quinta-feira, 1 de junho de 2023

Crepis bursifolia






Crepis bursifolia L.

Erva perene com raiz primária robusta; múltiplas hastes florais, erectas ou ascendentes, com 10 a 30 cm, em geral com ramificações na parte superior; folhas basais dispostas em roseta, pecioladas, penatipartidas ou penatissectas, com 5 a 10 pares de segmentos laterais e um terminal muito maior, ovado, denticulado; as caulinares (raras) em geral lineares, sésseis; flores liguladas, amarelas na página superior e esverdeada na inferior, agrupadas em pequenos capítulos aproximadamente cilíndricos dispostos em cimeiras pouco densas; frutos: cipselas castanhas, fusiformes, providas de papus brancos umbeliformes.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta originária do Centro e Oeste da Região Mediterrânica (incluindo: Argélia, Córsega, França, Itália, Marrocos, Sicília, Espanha, Tunísia, e países da antiga Jugoslávia) e ilha de Tenerife no arquipélago das Canárias (Fonte). Introduzida na Califórnia.
Em Portugal ocorre certamente como espécie introduzida e, supostamente, em data recente, visto não figurar na Checklist da Flora de Portugal, nem noutras fontes por mim habitualmente consultadas.
Ecologia/habitat; terrenos relvados, cultivados ou incultos.
Floração: de Maio a Agosto.
(Data e local da obtenção das fotos: Almada; 1 - Junho - 2023)
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terça-feira, 30 de maio de 2023

Ineixas (Hirschfeldia incana)







Ineixas [Hirschfeldia incana (L.) Lagr.-Foss. *]

Planta anual ou perenizante, com revestimento de pêlos simples. Possui caule muito ramificado, folhoso, com pilosidade densa, podendo atingir até 120-140 cm de altura; folhas inferiores dispostas em roseta, lirado-penatissectas, com 4 a 6 segmentos laterais e um terminal, ovado, dentado; as superiores muito mais pequenas, menos divididas, de lanceoladas a lineares, sésseis; flores agrupadas em cachos numerosos e compridos, sem brácteas, formando um conjunto muito emaranhado à medida do avanço da floração e da frutificação. As flores apresentam pedicelos curtos e tão grossos quanto a base dos frutos; sépalas erectas (3 a 4 mm), com as laterais gibosas na base; pétalas (4) (com 6 a 9mm), unguiculadas, de cor amarelo-pálida. Frutos sob a forma de silíqua, com 2 segmentos (porção valvar com 4 a 6 sementes em cada lóculo e o rostro, geralmente mais curto que a porção valvar, umas vezes, direito e outras vezes retorcido.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: planta oiginária das regiões mediterrânica e irano-turânica. Entretanto introduzida em muitas outras regiões.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e no arquipélago da Madeira. Presente também no arquipélago dos Açores como espécie introduzida.
Ecologia/habitat: planta ruderal, frequente em bermas de estradas e caminhos, taludes, baldios, campos agrícolas abandonados e em cultivo, a altitudes até 2200 m.
Floração: de Março a Agosto.
* Sinonímia: Sinapis incana L. (Basónimo)
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 9 - Maio - 2023)
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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Malvão (Lavatera cretica)











Malvão * (Lavatera cretica L.)
Planta anual ou bienal, com alguma pilosidade em partes jovens, bem como em pecíolos, pedúnculos e epicálice, formada por pêlos estrelado-pubecentes ou hispídulos. Possui caule simples, ou, mais comummente, ramificado, erecto ou ascendente, podendo alcançar até 2 m de altura; folhas pecioladas, com limbo cordiforme-orbicular que, nas inferiores, pode atingir até 20 cm de diâmetro, com 5 a 7 lóbulos pouco profundos, arredondados e crenado-dentados. Flores agrupadas (2 a 8) em fascículos axilares, com pedúnculos desiguais, mais curtos que o pecíolo da folha axilante;  epicálice com 3 peças quase livres entre si, mais curtas que o cálice; este formado por cinco sépalas triangular-ovadas terminando em ponta curta, algo acrescentes e convergentes na frutificação; pétalas (5) 2 a 3 vezes mais compridas que as sépalas, profundamente emarginadas, de cor rosa ou violácea; fruto múltiplo (esquizocárpico) com 7 a 9 mericarpos convexos, lisos ou ligeiramente rugosos no dorso, em geral, amarelados.
Tipo biológico: fanerófito ou hemicriptófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Norte de África; Sudoeste da Ásia. Introduzida e naturalizada na África do Sul e América do Norte. 
Em Portugal ocorre como planta autóctone em todas as regiões do Continente, embora de forma irregular e descontínua, sendo rara na Beira Alta e em Trás-os-Montes. Como espécie introduzida está também presente nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Ecologia/habitat: planta ruderal, frequente em bermas de estradas e caminhos, taludes, campos cultivados e incultos, baldios, e mesmo junto de depósitos de entulhos, a altitudes até 800m.
Floração: de Março a Julho.
* Outros nomes comuns: Malva; Malva-alta; Malva-bastarda.

