sábado, 30 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Malvavisco (Malvaviscus arboreus)


Malvavisco ou Hibisco-colibri (Malvaviscus arboreus Cav.)
Arbusto algo lenhoso e muito ramificado, podendo atingir até cerca de 4 metros de altura, apresenta floração durante boa parte do ano, característica que o torna interessante do ponto de vista ornamental.
Planta originária das Américas (Central e do Su), entretanto introduzida em dezenas de outros países para fins ornamentais, pelo que tem actualmente uma larga distribuição a nível global.
Tipo biológico: Fanerófito.
Família: Malvaceae.
Nota: A planta das imagens faz parte da coleção no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, onde foi fotografada em 20 - Agosto - 2025

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Palma-branca ou Palmeira-azul-mexicana (Brahea armata)

 


Palma-branca ou Palmeira-azul-mexicana* (Brahea armata S.Watson)

Palmeira originária do México (Noroeste) e da Baixa Califórnia (Estados Unidos da América), entretanto introduzida noutras partes do globo para fins ornamentais.
Pode atingir até 15 metros de altura e 3 metros de diâmetro. Possui folhagem persistente de cor verde-azulada.
Tipo biológico: fanerófito (Árvore)
Família: Arecaceae:
A floração (em Portugal) ocorre por volta do mês de Maio.
*Designações comuns usadas, respectivamente, em Portugal e no Brasil.
(Nota: na imagem temos um exemplar existente no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, onde foi fotografado em 20 - Agosto - 2025. Em Portugal existe, pelo menos, um outro exemplar desta palmeira no Parque Botânico da Tapada da Ajuda do Instituto Superior de Agronomia.)

domingo, 24 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Palmeira-de-Guadalupe (Brahea edulis)

Palmeira-de-guadalupe ( Brahea edulis H.Wendl. ex S.Watson *) 

Palmeira nativa do México e da Ilha de Guadalupe (Caraíbas), entretanto introduzida noutras latitudes como planta ornamental.
Planta de folha persistente, pode atingir até 9 m de altura e cerca de 3 m de diâmetro. 
Floresce durante a Primavera e o Verão.
Tipo biológico: Fanerófito
Família: Arecaceae.
* Sinonímia Erythea edulis (H.Wendl. ex S.Watson) S.Watson-
Nota: A planta que figura na imagem encontra-se no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, fazendo parte da sua colecção. Uma placa existente no local informa que se trata de um exemplar plantado em 13 de Junho de 1913 (já lá vão uns anos!) pelo primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga.
(Foto datada de 20 - Agosto - 2025)

sábado, 23 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Bismarckia nobilis

Bismarckia nobilis Hildebr. & H.Wendl.
Palmeira endémica de Madagascar é actualmente cultivada como planta ornamental em regiões tropicais e subtropicais do globo. No Brasil, onde é cultivada é designada vulgarmente por "Palmeira-azul".
É planta dióica, havendo, pois, indivíduos masculinos e femininos.
Tipo biológico: fanerófito:
Família: Arecaceae.
[Avistamento: a planta da imagem supra foi fotografada em 20 do corrente mês de Agosto, no Jardim Botânico Tropical, (situado na proximidade do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa), onde ocorrrem, atendendo aos fins e natureza de instituição científica, plantas de proveniência diversa que, todavia, não são cultivadas em Portugal, como julgo ser o caso da Bismarckia nobilis.]

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Spireia-do-Japão (Spiraea japonica)




Spireia-do-Japão (Spiraea japonica L. f.)

Pequeno arbusto de folha caduca, com até  cerca de 1,5 m de altura e com aproxidamente a mesma  largura. Flores de cor rósea ou púrpurea agrupadas em cacho no ápice dos ramos.
Tipo biológico: nanofanerófito;
Família: Rosaceae;
Distribuição: espécie originária da Ásia (Japão, China e Coreia). Introduzida para fins ornamentais noutras partes do globo, incluindo os Estados Unidos da América do Norte e Canadá, onde entretanto se naturalizou.
Em Portugal é também usada como planta ornamental, mas não ocorre a não ser como planta cultivada.
Floração (em Portugal): de Junho a Agosto.
(Avistamento: Casa da Cerca - Almada; 9 - Agosto - 2025)

