terça-feira, 26 de junho de 2012

Craveiro-do-monte (Tragopogon dubius)







Craveiro-do-monte * (Tragopogon dubius Scop.)
Planta herbácea anual, ou bienal, da família Asteraceae, é considerada do ponto de vista do tipo fisionómico como "Terófito: planta anual cujas gemas de renovo provêm da germinação de sementes"; ou "Hemicriptófito: planta com as gemas de renovo situadas na superfície do solo, muitas vezes envolvidas por folhas em forma de roseta". Apresenta caule mais ou menos ramificado que, em geral, não ultrapassa os 50cm de altura; folhas sésseis, alternas, estreitas, inteiras, bastante compridas com pontas finas; flores todas liguladas, amarelas, reunidas em capítulos terminais protegidos por um número variável de brácteas triangulares e ponteagudas, bem mais compridas que as flores.
Refira-se como curiosidade que as flores só se abrem durante as primeiras horas do dia fechando-se no invólucro capitular durante as horas de maior calor ou de maior intensidade solar. Quem as quiser ver abertas terá, pois, de madrugar.
A espécie é nativa da Europa central e do sul e da Ásia ocidental. Encontra-se, no entanto, naturalizada, em vários estados do Canadá e dos Estados Unidos. Em Portugal, ocorre, segundo a Flora Digital de Portugal, no Alto Alentejo e nos vales da bacia do Douro e seus afluentes.  Prefere locais ensolarados, com alguma humidade, à beira de caminhos,  em terrenos baldios, em prados e em terrenos agrícolas em pousio.
Floração: de junho a julho;
* A referência à designação comum encontrei-a no Portugal Botânico de A a Z. Tal designação, no entanto não se me afigura nada condizente com características da planta.
(Local e datas: Rapoula do Côa - Sabugal ; 15 a 22 de junho 2012)
(Clicando  nas imagens, amplia)

2 comentários:

Anabela disse...

que shot madrugador tão bonito. A primeira foto está um espanto :)

Duas plantas tão diferentes com o mesmo nome comum? a que se deverá?

Francisco Clamote disse...

Bem pergunta, Anabela, mas não sei responder. O atribuição do mesmo nome comum a espécies diferentes não é caso raro, muito pelo contrário. Todavia, neste caso, como digo no "post", o nome comum de "craveiro do monte" atribuído a esta espécie, pelo "Portugal Botânico de A a Z", para mim não faz nenhum sentido.