Serratula baetica DC. subsp. lusitanica Cantó
Herbácea perene da família Asteraceae, apresenta caule erecto que pode atingir até 90 cm, geralmente simples, raramente bi-ramificado, com folhas até ao ápice; folhas basilares pecioladas, lanceoladas, inteiras ou laciniadas, apresentando pêlos esparsos em ambas as faces do limbo, mais abundantes nas margens; as caulinares, sésseis ou sub-sésseis, lanceoladas, inteiras, dentadas ou serradas, por vezes laciniado-lanceoladas; flores de cor púrpura ou rosadas reunidas em capítulos terminais, com formato cilíndrico oblongo-ovóide ou campaniforme, protegidos por brácteas linear-triangulares providas de espinhos.
Trata-se dum endemismo português limitado ao centro e sul do país, com ocorrências confirmadas desde as Serras de Aire e Candeeiros (no centro) até ao Algarve, passando pela Estremadura, Serra da Arrábida e Alentejo.
Paloma Cantó, autora de um estudo a que em nota final farei referência, distingue duas formas dentro da subespécie, correspondentes a outras tantas populações: a f. lusitanica, de populações basófilas (Algarve e Serra da Arrábida), caracterizada pela predominância de folhas inteiras e a f. sampaiana, de populações silicícolas, portadoras de folhas laciniadas. Como os exemplares acima reproduzidos foram todos fotografados na Serra da Arrábida não será ousada a conclusão de que se enquadram na f. lusitanica.
Floração: de maio a junho.
(Local e data: Serra da Arrábida; 22 - maio - 2012)
Nota final: Na descrição supra segui de perto um estudo da citada autora Paloma Cantó, estudo que me foi facultado pelo Miguel Porto, responsável, além do mais, pela concepção e programação do Portal Flora-On a quem fico a dever também a preciosa colaboração na identificação da planta. Cumpre-me, no entanto, assinalar, que as eventuais incorrecções ou imprecisões contidas no texto supra são da minha lavra e, logo, da minha inteira e exclusiva responsabilidade.
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