terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Marroio-d'água (Lycopus europaeus)





Marroio-d'água, ou Menta-de-lobo (Lycopus europaeus L.)
Erva vivaz (tipo fisionómico: hemicriptófito) da família Lamiaceae, com raízes rizomatosas, caule (com 30 a 90 cm), erecto, geralmente muito ramificado, glabro ou com pêlos finos; folhas opostas,  lanceoladas, elípticas ou ovadas, mais ou menos profundamente dentadas,  por vezes penatifendidas na base; flores cm 3 a 4 mm de diâmetro, com corola de cor creme com pequenas manchas púrpura, formadas por 4 pequenos lóbulos desiguais, reunidas em verticilastros densos situados nas axilas das folhas.
Distribuição: Europa, Ásia e Norte de África. Naturalizada na América do Norte e Austrália. É relativamente comum em todo o território continental de Portugal, excepção do Baixo Alentejo e Algarve.
Habitat: em locais húmidos ou encharcados, em geral e, em especial, nas margens de cursos de água e à beira de lagoas e barragens. Indiferente à  natureza do solo.
Floração: de Junho a Setembro
As suas partes florais são usadas sob a forma de infusão, em fitoterapia, com indicação de utilização em casos de nervosismo, insónia e síndroma pré-menstrual.
(Local e data: Barragem do Sabugal; 20 - Junho - 2012)

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Solanum elaeagnifolium



Solanum elaeagnifolium Cav.

Subarbusto ou erva perene, de pequeno porte (30 a 50 cm de altura), densamente pubescente, espinhosa, (em geral mais espinhosa do que os exemplares acima reproduzidos, onde, no entanto, é possível observar alguns espinhos dispostos em pequeno número nas folhas e no caule) apresentando-se este erecto e ramificado, com folhas de formato variável (linear-lanceoladas, oblongo-elípticas ou oblongo-lanceoladas), inteiras mas com margens onduladas; flores (com corola estrelada formada por 5 lóbulos triangulares, azuis) agrupadas em cimeiras, pedunculadas, corimbiformes, em grupos de  2 a 4 flores por cimeira.
Distribuição: Nativa do Novo Mundo, distribuía-se originariamente pela Argentina e Chile a partir do norte da Patagónia, pelo Uruguai, Paraguai, sul do Brasil,  México e sul dos Estados Unidos. Entretanto introduzida noutras regiões e continentes, encontra-se naturalizada, designadamente, na Índia, na África austral e em diversos países da Região Mediterrânica, incluindo no sul de Portugal, segundo a Flora Ibérica. Em Portugal, no entanto, a sua ocorrência deve ser rara, pois nem a Flora Digital de Portugal, nem o portal da SPBotânica  (Flora.On) a registam. 
Habitat: margens de campos de cultivo, bermas de caminhos, baldios e terrenos perturbados.
A planta é tóxica, mesmo para o gado, razão por que os criadores de animais se esforçam por erradicá-la das pastagens, tarefa que, todavia, não é fácil, pois a planta consegue regenerar-se a partir de pedaços da raiz que permanecem no terreno após a remoção das partes aéreas.
(Local e data: Costa Caparica, 28 - Maio - 2010, em terrenos, na altura, recentemente terraplanados no âmbito das obras do Polis)

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Rabo-de-raposa (Stachys arvensis)

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Rabo-de-raposa [Stachys arvensis (L.) L.]
Erva anual (tipo fisionómico: terófito), da família Lamiaceae, de pequenas dimensões (5 a 40 cm) com caule erecto, simples ou escassamente ramificado desde a base, com revestimento de pêlos compridos e flexíveis (hirsuta); folhas ovadas ou aproximadamente cordiformes, com pequenos recortes arredondados nas margens (crenadas), menos frequentemente lobuladas; flores (com corola de cor esbranquiçada ou  púrpura, bilabiada, com o lábio superior inteiro e o inferior mais largo e trilobado) dispostas (2 a 6) em verticilastros em número variável (geralmente, entre 3 e 8).
Distribuição:  Europa Central, Ocidental e do Sul e Macaronésia. Em Portugal é uma espécie relativamente comum em quase todo o território.
Habitat: pastagens, clareiras de bosques e matagais, campos cultivados e em pousio e, em geral, em terrenos com humidade temporária, preferencialmente sobre substratos siliciosos, arenosos ou argilosos.
Em geral, é indicado como período de floração o que vai de Fevereiro a Agosto. A foto 4 (supra) documenta, no entanto, um exemplar a  florir nos finais de Dezembro.
[Locais e datas: Plataforma superior da Arriba Fóssil - Costa da Caparica; 13 - Fevereiro - 2013 (fotos 1, 2 e 3); Troviscal - Sertã; 23 - Dezembro - 2012 (foto 4)]
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Na estação das orquídeas (3) - Ophrys lutea




