terça-feira, 31 de julho de 2012

Esporinhas (Delphinium gracile)

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Esporinhas (Delphinium gracile DC.; sin: Delphinium peregrinum subsp. gracile (DC.) O. Bolòs & Vigo
Planta herbácea, anual, da família Ranunculaceae. Possui caule erecto (20 a 90 cm) simples ou algo ramificado; folhas basilares  e médias profundamente dividas em lóbulos lineares e as superiores simples e lineares; flores em geral azuis, por vezes, esbranquiçadas,  pedunculadas, com esporão (com 15 a 20mm) agrupadas em inflorescências frouxas.
Distribuição geral: Península Ibérica e noroeste de África. Em Portugal é dada como presente no Algarve, Alto  e Baixo Alentejo, Beiras (Alta, Baixa e Litoral) e Ribatejo.
Tem o seu habitat em terrenos de pastagens, secos, e em terrenos incultos ou em pousio.
Floração: de junho a agosto.
[Local e datas:  Terras da Costa , na proximidade da Arriba Fóssil - Costa da Caparica; 25 - 07 - 2010 (fotos 1, 3, 4 e 5); 25- 07 - 2012 (Foto 2)]

domingo, 29 de julho de 2012

Aceras anthropophorum


Aceras anthropophorum (L.) W.T.Aiton
Planta herbácea, vivaz, tuberosa, da família Orchidaceae, possui caule erecto (10 a 40 cm); 5 a 10 folhas, as inferiores lanceoladas e as superiores mais curtas e semelhantes a brácteas; flores verde-amareladas reunidas em inflorescência cilíndrica densa.
Distribui-se pelo centro e sul da Europa, oeste da Anatólia, Chipre, Líbano e noroeste de África. Em Portugal há registo de ocorrências no Algarve, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Trás-os-Montes, conquanto também haja referências à presença da espécie na Beira Baixa.
Ocorre em prados, clareiras de bosques e matagais, sobre solos pedregosos, geralmente calcários.
Floração: de abril a maio.
(Local e data: Serra da Arrábida; 09 - maio - 2012) 

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Pedicularis sylvatica subsp. lusitanica


Pedicularis sylvatica L. subsp. lusitanica (Hoffmanns. & Link) Cout.
Planta herbácea anual ou bienal, da família Orobanchaceae, de caules múltiplos (com 5 a 25 cm de comprimento) com o central geralmente erecto (porte que, no entanto, parece não ocorrer em zonas de montanha) e os laterais de ascendentes a prostrados, estes, por vezes ramificados; folhas de penatissectas a penatipartidas, com lóbulos, por sua vez, com recortes mais ou menos profundos; flores, mais ou menos numerosas, dispostas em espiga frouxa, com brácteas semelhantes a folhas, cálice volumoso e tubular, corola bilabiada, rosada, com o lábio inferior trilobado.
Em Portugal, a subespécie é dada como presente em todo o território do Continente, com excepção do Algarve. Não se me afigura, no entanto, que seja muito vulgar. Pela minha parte só a avistei na Serra da Estrela, embora possa surgir a altitudes entre os 0 e os 2400m. Ocorre geralmente em relvados e em terrenos de pastagem, húmidos. 
Floração: de fevereiro a setembro;
(Local e data: Serra da Estrela; 08 - junho -2012)
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quarta-feira, 25 de julho de 2012

Saudades-brancas (Cephalaria leucantha)

 






Saudades-brancas *[Cephalaria leucantha (L.) Roem. & Schult.]
Planta  herbácea, perene, da família Dipsacaceae, geralmente de caules múltiplos, simples ou fracamente ramificados na parte superior, que podem atingir cerca de 1m de altura. As folhas são geralmente polimórficas: as basilares podem ser inteiras ou penatissectas; as caulinares médias, penatipartidas ou penatissectas e as superiores (raras) lineares. As flores brancas agrupam-se em capítulos pequenos, globosos antes do desabrochar das flores e hemisféricos, após a floração .
Distribui-se pelo sul e sudoeste da Europa e noroeste de África. Em Portugal é uma espécie relativamente rara, estando assinalada a sua presença  no centro oeste (calcário e olissiponenese), na Serra da Arrábida,  no Algarve (Barrocal) e em parte do Baixo Alentejo.
Ocorre em clareiras de matos, em  taludes à beira de estradas e caminhos, em terrenos pedregosos ou rochosos, calcários ou margosos. 
Floração: de julho a setembro.
Tal como caso denunciado neste outro "post", também as plantas desta espécie, quando postadas à beira  da estrada, são vítimas da devastação levada a efeito pelos passantes que não hesitam em cortar as hastes florais, logo que as flores despontam, como se pode ver na última fotografia supra. Felizmente para elas e para quem aprecia a natureza, nem todas crescem à mão de cortar.
* Outro nome comum: Suspiros-brancos-dos-montes.
(Local e datas: Serra da Arrábida; 7/24 - julho - 2012)

domingo, 22 de julho de 2012

Erva-traqueira (Silene vulgaris subsp. vulgaris)