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Doronicum plantagineum





Doronicum plantagineum L.
Planta perene, com rizoma provido de tufos de pêlos sedosos nos nós. Caule simples ou ramificado dicotomicamente apenas uma vez, podendo atingir até 80 cm de altura. Folhas basais e caulinares inferiores longamente pecioladas, ovadas ou cordadas; as caulinares médias amplexicaules, ovadas, oblongas, curtamente auriculadas; as superiores lanceoladas ou ovado-lanceoladas. Flores agrupadas em capítulos solitários dispostos no ápice de compridos pedúnculos: as externas, hemiliguladas, com 16 a 19 mm; as do disco (flosculosas) com com 4 a 5 mm. Frutos (aquénios) com 2 a 3 mm, os externos sem papilho, os internos com papilho branco.
Tipo biológico: geófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: espécie originária da Europa, entretanto introduzida e naturalizada noutras partes do globo, designadamente nos EUA e na Nova Zelândia. Em Portugal ocorre como espécie autóctone, e apenas no território do Continente, sendo reconhecidas 3 subespécies: a nominal Doronicum plantagineum subsp. plantagineum L. subespécie que, supostamente, será a representada nas imagens; a Doronicum plantagineum subsp. tournefortii (Rouy) Cout. (endémica de Portugal Continental); e a Doronicum plantagineum subsp. emarginatum (Legrand) P.Fourn. [subespécie de que, no entanto, não há ainda registos no portal da SPBotânica (Flora.on)]
Ecologia/habitat: ocorre em geral em locais sombrios, sobretudo na orla e sob coberto de bosques perenifólios ou caducifólios.
Floração: de Março a Junho. 
[Avistamento: Serra da Nogueira (Trás-os-Montes); 4 - Junho  2018]

domingo, 3 de agosto de 2025

Erva-pessegueira (Persicaria lapathifolia)






Erva-pessegueira * [Persicaria lapathifolia (L.) Gray **]
Erva anual. Caules com 30 a 70 cm, erectos ou ascendentes, ramificados, em geral mais espessos nos nós. Folhas lanceoladas ou ovado-lanceoladas, inteiras, com a margem ligeiramente crespa e ciliada, apresentando, com frequência, manchas cor de vinho ou enegrecidas, com pecíolo até 10 mm. Ócreas glabras, truncadas ou curtamente ciliadas, geralmente com nervuras avermelhadas. Inflorescências especiformes, densas, cilindráceas com até 7 cm de comprimento. Flores hermafroditas com perianto em forma de copa ou globoso, esbranquiçado ou rosado, salpicado com glândulas amarelas diminutas. Aquénios com 3 mm, lenticulares ou trígonos, com 3 faces côncavas, inclusos no perianto ou dele sobressaindo ligeiramente.
Tipo biológico: terófito;
Família:Polygonaceae;
Distribuição: planta subcosmopolita, ou seja, com larga distribuição a nível do globo.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone no território do Continente e no arquipélago da Madeira e como espécie introduzida no arquipélago dos Açores,
Ecologia/habitat: margens e leitos de cursos água, terrenos de culturas de regadio e outros sítios húmidos, a altitudes até 1500 m.
Floração: de Abril a Novembro.
*Outros nomes comuns: Persicária, Erva-bastarda, Mal-casada.
**Sinonímia: Polygonum lapathifolium L.(Basónimo).
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 2 - Agosto - 2025)

terça-feira, 29 de julho de 2025

Muscari matritense

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Muscari matritense Ruíz Rejón, Pascual, C.Ruíz Rejón, Valdés & J.L.Oliv.

