segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Centaurea sphaerocephala



Centaurea sphaerocephala L.
Erva perene, multicaule, subarbustiva, inerme, com excepção dos apêndices espinhosos das brácteas involucrais; caules procumbentes, com folhas ao longo de quase todo o comprimento, podendo este atingir cerca de 110cm. 
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae / Compositae;
Distribuição: Sul da Europa (Península Ibérica, Córsega, Sardenha, Itália e Grécia) e Norte de África (Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia).
Em Portugal Continental tem ocorrência limitada ao Algarve, Baixo Alentejo e Estremadura.
Ecologia/habitat: dunas e clareiras de matos, em solos arenosos, próximos do litoral, a altitudes até 100m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
[Local e data: Sagres (Algarve); 22 - Maio - 2015]
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sábado, 19 de dezembro de 2020

Sargacinho-rasteiro (Fumana procumbens)

 



Fumana procumbens (Dunal) Gren. & Godr.*
Pequeno arbusto, com 30 a 40cm, cespitoso, ramificado a partir da base, com ramos prostrados, cobertos por indumento pouco denso, formado por pêlos multicelulares, brancos, não glandulosos; folhas lineares, erecto-patentes, ligeiramente encurvadas, mucronadas, nem sempre ciliadas; flores dispersas ao longo dos ramos férteis; pedicelos com 0,5 a 0,8 mm de diâmetro, mais curtos que as folhas subjacentes, recurvados a partir da base, na fase da frutificação; sépalas internas com dobras bem marcadas, ciliadas ou não; pétalas amarelas com 8 a 10 mm.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Cistaceae;
Distribuição: Norte da Região Mediterrânica e Noroeste de África (Marrocos), com extensão para países do Centro da Europa e euroasiáticos.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, estando circunscrita à Beira Litoral e a Trás-os-Montes. 
Ecologia/habitat: matos baixos, em terrenos pedregosos, secos e bem ensolarados, preferentemente calcários, a altitudes até 2000m.
Floração: de Maio a Julho.
* Sinonímia: Helianthemum procumbens Dunal (basónimo)
(Local e data: vale do Douro Internacional; 3 - Junho - 2018)
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sábado, 12 de dezembro de 2020

Serradela (Ornithopus sativus)

Serradela * (Ornithopus sativus Brot.) 
Erva anual, com indumento viloso; caules erectos, decumbentes ou ascendentes, com 9 a 65 cm; folhas com 4 a 18 pares de folíolos, elípticos ou obovados, vilosos em ambas as páginas; flores com corola rosada ou esbranquiçada agrupadas (2 a 6) em inflorescências pedunculadas; fruto (vagem) de secção circular ou elíptica, direito ou recurvado, glabro ou piloso, com pico ensiforme, direito ou curvado, com 1,2 a 3 mm (subsp. sativus) ou com 10 a 30 mm (subsp. isthmocarpus).
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição:Península Ibérica; Noroeste de África (Argélia e Marrocos) e Sudoeste de França. 
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, em grande parte do território do Continente e está também presente no arquipélago dos Açores como planta introduzida.
Ecologia/habitat: prados, pastagens e outros relvados a altitudes até 800m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
* Outros nomes comuns: Serradela-cultivada; Serradela-de-bico-comprido; Serradela-de-garra.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Malva (Malva sylvestris)





Malva * (Malva sylvestris L.)
Erva bienal ou perene, com caules erectos ou ascendentes que podem atingir até 150 cm; folhas mais ou menos longamente pecioladas, com limbo aproximadamente cordiforme com 3 a 7 lóbulos crenados ou serrados; flores com 2 a 6 cm de diâmetro, dispostas em fascículos axilares ou agrupadas no extremo dos ramos, raramente solitárias; epicálice composto por 3 peças elípticas ou oblongo-ovadas, completamente livres entre si; cálice formado por sépalas triangulares ou triangular-ovadas, não acrescentes na frutificação; pétalas profundamente emarginadas, de cor púrpura ou azulada, cores claramente acentuadas nas nervuras, em ambos os casos.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: Europa, Norte de África, Sudoeste da Ásia e Macaronésia (Madeira). Introduzida e naturalizada na América Central e do Norte.
Em Portugal ocorre, como espécie autóctone, não apenas, como referido, no arquipélago da Madeira, mas também em quase todo o território do Continente. Enquanto espécie introduzida encontra-se também presente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat:  relvados nitrificados, campos agrícolas, cultivados e incultos, baldios, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1500 m.  Planta ruderal, arvense e viária.
Floração: de Abril a Setembro.
Observação: planta usada em fitoterapia, sendo-lhe atribuídas propriedades anti-inflamatórias, emolientes e laxantes.
* Outros nomes comuns: Malva-das-boticas; Malva-comum; Malva-maior;Malva-mourisca; Malva-selvagem; Malva-silvestre.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Oenanthe fistulosa




