quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Cardo (Carduus broteroi)




Cardo [Carduus broteroi (Welw. ex Mariz) Cout.*]
Erva bienal, espinhosa, verde, com indumento de pêlos pluricelulares uniseriados e de pêlos unicelulares aracnóides, com caules erectos, podendo atingir até cerca de 100 cm de altura, ramificados na metade ou no terço superior, folhosos, alados em quase toda a sua extensão, com asas com espinhos amarelados com cerca de 8 mm; folhas sésseis, decurrentes, verdes, diminuindo de tamanho no sentido ascendente; as basais, rosuladas, frequentemente já secas durante a floração; as caulinares no terço da base, penatipartidas ou penatissectas; as caulinares superiores, penatifendidas ou penatipartidas; capítulos solitários, terminais, sésseis ou curtamente pedunculados; invólucro ovóide, densamente aracnóide, com brácteas dispostas em 5 a 7 séries; flósculos, hermafroditas, com corola rosado-purpúrea, glabra; aquénios oblongo-ovóides, castanho-acinzentados.
Tipo biológicoHemicriptófito.
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta endémica de Portugal Continental, com ocorrência circunscrita à Estremadura, Ribatejo, e Beira Litoral.
Ecologia/habitat:  terrenos agrícolas incultos ou abandonados, baldios, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos, em solos calcários, a altitudes até 300 m.
Floração: de Abril a Julho.
* SinonímiaCarduus lusitanicus subsp. broteroi (Welw. ex Mariz) Devesa
[Avistamento: Arruda dos Pisões (Rio Maior); 27 - Maio - 2018]
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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Malfurada (Hypericum glandulosum)




Malfurada (Hypericum glandulosum Aiton)
Arbusto de copa arredondada, com caules lenhosos, muito ramificados desde a base, que pode atingir até cerca de 150 cm de altura. Apresenta folhas opostas, inteiras, curtamente pecioladas, de elípticas a ovaladas, com glândulas negras nas margens; inflorescências densas que surgem na ponta dos ramos com numerosas flores, estas com 5 pétalas de cor amarela e outras tantas sépalas, estas marcadas nas margens com numerosas glândulas negras; frutos sob a forma de pequenas cápsulas ovóides contendo sementes diminutas, mas em grande número.
Tipo biológico: fanerófito:
Família: Hypericaceae;
Distribuição: planta endémica do arquipélago das Canárias e do arquipelago da Madeira, neste caso com presença apenas nas ilhas da Madeira e de Porto Santo.
Ecologia/habitat: zonas rochosas em encostas, escarpas e ravinas.
Floração: de Março a Junho, mas com maior intensidade nos meses de Abril e Maio.
(Avistamentos: Ilha de Porto Santo; 16/18 - Maio - 2022)
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Plantas ornamentais: Liríope (Liriope muscari)






Liríope ou Capim-lírio [Liriope muscari (Decne.) L.H.Bailey *]

Erva perene, com raizes fibrosas apresentando, por vezes, tubérculos na extremidade; folhas em forma de tira alongada e arqueada com cerca de 1,30 cm de largura; flores de cor lilás ou púrpura, dispostas ao longo de uma haste que sobressai por entre a folhagem esverdeada; fruto (baga) com apenas uma semente (de difícil germinação).
Tipo biológico: geófito;
Família: Asparagaceae;
Distribuição: planta originária do Leste da Ásia (China, Japão e Coreias), entretanto introduzida noutras partes do globo para fins ornamentais.
Introduzida também em Portugal onde ocorre apenas como planta cultivada.
Ecologia/habitat: nos países de origem ocorre na orla e em clareiras de bosques e florestas, em sítios com alguma humidade, a altitudes até 1400m. Como planta cultivada para fins ornamentais mostra alguma preferência por zonas sombreadas, conquanto também suporte locais com boa exposição solar.
Floração: ao longo do Verão e Outono.
* Sinonímia: Ophiopogon muscari Decne. (Basónimo)
(Avistamento: Almada; 25 - Setembro - 2023)
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sábado, 23 de setembro de 2023

Crisosplénio (Chrysosplenium oppositifolium)




Crisosplénio (Chrysosplenium oppositifolium L.)
Erva perene, algo carnuda, tenra, verde-brilhante, com 5 a 15 cm. Caules com alguma pilosidade dispersa, decumbentes, enraizantes nos nós, mas ascendentes os floríferos; folhas opostas, pecioladas, com pecíolo mais curto que a lâmina, apresentado-se esta com margem crenada/dentada, ou quase inteira, glabra ou com pilosidade escassa; flores verde-amareladas, hermafroditas, tetrâmeras, sem corola, mas com cálice com 3 a 4 mm de diâmetro, com sépalas, ovadas, obtusas, amarelas; frutos em forma de cápsula monolocular.
Tipo biológico: helófito;
Família: Saxifragaceae;
Distribuição: grande parte da Europa (desde o Sul da Noruega até à Península Ibérica e desde as Ilhas Britânicas até à Polónia e Chéquia).
Em Portugal ocorre como planta autóctone, mas apenas nas regiões a Norte do Tejo, tendo como limite a Sul as serras da Estrela e do Açor.
Ecologia/habitat: fontes, torrentes de montanha e outros pequenos cursos de água corrente e arejada, a altitudes até 1800 metros.
Floração: de Fevereiro a Junho.
[Avistamentos: Serra da Estrela; 23 - Abril - 2023 (fotos 1 a 3); 14 - Setembro 2018 (fotos restantes)]
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quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Wahlenbergia lobelioides subsp. lobelioides






