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sábado, 17 de agosto de 2019

Erva-mata-pulga (Odontitella virgata)







Erva-mata-pulga [Odontitella virgata (Link) Rothm. *]

Erva anual, pilosa, com caules erectos que podem atingir até 60 cm; folhas lineares, geralmente inteiras, podendo apresentar por vezes um par de pequenos dentes; flores com corola amarela, alaranjada no final da ântese, agrupadas em inflorescências geralmente curtas e densas.
Tipo biológico: terófito; epífito;
FamíliaOrobanchaceae;
Distribuição: endemismo ibérico, com ocorrência concentrada na metade ocidental da Península Ibérica. Em Portugal distribui-se por todo o território do Continente, ainda que de forma não uniforme.
Ecologia/habitat: clareiras e orlas de matos e bosques, em locais secos, frequentemente em substratos ácidos (xistosos, graníticos, quartzíticos e arenosos) e menos frequentemente em substratos básicos (calcários e serpentínicos), a altitudes até 1200m.
Floração: de Junho a Setembro.
*Sinonímia: Euphrasia virgata L. (Basónimo); Odontites virgatus (Link) Samp.; Odontites tenuifolia (Pers.) G. Don.
(Local e datas: Serra d'Aire; Junho - Julho  2019)

segunda-feira, 7 de março de 2016

Araca (Lathyrus cicera)






Araca * (Lathyrus cicera L.)
Erva anual ou perene, glabra ou pubescente, com caules alados (com asas com 0,3 a 1,3 mm de largura) que podem atingir até cerca de 1 m de altura; folhas pecioladas com 1 ou 2 pares de folíolos opostos, as inferiores em geral com gavinha simples, as superiores com gavinhas  ramificadas; flores com estandarte e asas avermelhadas e quilha esbranquiçada com mancha púrpura no ápice. 
Como nota distintiva, o portal da SPBotânica (Flora.on) chama a atenção para o facto de os lóbulos do cálice terem pelo menos o dobro do comprimento do tubo.
Tipos biológicos: terófito ou hemicriptófito.
Família: Fabaceae;
Distribuição: Sul da Europa; Centro e Oeste da Ásia; Norte de África; Madeira e Canárias.
Em Portugal, além da ocorrência no arquipélago da Madeira, distribui-se também por boa parte do território do Continente, encontrando-se, designadamente, no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Litoral, Beira Alta, Beira Baixa e Trás-os-Montes. 
Ecologia/habitat: pastagens, clareiras de matos, orla de campos cultivados e em pousio, taludes e bermas de estradas e caminhos,  a altitudes até 1500m.
* Outros nomes comuns:  Chícharo-branco, Chícharo-bravo;
Floração: de Março a Junho.
(Local e data: Vale da Serra - Serra d'Aire; 22 - Abril - 2014)

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Aristolochia pistolochia









Aristolóquia-menor, ou Pistolóquia (Aristolochia pistolochia L.)
Erva rizomatosa (tipo biológico: geófito) com rizoma formado por vários tubérculos, com múltiplos caules, ascendentes ou erectos, simples ou ramificados; folhas pecioladas, aproximadamente triangulares, cordadas na base, ásperas no contacto com a pele, com margem cartilagínea  e denticulada, com nervuras bem marcadas na página inferior; flores axilares, pedunculadas, em forma de tubo expandido na base, recto ou ligeiramente encurvado, prolongado por um apêndice linguiforme que aparece a coroar um dos lados. O fruto é uma cápsula globosa com 1 a 3,5cm de diâmetro. 
Distingue-se facilmente das duas outras congéneres presentes em território português. A distinção é particularmente fácil em relação à Aristolochia baetica, visto que esta é uma planta trepadora, que a A. pistolochia não é. O grau de dificuldade na distinção relativamente à Aristolochia paucinervis também não é de muito maior monta. Como observa o portal Flora.on, enquanto a A. pistolochia apresenta folhas com margens espessas e denticuladas, a margem das folhas da A paucinervis não é nem espessa, nem denticulada. Por outro lado, também é bem diferente a nervação das folhas das duas espécies. De facto, o relevo das nervuras das folhas da A. pistolochia é muito mais acentuado, tornando-as bem mais visíveis para o observador.
Distribuição: Península Ibérica e Sul de França. Em Portugal, a crer na Flora Iberica, a espécie habitaria em grande parte do território do Continente (Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Baixa, Beira Litoral e Trás-os-Montes). Diverso é o entendimento do Flora.on, que a considera como pouco comum e com "distribuição algo pontual". A escassez de registos patentes no mesmo portal parece confirmar este ponto de vista.
Ecologia/habitat: Terrenos cultivados em pousio, taludes, clareiras de matos, azinhais e em terrenos mais ou menos pedregosos.
Floração: de Abril a Julho.
[Locais e datas: Senhora da Penha - Castelo de Vide; 30 - Abril - 2014 (fotos 1 e 2); Serra d'Aire; 27 - Abril - 2014; (fotos restantes)]

sábado, 13 de dezembro de 2014

Fumana thymifolia






Fumana thymifolia (L.) Spach ex Webb*
Pequeno arbusto, glanduloso, muito ramificado, com ramos ascendentes ou erectos que podem atingir cerca de 30cm.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Cistaceae;
Distribuição: toda a  Região Mediterrânica. Em Portugal está presente apenas no território do Continente, distribuindo-se pelo Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral.
Ecologia/habitat; Matagais e tomilhais em locais com boa exposição solar, em terrenos pedregosos ou não, em solos calcários ou descarbonatados, a altitudes até 1200m.
Floração: de Março a Maio.
*Sinonímia: Cistus thymifolius L. (Basónimo)
(Local e data: Serra d'Aire; 27  Abril - 2014)

