quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Narciso-de-inverno (Narcissus tazetta)




Narciso-de-inverno *(Narcissus tazetta L.)
Planta herbácea, bulbosa, perene.
Morfologicamente muito semelhante à congénere Narcissus papyraceus, dela se distingue, no entanto, pela diferente cor da coroa: amarela no N. tazzeta; branca no N. papyraceus.
Tipo biológico: geófito;
Família: Amaryllidaceae;
Distribuição: Europa (desde o Nordeste da Península Ibérica até aos Balcãs); Ásia (Península da Anatólia) e Norte de África. Naturalizada noutras regiões e países, onde foi introduzida como planta ornamental. É o caso de Portugal onde se pode encontrar em algumas regiões do território do Continente e, designadamente, no Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: nos lugares de origem ocorre em clareiras de matos e sobreirais, prados húmidos, fissuras de rochas calcárias, a altitudes até 1000m.
Em Portugal, no entanto, aparece sobretudo em sítios ruderalizados, na proximidade de lugares habitados, tratando-se frequentemente de populações escapadas de cultivo.
Floração: de Novembro a Março.
*Outros nomes comuns: Mijaburro, Narciso-de-Constantinopla, Narciso-tazeta.
[Local e data: Trafaria (Almada); 21 - Dezembro - 2016]

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Trevo-estrelado (Trifolium stellatum)

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Trevo-estrelado (Trifolium stellatum L.)
Erva anual, vilosa, com 6 a 40 cm; com caules erectos ou ascendentes, simples ou ramificados, com pêlos patentes; folhas alternas, pecioladas (com pecíolo até 9 cm), trifoliadas, com folíolos denticulados no terço superior; flores com corola rosada (por vezes, amarelada ou purpúrea) agrupadas em inflorescências pedunculadas (com pedúnculo até 10 cm) capituliformes, terminais e solitárias.
Tipo biológico: terófito; 
Família: Fabaceae;
Distribuição: Sudeste da Grã-Bretanha; Sul da Europa; Norte de África; Oeste da Ásia; e Macaronésia (limitada, neste caso, aos arquipélagos da Madeira e das Canárias). Introduzida na América do Norte e na Austrália.
Em Portugal, além da presente no arquipélago da Madeira, pode também encontrar-se em quase todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: pastagens e relvados pobres, em terrenos por vezes pedregosos e um tanto degradados, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1000m.
Floração: de Março a Junho.
[Locais e datas: Canha (Montijo); 24 - Abril - 2016 (fotos 1 e 2); Douro Internacional (Freixo de Espada à Cinta); 8 - Abril - 2016 (foto 3)]
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sábado, 17 de dezembro de 2016

Ononis dentata




Ononis dentata Sol. ex Lowe *
Erva anual, pubescente-glandulosa, com caules que podem atingir até cerca de 35 cm, erectos ou ascendentes, simples ou ramificados a partir da base; folhas, em geral trifoliadas, com folíolos dentados na metade apical; flores pediceladas, patentes durante a antese, pêndulas posteriormente, dispostas isoladamente nas axilas foliares, com corola  formada por estandarte rosado, asas e quilha esbranquiçadas.
Característica que convém confirmar; sépalas linear-espatuladas, com um ou mais dentes no ápice. (fonte)
Tipo biológico: terófito:
Família: Fabaceae
Distribuição: Península Ibérica, Sicília, Sardenha e  Macaronésia (limitada aqui aos arquipélagos da Madeira e das Canárias).
Em Portugal Continental, encontra-se apenas  no Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura e Beira Litoral.
Ecologia/habitat: terrenos arenosos litorais e arribas costeiras,
Floração: de Abril a Junho.  
*Sinonímia: Ononis reclinata L. subsp. dentata (Sol. ex Lowe) M. Laínz
(Local e data: litoral da Serra da Arrábida: 17 - Abril - 2014)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Soagem (Echium plantagineum)







