terça-feira, 28 de novembro de 2017

Salva-esclareia (Salvia sclarea)


(1)

 
 (2)

 
(3)

(4)

(5)

(6)
Salva-esclareia (Salvia sclarea L.)
Erva perene com caules ramificados, erectos, hirsutos, com 30 a 150cm; folhas pecioladas com limbo ovado, ou ovado-oblongo, com superfície algo rugosa, com indumento denso e com margens dentadas ou crenadas; flores com corola bilabiada de cor lilás, azul-pálido ou violeta (protegidas por grandes brácteas coloridas) agrupadas (3 a 6) em verticilos dispostos ao longo dos braços da inflorescência, por norma, ramificada.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Lamiaceae/Labiatae;
Distribuição: nativa da Região Mediterrânica e da Ásia Central, introduzida e cultivada noutras regiões para fins ornamentais e para extracção de um óleo essencial (sclareol) que é utilizado em perfumaria e  no fabrico de medicamentos.
Em Portugal ocorre apenas em Trás-os-Montes, não havendo, no entanto, a certeza sobre se se trata de uma espécie autóctone, dúvida que, todavia, não é partilhada pela Flora Iberica.
Ecologia/habitat:  taludes, bermas de estradas e caminhos, campos em pousio; pastagens nitrófilas, a altitudes desde 100 a 1100m.
Floração: de Junho a Julho.
[Local e datas: Vinhais (Trás- os-Montes); 26- Junho - 2015 (fotos 1, 4 e 6); 18 - Junho - 2017 (fotos restantes)]

sábado, 25 de novembro de 2017

Ferulago capillaris



 
  



 Ferulago capillaris (Link ex Spreng.) Cout. *
Erva perene, glabra, com caules estriados com 60 a 160 cm; folhas multipenatissectas (4 a 6 vezes, as basais; 2 a 4 vezes, as superiores), com segmentos de última ordem lineares ou linear-lanceolados; flores amarelas com 2 a 3 mm de diâmetro, agrupadas em umbelas terminais, tendo a principal 20 a 45 raios.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Apiaceae/Umbelliferae;
Distribuição: endemismo ibérico, com ocorrência limitada ao Centro e ao Centro Oeste da Península Ibérica. Em Portugal Continental encontra-se apenas na Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques de carvalhos, sobreiros e azinheiras, a altitudes desde 300 a 1400m- Espécie silicícola.
Floração: de Junho a Agosto.
*Sinonímia: Ferula capillaris Link ex Spreng. (Basónimo).
(Local e data: Trás-os-Montes; 16 - Junho - 2017)

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

Cyperus difformis






Cyperus difformis L.
Erva anual (tipo biológico: terófito), cespitosa, da família Cyperaceae, com caules de secção triangular, rectos, com 30 a 60 cm.
Distribuição: espécie originária das regiões tropicais (e do Sul da Europa ?), entretanto naturalizada em várias outras regiões do globo, pelo que é tida actualmente na conta de subcosmopolita. Em Portugal ocorre como espécie autóctone no território do Continente (é esse, pelo menos, o ponto de vista da Flora Iberica e do portal Flora.on) e como introduzida nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: arrozais e outros terrenos temporariamente encharcados, em solos arenosos, a altitudes até 200m.
Floração: ao longo de quase todo o ano, mas com mais intensidade de Junho a Novembro.
(Local e data: arrozais da Carrasqueira nas margens do Estuário do Sado; 16 - Novembro - 2017)
(Clicando nas imagens, amplia)

quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Ranúnculo-mata-boi (Ranunculus sceleratus)








Ranúnculo-mata-boi, ou Patalôco-dos-vales (Ranunculus sceleratus L.)
Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Ranunculaceae.
Distribuição: Planta originária da Europa e da Ásia,  actualmente considerada como subcosmopolita, pois encontra-se naturalizada em várias outras regiões do globo.
Ecologia/habitat: pastagens húmidas, linhas de água, arrozais e outros locais encharcados.
Floração: decorre ao longo de boa parte do ano, embora com menor intensidade desde Agosto até meados de Novembro.
(Local e data: arrozais da Carrasqueira nas margens do Estuário do Sado; 16 - Novembro - 2017)

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Dianthus langeanus




 



Dianthus langeanus Willk.
Planta perene, cespistosa, com cepa lenhificada;  talos floríferos com 10 a 25 cm, simples ou ramificados; folhas canaliculadas, com 15 a 25 mm de comprimento; flores com corola com cerca de 1 cm de diâmetro e pétalas de cor rosa que pode ser mais ou menos intensa. 
Tipo biológico: caméfito;
FamíliaCaryophyllaceae;
Distribuição: endemismo ibérico, com distribuição limitada ao Noroeste da Península Ibérica. Em Portugal ocorre apenas no Minho e em Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: rochedos e terrenos pedregosos com vegetação rasteira e escassa, a altitudes desde 250 a 2200m. Planta acidófila.
Floração: de Maio a Agosto.
[Local e data: serra de Montesinho (Trás-os-Montes); 17 - Junho - 2017]
Clicando nas imagens, amplia)

