Serapião-de-flores-grandes (Serapias cordigera L.)
Além da Serapias cordigera, objecto deste apontamento, ocorrem em Portugal outras quatro espécies do género Serapias: a S. parviflora, porventura a espécie mais comum, a S. lingua; a S. strictiflora e a S. perez-chiscanoi, sem dúvida a menos vulgar entre nós.
Nem sempre é fácil distinguir algumas destas espécies através duma simples observação, pois algumas delas têm um "habito" bastante semelhante, sendo com frequência necessário prestar atenção às características dos respectivos labelos que diferem de espécie para espécie, no que respeita ao número de "calosidades" e à forma quer do hipoquilo (a parte interior do labelo), quer do epiquilo (a parte exterior).
A Serapias cordigera distingue-se, porém, facilmente das suas congéneres, pois tem um labelo inconfundível: pela forma (epiquilo em forma de coração); pelo maior tamanho a justificar a atribuição da designação de Serapião-de-flores-grandes; e pela cor (vermelho escuro).
Tal como as restantes congéneres é uma erva vivaz, (tipo biológico: geófito) com 1 ou 2 tubérculos, com 12 a 40 cm de altura.
Distribuição: Península Ibérica; Ilhas Baleares; Sudoeste da Europa, desde o Sul de França até aos Balcãs; Noroeste de África (Marrocos, Argélia e Tunísia).
Presente também em Portugal, ao longo de quase todo o território do Continente, embora de forma descontínua e irregular e no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: Pastagens, terrenos de semeadura, cultivados ou em pousio, relvados, clareiras de bosques e de matagais, geralmente sobre solos ácidos e raramente calcários.
Floração: de Março a Junho.
(Local e data: Aldeia da Ponte - Sabugal; 27 - Maio - 2014)
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