sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Plantas ornamentais: Ipê-de-jardim (Tecoma stans)



Ipê-de-jardim * [Tecoma stans (L.) Juss. ex Kunth]
Arbusto ou pequena árvore muito ramificada que pode atingir até 6 m de altura, com folhas compostas por folíolos ovado-lanceolados, com margens serradas; flores campanuladas, amarelas, agrupadas em inflorescências terminais ou axilares, muito vistosas; frutos sob a forma de cápsulas estreitas e compridas, deiscentes, com numerosas sementes aladas.
Tipo biológico: fanerófito;
FamíliaBignoniaceae;
Distribuição: planta originária da América do Norte (México e Sul dos Estados Unidos) posteriormente introduzida na América Central e em diversos países da América do Sul, onde se naturalizou com tanto sucesso que, em algumas situações, se tornou uma séria infestante. Actualmente cultivada noutras paragens, como planta ornamental.
Floração: ao longo de boa parte do ano.
*Outros nomes comuns: Amarelinho; Ipê-amarelo-de-jardim; Ipê-mirim; Ipezinho-de-jardim; Sinos-amarelos.
(Avistamento: Costa da Caparica; 8 - Agosto - 2024)

sábado, 10 de agosto de 2024

Plantas ornamentais: Ameixa-de-Natal (Carissa macrocarpa)






Ameixa-de-Natal *[Carissa macrocarpa (Eckl.) A.DC.]
Arbusto de folha perene e copa densa que, em regra, não ultrapassa 2 m de altura, mas que, enquanto planta cultivada, pode atingir a dimensão de uma pequena árvore. Caule muito ramificado provido de fortes espinhos bifurcados; folhas ovadas, coriáceas, de cor verde-escura, brilhantes; flores pentâmeras, hermafroditas, com pétalas brancas; fruto (drupa) comestível.
A planta é cultivada, sobretudo nos locais de origem, para fins de produção de frutos comestíveis, sendo também utilizada para formação de sebes, dada o caráracter espinhoso dos caules.
Tipo biológico: nanofanerófito;
Família: Apocynaceae;
Distribuição: planta nativa do Sul de África, actualmente cultivada nos dois hemisférios, sobretudo para fins ornamentais.
Em Portugal ocorre como planta cultivada e, aparentemente, não é muito comum.
Floração: em regiões tropicais a floração pode ocorrer ao longo de todo o ano. Em regiões temperadas o mais comum é dar-se apenas durante os meses da Primavera e do Verão.
* Também designada, em Portugal; por "Cereja-de-Natal".
(Avistamento: Costa da Caparica; 10 - Agosto - 2024)

segunda-feira, 29 de julho de 2024

Agrião-da-estrela (Murbeckiella boryi)





Agrião-da-estrela [Murbeckiella boryi (Boiss.) Rothm. *]
Erva perene, unicaule ou multicaule, com caules que podem atingir até 25 cm; folhas basais (numerosas) inteiras ou divididas superficialmente; folhas caulinares (raras) penatífidas ou penatissectas; flores com pétalas brancas, agrupadas em inflorescências em cacho, desprovidas de brácteas; frutos (silíquas) com 10 a 25 mm de comprimento.
Em Portugal ocorre uma outra espécie do mesmo género, com "hábito" muito semelhante: Murbeckiella sousae. Para distinguir as duas espécies o portal da SPBotânica (Flora.on) sugere que se atente: i) na forma das folhas basais (as da M. boryi são, em geral e ao contrário das da M. sousae, "inteiras ou só superficialmente divididas"); e ii) no comprimento dos frutos (os da M. boryi com 10 a 25 mm de comprimento, são bem mais curtos que os da congénere, com 30 a 50 mm). Um outro dado pode servir para remover eventuais dúvidas: a M. sousae não ocorre a altitudes superiores a 1300m e, ao invés, a M. boryi só surge altitudes a partir de 1300m.
Tipo biológico: caméfito.
Família: Brassicaceae / Cruciferae;
Distribuição: planta com ocorrência limitada à Península Ibérica e Norte de África. Em Portugal a ocorrência da espécie está concentrada nas serras da Estrela, do Gerês e do Marão, sendo a subpopulação da serra da Estrela muito mais numerosa que as restantes.
Ecologia/habitat: fissuras de rochas siliciosas em zonas montanhosas, a altitudes desde 1300m a 3300 m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Sinonímia: - Cardamine boryi Boiss. (Basónimo)
Nota: espécie incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental (LVFVPC) na categoria (IUCN) de "QUASE AMEAÇADA"
(Avistamento: Serra da Estrela; 7 - Junho - 2016)

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Orvalhinha (Drosera intermedia)






Orvalhinha; Rorela; Rorela-de-folhas-compridas (Drosera intermedia Hayne)

