quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Alfinetes (Centranthus ruber subsp. ruber )




Alfinetes * [Centranthus ruber (L.) DC. subsp. ruber **]
Erva perene (tipo biológico: hemicriptófito) da família Valerianaceae, multicaule, glabra, glauca, cujos caules podem atingir até 1,2m de altura.
Distribuição: É provavelmente originária da região mediterrânica, mas devido ao seu uso frequente como planta ornamental, encontra-se actualmente naturalizada em grande parte das regiões do globo. Em Portugal é considerada autóctone no território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Alta, Beira Litoral,  Minho e Trás-os-Montes) e como espécie introduzida na Madeira e nos Açores.
Ecologia/habitat: muros e rochedos (incluindo muralhas de castelos e falésias), taludes, bermas de caminhos, relvados nitrificados e locais de depósito de entulhos.
Floração: de Abril a Setembro.
* Outros nomes comuns: Cuidado-dos-homens; Rosa-da-rocha; Boliana; Valeriana-vermelha.
** Sinonímia: Valeriana rubra L. (Basónimo)
(Local e data: Castelo de Montemor-o-Novo; 22 - Maio - 2013)
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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Erva-de-xestre (Barbarea intermedia)

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Erva-de-xestre (Barbarea intermedia Boreau)
Erva bienal (tipo biológico:  hemicriptófito)  da família Brassicaceae, multi-caule ou uni-caule que pode atingir até 70 cm de altura, com ramos mais ou menos erectos e, em geral, glabros; folhas basais penatissectas, com um número variável de segmentos laterais, as caulinares mais curtas, sésseis, auriculadas, penatipartidas ou penatissectas; flores com pétalas tingidas de amarelo pálido agrupadas em inflorescências em cacho denso e muito alongado na infrutescência. 
Distribuição: Oeste e Sudoeste da Europa. Em Portugal,  a sua ocorrência parece estar limitada à Beira Alta e a Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: lugares húmidos, nas margens de cursos de água e na orla de bosques, em substratos diversos, a altitudes entre 500 e 2000m.
Floração: de Abril a Junho.
[Locais e data: Serra da Estrela (fotos 1 e 2) Rio Côa - Sabugal (fotos 3 a 6); 14 - Maio - 2013]

Ansarina-amarela (Linaria supina subsp. supina)





Ansarina-amarela * [Linaria supina (L.) Chaz. subsp. supina
O género Linaria compreende cerca de 150 espécies que não de fácil classificação, mesmo para os especialistas que, para uma inequívoca identificação carecem de ter à disposição sementes bem desenvolvidas e flores, meios de que o leigo não dispõe, como é evidente. Por tal motivo, a identificação que faço dos exemplares representados nas fotos supra deve ser encarada com alguma dose de cepticismo, embora conte a favor da sua identificação com a forma geral das plantas e, muito em particular, com o local do avistamento que é conforme ao seu habitat mais comum.
Trata-se de uma espécie herbácea, vivaz, por vezes, anual, ou bienal  (tipo biológico: hemicriptófito, ou terófito) da família  Plantaginaceae, que se distrubui pelo Sudoeste da Europa, mas introduzida noutros países europeus (Inglaterra, Suécia e Noruega). Em Portugal ocorre no território do Continente, mas apenas na Beira Litoral e Estremadura e, dubitativamente, também no Douro Litoral.
Ecologia/ habitat: afloramentos rochosos e terrenos pedregosos, sobre solos siliciosos e, sobretudo, calcários.
Floração: Período de floração bastante prolongado (praticamente ao longo de todo o ano) mas com maior intensidade de Fevereiro a Julho)
(Local e data: Serra d'Aire; 18 - Maio - 2012)
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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Erva-dos-unheiros (Chaetonychia cymosa)

 

