte de Espanha. Em Portugal, embora possa ocorrer noutras regiões, é mais frequente no litoral centro e sul.
Adaptada a diversos habitats, esta planta pode encontrar-se em pinhais e matagais, em solos geralmente secos, pobres e mesmo rochosos. É, no entanto, mais abundante em terrenos arenosos do litoral que coloniza a partir das zonas interdunares.
Floresce de junho a setembro.
SinonímiaSempervivum sediforme Jacq.; Sempervivum altissimum Poir.
(Local e data: Fonte da Telha - Almada; 26 - julho - 2011)
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segunda-feira, 25 de julho de 2011

Viola langeana

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Viola langeana Valentine
Seguindo a pista deixada aqui, lá fui eu de abalada até à Serra da Estrela para encontrar esta espécie da família Violaceae que é, segundo a Maria Carvalho (link supra), "um endemismo peninsular [que] ocorre  na metade oeste do Sistema Central Ibérico", informação que também encontrei aqui
Depois dumas quantas voltas nas imediações da Lagoa Comprida que se revelaram infrutíferas, acabei por deparar com ela, por acaso, à beira da estrada, no trajecto Lagoa Comprida - Torre, já depois de abandonadas as buscas. Aí estão as fotos 1, 2 e 3 a documentar o encontro que teve lugar a 17 de junho.
Curiosamente, uns dias depois (23 de junho) vim a encontrar na Serra de Malcata, ao longo dum caminho de terra batida, numa encosta a nascente da povoação que dá o nome à serra (Malcata) numerosas plantas (fotos 4,5,6 e 7) que suponho pertencerem à mesma espécie, embora as flores apresentem algumas diferenças em relação às flores das plantas encontradas na Serra da Estrela. Com efeito, enquanto aquelas   apresentam estrias apenas nas pétalas inferiores, nas flores da Serra da Estrela as estrias são visíveis quer nas pétalas inferiores, quer nas pétalas laterais, diferença que não será, suponho, suficiente para classificar aquelas como pertencentes a uma espécie diferente. Tratar-se-á, quando muito, duma variedade, ou, quiçá, duma subespécie diferente.
A ser certa a minha suposição, então ter-se-á de concluir que a distribuição da Viola langeana, não está limitada, em Portugal, à Serra da Estrela, como sugere a Maria Carvalho. Permanece, em todo caso, de pé a afirmação de que se trata dum endemismo peninsular limitado ao Sistema Central Ibérico, visto que a Serra de Malcata se integra, tal como a Serra da Estrela, em tal sistema.
Floresce de março a agosto
SinonímiaViola caespitosa Lange in Willk. et Lange, nom. illeg., non D. Don; Viola caespitosa Lange, nom. illeg. var. condensata Henriq.; Viola caespitosa Lange, nom. illeg. var. laxa Henriq.;Viola lutea auct. lusit.
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sábado, 23 de julho de 2011

Cardo-azul (Carduncellus caeruleus)




Cardo-azul (Carduncellus caeruleus (L.) K. Presl; Sin. : Carthamus caeruleus L., Kentrophyllum caeruleum (L.) Gren. & Godr.; Onobroma caerulea (L.) Gaertn.]
Planta da família Asteraceae, de dimensões modestas (20-60cm de altura) o Canduncellus caeruleus apresenta, geralmente, caules simples, cobertos, em parte, com pelos esbranquiçados; folhas dentadas, munidas com espinhos nas margens; e flores azuis reunidas em capítulos terminais.
Distribui-se por grande parte da Região Mediterrânica e  Ilhas Canárias. Em Portugal ocorre, sobretudo no centro oeste e no sul do território do Continente, em terrenos cultivados e incultos, manifestando preferência, segundo me parece, por solos calcários com alguma profundidade e boa exposição solar.
Floresce de maio a julho.
(Local e data: Serra da Arrábida; maio 2011) 
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sexta-feira, 22 de julho de 2011

Alho-rosado (Allium roseum)


Alho-rosado* (Allium roseum L.)
Erva vivaz, bolbosa, da família Alliaceae, apresenta 2 a 4 folhas lineares na base, haste floral entre 25 a 70cm de altura, flores dispostas em inflorescência simples. É um espécie nativa da Rregião Mediterrânica, sendo, no entanto, cultivada noutras regiões, como planta ornamental. Em Portugal encontra-se desde o Alto Douro  (Terra Quente) até ao Algarve, ocorrendo, sobretudo, em terrenos incultos, em locais ensolarados, secos e pedregosos.
Floresce de março a junho.
(*Também designado por Alho-róseo)
(Local e data: Serra da Arrábida; 15 - abril - 2011)
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segunda-feira, 18 de julho de 2011

Silene nicaeensis


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(Silene nicaeensis All.)