Erva perene, bulbosa, com bolbo de ovóide a subgloboso, sem bolbilhos ou só com um formado no exterior do bolbo. Caule escaposo, simples, erecto, com 20 a 80 cm. Folhas, todas basais, lineares, geralmente mais curtas ou tão compridas como o caule. Inflorescência cilíndrica, lassa, que se vai alargando durante a floração podendo atingir até cerca de 36 cm, na frutificação. Flores infertéis (cerca de 50) diferentes das férteis, em forma, tamanho e cor, agrupadas em corimbo, no ápice da inflorescência. As férteis (25 a 60) mais ou menos patentes, subcilíndricas, de cor ocre com dentes amarelos, quando maduras e de cor malva, quando imaturas. Fruto (cápsula) trígono, com contorno ovado, com ápice apiculado ou truncado. Sementes, 2 por lóculo, elipsóides ou subglobosas.
Tipo biológico: geófito;
Família: Asparagaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica.
Como se relata aqui, esta espécie só recentemente foi descoberta em Portugal, por Fernando Pires, no ano de 2023. 
No portal da SPBotânica (Flora.on), além do registo correspondente a tal descoberta, só existe registo de  um outro local onde tal espécie tenha sido encontrada, local que é aquele onde as imagens supra foram obtidas.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de matos e bosques em solos arenosos, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Maio a Julho.
[Avistamento: arredores da Lagoa de Albufeira (Sesimbra); 6 - Maio - 2025 (fotos 1 a 4); 2 - Junho - 2025 ( as restantes)]

sábado, 26 de julho de 2025

Schenkia spicata



Schenkia spicata (L.) G. Mans. *

Erva anual, erecta, unicaule, glabra. Caule erecto, com 10 a 50 cm, simples ou ramificado. Folhas inferiores elípticas ou oblongo-elípticas, obtusas; as médias ovadas, ovado-lanceoladas, ou oblongo-elípticas, subobtusas; as superiores mais agudas, algo acuminadas. Inflorescência especiforme, geralmente ramificada uma ou mais vezes. Flores com 10 a 16 mm, sésseis, ou curtamente pediceladas (pedicelo com comprimento não superior a 1,5 mm); cálice com 4 a 5 lóbulos muito desiguais e corola com tubo ovóide (fortemente estreitado por cima do ovário) e 4 a 5 lóbulos de cor fúcsia, rosados, por vezes, brancos. Fruto (cápsula) ovóide.
Tipo biológico: terófito;
Família: Gentianaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica, Oeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida e naturalizada nos Estados Unidos da América.
Em Portugal ocorre, de forma descontínua, em várias regiões do Continente, ao longo do litoral.
Ecologia/habitat: relvados anuais em depressões temporariamente inundadas; juncais nas margens de cursos de água, lagoas litorais ou no interior, em substratos salobros, básicos ou arenosos, a altitudes até 1200m.
Floração: de Maio a Outubro.
* Sinonímia: Gentiana spicata L. (basónimo); Erythraea spicata (L.) Pers.; Centaurium spicatum (L.) Fritsch ex Janch
(Avistamento: Ponta dos Corvos - Seixal; 5 - Julho - 2025)

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Salva-das-boticas (Salvia officinalis)

 



Salva-das-boticas *(Salvia officinalis L.)

Pequeno arbusto com até 60 cm de altura, com caules ramificados, lenhosos na base, que pode atingir atér cerca de 60 cm. Folhas pecioladas, tomentosas, simples, com limbo de oval-oblongo a elíptico, com margem crenulada, com a página superior verde e a inferior verde-esbranquiçada; pecíolo mais curto que o limbo. Inflorescências simples ou divididas em 2 ramos na base, com as flores agrupadas em verticilos com 4 a 12. Flores bilabiadas, com cálice com 10 a 14 mm., campanulado, verde ou roxo, com o lábio superior tridentado; corola com 15 a 25 mm. de cor rosa, violeta, azul-rosado ou lilás.
Tipo biológico: Nanofanerófito
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Distribuição: planta nativa do Sul da Europa (Península Balcânica), naturalizada em vários locais dispersos da Península Ibérica e cultivada noutras partes do globo.
Em Portugal ocorre como planta cultivada, surgindo por vezes como subespontânea no Algarve e (dubitativamente) também na Beira Litoral.
Ecologia/habitat: espécie de climas temperados, com preferência por substratos calcários.
Floração (em Portugal): de Abril a Agosto.
Observação: planta aromática a que são atribuídas propriedades medicinais (designadamente no tratamento da dispepsia) e também usada como planta ornamental.
*Outros nomes comuns: Salva-dos-jardins; Erva-santa; Erva-sacra; Salva-mansa.
(Avistamento: jardim em Almada; 28 - Abril - 2025)

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Erva-coelheira (Lotus pedunculatus)

 





Erva-coelheira ou Cornichão-dos-rios (Lotus pedunculatus Cav.)

