segunda-feira, 24 de junho de 2019

Orquídea-ninho-de-pássaro (Neottia nidus-avis)






Orquídea-ninho-de-pássaro * [Neottia nidus-avis (L.) Rich. **]
Planta perene, rizomatosa (provida de rizoma com raízes grossas entrelaçadas em forma de ninho); caule erecto, amarelado, com 10 a 52 cm; folhas reduzidas a escamas; inflorescência com 15 a 70 flores pediceladas, com sépalas, pétalas laterais e labelo em tom castanho claro; frutos em forma de cápsula oblonga.
Planta desprovida de clorofila que se alimenta "de matéria orgânica em decomposição com a ajuda de fungos simbiontes" (fonte)
Tipo biológico: geófito;
Família: Orchidaceae;
Distribuição: grande parte da Europa e da Ásia.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e circunscrita à Beira Litoral, Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes, sendo muito rara em qualquer  das mencionadas regiões.
Ecologia/habitat: locais sob coberto de pinhais e bosques de árvores caducifólias, a altitudes desde 600 a 1800m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Designação vernacular segundo o Portugal Botânico de A a Z.
** Sinonímia: Ophrys nidus-avis L. (basónimo)
[Local e datas do avistamento: Serra da Nogueira (Trás-os-Montes); 14/15 - Junho - 2019]

quinta-feira, 13 de junho de 2019

Umbilicus heylandianus








Umbilicus heylandianus Webb & Berthel.
Planta perene, glabra, com caule erecto, por via de regra não ramificado, com 40 a 80 cm; folhas algo suculentas, com formas várias; flores com corola tubular de cor amarela mais ou menos intensa, com estrangulamento na garganta (característica que permite distingui-la facilmente da sua congénere Umbilicus rupestris); inflorescências de grandes dimensões, podendo atingir até 60% do comprimento da haste floral.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Crassulaceae;
Distribuição: Europa, Norte de África e Macaronésia.
Em Portugal ocorre apenas no Continente,  sendo, ao contrário da sua congénere U. rupestris, pouco comum, não chegando a cobrir todo o território, pois não existe nem no Algarve, nem no Baixo Alentejo.
Ecologia/habitat: bosques e terrenos rochosos, em locais sombrios, a altitudes até 1000m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Maio a Julho.
(Local e data do avistamento: proximidades da Lagoa de Albufeira (Sesimbra); 5 - Junho - 2019)

domingo, 9 de junho de 2019

Iberis ciliata subsp. welwitschii

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Iberis ciliata subsp. welwitschii (Boiss.) Moreno
Planta perene, erecta ou prostrado-ascendente; com caule curto, terminando em roseta folhosa (perceptível nas fotos 7 e 9), donde partem ramos laterais, com frequência, numerosos; folhas lineares, agudas (cfr. foto 10), ciliadas ou pubescentes; com rebentos axilares pouco desenvolvidos; flores com pétalas brancas ou rosadas, agrupadas em inflorescências em corimbo, mais ou menos denso, plano, mas contraído na frutificação; fruto (cfr. fotos 12 e 13) oval, com lóbulos com margens um tanto arredondadas no ápice.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: endemismo ibérico, com ocorrência circunscrita ao Sudoeste da Península Ibérica. Em Portugal está presente no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo.
Ecologia/habitat: terrenos arenosos, siliciosos, próximos do litoral, a altitudes até 100m.
Floração: de Abril a Junho.
[Local e datas dos avistamentos: herdade da Apostiça (Sesimbra); Março - 2018 (fotos 9 e 10); Maio - 2018 (fotos 1 a 8; 11 e 12); Julho - 2018 (foto 13)]
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terça-feira, 4 de junho de 2019

Lírio-amarelo-dos-montes (Iris xiphium var. lusitanica)






Lírio-amarelo-dos-montes ou Maios-amarelos [Iris xiphium var. lusitanica (Ker Gawl.) Franco; Sinónimo: Iris lusitanica Ker Gawl.]
Planta bulbosa, perene, com caule cilíndrico que pode atingir até cerca de 80cm; com flores tingidas de um amarelo vibrante.
Tipo biológico: geófito.
Família: Iridaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica, com ocorrência limitada à Região Centro em Portugal e, no país vizinho, à Estremadura espanhola.
Ecologia/habitat: orlas e clareiras de matos e bosques, frequentemente em solos pedregosos. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Abril a Julho.
Observações:
1. A classificação desta planta não é consensual. A Flora Iberica classifica-a como mais uma espécie do género Xiphion Mill., sob a designação de Xiphion vulgare Mill., não dando qualquer relevância  à cor das tépalas (azul-violeta, amarelo, ou branco).
2. Esta planta foi incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, tendo-lhe sido atribuída, na versão preliminar a classificação de "Pouco preocupante" atendendo aos critérios da UICN.

(Data e lugar onde foram colhidas as fotos publicadas: Costa atlântica, por alturas de Salir do Porto; em 24 - Maio - 2019)

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