sábado, 16 de março de 2024

Plantas ornamentais: Dimorphotheca jucunda





Dimorphotheca jucunda E. Phillips *
Planta perene, com caules erectos ou prostrados, revestidos de pêlos glandulosos, podendo atingir até 50 cm de comprimento; folhas alternas, de forma variável, com margem ciliada, recortes pouco profundos e escassamente dentada; flores agrupadas em capítulos terminais, solitários, longamente pedunculados; as exteriores com lígulas de cor variável (rosada, arroxeada, ou alaranjada); as do disco (flósculos) de cor púrpura; frutos (cipselas) com dois formatos: os originados nas flores exteriores liguladas são trígonos; os originados nas flores do disco, achatados, cordiformes e ligeiramente alados.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Asteraceae (Compositae);
Distribuição: planta nativa do Sul de África, cultivada como planta ornamental em várias partes do globo.
Ecologia/habitat: nos locais de origem ocorre em terrenos arenosos e rochosos a altitudes até cerca de 3000m.
Floração: ao longo de boa parte do ano, mas com maior intensidade de Fevereiro a Maio.
* SinonímiaOsteospermum jucundum (E.Phillips) Norl.
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 12 - Março - 2024)

segunda-feira, 11 de março de 2024

sábado, 9 de março de 2024

Campainhas (Campanula lusitanica subsp. lusitanica)




Campainhas (Campanula lusitanica subsp. lusitanica L.)
Erva anual, pubescente, com caules erectos ou ascendentes, com 8 a 40 cm de comprimento; folhas basais ovadas ou oblongas; as caulinares oblongas ou oblongo-lanceoladas, inteiras ou crenadas; inflorescência em panícula, folhosa, lassa. Flores erectas antes da antese, com pedicelos compridos; cálice com dentes lineares ou linear-lanceolados; corola campanulada de cor azulada; fruto (cápsula) obcónico, deiscente por poros laterais.
Tipo biológico: terófito
Família: Campanulaceae;
Distribuição: Península Ibérica e Norte de África. 
Em Portugal ocorre, como planta autóctone, ao longo de todo o território do Continente, e como planta introduzida, no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: relvados e pastagens anuais, rochedos, taludes, bermas de estradas e caminhos,  a altitudes até 1200 m.
Floração: de Março a Agosto.
(Avistamento: Almada; 5 - Março - 2024)

Época das orquídeas silvestres (2024) (V): Flor-dos-macaquinhos (Orchis italica)

 

Flor-dos-macaquinhos (Orchis italica Poir.)
Família: Orchidaceae;
Outras imagens e + informação: aqui.
(Avistamento: Serra da Arrábida; 8 - Março - 2024)

sábado, 2 de março de 2024

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Erva-musgo (Crassula tillaea)

 



"Erva-musgo" (Crassula tillaea Lest.-Garl.)

Erva anual, glabra, de tão reduzidas dimensões (1 a 8 cm), que bem justifica a designação vernacular de erva-musgo, pois facilmente se pode confundir com musgos sobretudo quando, devido à aglomeração de indivíduos, forma tapetes sobre o solo, em geral pouco extensos. Apresenta caules simples ou ramificados, prostrados ou ascendentes; folhas diminutas (1 a 2 mm), ovado-oblongas, carnosas, frequentemente arroxeadas; flores geralmente trímeras, quase invisíveis a olho nu, solitárias ou dispostas em pequenos grupos na axila de quase todas as folhas.
Tipo biológico: terófito;
Família: Crassulaceae;
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Região Mediterrânica e Macaronésia.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente, bem como nos arquipélagos da Madeira e dos Açores
Ecologia/habitat: locais com alguma humidade, ainda que temporária, onde não tenha a concorrência de plantas de maior porte, tais como veredas e caminhos e mesmo por entre as pedras de calçadas, a altitudes até 1250 m.
Floração: de Janeiro a Agosto.
(Avistamento: parque da Paz - Almada; 7/15 -Fevereiro - 2024)

