terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Época das orquídeas silvestres (2024) (II): Salepeira-grande (Himantoglossum robertianum)



Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum (Loisel.) P. Delforge; sinónimos: Orchis robertiana Loisel.; Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]
Outras imagens e  + informação: aqui.
(Avistamento: Costa da Caparica; 30 - Janeiro - 2024)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Inaugurando, em 2024, a época das orquídeas silvestres: Moscardo-maior ( Ophrys fusca subsp. fusca)


 Moscardo-maior (Ophrys fusca subsp. fusca Link )
(Avistamento: Almada; 29 - Janeiro - 2024)

# Hepáticas: Lunulária (Lunularia cruciata)

As Briófitas (Bryophyta sensu lato) formam um grupo (superdivisão) do sub-reino das plantas terrestres (Embryophyta) que engloba 3 divisões: a das Hepáticas (Marchantiophyta ou Hepaticophyta); a dos Musgos (Bryophyta sensu stricto) e a dos Antóceros (Anthocerotophyta), plantas que, na linha da evolução, terão sido as primeiras a fixar-se em terra e que têm a característica comum de serem plantas não vasculares, o que vale por dizer que não dispõem de tecidos apropriados para o transporte da água e da seiva para alimentar as células, fazendo-se, em regra, a circulação da água e dos nutrientes, por difusão por "osmose", razão por que têm, normalmente, reduzida dimensão e necessitam de locais bastante húmidos para se desenvolverem.
Digamos, pois, em resumo, que as hepáticas de que irei publicar aqui (no blogue) imagens de algumas espécies, constituem uma divisão de plantas terrestres não vasculares.
Dito isto, passemos às imagens:





Lunulária [Lunularia cruciata (Linnaeus 1753) Dumortier 1822 ex Lindberg 1868]

Hepática talosa, com superfície brilhante, podendo atingir até cerca de 5 cm de comprimento e 1 de largura. apresenta o talo subdividido em lóbulos, com margens onduladas e arredondadas. Deve o nome genérico  de Lunaria ás gemas existentes no talo, em forma de meia lua. 
Planta terrestre adere ao substrato através de rizóides.
Tal como a generalidade das hepáticas, exige para subsistir locais sombreados e muito húmidos.
Em Portugal, embora pouco notada, dada a sua dimensão e os lugares sombrios onde vegeta, é muito comum.
Classificação científica:
Reino: Plantae;
Sub-reino: Embryophyta;
Superdivisão: Bryophyta sensu lato;
Divisão: Marchantiophyta;
Classe: Marchantiopsida;
Ordem: Lunulariales;
Família: Lunulariaceae;
Género: Lunularia;
Espécie: L. cruciata;
[Avistamentos: Troviscal (Sertâ); 24 - Dezembro - 2023 (1ª foto) Parque da Paz - Almada; 15 - Janeiro - 2024 (fotos retantes)]

sábado, 20 de janeiro de 2024

Bonina (Bellis perennis)

Bonina (Bellis perennis L.)
Com "brinde": Neomyia cornicina.
Mais informação sobre a planta: aqui.

(Avistamento: Parque urbano de Almada; 20 - Janeiro - 2021)

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Joina-pequena (Ononis pusilla subsp. pusilla)


Joina-pequena (Ononis pusilla subsp. pusilla L.)

Subarbusto, erecto, ascendente ou procumbente, podendo atingir até 35 cm; caules ramificados desde a base, herbáceos na parte superior, em geral puberulo-glandulosos; folhas trifoliadas; folíolos suborbiculares, obovados, elípticos ou oblongo-espatulados, denticulados, puberulo-glandulosos; inflorescências terminais, racemiformes, densas durante a floração, lassas na frutificação; flores subsentadas, dispostas isoladamente na axila de cada bráctea, mais curtas que as brácteas, com corola amarela formada por estandarte, asas e quilha; fruto incluso no cálice, ovóide, piloso na parte apical, com pico recurvado e com 3 a 10 sementes reniformes, finamente tuberculadas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Região Mediterrânea; Norte de África e Médio Oriente.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e circunscrita à Estremadura, Beira Litoral, Ribatejo e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: baldios; orlas e clareiras de matos baixos, em solos magros, pedregosos ou rochosos, em substrato calcário, a altitudes até 2000 m. 
Floração: de Abril a Agosto.
(Avistamento: Serra d'Aire; 30 - Maio - 2018)

segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

Trevo-rosa (Trifolium hirtum)

Trevo-rosa (Trifolium hirtum All.)

Erva anual, vilosa, com caules erectos, podendo atingir até 60 cm; folhas alternas, pecioladas, estipuladas, trifoliadas, com folíolos subsésseis, cerca de 2 vezes mais compridos que largos, vilosos em ambas as páginas; estípulas com pêlos patentes, inteiras, membranáceas, aderentes ao pecíolo e terminando em ponta comprida; inflorescências capituliformes, terminais, quase sésseis e globosas; flores com cálice viloso com segmentos mais curtos que a corola; esta de cor rosa ou púrpura; fruto (vagem) incluído no cálice, indeiscente, com 1 semente.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae);
Distribuição: Região Mediterrânica (Sul da Europa, Sudoeste da Ásia e Norte de África) e Região Macaronésia (arquipélago das Canárias). Introduzido na América do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente, não sendo, atendendo aos registos existentes no Flora.on, nem de ocorrência extensiva a todas as regiões, nem muito frequente.
Ecologia/habitat: prados e pastagens anuais; em terrenos incultos; em solos pobres e erosionados, a altitudes até 1700m.
Floração: de Fevereiro a Setembro, mas com maior intensidade durante os meses de Maio e Junho.
[Avistamento: Minas de Santo Adrião - Vimioso (Trás-os-Montes) 1 -  Junho - 2018]

domingo, 7 de janeiro de 2024

Escorcioneira (Reichardia picroides)

 







Escorcioneira ou Reichárdia-dos-picos (Reichardia picroides (L.) Roth *)
Erva perene, lenhosa na base, com hastes que podem atingir até 50 cm de altura; folhas algo carnudas, as basais numerosas,dispostas em roseta e divididas em segmentos muito irregulares; as caulinares em pequeno número, inteiras, sésseis e de reduzida dimensão; flores amarelas, liguladas, as externas com uma faixa esverdeada no dorso, agrupadas em capítulos suportados por longos pedúnculos, com invólucro com 1 a 2 cm de diâmetro, formado por brácteas interiores, triangular-lanceoladas e exteriores em forma de coração; frutos (aquénios) providos de papilho de pêlos finos.
Tipo biológico: hemicriptófito:
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: Região Mediterrânica. 
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e de forma descontínua, pois é mais comum nas regiões próximas do litoral no Centro e Sul do país, sendo rara ou mesmo inexistente nas regiões do interior.
Ecologia/habitat: terrenos incultos; bermas de estradas e caminhos; locais rochosos e pedregosos, incluindo muros de pedra solta.
Floração: ao longo de todo ano, mas com maior intensidade, de Novembro a Maio.
Nota: as folhas são comestíveis, sendo utilizadas designadamentes em saladas, embora tal uso não seja comum em Portugal ao contrário do que acontece noutros países.
*Sinonímia: Picridium crassifolium Willk.; Picridium maritimum Rchb. f.; Picridium picroides (L.) H. Karst.; Picridium prenanthoides B. D. Jacks.; Picridium rupestre Pomelo; Picridium vulgare Desf.;  Reichardia integrifolia Moench; Scorzonera picroides L. (basónimo)
(Avistamento: Almada; 5 - Janeiro - 2023)