Erva-vespa, ou Moscardo (Ophrys lutea Cav.)
(Local e data: Praia da Rainha - Costa da Caparica; 19- Fevereiro - 2013)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Erva-azeda (Oxalis corniculata)





Erva-azeda * (Oxalis corniculata L.)
Erva anual, ou vivaz de curta duração (tipo fisionómico: proto-hemicriptófito) algo pubescente, da família Oxalidaceae, de pequenas dimensões (em geral, até 25 cm), com caule ramificado a partir da base, cujos ramos decumbentes enraízam com facilidade por altura dos nós. As folhas são palmatissectas, formadas por três folíolos cordiformes; flores com com 5 pétalas livres e amarelas, reunidas, em geral, em grupos de 2 ou 3.
Distribuição: Ignora-se a origem da espécie e embora se especule que  a Oxalis corniculata terá tido origem no Velho Mundo, certo é que, actualmente, é considerada, quanto à distribuição, como cosmopolita.
Habitat: terrenos cultivados, onde chega a ser considerada como infestante, terrenos perturbados e incultos.
Floração: Considera-se, geralmente, que o período de floração decorre de Abril a Novembro. Contudo, as duas fotografias cimeiras foram obtidas em fins de Dezembro do ano findo. Aparentemente, pois, aquele período  não terá mais que um valor simplesmente indicativo.
* Outros nomes comuns: Erva-azeda-de-folha-pequena; Erva-azedinha; Erva-canária; Trevo-azedo; Trevo-azedo-bastardo; Trevo-azedo-da-Índia; Trevo-azedo-de-folhas-pequenas
[Locais e datas: Troviscal - Sertã; 23 - Dezembro - 2012 (as duas primeiras fotos); Sabugal; 29 - Setembro - 2011 (as duas últimas)]
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domingo, 17 de fevereiro de 2013

Alface-de-porco (Hedypnois cretica)



Alface-de-porco *[Hedypnois cretica (L.) Dum.-Cours.]
Erva anual (tipo fisionómico: terófito), mais ou menos glabra, mais ou menos pubescente, da família Asteraceae, com dimensões entre 5 e 25 cm, geralmente ramificada a parte da base, com hastes florais eventualmente erectas, mas frequentemente ascendentes ou prostradas; folhas de forma variável, concentradas na base; flores amarelas  liguladas reunidas em capítulos terminais sub-globosos na frutificação.
Distribuição: Se bem que originária da Região Mediterrânica, a espécie foi todavia introduzida noutras regiões e continentes, onde se encontra naturalizada, sendo mesmo considerada, nalgumas regiões, como infestante.
Em Portugal distribui-se, de forma irregular, por todo o território do Continente.
Habitat: terrenos cultivados e em pousio, pastagens, berma de estradas e caminhos, em solos com pouca humidade.
Floração: de Fevereiro a Junho.
* Outras designações comuns: Erva-do-leite; Alface-de-Creta.
(Local e data: Parque da paz - Almada; 15 - Fevereiro - 2013)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Arruda (Ruta chalepensis)