Erva perene (tipo biológicoHemicriptófitoHelófito) da família das Droseraceae, plantas "de hábito carnívoro, as quais obtêm parte de seus nutrientes (...) por meio da digestão enzimática de insetos" (fonte).
Distribuição:América do Norte; Centro e Oeste da Europa; Ásia Menor. 
Em Portugal ocorre apenas em parte do território do Continente e, nomeadamente, no Alentejo, Estremadura, Beira Baixa, Beira Litoral, Douro Litoral e Minho.
Ecologia/habitat: turfeiras, pequenas lagoas, charcos e terrenos inundados ainda que temporariamente, a altitudes até 1800m.
Floração: de Junho a Agosto.
(Avistamento: Pombal; 2 - Julho - 2024)

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Cravina-vulgar (Petrorhagia nanteuilii)







Cravina-vulgar [Petrorhagia nanteuilii (Burnat) P.W.Ball & Heywood *]

Planta anual, com caules glabros ou rugoso-pubescentes com até cerca de 60 cm de altura; folhas caulinares lineares, rugosas na margem; inflorescência capitada, por vezes, reduzida a uma única flor, com brácteas ovadas, as internas obtusas ou mucronadas; flores hermafroditas, hipóginas; cálice com 12 a 25 mm, com dentes trinérvios; 5 pétalas rosadas ou purpúreas, excepcionalmente brancas, com limbo obcordado ou bífido, com uma mancha ao longo da base do nervo médio; fruto sob a forma de cápsula oblonga com sementes tuberculadas.
Tipo biológico: terófito;
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: Europa Ocidental; Noroeste de África e Macaronésia (arquipélagos das Canárias e da Madeira); introduzida na Austrália, Grã Bretanha e América do Norte.
Em Portugal está presente, como planta autóctone, não apenas na Madeira, mas também em todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: solos arrenosos, em substrato ácido ou neutro, em locais mais ou menos ruderalizados, a altitudes até 1700m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Sinonímia: Dianthus nanteuilii Burnat
(Avistamentos: Pragal - Almada; Maio - 2024)

domingo, 14 de julho de 2024

Plantas ornamentais: Eryngium planum






Eryngium planum L.
Planta perene, com cerca de 50 cm de altura; caule erecto, ramificado pelo menos na parte superior; folhas basais inteiras ou serrado/crenadas; limbo com cerca de 10 a 15 cm de comprimento por 7 a 8 de largura; flores de reduzida dimensão, hermafroditas, pentâmeras, roxas ou azuladas, agrupadas em inflorescências terminais, aproximadamente esféricas, protegidas por 5 a 8 brácteas mais ou menos espinhosas, com até 6 cm de comprimento.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae);
Distribuição: planta nativa da Europa (Centro, Leste e Sudeste) e da Ásia Central. Introduzida e cultivada noutras partes do globo como planta ornamental.
Ecologia/habitat: terrenos húmidos, em solos arenosos, nos locais de origem.
Floração: de Junho a Setembro.
(Avistamento: Almada; 13 - Julho - 2024)

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Alfafa-amarela (Medicago falcata)




 Alfafa-amarela *(Medicago falcata L.)
Erva perene, erecta ou ascendente, muito ramificada, sedosa; caules com 30 a 70 cm, lenhosos na base; folhas trifolioladas; as inferiores com folíolos ovado-oblongos; as superiores com folíolos linear-acuneados; inflorescências pedunculadas, com pedúnculo maior que a folha adjacente, com flores numerosas agrupadas em cachos densos; flores com cálice pubescente, não glanduloso e corola amarela, com 7,5-10 mm; fruto (vagem) pubescente, falciforme ou formando quase uma espira completa.
Tipo biológico: caméfito:
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Centro e Sul da Europa; Sibéria; Ásia (Centro e Oeste e Índia); Norte de África (Marrocos). Introduzida e naturalizada na Austrália e no Sul de África.
Em Portugal tem ocorrência limitada ao território do Continente (Alto Alentejo e Estremadura) onde, todavia, não parecem ser numerosos os registos de avistamentos.
Ecologia/habitat: terrenos nitrificados, com preferência por substratos arenosos, gessosos ou margoso-calcários, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Outros nomes comuns: Cassoa; Luzerna-de-sequeiro; Melga-dos-prados.
[Avistamentos: Pragal (Almada); de 3 Maio a 17 Junho - 2024]

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Plantas ornamentais: Sete-léguas (Podranea ricasoliana)





