sexta-feira, 26 de março de 2021

Ranúnculo-de-três-partes (Ranunculus tripartitus)





Ranúnculo-de-três-partes (Ranunculus tripartitus DC.)
Erva anual, por via de regra, mas vivaz em certas circunstâncias, prostrada (quando em terra) erecta e distendida (quando submersa); folhas laminares com limbo reniforme ou suborbicular, em geral com 3 lóbulos profundos; folhas divididas, quando existentes, circunscritas aos nós inferiores; flores com 5 pétalas brancas, ovadas, não contíguas; sépalas reflexas e azuladas, pelo menos no ápice; aquénios (4 a 27) glabros.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Ranunculaceae;
Distribuição: Europa Atlântica desde o Norte da Alemanha até Portugal; montanhas do Atlas no Norte de África.
Em Portugal distribui-se ao longo de boa parte do território do Continente mas de forma irregular e descontínua, não sendo, pelo menos aparentemente, muito comum.
Ecologia/habitat: valas e regatos de águas lentas; charcos temporários e lagoas de águas pouco profundas.
Floração: de Janeiro a Maio.

quarta-feira, 24 de março de 2021

Salva-bastarda (Teucrium scorodonia)





Salva-bastarda (Teucrium scorodonia L.)
Erva perene, rizomatosa, com 30 a 60cm; caules erectos ou ascendentes, com dupla cobertura de pêlos (uns, compridos e patentes; outros, curtos e retrorsos) glabrecentes quando velhos; folhas algo rugosas, serradas ou bisserradas, curtamente pecioladas (1 a 2 cm) dispostas em verticilos de 2 separados por entrenós de 5 a 6 cm; flores de corola bilabiada de cor branca, creme ou amarelada, agrupadas em inflorescência em forma de tirso com 3 a 8 ramificações.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Distribuição: Europa (Centro, Sul e Oeste) e Norte de África (Tunísia). Introduzida e naturalizada na América do Norte e Nova Zelândia.
Em Portugal, enquanto espécie autóctone, ocorre apenas no território do Continente, sendo muito comum nas regiões a Norte do Tejo e menos comum nas regiões a Sul do mesmo rio. Como espécie introduzida está também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: orlas de bosques e matagais, margens de cursos de água, bermas de estradas e caminhos, em locais om alguma humidade e mais ou menos sombrios, em substratos siliciosos, arenosos ou calcários, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Maio a Setembro.
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sexta-feira, 19 de março de 2021

Anémona (Anemone coronaria)

 






Anemone coronaria L.
Erva vivaz, com rizoma tuberoso muito irregular; caule escapiforme; folhas biternadas, com segmentos estreitos e com pecíolo mais comprido que o limbo; brácteas foliáceas, sésseis; flores solitárias com 5 a 8 sépalas de cor variada, designadamente vermelha ou azulada, com pêlos sedosos no dorso; fruto (poliaquénio) algo lanoso.
Tipo biológico: geófito;
Família: Ranunculaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica e Oeste da Ásia. 
Em Portugal a sua ocorrência está limitada ao território do Continente (Estremadura e Beira Litoral).  
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem secos e pedregosos de natureza calcária, a altitudes até 200 m, podendo, quando escapada de cultivo, surgir noutros habitats.
Floração: de Fevereiro a Abril.
[Local e data do avistamento: Trafaria (Almada); 18 - Março - 2021]
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domingo, 14 de março de 2021