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Feto-de-cabelinho (Culcita macrocarpa)








Feto-de-cabelinho *(Culcita macrocarpa C.Presl **)
Feto perene com rizoma grosso e rastejante, ultrapassando, por vezes, 1 metro de comprimento, protegido por tricomas ou páleas piliformes, ferrugíneas, numerosíssimas; frondes (folhas) que podem atingir mais de 2 metros de comprimento, com lâmina multipenatissecta (2 a 5 vezes) triangular, coriácea, brilhante, com comprimento mais ou menos igual ao do pecíolo.
Tipo biológico: Caméfito;
Família: Culcitaceae;
Distribuição: Península Ibérica e arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias.
Em Portugal Continental encontra-se apenas uma população repartida por três locais muito próximos na Serra de Pias (Valongo), admitindo-se como possível que se trate de uma população naturalizada.
Ecologia/habitat: locais húmidos ou muito húmidos, algo sombrios, sem grandes oscilações térmicas, em solos ácidos, frequentemente rochosos. 
*Outros nomes comunsCabelinhaFeto-abrum;
** Sinonímia: Dicksonia culcita L'Hér.
Nota: a espécie goza de protecção legal:  DL nº 140/99 de 14 de Abril, republicado pelo DL nº 49/2005 de 24 de Fevereiro - Anexos B-II e B-IV - transposição da Directiva Habitats (92/43/CEE); DL nº 316/89, de 22 de Setembro - Anexo I - transposição da Convenção de Berna relativa à Conservação da Vida Selvagem e do Meio Natural da Europa (1979)
(Locais e datas; ilhas de S. Jorge e do Pico (Açores); 24 e 28 - Julho - 2017)
(Clicando nas imagens, amplia)

domingo, 12 de novembro de 2017

Açafrão-bravo (Crocus clusii)

(1)

(2)

(3)

(4)

(5)

(6)

(7)
Açafrão-bravo ou Pé-de-burro (Crocus clusii J. Gay *)
Erva perene, bulbosa, com bolbo quase esférico, solitário, revestido por túnicas internas e externas, estas formadas por fibras grossas entrelaçadas; 3 a 7 folhas que podem surgir simultaneamente com (ou logo após) o desabrochar floral; flores (1 ou 2) com tépalas de cor lilás; estilo cor de laranja muito ramificado e, em comprimento, maior que os estames (estes com antera e filete amarelados).
Tipo biológico: geófito;
Família: Iridaceae;
Distribuição: Endemismo ibérico, circunscrito à metade ocidental de Península Ibérica. A ocorrência da espécie em Portugal é dada como certa no Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura e Beira Litoral e como incerta no Douro Litoral e Minho. 
Ecologia/habitat: pastagens secas e  clareiras de pinhais, em solos arenosos, em geral, próximos do litoral, a altitudes até 120m.
Floração: de Outubro a Dezembro.
* Sinonímia: Crocus serotinus subsp. clusii (Gay) B.Matew
[Locais e datas: Arriba Fóssil - Fonte da Telha (concelho de Almada); 11 - Novembro - 2017 ( fotos 1 a 4); Brejos de Azeitão (concelho de Setúbal); 9 - Novembro - 2017 (fotos restantes)]
(Clicando nas imagens, amplia) 


sexta-feira, 10 de novembro de 2017

#Exóticas nos Açores (III): Vinhático (Persea indica)







Vinhático * [Persea indica (L.) C. K. Spreng. **]
Árvore perenifólia, com copa larga e arredondada, que pode atingir até cerca de 20 m de altura; folhas de lanceoladas a elípticas, verde-claras, tornando-se avermelhadas à medida que envelhecem; flores pequenas com pétalas brancas, dispostas em inflorescências em panícula; frutos (bagas) ovóides, semelhantes a azeitonas, verdes, mas que adquirem, na maturação, um tom azul-escuro.
Tipo biológico: Fanerófito;
Família: Lauraceae;
Distribuição: Planta endémica da Madeira e das Canárias. Ocorre também no arquipélago dos Açores, como espécie introduzida, eventualmente naturalizada.
Ecologia: a floresta laurissilva é o habitat natural da espécie.
Floração: de fins de Julho a Novembro.
*Outros nomes comuns: vinhático-das-ilhas; vinhoto; loureiro-real.
**Sinonímia: Laurus indica L.; Phoebe indica (L.) Pax
[Local e data: ilha do Pico (Açores); 30 - Julho - 2017]