segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Margaça-de-inverno (Chamaemelum fuscatum)






Margaça-de-invernoMargaça-fusca, ou Pamposto [Chamaemelum fuscatum (Brot.) Vasc.  sinonímia: Anthemis fuscata Brot.]
Erva anual (tipo fisionómico: terófito), da família Asteraceae, com caules geralmente ramificados na parte inferior, com 5 a 40 cm de altura, glabros, ascendentes ou erectos;  folhas inferiores bi ou tripenatissectas e as superiores, em geral, simplesmente penatissectas, com segmentos lineares em qualquer dos casos; inflorescências em capítulos pedunculados, com brácteas  involucrais ovadas, com margens e  ápice escuros, com flores marginais liguladas, em geral, estéreis, com lígulas brancas e inteiras, sendo as flores do disco hermafroditas, tubulares e amarelas.
Distribuição: Espécie originária da Região Mediterrânica Ocidental, encontra-se, no entanto, naturalizada noutras regiões, designadamente na Califórnia (EUA). Em Portugal, distribui-se por todo o território do Continente.
Habitat: campos cultivados ou incultos e, em geral, em terrenos onde se mantenha bastante humidade.
Floração: de Novembro a Julho.
(Local e data: Troviscal - Sertã; 23 - Dezembro - 2012)
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domingo, 30 de dezembro de 2012

Esparguta (Spergula arvensis)






Esparguta *(Spergula arvensis L.**)
Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Caryophyllaceae, com caules (5 a 50 cm de comprimento) ramificados na base, em geral, ascendentes, mais ou menos glandular-pubescentes, com folhas algo carnudas, dispostas em verticilos; flores com sépalas ovadas e pétalas ovóides, brancas e maiores que as sépalas.
Classificada como cosmopolita ou subcosmopolita quanto à distribuição, encontra-se em quase toda a Península Ibérica, sendo que, em Portugal, ela ocorre em todas as regiões do país.
Habitat:  pastagens, terrenos cultivados de sequeiro e, designadamente, em searas,  onde surge como infestante. É calcífuga.
Floração: ao longo de quase todo o ano, com excepção dos meses do Verão.
*Outros nomes comuns: Erva-aranha; Espérgula; Gorga; Cassamelo.
(Local e data: Troviscal - Sertã ; 23 - Dezembro - 2012)
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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Cheilanthes acrostica


Cheilanthes acrostica (Balb.) Tod.
Feto rizomatoso (tipo fisionómico: hemicriptófito) da família Pteridaceae. Distribui-se pela Região Mediterrânica, Médio Oriente e arquipélago de Cabo Verde. Em Portugal a sua ocorrência está limitada ao Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo e, dubitativamente, também à Beira Litoral.
Habitat: fissuras de rochas, geralmente, de natureza calcária, em locais secos.
Não é fácil ao simples curioso, distinguir entre as diversas espécies do género Cheilanthes, pois têm, para o leigo, aspecto muito semelhante. Para a identificar, servimo-nos, neste caso, como noutros, das informações disponibilizadas pelo Flora.On. Segundo este Portal da S.P.Botânica, o C. acrostica caracteriza-se pela existência de um pseudo-indúsio fimbriado. Se der uma vista de olhos aqui, ficará a saber, visualmente, tal como eu, que também não sabia, o que é o pseudo-indúsio.
Época de reprodução: não coincidem os autores consultados sobre o período de reprodução da espécie, variando as opiniões entre os períodos de Fevereiro a Junho e de Novembro a Dezembro. O que, de minha lavra, posso acrescentar a este respeito é que as fotografias supra foram obtidas em 27- Janeiro- 2012, na Serra da Arrábida, encontrando-se as plantas em plena época de reprodução.
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sábado, 15 de dezembro de 2012

Marroio (Ballota hirsuta)