terça-feira, 23 de maio de 2023

Opuntia leucotricha







Opuntia leucotricha DC.
Arbusto ou pequena árvore que, por via de regra, não ultrapassa 5 m de altura. Cladódios ovados ou obovados, com revestimento de pêlos eriçados com cerca de 1 cm de comprimento e espinhos aguçados com cerca de 3 cm de comprimento, estruturas que surgem neste tipo de plantas (vulgarmente designadass por cactos) em substituição das folhas ou como folhas transformadas. Flores amarelo-esverdeadas com 4 a 8 cm de diâmetro.Frutos comestíveis, com  4 a 6 cm de diámetro, de cor rosada ou verde-amarelada.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Cactaceae;
Distribuição: planta endémica do México. Introduzida para fins ornamentais na Europa (Portugal, Espanha e Itália, designadamente), Ilhas Canárias, Africa do Sul, Ilhas Galápagos e Estados Unidos da América, sendo actualmente considerada como planta invasora na Flórida. Em Portugal, se não estou em erro, apenas cocorre como planta cultivada.
Em Portugal encontra-se em floração nesta altura.
[Avistamento: Trafaria (Almada); 23 - Maio - 2023 (as 5 primeiras fotos); 4 - Janeiro - 2023 (as 2 últimas)]
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sábado, 20 de maio de 2023

Leiteira-amarela (Euphorbia flavicoma subsp. flavicoma)

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Leiteira-amarela (Euphorbia flavicoma subsp. flavicoma DC.)
Planta perene, rizomatosa, subarbustiva, frequentemente multicaule, com caules erectos ou decumbentes, raramente ultrapassando 35 cm de altura; folhas polimorfas (desde ovadas, elípticas, rombico-elípticas, a obovadas ou oblanceoladas), frequentemente glaucas e serrilhadas na metade superior; pleiocásio com 3 a 5 raios, bifurcados 1 a 3 vezes; brácteas pleiocasiais elípticas ou rômbico-elípticas, inteiras ou pouco denticuladas; brácteas dicasiais, elípticas, rômbico-elípticas ou obovadas, obtusas, livres; cíato séssil, com nectários sem apêndices, inicialmente amarelados e, no final, avermelhados; fruto sob a forma de cápsula subglobosa a ovóide, ligeiramente sulcada, com 3 lóculos arredondados, com abundantes verrugas semi-esféricas na superfície.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Euphorbiaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica, só recentemente encontrada em Portugal por Miguel Porto (em Maio de 2017) sendo apenas conhecida uma única subpopulação, com 2 núcleos, nas proximidades de Arruda dos Pisões e Tremês.
Ecologia/habitat: "clareiras e orlas de matos, taludes em semi-sombra e sob coberto de pinhal, em encostas calcárias margosas muito secas." (fonte)
Floração: de Abril a Julho.
Nota: incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, onde é  classificada como "Vulnerável" de acordo com  critérios da IUCN em matéria de risco de extinção 
[Avistamentos: Arruda dos Pisões (Rio Maior); 13 - Maio - 2018 (Fotos 1 a 8); 4 - Abril - 2018 (fotos 9 e 10)]
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domingo, 14 de maio de 2023

Alho-social (Tulbaghia violacea)




Alho-social *(Tulbaghia violacea Harv.)
Planta bulbosa, perene, cespitosa, podendo atingir até 60 cm de altura. Possui folhas lineares, algo carnosas; flores tubulares, de cor lilás, rosa, ou mesmo branca, agrupadas em inflorescências terminais, longamente pedunculadas; frutos com a forma de cápsulas triangulares que, na maturação, libertam as sementes pretas que elas contêm.
Tipo biológico: geófito;
Família:Amaryllidaceae;
Distribuição: planta originária da África do Sul, entretanto introduzida e cultivada em ambos os hemisférios, principalmente para fins ornamentais.
Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada.
Floração (em Portugal): de Maio a Setembro.
* Outros nomes comuns: Tulbagia; Agapanto-rosa.
Nota: é considerada como planta comestível, sendo as suas folhas usadas, sobretudo em saladas, como substituto do alho e da cebola. Não parece, no entanto, que tal uso seja comum em Portugal.
(Avistamento: Cova da Piedade - Almada; 10 - Maio - 2023
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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Silene-das-areias (Silene psammitis subsp. psammitis)



Silene-das-areias (Silene psammitis subsp. psammitis Link ex Spreng.)
Erva anual, algo verdosa, pubescente-glandulosa, com 6 a 40 cm de altura. Caule, em geral, ramificado desde a base, com revestimento de pêlos glandulíferos, patentes; folhas inferiores em geral oblanceoladas, raramente lineares; as superiores de lanceoladas a linear-lanceoladas; flores agrupadas em monocásios, raramente solitárias; cálice com até 24mm, subcilíndrico durante a antese, muito inflado na frutificação; pétalas com limbo obcordado, rosado; fruto (cápsula) ovóide, com dentes ultrapassados pelos do cálice em menos de 3mm.
Tipo biológico: terófito.
FamíliaCaryophyllaceae;
Distribuição: planta endémica do Centro e Oeste da Península Ibérica, com ocorrência em Portugal circunscrita ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Baixa, Beira Alta e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: prados e pastagens em solos derivados de granitos e xistos, a altitudes até 1500m.
Floração: de Março a Junho.
[Avistamento: ribeira da Foupana - Odeleite (Algarve); 25 - Março - 2023]
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