(1)
(2)
(3)
(4)
(5)
(6)
(7)
(8)
(9)
(10)
(11)
(12)
(13)
(Asphodelus bento-rainhae P.Silva** subsp. bento-rainhae)
Erva perene, rizomatosa (tipo biológico:
geófito), glabra, com caule liso que pode elevar-se até aos 150cm de altura.
Família: Xanthorrhoeaceae.
É um
endemismo lusitano, com distribuição muito limitada, porque circunscrita à vertente norte da Serra da Gardunha (Beira Baixa) desenvolvendo-se desde os 550 até aos 800 m de altitude, em bosques de carvalhos e de castanheiros, em orlas de cerejais, bermas de estradas e caminhos, em solos com alguma profundidade derivados de xistos e granitos.
Trata-se de uma espécie considerada "Em Perigo Crítico de Extinção" pelos critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) e incluída como Prioritária do Anexo II da Directiva Habitats.
Dentre as características próprias da espécie que mais facilmente permitem distingui-la das congéneres que ocorrem na mesma área de distribuição, a que que oferece ao observador maior certeza é, seguramente, a forma dos frutos (cápsulas mais largas do que compridas, profundamente umbilicadas e acentuadamente trilobadas), forma que os torna inconfundíveis em relação aos frutos de toda a concorrência. Antes da frutificação, a cor das brácteas (negras ou castanho-escuras) é talvez a caraterística própria da espécie mais facilmente perceptível.
Floração: de Abril a Junho.
(* Por estranho que pareça este endemismo português não tem designação comum em língua portuguesa. A adopção de uma designação como a usada no título, "Abrótea-da-serra-da-Gardunha" ou de uma mais simples como "Abrótea-da-Gardunha" não só não tem nenhum inconveniente, como tem inteira justificação, já que "Abrótea" é designação comum das espécies do género Asphodelus e Gardunha é precisamente o local de origem da espécie.)
[Local e datas: Serra da Gardunha; 16 - Abril - 2015 (fotos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 12 e 13); 30 - Abril - 2015 (fotos 7 e 8); 1 - Junho - 2015 ( fotos 9, 10 e 11)].