terça-feira, 11 de outubro de 2011

Teixo (Taxus baccata)




Teixo (Taxus baccata L.)

Planta, da família Taxaceae, que pode revestir a forma de um arbusto (2-3 m) ou de uma árvore (15 - 20 m) com copa em forma de pirâmide muito ramificada, com ramos horizontais ou pendentes, sobretudo na parte terminal. Apresenta folhas perenes, verde-escuro; flores unissexuais masculinas agrupadas na face inferior dos raminhos e as femininas, isoladas e pouco visíveis. A semente com tegumento lenhoso é parcialmente envolvida por uma cobertura carnuda designada por arilo de cor vermelha quando atingida a maturação, a qual  ocorre geralmente em setembro. A floração, por sua vez, decorre entre março e abril. 
Distribui-se por grande parte da Europa, oeste da Ásia e norte de África. Em Portugal ocorre de forma espontânea na Serra do Gerês e na Serra da Estrela e, alegadamente, também na Serra de Montesinho. Na Serra da Estrela, pelo menos, é considerada em perigo de extinção*. (Refira-se a este propósito que, em recente visita efectuada a esta montanha não encontrei mais que dois exemplares: um nas margens do Zêzere, próximo de Manteigas  (objecto das fotografias supra) e outro a ladear o caminho para o Poço do Inferno.)
Prefere solos frescos, geralmente em encostas, a altitudes entre os 500 e os 1500 m. 
É utilizada, com alguma frequência, como planta ornamental.
A planta é tóxica,devido à presença duma substância designada por taxina II**. Esta substância, no entanto, não está presente no arilo vermelho, o qual é utilizado como alimento pelas aves, as quais, por sua vez, servem de instrumento de dispersão das sementes.

(*Há vários factores que contribuem para o referido perigo de extinção: as sementes levam tempo a germinar (dois anos); a espécie é de crescimento lento nos primeiros anos, pelo que os produtores florestais optam facilmente pela sua substituição por árvores de crescimento mais rápido; e a sua toxidade, incluindo para os animais, leva à sua eliminação das pastagens)
(** Como não há bela sem senão (e vice-versa, digo eu) refira-se que desta substância deriva o taxol que é usado no tratamento de algumas espécies de cancros)
(Principais fontes utilizadas na elaboração deste comentário: esta e esta)
(Local e data: Serra da Estrela; 27 - setembro - 2011)
(Clicando nas imagens, amplia)

4 comentários:

Rafael Carvalho disse...

Nunca tive o privilégio de avistar um teixo em plena natureza.
Cumprimentos.

ⓡⓞⓣⓘⓥ disse...

Olá :)
O Blogue dos Manteigas passou por aqui ;)
Parabéns pelas fotos :)
Um abraço,
Visitem: http://obloguedosmanteigas.com/

Anónimo disse...

será que me pode indicar onde posso avistar um teixo no Gerês...ando à procura dele há muito tempo mas ainda não o encontrei..

um abraço

Francisco Clamote disse...

Caro anónimo:
Infelizmente não posso dar-lhe a indicação que pretende. É que não conheço a Serra do Gerês. Conto dar por lá uma volta na próxima Primavera. Se lá chegar. Abraço.