Soagem *(Echium plantagineum L.)
Erva com 20 a 80 cm, anual ou bienal, unicaule ou multicaule; híspida ou sedosa (com pêlos compridos, rígidos ou macios), com caules erectos ou ascendentes, simples ou ramificados na parte superior; folhas com indumento sedoso, polimorfas, com as inferiores dispostas em roseta basal; flores zigomorfas (com corola infundibuliforme, em geral de cor azul ou azul-violeta, raramente branca) agrupadas em inflorescências ramificadas paniculiformes. 
Sabe-se que nem sempre é fácil distinguir as várias espécies dentro de cada género, afirmação que é também válida no caso do género Echium. Para ultrapassar a dificuldade de identificação do E. plantagineum o portal da SPBotânica (Flora.on)  chama a atenção para uma particularidade que a distingue das suas congéneres: a "corola [é] glabra por fora, somente com alguns pêlos dispersos nas nervuras", ao passo que as congéneres têm a "corola com pêlos curtos em toda a superfície externa
FamíliaBoraginaceae;
Distribuição: Sul, Leste e Oeste da Europa; Sudoeste da Ásia; Norte de África; Macaronésia, (excepto: Açores, onde, entretanto, foi introduzida e Cabo Verde). Introduzida na Austrália e no Centro e Norte da Europa.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e no arquipélago da Madeira e como exótica nos Açores.
Ecologia/habitat; espécie ruderal, ocorre em campos agrícolas, cultivados e incultos; em bermas de estradas e caminhos, em solos ácidos ou básicos, a altitudes até  1200m.
Floração: de Fevereiro a Julho
*Outros nomes comuns:  Chupa-mel, Língua-de-vaca, Língua-de-boi, Soagem-viperina.

Azedinha-de-flores-roxas (Oxalis latifolia)

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Azedinha-de-flores-roxas (Oxalis latifolia Kunth)
Erva perene, bulbosa, sem caules aéreos, mas com bolbos subterrâneos. A planta propaga-se, sobretudo, por via vegetativa, através de numerosos bulbilhos que se formam na extremidade de estolhos, propagação que, em terrenos de cultivo de regadio, onde beneficia da movimentação de terras, se desenvolve rapidamente a ponto de a planta se poder considerar como infestante com comportamento invasor.
Tipo biológico: geófito; 
FamíliaOxalidaceae;
Distribuição: originária do México, mas introduzida, para fins ornamentais, em numerosos países, neles se naturalizou, sendo considerada, actualmente do ponto de vista da distribuição mundial como planta subcosmoplita.
 Em Portugal ocorre como espécie introduzida,, quer no território do Continente, sobretudo nas regiões a norte do Tejo, quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat:  Planta ruderal, com ocorrência em jardins, campos de cultivo de regadio, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1000m. 
Floração: de Abril a Outubro.
[Local e datas; Troviscal - Sertã; 16 - Agosto - 2013 (fotos 1 e 2); 13 - Junho - 2011 (fotos 3 e 4)]
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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Fenacho-do-Algarve (Trigonella monspeliaca)





Fenacho-do-Algarve (Trigonella monspeliaca L. *)
Erva anual, com indumento denso, com caules prostrados, geralmente ramificados a partir da base, com 5 a 40cm. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Centro e Sul da Europa; Norte de África e Sudoeste da Ásia até ao norte do Irão. Presente também na Austrália como espécie introduzida.
Em Portugal, embora aparente não ser muito frequente, distribui-se por quase todo o território do Continente. A crer nas fontes consultadas, só não ocorre no Minho e no Douro Litoral. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: pastagens efémeras, baldios, taludes, bermas de estradas e caminhos, em terrenos geralmente secos, a altitudes até 1400m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Março a Junho.
*SinonímiaMedicago monspeliaca (L.) Trautv.
(Local e data: Barca d'Alva; 8 - Abril - 2016)

sábado, 10 de dezembro de 2016

Mãe-de-esmeralda (Prasium majus)









 Mãe-de-esmeralda ou Prásio Prasium majus L.)
Pequeno arbusto, com 30 a 100cm, glabro ou glabrescente, com caule sarmentoso, geralmente muito ramificado; folhas pecioladas, ovadas ou elípticas, dentadas, com nervuras bem nítidas e superfície brilhante; flores labiadas, esbranquiçadas, agrupadas em verticilos de 2 ou 3.
Tipo biológico: fanerófito; caméfito; 
Família: Lamiaceae Labiatae;
Distribuição: Região Mediterrânica e Macaronésia (arquipélagos da Madeira e das Canárias).
Em Portugal Continental ocorre apenas na região do Algarve. Inexistente nos Açores.
Ecologia/habitat: matagais rochosos ou pedregosos, fissuras de rochas, mesmo em arribas litorais, geralmente em solos calcários.
Floração: de Março a Junho.
(Fotos obtidas no Algarve, nas proximidades de Sagres (Vila do Bispo) e de Alte (Loulé) de 2014 a 2016)
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quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Trevo-vesiculoso (Trifolium vesiculosum)