Marroio (Ballota hirsuta Benth.)
Pequeno arbusto (tipo fisionómico: caméfito) de base lenhosa (30-60cm) da família Lamiaceae, portador de caules hirsutos, ascendentes ou erectos; folhas ovado-cordadas, crenadas, rugosas e revestidas de pêlos; flores sésseis, (com cálice em forma de cratera e corola tubular, com lábio superior bífido e inferior trilobado) dispostas em inflorescências formadas por um número variável de verticilos.
Distribuição: Península Ibérica (metade sul e leste) Ilhas Baleares e norte de África. Em Portugal a sua ocorrência está limitada ao Centro e Sul do território do Continente.
Habitat: locais pedregosos, ou rochosos, terrenos incultos, bermas de caminhos: É indiferente à natureza do solo.
Floração: de Abril a Setembro.
(Local e data: Sabugal; 23 -Junho - 2012)
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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Bocas-de lobo (Antirrhinum linkianum)

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Bocas-de lobo (Antirrhinum linkianum Boiss. & Reut.)
Planta herbácea, vivaz (tipo fisionómico: caméfito) da família Plantaginaceae (ex Scrophulariaceae) com caules simples ou ramificados, algo lenhosos, ascendentes ou erectos, pubescente-glandulosos, pelo menos durante a floração, que podem atingir entre 30 a 60 cm.
É um endemismo ibérico que ocorre sobretudo em território português (Baixo Alentejo, Beira Baixa, Beira Litoral, Estremadura e Ribatejo) estando a sua presença em território espanhol limitada ao litoral ocidental da Corunha.
Habitat: locais rochosos, ou pedregosos, terrenos revolvidos, fissuras de paredes e de muros degradados, ao longo de caminhos. É frequente nas escarpas da margem sul do estuário do Tejo.
O A. linkianum é não só muito semelhante ao cultivado Antirrhinum majus, como já foi considerado como uma subespécie deste (v. sinonímia infra). Distingue-se dele pelo facto de ter "os pedicelos mais compridos do que as sépalas" (in Flora.On). Tem também grandes semelhanças com o Antirrhinum cirrhigerum. Este tem, no entanto, "caules laterais curtos e gavinhosos" (loc. cit), característica que o distingue do A. linkianum .
A floração, segundo as fontes consultadas, ocorre de Abril a Julho. Parece-me, no entanto, que ela decorre durante um período bem mais alargado. Basta dizer que as duas primeiras fotos mostram dois exemplares ainda em floração no mês de Dezembro.
Sinonímia: - Antirrhinum majus subsp. linkianum (Boiss. & Reut.) Rothm.
[Local e data: Estuário do Tejo - Cova da Piedade - Cacilhas - Almada; 12- Dezembro -2012 (fotos 1 a 4); 04 - Junho - 2012 (fotos 5 e 6)]
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quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Lindernia dubia





Lindernia dubia (L.) Pennell *
Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Linderniaceae, com caules geralmente ramificados desde a base, erectos, decumbentes, ou ascendentes, com 5 a 25 cm.
Planta exótica, originária do Leste da América do Norte, mas introduzida e naturalizada, designadamente, na América do Sul, no Sudoeste europeu, (desde a Península Ibérica até ao Noroeste de França e Norte de Itália) e Leste da Ásia. Em Portugal distribui-se por boa parte do território do Continente, mas, aparentemente, não é muito comum.
Habitat: margens e leitos arenosos e lodosos de rios e de outros cursos de água. Aparece também como infestante em arrozais. 
Floração: de Julho a Setembro.
*Sinonímia: Gratiola dubia L.
(Local e data: Leito de cheia do rio Ocresa; 13 - Agosto - 2012)
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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Lapsana (Lapsana communis subsp. communis)






