segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Anagallis tenella






Anagallis tenella (L.) L.*
Erva perene, com caule prostrado, enraizante nos nós, com 7 a 30 cm de comprimento; folhas algo suculentas, com limbo aproximadamente orbicular; flores com corola rosa ou branca, infundibuliforme.
Tipo biológico: hemicriptófito;
FamíliaPrimulaceae
Distribuição: Europa (metade ocidental), Noroeste de África e Macaronésia.
Ecologia: turfeiras; pastagens húmidas; superfícies de escorrência de água; terrenos temporariamente encharcados, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Setembro.
*Sinonímia: Lisymachia tenella L. (Basónimo)
[Local e datas: ilha de S. Jorge (Açores) 23/24 - Julho - 2017]
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domingo, 29 de outubro de 2017

Tormentelo (Thymus caespititius)




Tormentelo *(Thymus caespititius Brot.)
Subarbusto rastejante, cespitoso, estolhoso, com folhas linear-espatuladas, glabras, planas, ciliadas na base ou até metade do seu comprimento; flores bilabiadas, com corola de cor púrpura, por vezes, esbranquiçada.
Tipo biológico: Caméfito
Família: Lamiaceae;
Distribuição: Península Ibérica (Oeste e Noroeste) e arquipélago dos Açores.
Ecologia/habitat: urzais, clareiras de bosques; encostas e outros terrenos declivosos, em zonas de clima húmido onde se faça sentir a influência do Atlântico, a altitudes até 1200m.
Floração: de Maio a Setembro.
* Outros nomes comuns: Alecrim-da-serra; Erva-úrsula.
(Locais e datas: Ilhas de S. Jorge e do Pico (Açores); 23 e 27 - Julho - 2017)
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Adenda:


 [Imagens obtidas no Minho (concelho de Melgaço) em 23 - Junho - 2018  e aditadas em 3 - Julho - 2018] 

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Endémicas dos Açores #25: Conchelo-do-mato (Platanthera pollostantha)





Conchelo-do-mato (Platanthera pollostantha R.M.Bateman & M.Moura)
Reconhecidamente, a flora do arquipélago dos Açores não é especialmente rica em espécies da família das orquídeas (Orchidaceae). De facto, em todo o arquipélago não ocorrem mais que dois géneros da dita família: Serapias e Platanthera. Todavia, se a flora açoriana não é rica em número de espécies de orquídeas, já o mesmo não se pode dizer quando se encara a questão sob o ângulo da  originalidade. É que, na verdade, das cinco espécies de orquídeas existentes nos Açores (2 do género Serapias: S. parvifloraS. cordigera subsp. azorica e 3 do género Platanthera), quatro delas são endémicas do arquipélago: a S. cordigera subsp. azorica; e as três englobadas no género Platanthera.
As populações deste género existentes no arquipélago dos Açores foram objecto de um estudo recente (v. aqui) que conclui pela existência de três espécies diferentes:  P. pollostantha (a que figura nas imagens supra, erradamente designada, antes da revisão sistemática levada a cabo pelo citado estudo, por  P. micrantha), espécie que é, não só a mais comum, mas também a única que ocorre em todas as ilhas; P. micrantha (antes da citada revisão, designada por  P. azorica ), presente apenas em 7 ilhas do arquipélago (São Miguel, Terceira, São Jorge, Pico, Faial, Flores e Corvo; e a raríssima P. azorica, espécie de que se conhecem apenas duas populações: uma circunscrita à cordilheira central da Ilha de S. Jorge e outra reduzida, por ora, a um único exemplar avistado na reserva natural da Caldeira do Faial, na ilha do mesmo nome.
Ecologia/habitat da Platanthera pollostantha:"Zonas declivosas, crateras, prados naturais, taludes, matos de Erica, florestas de Juniperus, antigas plantações de criptomérias"(fonte)
Floração: de Maio a Julho.
(Locais e datas: ilhas de S. Jorge e do Pico; 23/27 - Julho - 2017)