Arruda * (Ruta chalepensis L.)   
Erva vivaz (tipo fisionómico: caméfito), glabra, de odor e sabor desagradáveis, da família Rutaceae, com frequência, muito ramificada e cujos ramos podem atingir entre 20 a 60cm, formando, por vezes, uma pequena moita, mais ou menos, arredondada. As folhas de cor verde azulado apresentam-se geralmente dupla ou triplamente divididas (e, como tal, designadas de bi/tri-penatissectas) em segmentos que vão de lineares a obovados. As flores de corola amarela, têm quatro pétalas oblongas com as margens revestidas de cílios e reúnem-se em cimeiras lassas.
Muito semelhante à sua congénere Ruta angustifolia, dela se distingue, no entanto, segundo a lição do Flora.on, pelo facto de a inflorescência ser glabra, ao contrário da sua congénere R. angustifolia, que tem a inflorescência glandulosa, embora com pêlos curtos.
Originária, ao que parece da região Mediterrânica Ocidental, a espécie encontra-se, todavia, naturalizada  em muitas outras regiões e continentes, onde foi introduzida, supostamente devido aos efeitos fito-terapêuticos que lhe são atribuídos, havendo recomendações para o uso de infusões, obtidas a partir das partes florais da planta, no tratamento, designadamente, de perturbações menstruais e de inflamações da pele e das mucosas, recomendações que, todavia, não devem ser seguidas, sem ter em conta as doses aconselhadas, porque a planta não é isenta de toxicidade. Muito pelo contrário, todas as precauções são poucas.
Em Portugal, aparentemente, está limitada ao centro e sul do país.
Habitat: clareiras e orlas de matos, geralmente, sobre solos pedregosos e calcários.
Floração:  entre Maio e Julho, dizem as fontes consultadas. Todavia, em Fevereiro, já o exemplar fotografado, bem como vários outros se encontravam em plena floração.
* Outros nomes comuns: Arruda-dos-calcários; Arruda-fétida;Erva-das-bruxas.
(Local e data: Altiplano da Azóia - Cabo Espichel - Serra da Arrábida; 11 - Fevereiro - 2013)
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terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Na estação das orquídeas (2)

Encontrada, durante esta temporada, mais uma espécie de orquídea silvestre.
Trata-se, desta vez, da Ophrys tenthredinifera Willd. fotografada na zona da Azóia - Cabo Espichel, em 11 deste mês.





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Silene littorea subsp. littorea



Silene littorea Brot. subsp. littorea  
Erva anual (tipo fisionómico: terófito),  pubescente-glandulosa, da família Caryophyllaceae, de pequenas dimensões (até 12 cm), com folhas de oblanceoladas a francamente elípticas, dispostas mais densamente na base; flores rosadas.
Habitat: areais marítimos e dunas.
Distribuição: Litoral da Península Ibérica e do Noroeste de Marrocos. Em Portugal, distribui-se ao longo de todo o litoral, desde o Minho até ao Algarve.
Floração: O período de floração, segundo as fontes consultadas, decorre entre Março e Maio. Todavia, os exemplares fotografados indiciam que a floração, pelo menos, nalguns locais, pode ter início bem antes, ou seja, no final de Janeiro.
(Local e data: plataforma superior da Arriba Fóssil - Fonte da Telha - Costa da Caparica; 29 - Janeiro - 2013)

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Narciso-de-Inverno (Narcissus papyraceus)





Narciso-de-Inverno *(Narcissus papyraceus Ker Gawl.)
Erva vivaz (tipo fisionómico: geófito) bolbosa, da família  Amaryllidaceae, cuja haste floral (robusta e achatada) pode atingir entre 30 a 60 cm. e cujas folhas (oblongas e obtusas) alcançam frequentemente idêntica ou até superior dimensão. As flores de cor branca, surgem agrupadas (6 a 20) em inflorescências terminais, radiadas.
Distribuição: Região Mediterrânica e Macaronésia (Açores e Canárias). A espécie é, no entanto, cultivada como planta ornamental noutros continentes e noutras regiões. Em Portugal continental encontra-se  presente na Beira Litoral, Estremadura, Alto e Baixo Alentejo e Algarve.
Habitat: em geral em sítios húmidos, frequentemente sobre solos básicos.
Floração: de Janeiro a Março.
* Outros nomes comuns: Mijaburro; Narciso-da-serra; Narciso-do-barrocal.
(Local e data: Serra da Arrábida; 2 - Fevereiro - 2013)
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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Na estação das orquídeas

Teve já início uma nova época de floração das orquídeas, visto que duas delas já eu encontrei em plena floração.
A primeira [Himantoglossum robertianum ( Loisel. ) P. Delforge, ainda frequentemente citada pela anterior designação de Barlia robertiana (Loisel.) Greuter]  fotografada na Serra de Arrábida, em 26 de Janeiro. 
A segunda, (Ophrys fusca Link subsp. fusca ) fotografada em 31 de Janeiro, nas proximidades do morro do Cristo-Rei em Almada.
Ei-las:



Salepeira-grande [Himantoglossum robertianum ( Loisel. ) P. Delforge]




Moscardo-fusco (Ophrys fusca Link subsp. fusca )