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Trevo-vesiculoso (Trifolium vesiculosum Savi)
Erva anual, glabra ou glabrescente, com caules erectos ou ascendentes que podem atingir até 60cm; folhas trifoliadas, com folíolos elípticos, serrilhados, agudos no ápice, mucronados; flores sésseis, com corola rosada ou púrpura, agrupadas em inflorescências pedunculadas (até 6 cm) especiformes, ovoides ou elipsoides, aparentemente terminais.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica, Península Balcânica, Turquia e Crimeia.  É cultivada em numerosos países como planta forrageira, tendo sido introduzida na América do Norte, América do Sul (Chile e Brasil), África e Austrália.
Em Portugal distribui-se, enquanto espécie introduzida, por várias regiões do território do Continente, onde aparece, quer como planta cultivada, quer como subespontânea. Duvidosa é a sua ocorrência como espécie autóctone, havendo, no entanto, quem admita a sua existência enquanto tal na Serra do Açor e em Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: pastagens e outros terrenos cultivados e incultos, taludes e bermas de estradas e caminhos, em solos arenosos, a altitudes até 1000m.
Floração: de Abril a Junho.
[Locais e datas; concelho de Arronches; 22 - Maio - 2013 (foto 4): concelho de Coruche; 24 - Abril - 2016 (fotos restantes)]

domingo, 4 de dezembro de 2016

Erva-sargacinha ou Sargacinho-peganhoso (Halimium umbellatum)






Erva-sargacinha ou Sargacinho-peganhoso [Halimium umbellatum  (L.) Spach]
Pequeno arbusto, muito ramificado, que pode atingir até 70cm de altura, com ramos curtos, folhosos e um tanto tortuosos; folhas sésseis, opostas; lineares ou linear-lanceoladas e uninérvias, ou oval-lanceoladas ou oblongo-lanceoladas e trinérvias; flores com pétalas brancas, sem manchas, agrupadas (1 a 10) em cimeiras umbeliformes.
Segundo a Flora Ibérica, além da subespécie nominal (H. u. umbellatum), ocorre na Península Ibérica e também no território português do Continente (LU, para os botânicos), uma outra subespécie designada por Halimium umbellatum subsp. viscosum (Willk.) O. Bolòs et Vigo. 
Grosso modo, as duas subespécies diferem sobretudo no número e tipo de pêlos e em particular dos pêlos glandulíferos existentes nos pedicelos e nas sépalas, pêlos estes que estão na origem da maior ou menor viscosidade apresentada pelas plantas.
Muito viscosa a subespécie H. u. viscosum, a justificar a atribuição do epíteto subespecífico e pouco viscosa a subespécie nominal. Acresce que aquela pode alçar-se até aos 70 cm de altura, enquanto que a subespécie nominal, por via de regra, não vai além dos 30 cm,
Tipo biológico: fanerófito; 
Família: Cistaceae;
Distribuição: As duas subespécies distribuem-se por forma não inteiramente coincidente: a  nominal está presente apenas em França e na Península Ibérica, encontrando-se em Portugal  desde o Alto Alentejo até ao Minho. A subespécie H. u. viscosum tem uma distribuição geral mais ampla, pois, além da Península Ibérica, ocorre também no Norte de África (Marrocos e Argélia). Em Portugal, esta subespécie aparece sobretudo nas regiões mais próximas da fronteira terrestre, mas pode encontrar-se desde o Algarve até Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: As duas subespécies diferem também no respeitante ao habitat. A nominal prefere terrenos de matos, algo húmidos, em solos pobres, siliciosos, a altitudes  entre 100 e 1800m.  A H. u. viscosum encontra-se também em terrenos de mato, mas secos, sobre solos ácidos, com areia ou cascalho, a altitudes até 1900m
Floração: subespécie nominal: de Abril a Julho; subespécie  H. u. viscosum: de Fevereiro a Julho.
[Local e data: Picoto Rainho - Serra de Alvelos (concelho da Sertã); 28 - Abril - 2014]