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

#Hepáticas: Mannia androgyna

 




Mannia androgyna (L.) A.Evans

Hepática* talosa de talo bifurcado, com até 3 cm de comprimento, em tons de verde mais ou menos claro, com margem arroxeada e onde sobressaem 2 fileiras de escamas roxas dispostas uma de cada lado da nervura central.
Planta terrícola adere ao substrato através de rizóides lisos e fixos.
O esporófito produz uma cápsula pedunculada, onde são formados os esporos.
Considerada durante largo tempo como espécie com ocorrência circunscrita à Região Mediterrânica, sabe-se actualmente que também surge em partes da Ásia, como é o caso do Japão.
Tal como a generalidade das hepáticas, exige para subsistir locais sombreados e húmidos.
Classificação científica:
Reino: Plantae;
Sub-reino: Embryophyta;
Superdivisão: Bryophyta sensu lato;
Divisão: Marchantiophyta ou Hepaticophyta;
Classe: Marchantiopsida;
Ordem: Marchantiales;
Família: Aytoniaceae;
Género: Mannia;
Espécie: M. androgyna;

* Nota: Sobre plantas hepáticas, o visitante dispõe aqui de um resumo breve e muito simplificado.
[Avistamentos: Troviscal (Sertã); 24 - Dezembro - 2023 e 2 - Fevereiro - 2024]

domingo, 11 de fevereiro de 2024

Veronica montana


Veronica montana L.
Erva perene, sublenhosa e geralmente ramificada na base; caules com 15 a 50 cm, de decumbentes a ascendentes; folhas ovadas, subarredondadas ou, raramente, subdeltadas, de base truncada a cordiforme, crenadas ou serradas, com revestimento de pêlos tectores na página superior e no verso; flores agrupadas (2 a 7) em cachos axilares; pedúnculos com 1 a 5 cm; brácteas com 1 a 3 mm, de linear-lanceoladas a ovais; flores com corola com 8 a 10 mm de diâmetro, tingida de azul pálido ou de lilás pálido a branco; fruto (cápsula) mais largo que comprido, transversalmente oval ou reniforme.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Plantaginaceae;
Distribuição: planta eurosiberiana ocorre em toda a Europa, salvo no extremo Norte. Presente também na Argélia e na Tunísia, no Norte de África. 
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e circunscrita à Beira Alta, Beira Litoral e Minho.
Ecologia/habitat: bosques húmidos e sombrios, em solos ricos e preferencialmente ácidos, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Julho.
(Avistamento: Serra do Açor; 10 - Maio - 2018)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Época das orquídeas silvestres (2024) (Arrábida): Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)

 


Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge; sin.*: Orchis robertiana Loisel.; Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]
Outras imagens e + informação: aqui.
[Avistamento: Pedreiras (PNArrábida); 5 - Fevereiro - 2024]

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

#Hepáticas: Corsinia coriandrina


Corsinia coriandrina  (Spreng.) Lindb.

Hepática* talosa, com talo bifurcado, com 3 a 6 mm de largura, com superfície em tons de verde mais ou menos claro.
Planta terrícola adere ao substrato através de rizóides lisos e fixos.
Tal como a generalidade das hepáticas, exige para subsistir locais sombreados e húmidos.
Em Portugal ocorre quer no território do Continente, quer nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Trata-se de uma espécie com reduzidas dimensões, como é  de regra entre as hepáticas, e como tal não é facilmente avistável, sendo certo que os locais sombrios onde vive também não facilitam a sua visibilidade.