Erva perene, estolonífera, glabra ou escassamente pilosa, com 20 a 120 cm de comprimento. Caules ramificados, erectos ou ascendentes, fistulosos; folhas com 5 folíolos com nervos bem marcados; inflorescências axilares, pedunculadas, com 5 a 18 flores protegidas por uma bráctea trifoliada; pedúnculo direito, erecto-patente, 2 a 5 vezes mais comprido que a folha axilante. Flores com cálice ligeiramente bilabiado, algo piloso ou subglabro; corola amarela, 2 vezes mais comprida que o cálice; fruto direito, ligeiramente comprimido, com 10 a 40 mm de comprimento, em geral com 8 a 25 sementes.
Tipo biológico: hemicriptófito:
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Europa, Sudoeste da Ásia, Norte de África e Macaronésia (arquipélagos das Canárias, da Madeira e dos Açores).
Em Portugal Continental ocorre ao longo de todo o território, sendo, no entanto, mais raro nas regiões do interior do que nas mais próximas do litoral.
Ecologia/habitat: terrenos (básicos ou ácidos) muito húmidos ou mesmo encharcados, designadamente nas margens de cursos de água, a altitudes até 2500 m.
Floração: de Março a Setembro
Avistamento: Lagoa de Albufeira (Sesimbra); 17 - Julho - 2025

terça-feira, 24 de junho de 2025

Aderno-de-folhas-largas (Phillyrea latifolia)









Aderno-de-folhas-largas (Phillyrea latifolia L.)

Planta perenifólia, hermafrodita ou androdióica (unissexual masculina), com estrutura de arbusto ou de pequena árvore com até 8 m de altura. Tronco com casca lisa ou finamente reticulada, com ramos erectos. Folhas sésseis ou curtamente pecioladas, não indo o pecíolo além dos 10 mm de comprimento; limbo com desenho variável (ovalado, ovalado-lanceolado, oblongo-elíptico) com margens, em geral, inteiras, crenadas ou serrilhadas. Inflorescências em cimeiras racemiformes com poucas flores, dispostas nas axilas das folhas do ano anterior. Flores hermafroditas ou funcionalmente masculinas, de reduzidas dimensões, com corola rotácea ou estrelada, branco-verdosa com 3 a 7 mm de diâmetro. Fruto (drupa) globoso, em tons de azul escuro, com endocarpo semilenhoso, em geral, com uma única semente.
Tipo biológico: Fanerófito;
Família: Oleaceae;
Distribuição: Sul da Europa, Noroeste de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal distribui-se por grande parte do território do Continente, sendo, no entanto,  raro ou mesmo inexistente em algumas regiões mais a norte ou mais afastadas do litoral. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira
Ecologia/habitat:  zonas de matos, bosques e matagais, em terrenos com alguma humidade e calor,  a altitudes até 1200 m.
Floração: de Janeiro a Abril.
(Avistamento: Serra da Arrábida)

domingo, 22 de junho de 2025

Valantia muralis

 





Valantia muralis L.
Erva anual, com caules erectos, ascendentes ou decumbentes, geralmente ramificados a partir da base, podendo atingir até cerca de 17 cm de comprimento, glabros na parte com folhas, híspidos na parte florífera; folhas dispostas em verticilos de 4, elípticas, oblanceoladas ou obovadas, obtusas; inflorescências cimosas, axilares, com 3 flores, sendo estas desprovidas de cálice e com corola diminuta (0,3 a 0,5 x 1 a 1,5 mm) amarelo-esverdeada; corpo  frutífero com 2-3 mm, hemisférico, esbranquiçado ou branco-amarelado.
Tipo biológico: terófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica.
Em Portugal ocorre apenas em parte do território do Continente (Algarve, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral).
Ecologia/habitat; prados e pastagens anuais, em baldios, terrenos pedregosos, fissuras de rochas ou plataformas rochosas, com preferência por substratos básicos, a altitudes até 1400 m.
Floração: de Fevereiro a Maio.
[Avistamento: Serra do Louro (P N Árrabida); 14 - Fevereiro - 2013]