terça-feira, 10 de julho de 2012

Rapôncio-da-terra (Centaurea africana)





Rapôncio-da-terra (Centaurea africana Lam.)

Herbácea, perene, da família Asteraceae, possui um caule com 50 a 100 cm de altura, geralmente simples, ou pouco ramificado;  folhas quase todas basilares, serrado-dentadas; e flores, com o aspecto que as imagens documentam, reunidas em capítulos solitários e largamente pedunculados.
Distribui-se pelo centro e sul de Portugal, sudoeste de Espanha, Sicília e norte de África.
Floresce de junho a julho, surgindo, segundo o portal Flora.On, "em matos abertos, sobreirais e pinhais, geralmente em solos siliciosos". As aqui reproduzidas foram encontradas na Arrábida, num declive à beira da estrada, em zona ladeada por matos, em solo calcário/margoso. 
Que me lembre, foi o primeiro contacto com a planta, e se fiquei satisfeito ao deparar com ela, também tive razão para algum desconsolo devido ao facto de ter constatado que entre as várias dezenas de exemplares existentes no local, a grande maioria apresentava as hastes florais cortadas. Ao todo e excluindo aquelas cujas flores ainda se mantinham resguardadas no invólucro do capítulo,  escaparam à devastação dois únicos exemplares, talvez  porque um tanto escondidos na sombra de uns arbustos.  Confesso o meu espanto perante tanta inconsciência. Será que as pessoas que procedem desta forma saberão que, se as plantas não cumprirem a fase de floração/frutificação, não disporão de sementes para se reproduzirem no futuro? Ou sabendo, será que fala mais alto o egoísmo do que o respeito pela natureza e pela sua conservação?
(Local  e data: Serra da Arrábida; 09 - julho - 2012)
(Clicando nas imagens, amplia)

3 comentários:

Rafael Carvalho disse...

Esta também não conhecia!
Se se distribui apenas pelo centro e Sul, infelizmente dificilmente virei a conhecer.
É bem bonita.
Cumprimentos.

Anabela disse...

Gostei do seu comentário.

Sim o egoísmo fala mais alto e a cobiça também. A flor tem um quê de exótico que deve pagar bem no mercado.

não sei porquê pus-me a pensar como seriam as sementes imaginei-as redondas grandes e negras e procurei na net mas não encontrei. Encontrei no entanto esta publicação que deixo aqui por a ter achado uma delicia ;)

Francisco Clamote disse...

A publicação é quase um curso sobre botânica. Vou ler atentamente. Obrigado.