segunda-feira, 13 de julho de 2015

Pinheira-de-água (Myriophyllum aquaticum)




Pinheira-de-água, ou Pinheirinha [Myriophyllum aquaticum (Vell.) Verdc.]
Planta exótica originária da América do Sul, introduzida como planta ornamental e naturalizada na América do Norte e na Europa, incluindo em Portugal, onde a planta se pode encontrar em várias regiões do Continente (Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral, Douro Litoral e Minho)
Família: Haloragaceae;
Tipo biológico: hidrófito;
Ecologia/habitat: cursos de água, valas, canais, lagos, lagoas, águas paradas e terrenos encharcados, a altitudes até 800m.
(Local e data: Muge - Salvaterra de Magos; 7 - Julho - 2015)
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Abrótea-de-verão (Asphodelus aestivus)










Abrótea-de-verão ou Gamão-do-estio (Asphodelus aestivus Brot.)
Erva perene, rizomatosa (tipo biológico: geófito) com caule liso, glabro, com 70 a 180cm.
No "hábito", é muito semelhante a outras espécies congéneres. Todavia,  as características dos frutos, a par da época da floração, permitem a sua fácil identificação. 
A espécie tem, com efeito, relativamente às demais espécies do género que ocorrem em Portugal, uma floração bem mais tardia. Enquanto as suas congéneres têm uma floração maioritariamente primaveril ou mesmo pré-primaveril, a floração do A. aestivus, é sobretudo estival. Daí a designações de Abrótea-de-verão e de Gamão-do-estio.
Relativamente aos frutos nota-se que estes revestem a forma duma cápsula subesférica, não estreitada na base (aspecto que os diferencia dos frutos do A. serotinus), com superfície não viscosa, rodeada, na parte inferior, por um anel formado pelos restos secos da base do perianto.
Família: Xanthorrhoeaceae
Distribuição: Endemismo ibérico com ocorrência praticamente limitada ao Sudoeste da Península Ibérica. Está presente, como decorre da afirmação anterior, em Portugal, mas apenas em algumas regiões do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e  Beira Alta)
Ecologia/habitat: pastagens, clareiras de bosques e de matagais, em solos profundos, arenosos ou argilosos, a altitudes não superiores a 1200m.
[Local e data: Escaroupim (Salvaterra de Magos); 7 - Julho - 2015]
[Fontes consultadas: Flora.on; Flora Iberica]

sábado, 11 de julho de 2015

Erysimum lagascae










Erysimum lagascae Rivas Goday & Bellot
Erva bienal ou perene (tipo biológico:hemicriptófito), monocárpica, com hastes florais (10 a 45cm) isoladas ou pouco numerosas, mais ou menos erectas, que nascem directamente da cepa.
O "hábito" é bastante semelhante ao da congénere Erysimum linifolium, podendo; à primeira vista, confundir-se com ela, tanto mais que a área de distribuição das duas espécies é parcialmente coincidente. No entanto, uma observação mais atenta permite distinguir as duas espécies. Entre as diversas características que as diferenciam, a de mais fácil percepção para o leigo (perspectiva que é sempre a minha) reside nas folhas: no E. lagascae as folhas têm na margem do limbo alguns pares de dentes bem visíveis; são, frequentemente, algo flexuosas e sempre mais largas do que as do E. linifolium, as quais, no geral, têm margens inteiras, podendo, eventualmente, apresentar um ou outro dente pouco perceptível. A existência de numerosas hastes florais é também um bom indicativo de estarmos em presença do E. linifolium.
Distribuição: Endemismo ibérico, com ocorrência limitada, do lado de cá da fronteira, à Beira Alta, Beira Baixa e, eventualmente, ao Alto Alentejo.
Ecologia/habitat: taludes, locais pedregosos, fendas de rochas, em solos arenosos de natureza siliciosa, a altitudes entre 400 e 1350m.
Floração: de Abril a Junho.
(Local e datas: Santo Estevão - Sabugal (Beira Alta) - Abril / Maio - 2015)
(Fontes consultadas: Flora.on; Flora Iberica)

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Thymus pulegioides


 







Thymus pulegioides L.
Subarbusto de aspecto herbáceo (tipo biológico: caméfito) com 6 a 30cm, com caules decumbentes, radicantes os estéreis ,com frequência sinuosos.
Família: Lamiaceae;
Distribuição: toda a Europa, rareando, todavia, no Sul. Em Portugal encontra-se apenas no território do Continente, com ocorrência limitada ao Minho, Douro Litoral e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: prados, clareiras de bosques e matagais, em locais com alguma humidade, a altitudes até aos 2500m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Maio a Outubro.
(Local e data:  concelho de Vinhais (Trás-os-Montes); 25/26 - Junho - 2015)

domingo, 5 de julho de 2015

Erva-das-lamparinas (Ballota nigra)