Classificação científica:
Reino: Plantae;
Sub-reino: Embryophyta;
Superdivisão: Bryophyta sensu lato;
Divisão: Marchantiophyta ou Hepaticophyta;
Classe: Marchantiopsida;
Ordem: Marchantiales;
Família: Corsiniaceae;
Género: Corsinia;
Espécie: C. coriandrina;

* Nota: Sobre plantas hepáticas, o visitante dispõe aqui de um breve resumo, aliás, muito simplificado, pois o saber do A. não deu para mais.
(Avistamentos: Parque da Paz - Almada; - Janeiro - 2024)

terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Época das orquídeas silvestres (2024) (II): Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)



Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge; sinónimos: Orchis robertiana Loisel.; Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]
Outras imagens e  + informação: aqui.
(Avistamento: Costa da Caparica; 30 - Janeiro - 2024)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Inaugurando, em 2024, a época das orquídeas silvestres: Moscardo-maior ( Ophrys fusca subsp. fusca)


 Moscardo-maior (Ophrys fusca subsp. fusca Link )
(Avistamento: Almada; 29 - Janeiro - 2024)

# Hepáticas: Lunulária (Lunularia cruciata)

As Briófitas (Bryophyta sensu lato) formam um grupo (superdivisão) do sub-reino das plantas terrestres (Embryophyta) que engloba 3 divisões: a das Hepáticas (Marchantiophyta ou Hepaticophyta); a dos Musgos (Bryophyta sensu stricto) e a dos Antóceros (Anthocerotophyta), plantas que, na linha da evolução, terão sido as primeiras a fixar-se em terra e que têm a característica comum de serem plantas não vasculares, o que vale por dizer que não dispõem de tecidos apropriados para o transporte da água e da seiva para alimentar as células, fazendo-se, em regra, a circulação da água e dos nutrientes, por difusão por "osmose", razão por que têm, normalmente, reduzida dimensão e necessitam de locais bastante húmidos para se desenvolverem.
Digamos, pois, em resumo, que as hepáticas de que irei publicar aqui (no blogue) imagens de algumas espécies, constituem uma divisão de plantas terrestres não vasculares.
Dito isto, passemos às imagens:





Lunulária [Lunularia cruciata (Linnaeus 1753) Dumortier 1822 ex Lindberg 1868]

Hepática talosa, com superfície brilhante, podendo atingir até cerca de 5 cm de comprimento e 1 de largura. apresenta o talo subdividido em lóbulos, com margens onduladas e arredondadas. Deve o nome genérico  de Lunaria ás gemas existentes no talo, em forma de meia lua. 
Planta terrestre adere ao substrato através de rizóides.
Tal como a generalidade das hepáticas, exige para subsistir locais sombreados e muito húmidos.
Em Portugal, embora pouco notada, dada a sua dimensão e os lugares sombrios onde vegeta, é muito comum.
Classificação científica:
Reino: Plantae;
Sub-reino: Embryophyta;
Superdivisão: Bryophyta sensu lato;
Divisão: Marchantiophyta;
Classe: Marchantiopsida;
Ordem: Lunulariales;
Família: Lunulariaceae;
Género: Lunularia;
Espécie: L. cruciata;
[Avistamentos: Troviscal (Sertâ); 24 - Dezembro - 2023 (1ª foto) Parque da Paz - Almada; 15 - Janeiro - 2024 (fotos retantes)]

sábado, 20 de janeiro de 2024

Bonina (Bellis perennis)

Bonina (Bellis perennis L.)
Com "brinde": Neomyia cornicina.
Mais informação sobre a planta: aqui.

(Avistamento: Parque urbano de Almada; 20 - Janeiro - 2021)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Joina-pequena (Ononis pusilla subsp. pusilla)


Joina-pequena (Ononis pusilla subsp. pusilla L.)

