Trevo-escuro (Trifolium nigrescens subsp. nigrescens Viv.)
Erva anual, glabra ou com caules glabrescentes. Caules erectos ou ascendentes, com 5 a 45 cm de comprimento. Folhas alternas, trifoliadas, estipuladas, longamente pecioladas, a ponto de o pecíolo das inferiores poder atingir até 11cm; folíolos obovados ou obcordados, glabros, serrilhados, com dentes espinulosos. Inflorescências pedunculadas, (com 12 a 27 mm de diâmetro, durante a floração e com 10 a 20 mm, na frutificação) umbeliformes, hemisféricas, axilares, com múltiplas flores, com pedicelos desiguais; pedúnculo com 2 a 9 cm. Flores com cálice campanulado, glabro, com dentes desiguais e corola com estandarte livre, de cor branca, rosa ou amarelada, persistente na frutificação e que, com o decorrer do tempo, tende a escurecer.
Tipo biológico: terófito;
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Região Mediterrânica (Sul da Europa; Noroeste de África e Sudoeste da Ásia) e Açores. Introduzida na Amétrica do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre como planta autóctone, quer no arquipélago dos Açores, como ficou dito, quer no território do Continente (Alto Alentejo, Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral, Douro Litoral, Minho e, provavelmente, Algarve e Trás-os-Montes). Não há indicação de ocorrência no arquipélago da Madeira.
Ecologia/habitat: planta ruderal com preferência por terrenos relvados, como prados e pastagens, em solos arenosos, com alguma humidade e nitrificados e, por vezes, pisoteados, a altitudes até 600m.
Floração: de Março a Junho.
[Avistamento: Amora (Seixal); 14 - Março - 2023]
(Clicado nas imagens, amplia)