Erva-das-lamparinas *(Ballota nigra L.)
Erva vivaz (tipo biológico: hemicriptófito) com caules (15 a 80cm) com indumento de pêlos simples, curtos e retroflexos; folhas pecioladas, de ovadas a orbiculares, dentadas (com dentes largos e arredondados); inflorescência formada por verticilos, cada um com 4 a 48 flores, estas com corola bilabiada de cor creme, por vezes, branca, com o lábio superior recto e erecto, com pêlos numerosos na face superior e lábio inferior com três lóbulos: o central, em geral, bilobulado; os laterais muito menores.
Família: Lamiaceae
Distribuição: Europa; Sudoeste da Ásia; Região Mediterrânica; 
Em Portugal ocorre, quer como espécie autóctone (no território do Continente, em particular nas regiões a norte do Tejo e no arquipélago da Madeira), quer como espécie introduzida (nos Açores).
Ecologia/habitat: locais húmidos e nitrificados, nas margens de cursos de água e em prados sombrios, a altitudes até aos 1500m. Indiferente à natureza do solo.
Floração: de Maio a Novembro.
* Outros nomes comuns: Marroio-negro; Erva-dos-pavios; Balota;
Observações:
1. Tradicionalmente considerava-se existirem na Península Ibérica duas subespécies de Ballota nigra, além da nominal, com as designações de B.  n. foetida e de B. n. uncinata. No entanto, para a Flora Iberica, as diferenças não justificam a distinção, pois as existentes são explicáveis no âmbito da variação normal da espécie.
2. As expressões "Erva-das-lamparinas" e "Erva-dos-pavios", tiveram origem no facto de as peças florais da planta, depois de secas, terem servido de pavio nas lamparinas de azeite que alumiavam, antes da chegada da electricidade, o local (em geral, a capela-mor) onde nas igrejas das aldeias se guardavam as hóstias consagradas (o "Santíssimo Sacramento", na terminologia canónica). 
(Local e data: concelho de Bragança; 25 - Junho - 2015)
(Fontes consultadas: Flora.on; Flora Iberica)

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Stachys sylvatica





Stachys sylvatica L. 
Erva vivaz, estolhosa, (tipo biológico: hemicriptófito) com caule viloso (com pêlos compridos e macios), erecto, (com 35 a 105cm); folhas com pêlos, mais ou menos abundantes, na página superior e no verso, progressivamente menores a partir da base, pecioladas, ovadas, com margens serradas ou dentadas; flores bilabiadas agrupadas (4 a 6) em verticilos (6 a 19) formando o seu conjunto a inflorescência  bem visível por cima da folhagem da planta.
Família: Lamiaceae;
Distribuição:  Europa (Central e Ocidental) e Madeira. 
No que respeita a Portugal importa referir que a espécie, para lá da ocorrência na Madeira, encontra-se também no território do Continente, embora a sua presença esteja limitada a Trás-os-Montes, onde, aparentemente, também não será muito vulgar, atendendo a que, por esta altura, o portal da SPBotânica (Flora.on)  regista apenas dois avistamentos.
Ecologia/habitat: locais húmidos e sombrios, em prados e sob coberto de bosques, a altitudes até aos 1650. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Maio a Setembro.
[Local e data:  ribeira de Ornal (Trás-os-Montes); 25 - Junho - 2015]
(Fontes consultadas: Flora.on; Flora Iberica)

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Bico-de-grou-sanguíneo (Geranium sanguineum)








Gerânio-sanguíneo, ou Bico-de-grou-sanguíneo (Geranium sanguineum L.)
Erva rizomatosa, vivaz (tipo biológico: hemicriptófito) com caules mais ou menos erectos, pilosos que podem atingir até 60 cm.
Família: Geraniaceae;
Distribuição: como espécie autóctone distribui-se por quase toda a Europa (ausente apenas no extremo Norte) e por grande parte da Ásia. Presente também na América do Norte, como espécie introduzida.
Em Portugal,conquanto não seja, aparentemente, uma espécie muito comum, encontra-se em boa parte do território do Continente (desde o Baixo Alentejo até Trás-os-Montes, região onde me parece ser comparativamente menos rara do que noutras regiões do país onde há registo da sua ocorrência).
Ecologia/habitat: prados anuais; orlas e clareiras de bosques e matagais; bermas de estradas e caminhos, a altitudes  superiores a 450m, mas inferiores a 1750m.
Floração: de Abril a Agosto.
[Local e data: Vinhais (Trás-os-Montes); 26 -Junho - 2015]
(Fontes consultadas: Flora.onFlora Iberica; Jardim Botânico UTAD