Sisymbrella aspera subsp. aspera



Sisymbrella aspera subsp. aspera (L.) Spach
Planta anual ou perene, com 8 a 50 cm, com caules erectos ou ascendentes; folhas inferiores dispostas em roseta basal, penatissectas ou bipenatissectas, com 5 a 10 pares de segmentos laterais lineares, oblongos ou ovados, de inteiros a penatissectos e com segmento terminal um pouco maior; as superiores mais pequenas que as basais; flores com pétalas amarelas (maiores que as sépalas) agrupadas em inflorescências em cacho, mais densas na floração que na frutificação; frutos em silíqua, erecto-patentes ou patentes, frequentemente arqueados.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: Sudoeste da Europa (França e Península Ibérica) e Noroeste de África (Marrocos). 
Em Portugal distribui-se, embora de forma esparsa, ao longo de quase todo o território  Continente, com excepção do Minho e Algarve. Como planta introduzida, encontra-se também no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: margens de cursos de água; prados húmidos ou encharcados; valetas, preferentemente em solos calcários, a altitudes desde 100 a 2000m.
Floração: de Março a Julho.
[Local e data do avistamento: conclho de Miranda do Douro (Trás-os-Montes); 2 - Junho - 2018]
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segunda-feira, 8 de março de 2021

Trevo-estriado (Trifolium striatum)

 





Trevo-estriado (Trifolium striatum L.)
Erva anual com 4 a 60 cm, vilosa, com caules erectos ou ascendentes, com pêlos patentes, pelo menos na parte inferior; folhas pecioladas, alternas, estipuladas, trifoliadas, com folíolos quase sésseis, denticulados na parte apical, com pilosidade em ambas as páginas; estípulas membranáceas, ovadas; inflorescências axilares ou aparentemente terminais, pedunculadas ou quase sésseis, com 1 ou 2 folhas involucrantes, especiformes, ovóides ou oblongo-elipsóides na floração, subcilíndricas na frutificação; flores com cálice actinomorfo, piloso, campanulado, urceolado na frutificação, com 10 nervos bem visíveis, com dentes desiguais assovelados; corola rosada, com cerca de 5 mm, podendo ser maior ou menor que o cálice.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Europa; Sudoeste da Ásia; Noroeste de África e Macaronésia (Madeira e Canárias). Introduzida na América do Norte, Austrália e Nova Zelândia.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em grande parte do território  do Continente e na Madeira. Como espécie introduzida encontra-se no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: pastagens anuais, bermas de caminhos pouco frequentados, com preferência por solos siliciosos, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Abril a Agosto
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domingo, 28 de fevereiro de 2021

Perpétua-das-areias (Helichrysum italicum subsp. picardi)





Perpétua-das-areias ou Erva-caril [Helichrysum italicum subsp. picardi (Boiss. & Reut.) Franco]
Pequeno arbusto muito aromático com 10 a 35 cm de altura. Possui caules muito ramificados, erectos; folhas inteiras, lineares, esverdeadas, tomentosas; flores amarelas, tubulares, reunidas em capítulos de reduzidas dimensões, agrupando-se estes para formar corimbos muito densos. Os frutos são cipselas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: Sul da Europa.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e somente nas regiões confinantes com o Oceano Atlântico.
Ecologia/habitat: terrenos de mato e pinhais, em solos arenosos próximos do litoral, maxime em dunas fixas e paleodunas.
Floração: de Abril a Setembro.
[Local e data do avistamento: Fonte da Telha (Costa da Caparica - Almada); 3 - Agosto - 2016]
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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Myrrhoides nodosa




Myrrhoides nodosa (L.) Cannon *
Erva anual com 30 a 100 cm; caules pouco ramificados, mais ou menos densamente híspidos, engrossados nos nós; folhas basais não persistentes, de contorno aproximadamente triangular, bi ou tri-penatissectas; as caulinares semelhantes; flores com pétalas brancas de reduzida dimensão,  agrupadas em umbelas com 2 a 4 raios, compostas por umbélulas com 4 a 10 raios; frutos com denso revestimento de pêlos rígidos, tuberculados na base.
Tipo biológico: terófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae);
Distribuição: Centro e Oeste da Europa, Região Mediterrânica, Crimeia, Cáucaso e Oeste da Ásia.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e circunscrita ao Alto Alentejo, Beira Alta e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: locais húmidos e sombrios, na orla de bosques e nas margens de cursos de água, a altitudes desde 140 a 1700m.
Floração: de Março a Junho.
* SinonímiaScandix nodosa L. (basónimo)
[Local e data do avistamento: concelho de Vimioso (Trás-os-Montes); 1 - Junho - 2018]
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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2021

Pervinca-maior (Vinca major subsp. major)