Wahlenbergia lobelioides subsp. lobelioides (Lf) Link
Erva anual, erecta, podendo atingir até 50 cm de altura, com folhas linear-lanceoladas e margem dentada; flores longamente pedunculadas, com corola campanulada, de cor rosa, branca ou azulada, agrupadas em inflorescências pouco densas; frutos em forma de cápsula com aberturas no ápice.
Tipo biológico: terófito;
Família: Campanulaceae;
Distribuição: planta endémica da Macaronésia, todavia não existente no arquipélago dos Açores e com presença duvidosa no arquipélago de Cabo Verde. Em contrapartida, ocorre em todas as ilhas do arquipélago da Madeira (Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens).
Ecologia/habitat: terrenos de mato, rochosos ou pedregosos, surgindo com frequência em fendas de rochas.
Floração: de Março  a Junho.
(Avistamento: ilha de Porto Santo; 16 - Maio - 2022)
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domingo, 17 de setembro de 2023

Draba muralis


Draba muralis L.
Erva anual, geralmente unicaule, pubescente; caules com 10 a 40 cm de altura, erectos, simples ou ramificados; folhas basais curtamente pecioladas, dispostas em roseta, com limbo obovado ou oblongo-obovado, com margem dentada; as caulinares semiamplexicaules, ovadas, inciso-dentadas; flores com sépalas (com 1 a 1,5 mm), glabras; pétalas (com 1,2 a 2,5 mm), de cor branca, inteiras, com o ápice arredondado; frutos (3,5-6,5 × 1,5-2 mm), patentes, oblongo-elípticos, comprimidos, glabros.
Tipo biológico: terófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: Europa; Oeste da Ásia e Norte de África (Argélia e Marrocos).
Em Portugal ocorre como espécie autóctone não só em boa parte do território do Continente (concentrando-se sobretudo nas regiões a Norte do Tejo), mas também no arquipélago da Madeira. Inexistente no arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat; campos agrícolas abandonados ou em pousio, bermas de estradas e caminhos, fendas de muros e plataformas rochosas, preferentemente de natureza calcária, a altitudes até 1700m.
Floração: de Março a Junho
[Avistamento: Marmeleiro (Sertã); 2 - Abril - 2020]
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sábado, 16 de setembro de 2023

Cardo-espinhoso-das-pastagens (Picnomon acarna)










 Cardo-espinhoso-das-pastagens [Picnomon acarna (L.) Cass.]
Erva anual, espinhosa, cinzento-esbranquiçada ou cinzento-verdosa, com pêlos unicelulares aranhosos. Caules folhosos, densamente branco-tomentosos, com 25 a 70 cm, ramificados desde a base, alados a todo o comprimento; folhas sésseis, decurrentes, penatífidas, com lóbulos terminados em espinhos com cerca de 2 cm. de comprimento; flores reunidas em capítulos terminais, sésseis, solitários ou agrupados (2 a 8) em corimbos densos; invólucro ovóide ou ovóide-cilíndrico.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae);
Distribuição: Região Mediterrânica; Sul e Sudoeste da Ásia. 
Em Portugal ocorre como espécie autóctone no território do Continente, mas com presença circunscrita ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo (Beira Baixa?) Beira Litoral e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: terrenos de pastagem, baldios, bermas de estradas e caminhos, a altitudes até 2000 m. Indiferente à natureza dos solos.
Floração: de Abril a Setembro.
[Avistamento: Brotas (Mora);  1 - Agosto - 2022]
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sábado, 9 de setembro de 2023

Plantas ornamentais: Glandularia bipinnatifida






Glandularia bipinnatifida (Schauer) Nutt.*
Planta perene (subarbusto), por vezes, anual, com caule muito ramificado, com revestimento de pêlos glandulares, podendo atingir desde 30 a 60 cm de comprimento. Apresenta folhas com limbo profundamente dividido (2 ou mais vezes), com segmentos com 1 a 4 mm de largura; flores muito vistosas com corola rosada, roxa, lilás ou púrpura.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Verbenaceae;
Distribuição: espécie com distribuição originária desde os Estados Unidos (América do Norte) até às Honduras (América Central). Presente noutras partes do globo, tal como em Portugal, como planta cultivada para fins ornamentais.
Floração: planta com floração prolongada, ocorrendo durante boa parte do ano, mas com maior intensidade desde a Primavera até o final do Verão.
*Sinonímia: Verbena bipinnatifida Schauer (Basónimo)
(Avistamento: Costa da Caparica; 9 Setembro - 2023)
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