segunda-feira, 30 de maio de 2022

Lavanda-do-mar (Limonium sinuatum)







Lavanda-do-mar * (Limonium sinuatum (L.) Mill.**)
Planta perene, multicaule, pilosa, com cepa (0,5 a 3 cm); escapo (10 a 40 cm), de ascendente a erecto, direito ou ligeiramente arqueado, piloso, com 4 ligeiras asas onduladas, quase a partir da base; folhas em roseta, pecioladas, por vezes já parcialmente murchas na floração, com limbo, de lirado a profundamente serrado, com pilosidade particularmente acentuada na margens e nervuras; inflorescência sem ramos estéreis, com 6 a 13 espigas divididas em espiguetas contíguas, com 2 a 3 flores, estas com 6 a 7 mm de diâmetro, com cálice formado por tubo com pêlos curtos e limbo enrugado, com margem quase inteira, de cor violácea a azul escura; e com corola com pétalas cuneiformes de cor creme.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Plumbaginaceae;
Distribuição: originária da Região Mediterrânica, mas cultivada como planta ornamental em várias partes do Globo.
Em Portugal é considerada com espécie autóctone, mas, como espontânea, apenas ocorre no Algarve, no concelho de Castro Marim, figurando na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental na categoria (IUCN) de "Em Perigo". Introduzida ocorre, como subespontânea, no arquipélago da Madeira (ilhas da Madeira e de Porto Santo).
Ecologia/habitat: terrenos secos, rochosos, pedregosos ou arenosos, prefrencialmente em zonas costeiras, a altitudes até 700 m.
Floração: de Abril a Agosto.
*Outros nomes comuns: Estatice-dos-jardins; Sempre-viva; Sempre-viva-azul.
** Sinonímia: Statice sinuata L. (Basónimo)
(Avistamento: Porto Santo; 17 - Maio - 2022)
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sábado, 28 de maio de 2022

Goivo-da-rocha (Matthiola maderensis)





Goivo-da-rocha * (Matthiola maderensis Lowe)
Planta bienal ou perene, branco-acinzentada, lanosa, com 30 a 90 cm; caules robustos, lenhificados na base, simples ou, com mais frequência, ramificados; folhas lanceoladas, em geral inteiras, eventualmente, com margens dentadas, as da base dispostas em roseta; flores tetrâmeras, muito perfumadas, com pétalas de cor lilás ou púrpura, raramente brancas, agrupadas em inflorescências terminais; frutos (silíquas) erecto-patentes, geralmente com glândulas amarelas ou pretas.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: planta endémica do arquipélago da Madeira (Madeira; Porto Santo e Desertas).
Ecologia/habitat: sítios secos e rochosos, com preferência por arribas e zonas litorais e, em geral, a altitudes não superiores a 200m.
Floração: de Fevereiro a Setembro.
* Outros nomes comuns: Goiveiro-da-rocha; Cravo-de-burro.
(Avistamento: Ilha de Porto Santo: 17/18 - Maio - 2022)
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quarta-feira, 25 de maio de 2022

Erva-do-orvalho (Mesembryanthemum crystallinum)





Erva-do-orvalho (Mesembryanthemum crystallinum L.)

Erva anual, de cor verde ou avermelhada, coberta por papilas cistalinhas salientes; caule grosso, prostrado, ramificado a partir da base, formando touceiras que podem atingir até 40 cm de diâmetro; folhas mais largas que grossas, achatadas, arredondadas no ápice; flores solitárias, axilares ou dispostas em cimeiras terminais com 3 a 5 flores subsésseis; perianto com tubo subgloboso e 5 tépalas; estaminódios tepalóides maiores que os lóbulos do cálice, brancos, frequentemente rosados no ápice; fruto (cápsula) subgloboso, com 5 lóculos, com cerca de 14 mm de diâmetro no ápice.
Tipo biológico: terófito;
Família: Aizoaceae;
Distribuição: planta originária da África do Sul, ocorre como subespontânea e naturalizada na Região Mediterrânica, Macaronésia, Austrália e Califórnia. Em Portugal ocorre, como espécie introduzida, quer no território do Continente (Algarve, Baixo Alentejo e Estremadura) quer nos arquipélagos dos Açores e da Madeira. Na ilha de Porto do Santo (arquipélago da Madeira) onde as imagens supra foram obtidas, a sua ocorrência é, simplesmente, avassaladora, não havendo praticamente local onde não esteja presente, afectando a flora nativa, merecendo, por isso e a justo título a classificação de planta invasora.
Ecologia/habitat: solos rochosos, pedregosos, arenosos e argilosos, em locais com influência marítima.
Floração: de Março a Novembro.
(Avistamento: Ilha de Porto Santo; 15 - Maio - 2022)
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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Silene nutans subsp. nutans




Silene nutans subsp. nutans L.
Planta perene, algo lenhosa na base, com 15 a 80 cm; caules erectos, com 2 a 5 nós até à inflorescência; folhas inferiores, de espatuladas a lanceoladas, longamente pecioladas, pubescentes; as superiores, lanceoladas; inflorescência lassa, densamente glandulosa; flores com estilete e estames francamente excertos, pêndulas ou patentes na antese, erectas na frutificação; claramente pediceladas, podendo os pedicelos atingir até 25mm; cálice glanduloso, com dentes ciliados; pétalas, em geral, brancas pela frente e verdosas no verso; por vezes purpúreas ou brancas com nervos rosados; limbo bipartido com lóbulos lineares; lígula corolina bipartida com lóbulos lineares; fruto (cápsula) ovóide, com seis dentes patentes; sementes tuberculadas com frente e dorso planos.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família:Caryophyllaceae;
Distribuição: regiões eurosiberiana e mediterrânica e Canárias.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente e tão só nas regiões a norte do Tejo.
Ecologia/habitat: prados e pastagens com algum grau de humidade, orlas de bosque e matagais, fissuras de rochas, em solos ácidos ou básicos, a altitudes até 2100m.
Floração: de Abril a Julho.
[Avistamento: Serrra da Nogueira (Trás-os-Montes); 5 - Junho - 2018]
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