Subarbusto, erecto, ascendente ou procumbente, podendo atingir até 35 cm; caules ramificados desde a base, herbáceos na parte superior, em geral puberulo-glandulosos; folhas trifoliadas; folíolos suborbiculares, obovados, elípticos ou oblongo-espatulados, denticulados, puberulo-glandulosos; inflorescências terminais, racemiformes, densas durante a floração, lassas na frutificação; flores subsentadas, dispostas isoladamente na axila de cada bráctea, mais curtas que as brácteas, com corola amarela formada por estandarte, asas e quilha; fruto incluso no cálice, ovóide, piloso na parte apical, com pico recurvado e com 3 a 10 sementes reniformes, finamente tuberculadas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Região Mediterrânea; Norte de África e Médio Oriente.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e circunscrita à Estremadura, Beira Litoral, Ribatejo e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: baldios; orlas e clareiras de matos baixos, em solos magros, pedregosos ou rochosos, em substrato calcário, a altitudes até 2000 m. 
Floração: de Abril a Agosto.
(Avistamento: Serra d'Aire; 30 - Maio - 2018)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Trevo-rosa (Trifolium hirtum)

Trevo-rosa (Trifolium hirtum All.)

Erva anual, vilosa, com caules erectos, podendo atingir até 60 cm; folhas alternas, pecioladas, estipuladas, trifoliadas, com folíolos subsésseis, cerca de 2 vezes mais compridos que largos, vilosos em ambas as páginas; estípulas com pêlos patentes, inteiras, membranáceas, aderentes ao pecíolo e terminando em ponta comprida; inflorescências capituliformes, terminais, quase sésseis e globosas; flores com cálice viloso com segmentos mais curtos que a corola; esta de cor rosa ou púrpura; fruto (vagem) incluído no cálice, indeiscente, com 1 semente.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Região Mediterrânica (Sul da Europa, Sudoeste da Ásia e Norte de África) e Região Macaronésia (arquipélago das Canárias). Introduzido na América do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, não sendo, atendendo aos registos existentes no Flora.on, nem de ocorrência extensiva a todas as regiões, nem muito frequente.
Ecologia/habitat: prados e pastagens anuais; em terrenos incultos; em solos pobres e erosionados, a altitudes até 1700m.
Floração: de Fevereiro a Setembro, mas com maior intensidade durante os meses de Maio e Junho.
[Avistamento: Minas de Santo Adrião - Vimioso (Trás-os-Montes) 1 -  Junho - 2018]

domingo, 7 de janeiro de 2024

Escorcioneira (Reichardia picroides)

 







Escorcioneira ou Reichárdia-dos-picos (Reichardia picroides (L.) Roth *)
Erva perene, lenhosa na base, com hastes que podem atingir até 50 cm de altura; folhas algo carnudas, as basais numerosas,dispostas em roseta e divididas em segmentos muito irregulares; as caulinares em pequeno número, inteiras, sésseis e de reduzida dimensão; flores amarelas, liguladas, as externas com uma faixa esverdeada no dorso, agrupadas em capítulos suportados por longos pedúnculos, com invólucro com 1 a 2 cm de diâmetro, formado por brácteas interiores, triangular-lanceoladas e exteriores em forma de coração; frutos (aquénios) providos de papilho de pêlos finos.
Tipo biológico: hemicriptófito:
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: Região Mediterrânica. 
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e de forma descontínua, pois é mais comum nas regiões próximas do litoral no Centro e Sul do país, sendo rara ou mesmo inexistente nas regiões do interior.
Ecologia/habitat: terrenos incultos; bermas de estradas e caminhos; locais rochosos e pedregosos, incluindo muros de pedra solta.
Floração: ao longo de todo ano, mas com maior intensidade, de Novembro a Maio.
Nota: as folhas são comestíveis, sendo utilizadas designadamentes em saladas, embora tal uso não seja comum em Portugal ao contrário do que acontece noutros países.
*Sinonímia: Picridium crassifolium Willk.; Picridium maritimum Rchb. f.; Picridium picroides (L.) H. Karst.; Picridium prenanthoides B. D. Jacks.; Picridium rupestre Pomelo; Picridium vulgare Desf.;  Reichardia integrifolia Moench; Scorzonera picroides L. (basónimo)
(Avistamento: Almada; 5 - Janeiro - 2023)