sábado, 29 de novembro de 2014

Argyrolobium zanonii subsp. zanonii




Argyrolobium zanonii (Turra) P.W.Ball subsp. zanonii
Pequeno arbusto com 5 a 40 cm, (tipo biológico: caméfito)  com caules ascendentes, aveludados, folhas pecioladas, com três folíolos, geralmente elípticos, com a página inferior também aveludada; flores com corola geralmente amarela.
Distribuição: Sul da Europa, Noroeste de África (Tunísia, Argélia e Marrocos). Em Portugal ocorre apenas no território do Continente (Algarve, Baixo Alentejo, Estremadura, Ribatejo e Beira Litoral).
Ecologia/habitat: Clareiras de matos, taludes, bermas de estradas e caminhos, geralmente em solos pedregosos, a altitudes desde os 100 aos 1400m.
Floração; de Março a Julho.
[Locais e datas: Serra d'Aire; 27 - Abril - 2014 (fotos 1 e 3); Fortes de Alqueidão - Sobral de Monte Agraço;  2 - Junho - 2014 (fotos 2 e 4)]
(Clicando nas imagens, amplia)

sábado, 1 de março de 2014

Mercurialis tomentosa





Mercurialis tomentosa L.
Planta perene (tipo biológico: hemicriptófito) dióica, da família Euphorbiaceae, densamente coberta por tomento cinzento prateado, com caule erecto (30 a 70 cm) lenhoso na base, muito ramificado, frondoso.
Distribuição: Sudoeste europeu (Sul de França e Península Ibérica). Não sendo, digo eu, aparentemente muito comum em Portugal, a sua ocorrência está limitada ao território do Continente, assinalando-se a sua presença no Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Beira Litoral, Estremadura, Ribatejo e Trás-os-Montes.
Ecologia/Habitat; terrenos pedregosos e/ou arenosos, bermas de caminhos, campos abandonados, em locais de clima seco, a altitudes até aos 1600m.
Floração: de Fevereiro a Julho.
(Local e data: Fátima - Ourém; 26 - Fevereiro - 2014)

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Ansarina-amarela (Linaria supina subsp. supina)





Ansarina-amarela * [Linaria supina (L.) Chaz. subsp. supina
O género Linaria compreende cerca de 150 espécies que não de fácil classificação, mesmo para os especialistas que, para uma inequívoca identificação carecem de ter à disposição sementes bem desenvolvidas e flores, meios de que o leigo não dispõe, como é evidente. Por tal motivo, a identificação que faço dos exemplares representados nas fotos supra deve ser encarada com alguma dose de cepticismo, embora conte a favor da sua identificação com a forma geral das plantas e, muito em particular, com o local do avistamento que é conforme ao seu habitat mais comum.
Trata-se de uma espécie herbácea, vivaz, por vezes, anual, ou bienal  (tipo biológico: hemicriptófito, ou terófito) da família  Plantaginaceae, que se distrubui pelo Sudoeste da Europa, mas introduzida noutros países europeus (Inglaterra, Suécia e Noruega). Em Portugal ocorre no território do Continente, mas apenas na Beira Litoral e Estremadura e, dubitativamente, também no Douro Litoral.
Ecologia/ habitat: afloramentos rochosos e terrenos pedregosos, sobre solos siliciosos e, sobretudo, calcários.
Floração: Período de floração bastante prolongado (praticamente ao longo de todo o ano) mas com maior intensidade de Fevereiro a Julho)
(Local e data: Serra d'Aire; 18 - Maio - 2012)
(Clicando nas imagens, amplia)

domingo, 10 de novembro de 2013

Tomilho-peludo (Thymus villosus)







Tomilho-peludo (Thymus villosus L.)
Pequeno arbusto, aromático,  da família Lamiaceae, com caules (12 a 30 cm de altura), mais ou menos erectos, raramente decumbentes; folhas numerosas, lineares ou linear-lanceoladas; inflorescência capituliforme, densa, com flores tubulares, bilabiadas de cor creme ou púrpura.
A espécie, segundo a Flora Ibérica divide-se em três subespécies, a saber: Thymus villosus subsp. villosus, planta endémica de Portugal continental (com distribuição limitada ao Algarve, Alto  e Baixo Alentejo, Beira Baixa, Estremadura e Ribatejo); Thymus villosus subsp. lusitanicus, planta endémica da Península Ibérica, (com ocorrência limitada em Portugal, à Beira Litoral e Estremadura); e Thymus villosus subsp. velascoi (presente apenas em território espanhol).
Considerando apenas as duas subespécies com distribuição em Portugal, dir-se-á, recorrendo à mesma fonte, que a subespécie Th. v. villosus tem o seu habitat em matos poucos densos, medronhais e pinhais, a altitudes indo desde os 160m até aos 440m, enquanto a subespécie  Th. v. lusitanicus ocorre em terrenos ácidos (quartzitos, xistos e areias), podendo surgir a altitudes entre os 230 e os 800 m e, raramente, em substrato calcário, dado este que me leva a presumir que nas fotografias supra se encontra representada a subespécie villosus, uma vez que as fotografias foram na verdade obtidas em local com predominância de solos calcários.
Floração: desde finais de Março até princípios de Julho.
[Local e data: Vale da Serra (Serra d'Aire); 6 - Junho - 2012]
(Clicando nas imagens, amplia)