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Erva-traqueira *[Silene vulgaris (Moench) Garcke subsp. vulgaris]
Planta herbácea, perene (tipo fisionómico:  Hemicriptófito)  de caules múltiplos (com 30 a 70 cm) de erectos a ascendentes, ou mesmo prostrados; folhas sésseis e opostas, de lanceoladas a linear-lanceoladas ou ovadas; flores com cálice globoso, inchado e  corola geralmente branca, com 5 pétalas com limbo bipartido.
É nativa de grande parte da  Europa e da Ásia e do noroeste de África, mas encontra-se naturalizada em várias outras regiões de outros continentes. Em Portugal distribui-se de forma irregular e dispersa por todo o território. 
Adapta-se a diversos tipos de ambientes, ensolarados ou a meia sombra, com mais ou menos humidade, podendo classificar-se, quer como rupícola, quer como ripícola, pois tanto se pode encontrar em locais rochosos, como nas margens de cursos de água e, aparentemente, dada a sua dispersão, parece ser-lhe indiferente a natureza dos solos.
Floresce de maio a agosto.
Obs. Para surpresa minha, constato pela leitura da Wikipédia (em espanhol, francês e italiano) que esta planta é comestível e consumida, quer em cru, em saladas, quer confeccionada como acompanhamento ou como ingrediente usado na feitura doutros pratos.
*Outros nomes comuns: Erva-cucubalos; Orelha-de-boi; Rilha-de-boi.
[Local e datas: Rapoula do Côa - Sabugal;  16 -06- 2010 (fotos 1, 6 e 7); 14/15 - junho - 2012 (as restantes)]

sábado, 21 de julho de 2012

Mantissalca-de-Salamanca (Mantisalca salmantica)


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Mantissalca-de-Salamanca [Mantisalca salmantica (L.) Briq. & Cavill.]
Descrição: Planta herbácea classificada do ponto de vista do tipo fisionómico como hemicriptófito. Apresenta caule simples ou escassamente ramificado, por vezes a partir da base, com ramos que vão de ascendentes a erectos, muito finos e que podem atingir até 1,5m de altura; com as folhas da roseta basal e as caulinares inferiores penatipartidas e as superiores (pouco numerosas) linear-lanceoladas e um tanto dentadas; as flores de cor rosada agrupam-se em capítulos terminais e solitários com cerca de 2,5 cm de diâmetro,. revestidos por brácteas imbricadas, apresentando as exteriores um pequeno apêndice no ápice em forma de espinho, meio dobrado, caduco, embora nem sempre, pois, por vezes, permanece, mesmo  após a fase da frutificação (v. fotos 6 e 7), apêndice que, segundo o Portal Flora.On, permite distinguir a Mantisalca salmantica de algumas espécies do género Centaurea, género onde, aliás, a espécie já esteve incluída, com a designação de Centaurea salmantica. 
Distribuição: Originária da Região Mediterrânica, foi, no entanto, introduzida em vários países do centro da Europa bem como no sudoeste dos Estados Unidos (Califórnia e Arizona). Em Portugal ocorre sobretudo no centro e no sul do Continente. Também é dada como presente  na Madeira e nas Ilhas Selvagens, provavelmente por nelas ter sido introduzida.
Ecologia: Surge, em geral, em terrenos secos e incultos, em clareiras de matos e, muito frequentemente, à beira de estradas e caminhos. 
Floração: de maio a setembro. 
[Locais e datas: Serra d'Aire; 06 - junho - 2012 (fotos 1, 2, 3, 4 e 5); Serra da Arrábida; 09 - julho - 2012 (fotos 6 e 7)]
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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Eryngium duriaei


Eryngium duriaei J. Gay ex Boiss.
Descrição: Planta herbácea perene (Hemicriptófito) de caule algo lenhoso, erecto (que pode elevar-se até mais de 1 m de altura) simples, ou escassamente ramificado, na altura da inflorescência; folhas coriáceas, embora menos acentuadamente as basilares, todas, no entanto, espinhosas, denticuladas, algo esbranquiçadas, ao longo da nervura central e nas margens; inflorescências (e infrutescências) de forma aproximadamente cilíndrica, maiores as terminais e menores as laterais.
Família: Apiaceae
Ditribuição: É mais um endemismo ibérico que ocorre apenas no noroeste da Península Ibérica. Em Portugal surge apenas no norte e no centro norte do país, havendo, pelo menos, registos da sua presença no Gerês, na Serra da Freita, na Serra do Açor e na Serra da Estrela.
Ecologia: Desenvolve-se em clareiras de matos, ou sob coberto de matas de espécies caducifólias, sobre terrenos rochosos ou pedregosos, e dir-se-ia, tendo em conta os registos referidos, que mostra preferência por zonas montanhosas, pelo menos até altitudes próximas dos 1800m.
Floração: de julho a setembro;
(Local e data: Serra da Estrela; 26 -09- 2011)