Oenanthe fistulosa L.
Erva perene, glabra, frequentemente estolhosa, com raízes tuberosas; caules cilíndricos, fistulosos, podendo atingir até 90cm; folhas penatissectas com divisões de última ordem lineares; umbelas com 2 a 4 raios; umbélulas [com (até) 40 flores], globosas na frutificação; flores com pétalas brancas com as externas das flores marginais algo maiores que as restantes; frutos de ovóides a obcónicos; estiletes de comprimento semelhante ao do fruto.
Tipo biológico: helófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae)
Distribuição: grande parte da Europa; Noroeste de África e Sudoeste da Ásia.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, estando circunscrita às antigas províncias do Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Douro Litoral. 
Em termos de conservação, pelos critérios da IUCN, é considerada, em Portugal, como "Quase ameaçada"
Ecologia/habitat: margens de linhas de águas lentas e superfícies de águas paradas, como charcos e lagoas, em terrenos inundados, lamacentos ou lodosos, a altitudes até 900m. 
Floração: de Março a Julho.
[Local e data: Arruda dos Pisões (Rio Maior); 19 - Junho - 2018]
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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Euphorbia paniculata subsp. monchiquensis







Euphorbia paniculata Desf. subsp. monchiquensis (Boiss. & Reut.) Vicens, Molero e C.Blanché
Subarbusto glabro ou quase glabro, que pode atingir até 150cm, com caules erectos, lenhificados na base, com (até) 7 ramos laterais férteis; folhas lanceoladas, geralmente inteiras, atenuadas na base; pleiocásio em geral com 5 raios; brácteas pleocasiais ovadas ou lanceoladas; ciátio glabro, com nectários amarelos, inteiros, sem apêndices; frutos aproximadamente esféricos, glabros, com verrugas dorsais.
Tipo biológicocaméfito;
Família: Euphorbiaceae:
DistribuiçãoEndemismo lusitano, com ocorrência limitada à Serra de Monchique (Algarve e Baixo Alentejo).
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de bosques e matagais, frequentemente em locais húmidos, a altitudes até 700m. Planta silicícola.
Floração: de Março a Junho.
(Local e data: Serra de Monchique; 23 - Maio - 2016)
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segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Buglossa-ondulada (Anchusa undulata)




Buglossa-ondulada *(Anchusa undulata L.)
Erva anual, bienal ou perene, uni ou multicaule, híspida, com pêlos rígidos, com frequência em companhia de outros mais curtos, retrorsos, aplicados; caules erectos, com 30 a 60 cm, geralmente ramificados apenas ao nível da inflorescência; folhas agudas, com margem ondulada ou sinuado-dentada; as da base dispostas em roseta, secas na frutificação; inflorescência em cimeiras, mais ou menos densas; flores com cálice dividido (até cerca de 1/2 do seu comprimento, no caso da subsp. undulata, ou até 2/3  do comprimento, no caso da subsp. granatensis); corola  com 5 a 10 mm de diâmetro, de cor azul, azul-violeta, ou purpúrea, raras vezes branca. 
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Boraginaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. 
Em Portugal Continental, tal como em toda a Península Ibérica, ocorrem as duas mencionadas subespécies, sendo certo que a subespécie granatensis  é mesmo um endemismo ibérico.
Ecologia/habitat: pastagens e outros relvados com alguma humidade, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 1800m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Julho.
*Outro nome comum: Língua-de-vaca-ondeada.

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Abrunheiro-bravo ( Prunus mahaleb)





Abrunheiro-bravo * ( Prunus mahaleb L. **)
Arbusto ou pequena árvore, inerme, caducifólia, muito ramificada, com altura que pode ir desde 3 a 10 metros; folhas ovadas, subcordiformes, por vezes, suborbiculares, glabras e brilhantes, com margem serrilhada ou crenulada; flores hemafroditas com 5 sépalas inteiras, glabras e 5 pétalas brancas; frutos ovóides ou elipsoidais, negros na maturação.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Rosaceae
Distribuição: Centro e Sul da Europa, Norte de África (Marrocos) e Sudoeste da Ásia. Introduzida na América do Norte.
Em Portugal tem ocorrência limitada a Trás-os-Montes e Beira Alta.
Ecologia/habitat:  taludes, barrancos, encostas pedregosas, margens de cursos de água, matagais, sebes e clareiras de bosques, com preferência por locais frescos e sombrios, a altitudes desde 100 até 2000 m.
Floração: de Março a Junho.
* Outros nomes comuns: Cerejeira-de-Santa-Lúcia; Cerejeira-mahaleb
** Sinonímia: Cerasus mahaleb (L.) Mill.