Erva-dos-unheiros * Chaetonychia cymosa (L.) Sweet  
Planta anual (tipo biológico: terófito)  de pequeno porte, da família Caryophyllaceae, de caules erectos, embora, dada a pequena altura, possa,  por vezes, dar a ideia de que se trata de caules mais ou menos prostrados, com folhas carnudas, opostas, lineares, quase cilíndricas, terminadas em ponta fina; flores desprovidas de pétalas, mas com sépalas externas (3) maiores que as internas (2).
Distribuição: Península Ibérica; Sul de França, Córsega, Sardenha, Marrocos e Tunísia. Em Portugal, embora não seja uma espécie muito comum, distribui-se por todo o território do Continente.
Ecologia/ habitat: em clareiras em solos arenosos e ácidos, a altitudes até aos 1400m.
Floração: de Abril a Julho.
* Outros nomes comuns: Paroníquia-de-flores-empinadas;Rato-castanho;
(Local e data: Monte do Colcurinho - Serra do Açor; 30 - Junho - 2013)
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sábado, 7 de dezembro de 2013

Escrofulária-das-praias (Scrophularia frutescens)

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Escrofulária-das-praias (Scrophularia frutescens L.)

Pequeno arbusto (com altura até 60cm) mais ou menos ramificado, glabro, com folhas carnudas, sésseis ou curtamente pecioladas,´obovadas ou oblongo-lanceoladas, no geral, não divididas, salvo as inferiores, por vezes, penatilobadas, com margens inteiras, serradas ou crenadas; flores com corola bilabiada de cor roxa,com os lóbulos laterais esbranquiçados, dispostas em cimeiras (3 a 15 flores) agrupadas em inflorescências em cacho, em geral alongado, em cujo eixo, entroncam alternadamente. Frutos constituídos por cápsulas ovóides ou quase globosas, escuras na maturação.
São reconhecidas duas variedades desta espécie: a var. frutescens caracterizada por possuir folhas com limbo com comprimento superior ao dobro da largura, com margens serradas, englobando-se as restantes na var. latifolia.
Ecologia/habitat: areias litorais e dunas consolidadas. É considerada como espécie psamófila (=desenvolve-se normalmente em terrenos arenosos). No caso, em geral, em zonas costeiras. 
Distribuição: na Península Ibérica e Noroeste de África e, dubitativamente, na Sicília. Em Portugal ocorre ao longo de todo o litoral ocidental do território do Continente, desde o Minho até ao Algarve. Um tanto surpreendentemente, a Flora Ibérica assinala também a sua ocorrência na Beira Baixa.
Floração: de Maio a Agosto.
[Local e datas: Praia do Bom Sucesso (Lagoa de Óbidos); 9 - Maio - 2013 (fotos 1 a 6); 26 - Agosto - 2012 (foto 7)]

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Arroz-dos-muros (Sedum brevifolium)

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Arroz-dos-muros (Sedum brevifolium DC.)  
Erva perene (tipo biológico: caméfito), glabra, esverdeada ou arroxeada, de pequeno porte (2 a 14 cm) mais ou menos ramificada, com folhas carnudas, ovóides, ou aproximadamente esféricas, brilhantes; flores pentâmeras, com pétalas, em geral, branco-rosadas, dispostas em inflorescências em cimeira. Como característica mais facilmente perceptível, a espécie apresenta, nos ramos estéreis (em geral, numerosos) "folhas oposto-cruzadas, dispostas em 4 fiadas", bem imbricadas.
Família: Crassulaceae.
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental. Em Portugal ocorre, de forma irregular e dispersa, ao longo de todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: fendas de rochas, pastagens ralas e pedregosas, cascalheiras  e terrenos de areias grossas, em locais ensolarados, a altitudes até 3000m. É silicícola e calcífuga.
Floração: de Maio a Julho.
[Locais e datas: Serra do Açor, 30 - Junho -2013 ( fotos 1 e 3); Serra da Estrela; 17 - Junho - 2011 ( foto 2)]
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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Colchicum lusitanum