A Pervinca-maior (Vinca major subsp. major) (também designada vulgarmente por Pervinca, Congossa e Congossa-maior) é uma planta perene, rizomatosa e estolonífera (tipo biológico: hemicriptófito) da família Apocynaceae.
É originária do Centro da Região Mediterrânica, mas encontra-se naturalizada noutras regiões.
Surge em Portugal como planta introduzida, onde é frequentemente cultivada e onde, entretanto, se naturalizou, surgindo como subespontânea em terrenos húmidos e sombrios, frequentemente na orla de bosques e margens de cursos de água. Cultivada para fins ornamentais é frequente em parques e jardins.
Floração: de Janeiro a Junho.
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Verbasco (Verbascum simplex)

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Verbasco (Verbascum simplex) Hoffmanns. & Link
Erva bienal, pubescente-tomentosa com caules erectos, simples ou ramificados, podendo atingir até cerca de 150cm de altura; folhas alternas; as basais elípticas, crenadas; as caulinares nitidamente decurrentes; inflorescências espiciformes com flores de corola amarela, reunidas em fascículos dispostos pouco densamente ao longo do eixo da inflorescência; fruto (cápsula) globoso, pouco maior que o cálice.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaScrophulariaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental incluindo a Península Ibérica, o Sudoeste de França e o Noroeste de África (Marrocos e Argélia).
Em Portugal, ainda que não seja muito comum, distribui-se de forma irregular e descontínua por quase todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: taludes, baldios, terrenos cultivados, incultos ou em pousio, com frequência em solos arenosos, designadamente costeiros, a altitudes até 1300m. 
Floração: de Março a Agosto.
[Local e data do avistamento: Estuário do Sado (Setúbal) 20 - Abril - 2016 (fotos 1 a 3); S.Estêvão (Sabugal) 30 - Abril - 2015 (foto 4)]

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Viúvas (Trachelium caeruleum)



Viúvas, ou Flor-de-viúvas (Trachelium caeruleum L.)

Planta herbácea, de base lenhosa, da família Campanulaceae, cujo caule raramente ultrapassa um metro de altura, dispondo-se as folhas (alternas, ovadas a ovada-lanceoladas e duplamente serradas) ao longo do caule. As flores, com forma tubular, pequenas e numerosas, de cor azul ou violeta-púrpura, ou, mais raramente, de cor branca, agrupam-se em inflorescências em corimbo, mais amplas quando terminais.
A espécie é originária da Região Mediterrânica Ocidental, mas é cultivada como planta de jardim em muitas outras regiões.
Aparentemente prefere encostas e taludes ou mesmo muros e paredes onde encontre algum suporte  para lançar as suas raízes,  em lugares húmidos e meio sombrios.
Em Portugal surge como espontânea,  de forma descontínua, desde o Minho até ao Algarve, segundo esta fonte. Não me parece, no entanto, que seja muito comum, dado que, pessoalmente, só me apercebi da sua existência no local onde obtive as  fotografias supra, embora nesse local fossem numerosos os exemplares encontrados. Contudo e curiosamente, esta outra fonte refere que a espécie pode ser encontrada em argamassas das muralhas do centro histórico de Braga.
A floração ocorre durante um largo período que vai, pelo menos, de Junho a Setembro.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Phalacrocarpum hoffmannseggii



Phalacrocarpum hoffmannseggii (Samp.) M.Laínz
Planta perene (tipo biológico: caméfito) da família Asteraceae, com hábito muito semelhante ao da congénere Phalacrocarpum oppositifolium, mas que apresenta folhas bem menos recortadas, característica que mais facilmente permite distinguir as duas espécies.
Distribuição: Endemismo ibérico, com ocorrência limitada em Portugal ao Nordeste trasmontano. 
Ecologia/habitat: afloramentos rochosos, taludes e encostas pedregosas, em substrato granítico ou, preferentemente, xistoso, a altitudes desde 500 a 1400m.
Floração: de Abril a Julho.
(Local e data: Serra da Nogueira (Trás-os-Montes); 5 - Junho 2018)
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