sábado, 7 de novembro de 2020

Silene gracilis

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Silene gracilis DC.
Erva anual, com 10 a 80 cm; caules geralmente ascendentes, simples ou ramificados a partir da base, vilosos na parte inferior, glabros na parte média e com indumento retrorso-pubérulo na parte superior; folhas pubescentes, as basais subespatuladas ou oblanceoladas, geralmente dispostas em roseta; as caulinares, de ovais a lanceoladas; inflorescências em cimeiras com 1 a 10 flores frequentemente cleistogâmicas; brácteas mais curtas que os pedicelos, de ovadas a ovado-lanceoladas, ciliadas, pelo menos, na base; cálice campanulado na frutificação, totalmente glabro ou ligeiramente escábrido nos nervos, com dentes triangulares, ciliados; pétalas profundamente bífidas, de cor branca ou rosa-pálido;  cápsula (fruto) subcilíndrica com 6 a 11 mm. 
Tipo biológico: terófito;
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: Sudoeste da Península Ibérica e Noroeste de Marrocos.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone, apenas em parte do território do Continente (Algarve,  Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo. 
Ecologia/habitat: terrenos relvados em solos arenosos, geralmente próximos do litoral.
Floração: de Janeiro a Junho. 
[Locais e datas dos avistamentos: Serra da Arrábida (Sesimbra); 9 - Março - 2020 (fotos 1, 3 e 4); Fernão Ferro (Seixal); 24 - Fevereiro - 2020 (fotos restantes).
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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Symphyotrichum lanceolatum





 Symphyotrichum lanceolatum ( Willd. ) GLNesom *
Erva rizomatosa, perene, com caules erectos, ramificados que podem atingir até cerca de 150cm; folhas lanceoladas, inteiras ou ligeiramente dentadas; inflorescências em capítulo com flores tubulares amarelas no disco, com lígulas brancas ou azul-violeta, no rebordo. 
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta originária da América do Norte, foi introduzida como planta ornamental em várias regiões do globo, onde, entretanto, se naturalizou. É o caso do Norte, Centro e Oeste da Europa. 
Em Portugal ocorre como planta subespontânea sobretudo nas regiões a Norte do Tejo.
Ecologia/habitat: margens de cursos de água e leitos de cheia; outros locais húmidos, em particular em terrenos abandonados e/ou perturbados. 
Floração: de Agosto a Outubro.
* Sinonímia: Aster lanceolatus Willd.

sábado, 31 de outubro de 2020

Reseda-brava (Reseda media)




Reseda-brava (Reseda media Lag.)
Erva anual ou bienal, raramente com maior duração, multicaule, com caules com 30 a 70 cm, prostrados ou prostrado-ascendentes, raramente erectos, glabros, papiloso-hispídulos, pouco ramificados na metade superior; folhas basais inteiras ou quase inteiras, dispostas em roseta, as médias e superiores, alternas, geralmente trissectas ou pinatissectas, com 1 a 3 pares de segmentos laterais e um terminal mais comprido e mais largo que os laterais; inflorescência em cacho especiforme;  flores hermafroditas com 6 sépalas persistentes, pouco acrescentes na frutificação e 6 pétalas brancas, unguiculadas, com o limbo profundamente dividido em 5 a 8 lacínias; fruto com a forma de cápsula ovóide-globosa, tridentada no ápice, glabra ou papilosa; sementes reniformes, rugosas.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
FamíliaResedaceae;
Distribuição: Sudoeste da Europa, Noroeste de África.
Em Portugal, ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e, como espécie introduzida, nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: clareiras de matos, baldios, campos agrícolas abandonados ou em pousio, taludes, bermas de estradas e caminhos, geralmente em solos arenosos, nitrificados, algo húmidos e ácidos, a altitudes até 1000m.
Floração: ao longo de grande  parte do ano, com maior intensidade de Janeiro a Agosto.
[Local e data do avistamento: Serra de Alvelos (concelho da Sertã); 3 - Maio - 2020]
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