 


Colchicum lusitanum Brot.
Erva vivaz, tubero-bulbosa (tipo biológico: geófito) da família Colchicaceae, cuja parte aérea pode atingir até 10 cm. 
Tem duas características interessantes: floresce de Setembro a Novembro, mas as folhas só despontam na Primavera; as pétalas apresentam um padrão axadrezado (apenas perceptível em algumas das fotos supra, porventura, por excesso de luminosidade e, de certeza, por aselhice do fotógrafo) característica que a distingue de outras plantas do mesmo género e da mesma família.
Distribuição: Itália, Península Ibérica e Norte de África.
Ecologia/habitat: orla e clareiras de bosques e matagais, em terrenos pedregosos de origem calcária.
(Local e data: Porto da Luz - Alenquer; 13 - Novembro - 2013)

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Epipactis tremolsii

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Epipactis tremolsii Pau 
Erva vivaz, ou perene, rizomatosa, da famílía  Orchidaceae, com rizoma cilíndrico, com raízes carnudas, finas e numerosas, caule erecto, robusto, com 30 a 60 cm de altura.
Nem sempre será fácil distinguir esta espécie da sua congénere Epipactis lusitanica, dado o "hábito" algo semelhante e o facto de existirem populações com características intermédias, devido, provavelmente, a fenómenos de hibridação. Em todo o caso é possível adiantar algumas diferenças, umas mais facilmente perceptíveis do que outras, coligidas a partir das descrições encontradas na Flora Iberica. Assim, enquanto na E. tremolsii o hipoquilo (parte proximal do labelo) é verdoso, na E. lusitanica, é rosado; naquela, a  bráctea inferior é mais comprida que a flor correspondente. enquanto nesta pode ter um comprimento igual, ou apenas ligeiramente superior; a inflorescência da E. tremolsii é densa (15 a 40, ou mais, flores) e quase contígua à folha superior, enquanto a da E. lusitanica é lassa (5 a 25 flores) e distanciada das folhas superiores. Finalmente: as folhas  da E. tremolsii apresentam-se mais ou menos imbricadas, ao passo que as da E. lusitanica surgem, em geral, pouco aproximadas.
Distribuição: Região Mediterrânica Ocidental (incluindo, na Europa,  o Sul de França e a Península Ibérica e, em África, a região do Magrebe). Em Portugal, segundo a Flora Iberica, é observável no Algarve,  Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura e Trás-os-Montes e dubitativamente, no Alto Alentejo, Beira Alta e Ribatejo.
Ecologia/habitat: Orlas e clareiras de bosques, em geral, em solos calcários ou margosos.
Floração: de Março a Junho.
[Locais e datas: Parque da Paz - Almada; 23 - Abril - 2013 (fotos 1 a 3); Serra da Arrábida; 24 - Abril - 2013( foto 4)]

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Arruda-dos-muros (Asplenium ruta-muraria subsp. ruta-muraria)

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Arruda-dos-muros (Asplenium ruta-muraria L. subsp. ruta-muraria)
Feto (ou samabaia, na terminologia brasileira), provido de rizoma (tipo biológico: geófito) da família Aspleniaceae (Ordem: Polypodiales; Classe: Polypodiopsida; Divisão: Pteridophyta).
Distribuição: Regiões temperadas do Hemisfério Norte. Presente também no território de Portugal Continental, designadamente, na Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Douro Litoral.
Ecologia/habitat: fendas de rochas e muros de pedra, em  geral, de origem calcária ou xistosa. 
[Locais e datas: Serra d'Aire; 18 - Maio - 2012 (foto1); Serra da Lousã 12 - Maio - 2013 (foto 2)]
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domingo, 24 de novembro de 2013