Não é fácil para um leigo distinguir uma espécie, dentre as várias dezenas do género Silene que ainda ousam florir por estas bandas. Suponho, em todo o caso, confortado com o facto de não serem muitas as espécies do género que se atrevem a implantar-se nas areias do litoral, que não estarei errado se disser que a espécie reproduzida nas imagens supra dá pelo nome de científico de Silene nicaeensis All., designação que, baseado neste site, suponho ser equivalente à de  Silene niceensis All., adoptada por alguns autores.
Trata-se duma planta herbácea anual, da família Caryophyllaceae, hirsuta, gandulosa-viscosa, amante do sol e das areias das praias que é onde tem o seu habitat. 
Distribui-se pelo litoral da Região Mediterrânica Ocidental e da Grécia. Em Portugal encontra-se desde o Minho ao Algarve. No local onde a fotografei, a espécie, ao contrário do que tenho lido em relação à sua presença em território português, é muito abundante .
Floresce de fevereiro a julho.
(Local e datas: Praia da Fonte da Telha - Almada; 21 - março - 2011 (fotos 1, 4, 5 e 6); 4 - maio - 2011 (fotos 2 e 3)
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domingo, 17 de julho de 2011

Granza-da-praia (Crucianella maritima)

(19 - janeiro - 2011 )

(11-abril - 2011)

(19 - maio - 2011)

(19- maio - 2011)

(13 - julho -2011)

(13 - julho - 2011)

A granza-da-praia (Crucianella maritima L.) também designada por Granza-marítima, ou simplesmente por Granza, é uma planta vivaz, lenhosa na base, com com caules que podem atingir até meio metro, geralmente prostrados, mas com ramos novos normalmente erectos. Planta da família Rubiaceae tem o seu habitat nas areias do litoral que ocupa desde a vertente interior das dunas primárias até às dunas secundárias, passando pela zona interdunar, onde, aliás, parece ter melhores condições de desenvolvimento, pois é onde  é mais abundante.
Distribui-se pela Região Mediterrânica Ocidental, incluindo Portugal, onde é frequente o seu aparecimento ao longo de toda a costa marítima.
Segundo as fontes consultadas, floresce de março a setembro.
Se bem que, as fotografias publicadas, todas colhidas no mesmo local, não apontem para uma floração tão precoce, admito que aquela informação esteja certa, pois é provável que a época da floração varie muito com a localização.
(Local: Fonte da Telha - Almada; datas: supra)
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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Caldoneira (Echinospartum ibericum)

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A Caldoneira ou Caldoneiro (Echinospartum ibericum Rivas Mart., Sánchez Mata et Sancho) é um arbusto espinhoso, denso, com aspecto almofadado, da família Fabaceae que raramente ultrapassa 1 metro de altura, sendo que nos sítios mais altos (na Serra da Estrela, por exemplo) não atinge sequer meio metro.
É um endemismo ibérico, cuja distribuição está limitada ao centro e norte da Península Ibérica, ocorrendo apenas a altitudes entre os 700 e os 1750 metros e geralmente em sítios rochosos e graníticos. Em Portugal esta espécie encontra-se apenas em zonas montanhosas do centro e norte do território do Continente, com limite a sul nas Serras da Estrela, da Gardunha e das Mesas (Malcata). 
Floresce nos meses de junho e julho.
*SinonímiaEchinospartum lusitanicum (L.) Rothm. subsp. lusitanicumGenista lusitanica L.
[Locais e datas: Serra das Mesas - Fóios - Sabugal; 26 - junho -2011 (foto 1); Serra da Estrela; 17 - junho - 2011 (fotos 2, 3 e 4); Alto do Baraçal -  Baraçal - Sabugal; 26 - junho - 2010  (foto 5)]
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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Zimbro-rasteiro (Juniperus communis subsp. alpina)

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Zimbro-rasteiro [Juniperus communis L. subsp. alpina (Suter) Čelak.]

