segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

# Hepáticas: Lunulária (Lunularia cruciata)

As Briófitas (Bryophyta sensu lato) formam um grupo (superdivisão) do sub-reino das plantas terrestres (Embryophyta) que engloba 3 divisões: a das Hepáticas (Marchantiophyta ou Hepaticophyta); a dos Musgos (Bryophyta sensu stricto) e a dos Antóceros (Anthocerotophyta), plantas que, na linha da evolução, terão sido as primeiras a fixar-se em terra e que têm a característica comum de serem plantas não vasculares, o que vale por dizer que não dispõem de tecidos apropriados para o transporte da água e da seiva para alimentar as células, fazendo-se, em regra, a circulação da água e dos nutrientes, por difusão por "osmose", razão por que têm, normalmente, reduzida dimensão e necessitam de locais bastante húmidos para se desenvolverem.
Digamos, pois, em resumo, que as hepáticas de que irei publicar aqui (no blogue) imagens de algumas espécies, constituem uma divisão de plantas terrestres não vasculares.
Dito isto, passemos às imagens:





Lunulária [Lunularia cruciata (Linnaeus 1753) Dumortier 1822 ex Lindberg 1868]

Hepática talosa, com superfície brilhante, podendo atingir até cerca de 5 cm de comprimento e 1 de largura. apresenta o talo subdividido em lóbulos, com margens onduladas e arredondadas. Deve o nome genérico  de Lunaria ás gemas existentes no talo, em forma de meia lua. 
Planta terrestre adere ao substrato através de rizóides.
Tal como a generalidade das hepáticas, exige para subsistir locais sombreados e muito húmidos.
Em Portugal, embora pouco notada, dada a sua dimensão e os lugares sombrios onde vegeta, é muito comum.
Classificação científica:
Reino: Plantae;
Sub-reino: Embryophyta;
Superdivisão: Bryophyta sensu lato;
Divisão: Marchantiophyta;
Classe: Marchantiopsida;
Ordem: Lunulariales;
Família: Lunulariaceae;
Género: Lunularia;
Espécie: L. cruciata;
[Avistamentos: Troviscal (Sertâ); 24 - Dezembro - 2023 (1ª foto) Parque da Paz - Almada; 15 - Janeiro - 2024 (fotos retantes)]

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