Allium triquetum

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Allium triquetum L.
Erva bulbosa, perene (tipo biológico: geófito) da família Amaryllidaceae, com hastes florais fistulosas (= ocas) de secção triangular, que podem atingir até cerca de 50 cm de altura; folhas lineares, glabras, relativamente largas, tão ou mais compridas que a haste floral; flores  campanuliformes com tépalas brancas lisas, raiadas de verde ao centro, agrupadas em inflorescências terminais, umbeliformes,  pendentes e pouco densas.
Distribuição: espécie nativa do Sudoeste da Europa e do Noroeste de África, encontra-se, no entanto, distribuída e naturalizada em várias outras partes do globo (América do Sul e do Norte, Austrália, Turquia e Grã Bretanha) onde foi introduzida, certamente, em função do seu uso como planta ornamental e não tanto devido ao facto de as partes aéreas serem consideradas comestíveis, utilização que me parece não ser frequente.
Em Portugal, a planta surge, quer como espécie autóctone (Estremadura, Beira Litoral e Minho), quer como espécie introduzida, como é o caso dos arquipélagos da Madeira e dos Açores e como eventualmente pode ser o que também se passa noutras regiões do território do Continente, onde, por vezes, se encontra em ambiente silvestre.
Ecologia/ habitat: Prados, orlas e clareiras de bosques, margens de cursos de água, bermas de estradas e caminhos e, em geral, em sítios algo húmidos e sombrios.
Floração: De Janeiro a Maio.
[Locais e datas; Serra da Arrábida; 10 - Março - 2013 (Foto 1); Encosta do Estuário do Tejo - Almada; 18 - Março - 2013 (fotos 2, 3, 4, 5 e 6)]

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Margarida-menor (Bellis annua subsp. annua)

 

Margarida-menor *(Bellis annua L. subsp. annua
Erva anual (tipo biológico: terófito) da família Asteraceae.
De menor porte que as demais congéneres, distingue-se delas, sobretudo, pela forma das folhas, de oblanceoladas ou obovadas a espatuladas, com margens crenado-dentadas.
Distribuição: Região Mediterrânica. Presente também em várias regiões de Portugal Continental (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Ribatejo, Estremadura, Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes)
Ecologia/habitat: Prados anuais, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos, em locais com alguma humidade.
Floração: de Janeiro a Junho.
* Outros nomes comuns: Bonina-dos-prados; Bonina-dos-campos; Margarida-anual. 
(Local e data: Serra da Arrábida; 11/27 - Fevereiro - 2013)
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sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Candelária-dos-jardins (Lychnis coronaria)








Candelária-dos-jardins *[Lychnis coronaria (L.) Desr. **]
Erva bienal, ou perene (tipo biológico: hemicriptófito) branco-lanosa, da família Caryophyllaceae, com caules robustos, erectos, com 30 a 90 cm; folhas basais oblongo-espatuladas e folhas caulinares, opostas ovado-oblongas; flores com pétalas de cor púrpura, ou magenta, raramente branca, solitárias ou dispostas em cimeiras paucifloras; fruto em forma de cápsula contendo no interior sementes negras. 
Distribuição: originária do Sudeste da Europa e de parte da Ásia (Anatólia, Norte do Irão e Turquestão) é presentemente cultivada como planta de jardim em muitas outras partes do globo, onde se encontra naturalizada, designadamente noutras regiões da Europa, da Ásia e da América do Norte. Provavelmente também se encontra naturalizada em Portugal, designadamente na Beira Baixa e na Beira Alta, pois também entre nós é utilizada como planta ornamental. A existência de várias nomes comuns, alguns de cariz bem popular, é, pelo menos, um bom indício nesse sentido.
Floração: de Maio a Setembro.
*Outros nomes comuns: Picanariz, Orelha-de-lebre:
** Sinonímia: Agrostemma coronaria L. (Basónimo); Silene coronaria (L.) Clairv.
(Local e data:  berma de estrada entre Sertã e Oleiros, nas proximidades da povoação de Troviscal; 12 - Junho - 2013)