terça-feira, 17 de julho de 2012

Arenaria querioides





Arenaria querioides Pourr. ex Willk.
Descrição: Planta herbácea anual (terófito) geralmente muito ramificada, com ramos, de ascendentes a prostrados, com 10 a 15 cm, pubescentes, ligeiramente esbranquiçados pelo indumento; folhas sésseis, opostas, com nervura central esbranquiçada, terminando em ponta aguçada, (acuminada); flores com cinco pétalas brancas agrupadas em glomérulos terminais densos. 
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: é um endemismo ibérico que ocorre apenas no centro e no noroeste da Península Ibérica. Em Portugal, é dada como presente na Serra da Estrela (Beira Alta e Beira Baixa) em Trás-os-Montes e Minho.
Ecologia:  Ocorre em clareiras de matos, em locais rochosos e pedregosos, em terrenos geralmente graníticos, preferentemente em zonas montanhosas (a altitudes entre os 900 e os 2000m). Aparentemente, é calcífuga.
Floração: de maio a julho;
(Local e datas: Serra da Estrela; 8/17 - junho - 2012)
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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Tomilho-de-Creta (Thymbra capitata)





Tomilho-de-Creta  [Thymbra capitata (L.) Cav.]
Descrição: pequeno arbusto (20 a 50 cm de altura) lenhoso, aromático, apresenta caule muito ramificado, com ramos ascendentes a erectos, esbranquiçados, com tufos axilares de folhas, sendo estas sésseis, lienar-lanceoladas, glandulosas e fracamente ciliadas na base. As flores arroxeadas, com o lábio superior bífido agrupam-se em inflorescências densas no final dos ramos, protegidas por brácteas ciliadas.
Família: Lamiaceae;
Distribuição: 
- em geral, encontra-se dispersa por toda bacia do Mediterrâneo;
- em Portugal, é dada como presente, pelo menos no Barrocal algarvio, na Arrábida e na região de Lisboa;
Ecologia: Surge espontânea em clareiras de matos, terrenos abandonados ou em pousio, em locais secos, frequentemente pedregosos, ensolarados, sobre substratos calcários ou margosos, eventualmente, xistosos;
Floração: de junho a agosto; 
(Local e data: Serra da Arrábida; 27 - 06 - 2012)
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domingo, 15 de julho de 2012

Luzula lactea

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Luzula lactea (Link) E.Meyer

Descrição: Planta herbácea de caules delgados e erectos; folhas lineares, acuminadas; flores de cor branca agrupadas em inflorescências sob a forma de antela densa, com glomérulos multifloros.
Família: Juncaceae;
Distribuição: É um endemismo ibérico. Em Portugal distribui-se pela zona norte e pelo centro norte.
Ecologia: Clareiras de matas e matagais, baldios, em terrenos frequentemente pedregosos e em zonas de montanha. 
Floração: de junho a julho;
*SinonímiaJuncus lacteus Link in Schrad.;Juncus stoechadanthos Brot.;Luzula lactea (Link) E. Mayer var. velutina (Lange) Willk.;Luzula lactea (Link) E. Mayer var velutina (Lange) Willk. for. velutina Samp.;Luzula velutina Lange;
[Locais e datas; Barragem do Sabugal - Serra de Malcata; 20 - 06 - 2012 (fotos 1 e 5); Serra da Estrela: 8/24 . 06 - 2012 (fotos 2, 3 e 4)]
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sábado, 14 de julho de 2012

Staehelina dubia

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Staehelina dubia L.
Descrição: pequeno arbusto (20 a 40 cm de altura) com caule muito ramificado, cespitoso; folhas verde-escuras, mucronadas, as dos rebentes estéreis, linear-lanceoladas, sinuado-dentadas, as dos ramos férteis, geralmente inteiras e mais afastadas entre si; flores de cor purpúrea agrupadas em capítulos solitários ou dispostos em panícula com brácteas exteriores tomentosas, verdes, passando com o tempo a castanho-avermelhadas;
Família: Asteraceae;
Distribuição:
- em geral: Região Mediterrânica Ocidental;
- em Portugal: Centro oeste; Centro sul (Arrábida) e Barrocal algarvio;
Ecologia: locais áridos, geralmente pedregosos ou rochosos, sobre substratos calcários ou margosos.
Floração: de maio a agosto;
[Locais e datas: Serra de Aire; 06 - junho - 2012 (fotos 1, 2 e 3); Serra da Arrábida; 09 - julho - 2012 (fotos 4, 5, 6 e 7)]
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