terça-feira, 29 de julho de 2025

Muscari matritense

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Muscari matritense Ruíz Rejón, Pascual, C.Ruíz Rejón, Valdés & J.L.Oliv.

Erva perene, bulbosa, com bolbo de ovóide a subgloboso, sem bolbilhos ou só com um formado no exterior do bolbo. Caule escaposo, simples, erecto, com 20 a 80 cm. Folhas, todas basais, lineares, geralmente mais curtas ou tão compridas como o caule. Inflorescência cilíndrica, lassa, que se vai alargando durante a floração podendo atingir até cerca de 36 cm, na frutificação. Flores infertéis (cerca de 50) diferentes das férteis, em forma, tamanho e cor, agrupadas em corimbo, no ápice da inflorescência. As férteis (25 a 60) mais ou menos patentes, subcilíndricas, de cor ocre com dentes amarelos, quando maduras e de cor malva, quando imaturas. Fruto (cápsula) trígono, com contorno ovado, com ápice apiculado ou truncado. Sementes, 2 por lóculo, elipsóides ou subglobosas.
Tipo biológico: geófito;
Família: Asparagaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica.
Como se relata aqui, esta espécie só recentemente foi descoberta em Portugal, por Fernando Pires, no ano de 2023. 
No portal da SPBotânica (Flora.on), além do registo correspondente a tal descoberta, só existe registo de  um outro local onde tal espécie tenha sido encontrada, local que é aquele onde as imagens supra foram obtidas.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de matos e bosques em solos arenosos, a altitudes até 2000 m.
Floração: de Maio a Julho.
[Avistamento: arredores da Lagoa de Albufeira (Sesimbra); 6 - Maio - 2025 (fotos 1 a 4); 2 - Junho - 2025 ( as restantes)]

sábado, 26 de julho de 2025

Schenkia spicata



Schenkia spicata (L.) G. Mans. *

Erva anual, erecta, unicaule, glabra. Caule erecto, com 10 a 50 cm, simples ou ramificado. Folhas inferiores elípticas ou oblongo-elípticas, obtusas; as médias ovadas, ovado-lanceoladas, ou oblongo-elípticas, subobtusas; as superiores mais agudas, algo acuminadas. Inflorescência especiforme, geralmente ramificada uma ou mais vezes. Flores com 10 a 16 mm, sésseis, ou curtamente pediceladas (pedicelo com comprimento não superior a 1,5 mm); cálice com 4 a 5 lóbulos muito desiguais e corola com tubo ovóide (fortemente estreitado por cima do ovário) e 4 a 5 lóbulos de cor fúcsia, rosados, por vezes, brancos. Fruto (cápsula) ovóide.
Tipo biológico: terófito;
Família: Gentianaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica, Oeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida e naturalizada nos Estados Unidos da América.
Em Portugal ocorre, de forma descontínua, em várias regiões do Continente, ao longo do litoral.
Ecologia/habitat: relvados anuais em depressões temporariamente inundadas; juncais nas margens de cursos de água, lagoas litorais ou no interior, em substratos salobros, básicos ou arenosos, a altitudes até 1200m.
Floração: de Maio a Outubro.
* Sinonímia: Gentiana spicata L. (basónimo); Erythraea spicata (L.) Pers.; Centaurium spicatum (L.) Fritsch ex Janch
(Avistamento: Ponta dos Corvos - Seixal; 5 - Julho - 2025)

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Salva-das-boticas (Salvia officinalis)

 



Salva-das-boticas *(Salvia officinalis L.)

Pequeno arbusto com até 60 cm de altura, com caules ramificados, lenhosos na base, que pode atingir atér cerca de 60 cm. Folhas pecioladas, tomentosas, simples, com limbo de oval-oblongo a elíptico, com margem crenulada, com a página superior verde e a inferior verde-esbranquiçada; pecíolo mais curto que o limbo. Inflorescências simples ou divididas em 2 ramos na base, com as flores agrupadas em verticilos com 4 a 12. Flores bilabiadas, com cálice com 10 a 14 mm., campanulado, verde ou roxo, com o lábio superior tridentado; corola com 15 a 25 mm. de cor rosa, violeta, azul-rosado ou lilás.
Tipo biológico: Nanofanerófito
Família: Lamiaceae (Labiatae)
Distribuição: planta nativa do Sul da Europa (Península Balcânica), naturalizada em vários locais dispersos da Península Ibérica e cultivada noutras partes do globo.
Em Portugal ocorre como planta cultivada, surgindo por vezes como subespontânea no Algarve e (dubitativamente) também na Beira Litoral.
Ecologia/habitat: espécie de climas temperados, com preferência por substratos calcários.
Floração (em Portugal): de Abril a Agosto.
Observação: planta aromática a que são atribuídas propriedades medicinais (designadamente no tratamento da dispepsia) e também usada como planta ornamental.
*Outros nomes comuns: Salva-dos-jardins; Erva-santa; Erva-sacra; Salva-mansa.
(Avistamento: jardim em Almada; 28 - Abril - 2025)

sexta-feira, 18 de julho de 2025

Erva-coelheira (Lotus pedunculatus)

 





Erva-coelheira ou Cornichão-dos-rios (Lotus pedunculatus Cav.)

Erva perene, estolonífera, glabra ou escassamente pilosa, com 20 a 120 cm de comprimento. Caules ramificados, erectos ou ascendentes, fistulosos; folhas com 5 folíolos com nervos bem marcados; inflorescências axilares, pedunculadas, com 5 a 18 flores protegidas por uma bráctea trifoliada; pedúnculo direito, erecto-patente, 2 a 5 vezes mais comprido que a folha axilante. Flores com cálice ligeiramente bilabiado, algo piloso ou subglabro; corola amarela, 2 vezes mais comprida que o cálice; fruto direito, ligeiramente comprimido, com 10 a 40 mm de comprimento, em geral com 8 a 25 sementes.
Tipo biológico: hemicriptófito:
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Europa, Sudoeste da Ásia, Norte de África e Macaronésia (arquipélagos das Canárias, da Madeira e dos Açores).
Em Portugal Continental ocorre ao longo de todo o território, sendo, no entanto, mais raro nas regiões do interior do que nas mais próximas do litoral.
Ecologia/habitat: terrenos (básicos ou ácidos) muito húmidos ou mesmo encharcados, designadamente nas margens de cursos de água, a altitudes até 2500 m.
Floração: de Março a Setembro
Avistamento: Lagoa de Albufeira (Sesimbra); 17 - Julho - 2025