Sete-léguas * [Podranea ricasoliana (Tanfani) Sprague]
Planta trepadeira com caules lenhosos, retorcidos e ramificados, podendo os ramos estender-se ao longo dos suportes (muros e outras estruturas), por largos metros (10 ou mesmo mais); folhas em tons de verde brilhante, imparipinadas, compostas por 5 a 13 folíolos ou segmentos; flores em forma de trombeta, de cor rósea, com nervuras avermelhadas, agrupadas em inflorescências (em panícula) terminais.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Bignoniaceae;
Distribuição: planta originária do Sul de África (Africa do Sul, Malawi, Moçambique e Zâmbia), introduzida para fins ornamentais em várias latitudes com climas quentes ou temperados, onde é actualmente cultivada para tais fins e, entretanto, naturalizada em várias regiões incluindo a ilha da Madeira.
Floração: varia de região para região, podendo em alguns locais florir durante todo o ano. Em Portugal a floração decorre geralmente de Abril a Setembro.
*Outros nomes comuns: Ricasoliana; Bignonia-rosa; Arbusto-de-Pandora;Trompetas (Fonte)
(Avistamento: Almada; 15 - Junho - 2024)

sexta-feira, 21 de junho de 2024

Ranúnculo-de-flor-pequena (Ranunculus parviflorus)



Ranúnculo-de-flor-pequena (Ranunculus parviflorus L.)
Erva anual, com 5 a 50 cm; unicaule ou multicaule, em geral muito ramificada; com caules débeis, em geral, prostrados; folhas basais de orbiculares a pentagonais, pilosas, pecioladas, lobadas ou divididas (com 3 a 5 segmentos); as caulinares semelhantes, geralmente aos pares; as superiores, com segmentos de lanceolados a linear-lanceolados ou subinteiros; flores amarelo-pálidas, de reduzida dimensão, com 2,5 a 5,5 mm de diâmetro; aquénios (2 a 3 mm) de orbiculares a obovoides, lenticulares, de cor castanha escura, com margem larga e em quilha, faces laterais tuberculadas e bico triangular.
Tipo biológico: terófito;
Família: Ranunculaceae
Distribuição: Região Mediterrânea; Oeste da Europa e Macaronésia. Introduzida na América do Norte e Australásia. Em Portugal ocorre como autóctone no território do Continente e no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: bosques e terrenos cultivados, em locais frescos e sombrios, mais ou menos alterados, a altitudes até 1600 m.
Floração: de Março a Junho.
(Avistamento: Cova da Piedade  (Almada); 1 - Abril - 2024) 

sexta-feira, 14 de junho de 2024

Plantas ornamentais: Jardim-de-Madagascar (Stephanotis floribunda)



Jasmim-de-Madagascar * (Stephanotis floribunda Brongn.)
Planta lenhosa trepadeira, com ramos volúveis, podendo atingir até cerca de 6 metros de comprimento. Possui folhas coriáceas, dum verde escuro brilhante; flores tubulares, cerosas, de cor branca, agrupadas em cimeiras axilares; frutos ovóides contendo no interior numerosas sementes com papilho que, após a abertura dos frutos, se dispersam, com a ajuda do vento.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Apocynaceae;
Distribuição: planta nativa de Madagascar, entretanto introduzida e cultivada como planta ornamental em variadas outras partes do mundo com temperaturas moderadas. Alegadamente, a planta não suporta temperaturas inferiores a 4 ou 5 graus centígrados.
Floração: em Portugal floresce sobretudo durante a Primavera e Verão.
*Outros nomes comuns:  Flor-de-cera; Flor-de-noiva.
(Avistamento: Almada; 14 - Junho - 2024)

sábado, 8 de junho de 2024

Trevagem; Luzerna-brava (Medicago intertexta)




Trevagem; Luzerna-brava [Medicago intertexta (L.) Mill. *]

Erva anual, ramificada desde a base, com caules prostrados a ascendentes, geralmente glabros, por vezes com pêlos glandulares, podendo atingir até 70 cm; folhas alternas, trifoliadas, com folíolos obovados, serrilhados nos 2/3 superiores, com a página superior glabra e a inferior com pêlos compridos, não glandulosos, aplicados; flores com corola amarela ou amarelo-alaranjada com estandarte bem maior do que a quilha, agrupadas em cachos com 1 a 7 unidades; fruto esférico ou esferico-cilíndrico, espinhoso, espiralado, com 5 a 8 espiras.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Região Mediterrânea e Macaronésia. Introduzida na Austrália. 
Em Portugal, ocorre como espécie autóctone, quer no território do Continente (Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Litoral e Ribatejo), quer no arquipélago da Madeira. Em qualquer dos casos não é planta muito comum.
Ecologia/habitat: pastagens e outros relvados; em terrenos cultivados, taludes, margens de estradas e caminhos, a altitudes até 500m.
Floração: de Março a Julho.
* Sinonímia:  Medicago polymorpha var. intertexta L.(Basónimo)
(Avistamento: Pragal  (Almada); 6 - Maio - 2024)