Lapsana, ou Labresto (Lapsana communis L. subsp. communis

Erva anual (tipo fisionómico: Terófito = "planta anual cujas gemas de renovo provêm da germinação de sementes" ) da família Asteraceae, cujo caule, erecto, ramificado, pode atingir entre 50 a 150cm.
Considerada nativa da Eurásia, encontra-se, no entanto, actualmente, dispersa e naturalizada em várias outras regiões do globo.
Em Portugal, há registos da sua ocorrência em quase todo o território do Continente, conquanto me pareça que não é muito vulgar. Em todo o caso, o  seu aparecimento é mais frequente no Centro e Norte do Continente do que Sul. 
Habitat: lugares húmidos e sombrios, geralmente, nas margens de rios e de outros cursos de água, por vezes, na berma de estradas e caminhos, em terrenos em pousio e em entulheiras. 
Floração: de Maio a Setembro.
(Local e datas: Rapoula do Côa - Sabugal; 15/19/22 - Junho - 2012)

domingo, 2 de dezembro de 2012

Camarinha (Corema album)




Camarinha, ou Camarinheira [Corema album (L.) D.Don]
Pequeno arbusto (até cerca de 1,5m de altura) da família Ericaceae, geralmente muito ramificado a partir da base, formando um moita mais ou menos arredondada.  
Habitat: Areias e dunas litorais e, em particular, em dunas secundárias.
Em Portugal é bastante comum ao longo de quase todo o litoral.
Floração: de Fevereiro a Maio.
(Local e data: Plataforma superior da Arriba Fóssil - Fonte da Telha- Almada; 01 - Dezembro - 2012)
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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Crepis lampsanoides






Crepis lampsanoides (Gouan) Tausch 

Herbácea vivaz (tipo fisionómico: geófito), pubescente, da família Asteraceae, com caules que podem atingir  cerca de 50cm de altura, ramificados na parte superior; com folhas basais numerosas, pecíoladas e divididas em segmentos, apresentando o último maiores dimensões e com caulinares, em geral, sésseis, amplexicaules, ovado-lanceoladas; flores liguladas, amarelas, agrupadas em capítulos protegidos por brácteas revestidas de pêlos escuros e glandulosos.
Distribuição geral: Região Mediterrânica e Sudoeste europeu.
Em Portugal, a sua ocorrência está limitada ao Centro e Norte do país.
Habitat:  prados, pastagens, clareiras de matos e, em geral, em locais húmidos, surgindo, com frequência,  em zonas de montanha e em sítios rochosos.
Floração: de Maio a Agosto.
(Local e datas: Serra da Estrela; 17/24 - Junho - 2012)

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Ononis viscosa subsp. breviflora




Ononis viscosa subsp. breviflora (DC.) Nyman*

Erva anual (tipo fisionómico: terófito), da família Fabaceae, com caules muito ramificados, hirsuto-glandulosos, ascendentes ou erectos que podem atingir entre 70 a 100 cm de altura.
Distribuição geral: Região Mediterrânica.
Aparentemente pouco vulgar em Portugal é, no entanto, dada como presente no Algarve, Ribatejo, Estremadura e Beira Litoral.
Habitat: Terrenos incultos, pastagens na orla de florestas, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos sobre substrato geralmente básico.
Floração: de Abril a Junho;
Sinonímia: Ononis breviflora DC. (basónimo).
(Local e data: Serra da Arrábida; 20 - Maio - 2011)

domingo, 25 de novembro de 2012

Boca-de-lobo (Antirrhinum graniticum)






Boca-de-lobo *(Antirrhinum graniticum Rothm.) 
Herbácea perene (tipo fisionómico: caméfito), glandular-pubescente, da  família Plantaginaceae, cujos caules, muito ramificados, ascendentes  ou erectos, podem elevar-se até cerca de 1m de altura.
A espécie é um endemismo ibérico que, em Portugal, ocorre na maior parte do território do Continente, embora se me afigure que não é particularmente abundante. 
Habitat: em locais rochosos ou pedregosos, à beira de estradas e caminhos, frequentemente sobre substrato de origem granítica.
Floração: de Abril a Julho
*Designação que é partilhada com outras espécies do mesmo género.
[Local e data: Sabugal (concelho); 10 - Junho - 2012]