terça-feira, 24 de junho de 2025

Aderno-de-folhas-largas (Phillyrea latifolia)









Aderno-de-folhas-largas (Phillyrea latifolia L.)

Planta perenifólia, hermafrodita ou androdióica (unissexual masculina), com estrutura de arbusto ou de pequena árvore com até 8 m de altura. Tronco com casca lisa ou finamente reticulada, com ramos erectos. Folhas sésseis ou curtamente pecioladas, não indo o pecíolo além dos 10 mm de comprimento; limbo com desenho variável (ovalado, ovalado-lanceolado, oblongo-elíptico) com margens, em geral, inteiras, crenadas ou serrilhadas. Inflorescências em cimeiras racemiformes com poucas flores, dispostas nas axilas das folhas do ano anterior. Flores hermafroditas ou funcionalmente masculinas, de reduzidas dimensões, com corola rotácea ou estrelada, branco-verdosa com 3 a 7 mm de diâmetro. Fruto (drupa) globoso, em tons de azul escuro, com endocarpo semilenhoso, em geral, com uma única semente.
Tipo biológico: Fanerófito;
Família: Oleaceae;
Distribuição: Sul da Europa, Noroeste de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal distribui-se por grande parte do território do Continente, sendo, no entanto,  raro ou mesmo inexistente em algumas regiões mais a norte ou mais afastadas do litoral. Inexistente nos arquipélagos dos Açores e da Madeira
Ecologia/habitat:  zonas de matos, bosques e matagais, em terrenos com alguma humidade e calor,  a altitudes até 1200 m.
Floração: de Janeiro a Abril.
(Avistamento: Serra da Arrábida)

domingo, 22 de junho de 2025

Valantia muralis

 





Valantia muralis L.
Erva anual, com caules erectos, ascendentes ou decumbentes, geralmente ramificados a partir da base, podendo atingir até cerca de 17 cm de comprimento, glabros na parte com folhas, híspidos na parte florífera; folhas dispostas em verticilos de 4, elípticas, oblanceoladas ou obovadas, obtusas; inflorescências cimosas, axilares, com 3 flores, sendo estas desprovidas de cálice e com corola diminuta (0,3 a 0,5 x 1 a 1,5 mm) amarelo-esverdeada; corpo  frutífero com 2-3 mm, hemisférico, esbranquiçado ou branco-amarelado.
Tipo biológico: terófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica.
Em Portugal ocorre apenas em parte do território do Continente (Algarve, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral).
Ecologia/habitat; prados e pastagens anuais, em baldios, terrenos pedregosos, fissuras de rochas ou plataformas rochosas, com preferência por substratos básicos, a altitudes até 1400 m.
Floração: de Fevereiro a Maio.
[Avistamento: Serra do Louro (P N Árrabida); 14 - Fevereiro - 2013]

quarta-feira, 18 de junho de 2025

Pantas invasoras: Acácia-negra (Acacia mearnsii)





Acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild. *)
Árvore com copa algo irregular, podendo atingir até 10 m de altura; com folhas verde-escuras, compostas, com 8 a 25 pares de pínulas, cada uma com 30 a 70 pares de folíolos; flores amarelo-pálidas agrupadas em glomérulos com 5 a 6 mm de diâmetro; frutos sob a forma de vagens castanho-escuras, contraídas entre as sementes.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: planta originária do Sudeste da Austrália e da ilha da Tasmânia. Em Portugal ocorre como planta introduzida principalmente para fins ornamentais, estando presente, quer no território do Continente, quer no arquipélago da Madeira.
Em Portugal é considerada como planta invasora, figurando na Lista Nacional de Espécies Invasoras (anexo II do Decreto-Lei nº 92/2019, de 10 julho).
Floração (em Portugal) : de Fevereiro a  Maio.
* Sinonímia: Acacia retinoide Schltr.; Acacia provincialis A.Camus; Acacia semperflorens A.Berger; Racosperma retinodes (Schltdl.) Pedley
(Nota: para mais completa informação sugere-se a consulta da respectiva ficha em plantas invasoras, fonte usada, em grande medida, na elaboração deste texto.)
(Avistamento: Ponta dos Corvos - Seixal; 1 - Maio - 2018)

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Klasea boetica subsp. lusitanica



Klasea boetica subsp. lusitanica (Cantó) Cantó & Rivas Mart *

Erva perene, rizomatosa, com caules verdes, simples, monocéfalos; folhas verdes, com limbo inteiro, dentado, inciso-dentado ou penatifendido; as basais pecioladas; as caulinares sésseis ou subsésseis; as superiores em geral penatifendidas; flores com corola purpúrea ou rosada, agrupadas em capítulos terminais, com invólucro em geral ovóide ou ovóide-cilíndrico, formado por brácteas coriáceas, imbricadas, aumentando de tamanho de fora para dentro, com as brácteas médias munidas de um espinho rígido com 6 a 14 mm; fruto (aquénio) provido de papilho com 12 a 20 mm, formado por pêlos plumosos.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta endémica de Portugal Continental, que ocorre desde o Centro Oeste até ao Sul do território do Continente.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de matos e matagais, em solos geralmente calcários, por vezes arenosos, a altitudes desde 30 a 700 m.
*Sinonímia: Serratula baetica DC. subsp. lusitanica Cantó (basónimo)
[Avistamento: Cabo Espichel (PNArrábida); 6 - Maio - 2025]