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Endémicas dos Açores #24: Azevinho (Ilex perado subsp. azorica)








Azevinho  [Ilex perado subsp. azorica (Loes.) Tutin]
Árvore dioica,  perenifólia, de média dimensão que pode atingir 8 metros de altura, com folhas brilhantes, inteiras ou escassamente serrilhadas; flores axilares, brancas; frutos (bagas) globosos, de cor a tender para vermelho vivo, na maturação.
Tipo biológico: fanerófito.
FamíliaAquifoliaceae;
Distribuição: Planta endémica dos Açores, presente em todas as ilhas do arquipélago, com excepção da ilha Graciosa. No entanto, a espécie encontra-se ameaçada na ilha de Santa Maria e está em risco de extinção na ilha do Corvo.
Ecologia/ habitat: ocorre sobretudo em florestas de laurissilva a altitudes acima de 500m,  mas pode  também encontrar-se a altitudes mais baixas (superiores a 300m) em pastagens naturais e em bosques onde aparece associada a outras espécies arbóreas, nomeadamente a árvores do incenso (Pittosporum undulatum).
(Locais e datas: Ilhas de S. Jorge e do Pico; de 23 a 30 - Julho - 2017)
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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Endémicas dos Açores #23: Urze (Erica azorica)









Urze, Vassoura, ou Barba-de-mato (Erica azorica Hochst. ex Seub.)
Planta arbustiva, mas que pode atingir o porte de uma árvore com 6 ou 7 metros, permitindo-lhe rivalizar em altura com árvores como o Cedro-do-mato (Juniperus brevifolia), o Louro (Laurus azorica) ou o Azevinho (Ilex perado), com as quais compete, designadamente, no espaço das florestas naturais.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Ericaceae;
Distribuição: Planta endémica dos Açores, presente em todas as ilhas do arquipélago.
Ecologia: ocorre em habitats variados, desde o litoral até a altitudes próximas de 2000m. Dentre a flora nativa, a Erica azorica é uma das espécie mais comuns e, porventura, a mais conhecida em todo o arquipélago. É também considerada pioneira na ocupação de áreas, por uma razão ou outra, despidas de vegetação.
(Locais e datas: ilhas de S. Jorge e do Pico; de 22 a 29 - Julho - 2017)

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Endémicas dos Açores # 22: Tamujo (Myrsine retusa)







Tamujo (Myrsine retusa Aiton)

Arbusto de folha perene, muito ramificado com 1 a 3 metros de altura, com folhas dentadas/serradas; fruto carnudo, arroxeado, arredondado, com uma única semente.
Tipo biológico: fanerófito;
FamíliaPrimulaceae;
Distribuição: Planta endémica dos Açores, presente em todas as ilhas do arquipélago. 
Ecologia/habitat: bosques de Juniperus brevifolia (Cedro-do-mato) Laurus azorica, (Louro) Ilex perado (Azevinho) Erica azorica (Urze); sebes e encostas, desde 300 até  1000m de altitude.
(Local e datas: ilha do Pico; de 28/29/30 - Julho - 2017)
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sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Endémicas dos Açores #21: Louro (Laurus azorica)










Louro, LoureiroLouro-bravo, Louro-da-terra, ou Louro-de-cheiro [Laurus azorica (Seub.) Franco *]
Árvore em geral muito ramificada e com copa densa, que pode atingir até cerca de 8 metros de altura, ou eventualmente um pouco mais, mas que também pode apresentar o porte e a configuração de um qualquer arbusto de média dimensão.
Tipo biológicomesofanerófito
FamíliaLauraceae;
Distribuição: endemismo dos Açores, com presença em todas as ilhas do arquipélago.
Ecologia/habitat: ocorre, geralmente,  a altitudes acima de 500m, em locais húmidos, conquanto também possa encontrar-se em crateras, ribeiras,  bosques e matagais a altitudes um tanto inferiores.
*Sinonímia: Persea azorica Seub. (Basónimo)
(Local e data: Ilha do Pico (Açores); Julho - 2017)
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