Também designado vulgarmente por Zimbro-comum e Zimbro-anão
o Juniperus communis é uma espécie 
da família Cupressaceae, distribuída por grande parte do globo (Europa, incluindo a Região Mediterrânica, América do Norte e Ásia). Em Portugal, todavia, apenas se encontra a altitudes elevadas, na Serra do Gerês  e na Serra da Estrela (aqui, a altitudes superiores a 1500-1600 metros).
Apresenta-se sob a forma dum arbusto de folha perene, com caules e ramos prostrados, raramente ultrapassando, em Portugal, um metro de altura.
Conhecendo esta espécie mais que uma subespécie e grande variedade no que respeita à altura de cada uma delas, tem-se suscitado a questão de saber qual ou quais as subespécies que ocorrem em território português, coincidindo a maior parte dos autores em considerar que, quer na Serra do Gerês, quer na Serra da Estrela, não existe outra que não seja a subespécie J.c. alpina, explicando-se as diferentes configurações e alturas com variáveis como a altitude e a exposição à acção do vento: quanto maior a altitude e maior a força do vento a que estão expostas, menores dimensões atingem as plantas, facto documentado pelas fotos 1 (atitude inferior) 2 (altitude intermédia) e 3 (altitude superior). *
 Os frutos das espécies do género Juniperus (as infrutescências, dirão outros) são tecnicamente designadas por gálbulas (ou gálbulos ?) tal como os das demais espécies da família Cupressaceae. Trata-se, em todos os casos, de formações subesféricas, pequenas e, em geral, lenhosas, com escamas em forma de escudo. Todavia, no caso do zimbro, as gálbulas revestem a forma de "bagas" (foto 4) com 6-9 mm de diâmetro,  negras, quando maduras, sem consistência lenhosa e, pelo contrário, carnudas, permitindo estas características o seu aproveitamento como aromatizante em culinária e a sua utilização na preparação de bebidas alcoólicas, por exemplo, o gim, o mesmo acontecendo na região da Serra da Estrela, em que as "bagas" são usadas para dar um sabor forte à chamada aguardente de zimbro.
Floresce de junho a agosto.
*Pelo menos em parte,  também se pode resolver a disputatio através desta sinonímiaJuniperus communis L. prol. nana (Syme) Samp.; Juniperus communis L. subsp. nana Syme; Juniperus communis L. subsp. nana (Willd.) Briq.; Juniperus communis L. var. alpina Suter; Juniperus nana Willd., nom. illeg.
(Local e data: Serra da Estrela, 17 - jun - 2011)
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terça-feira, 12 de julho de 2011

Silene foetida subsp. foetida



Silene foetida Link, subsp. foetida; sin.: Silene macrorhiza Samp.

Planta herbácea, da família Caryophyllaceae, a Silene foetida subsp. foetida é um endemismo português, cuja área de distribuição se restringe à Serra da Estrela, ocorrendo em locais rochosos e húmidos, geralmente a altitudes superiores a 1500 metros.
Floresce de junho a agosto.
(Local e data: Serra da Estrela; 17 - junho - 2011)
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segunda-feira, 11 de julho de 2011

Saxifraga spathularis

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Saxifraga spathularis Brot.*
Planta herbácea, perene, da família Saxifragaceae, a Saxifraga spathularis tem a sua distribuição limitada à Península Ibérica e à Irlanda, ocorrendo em zonas rochosas (frequentemente nas fendas das rochas - fotos 2 e 3) e húmidas, a altitudes entre os 100 e os 2000 metros. Apresenta folhas dentadas, em forma de espátula (daí a designação específica de spathularis - do latim: spathula = espátula) formando uma roseta na base; haste floral, que pode ir até aos 40 cm, onde as flores [com corola branca, de cinco pétalas, onde aparecem manchas dispersas de dupla cor (amarela, para as maiores e menos numerosas e outra mal definida, entre o púrpura e o roxo, para as mais pequenas e mais numerosas)] se apresentam dispostas em inflorescências em forma de panícula aberta (fotos 2, 3, 4 e 5).
Em Portugal, ocorre, sobretudo, no centro e norte do território do Continente e, designadamente, no Gerês, na Serra da Estrela, na Serra do Açor e na Serra da Lousã. Na Serra da Estrela, onde as fotografias supra foram obtidas chega a ocupar extensões consideráveis, na vertente virada a nascente (foto 1) 
Floresce de abril a julho.
Local e data: Serra da Estrela; 17 - junho - 2011)
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