quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Plantas ornamentais: Urze-de-jardim (Leptospermum scoparium)


Urze-de-jardim (Leptospermum scoparium J.R. Forst. & G. Forst)

Veio de bem longe esta planta ornamental da família Myrtaceae, designada entre nós por Urze-de-jardim (Portugal Botânico de A a Z). De facto, é endémica da Nova Zelândia (nos antípodas) e da Austrália.
É uma espécie de folha perene, com as dimensões dum arbusto (2 a 5 m) podendo, eventualmente, atingir a altura duma pequena árvore (até 15m).
Tem propriedades anti-bacterianas, propriedades que, alegadamente, se transmitem ao mel fabricado pelas abelhas a partir do néctar recolhido nas suas flores.
Floração: de abril a junho.
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terça-feira, 25 de outubro de 2022

Escrofulária (Scrophularia scorodonia)








Escrofulária * (Scrophularia scorodonia L.)
Erva perene, rizomatosa, hirsuta, glandular ao nível da inflorescência, por vezes, aparentemente glabra ou glabrescente. Caules com 30 a 175 cm, densamente pubescentes, com pêlos patentes, multicelulares e unicelulares e, em alguns casos, aparentemente glabros ou glabrescentes a olho nu, mas com revestimento de pêlos de reduzida dimensão (não mais de 0,2 mm); folhas inteiras com nervuras bem marcadas, com limbo rugoso, ovado-lanceolado ou triangular-lanceolado, cordiforme na base, com margem serrada ou crenada; flores com corola bilabiada, agrupadas em inflorescências (com 11 a 115 cm) formadas por cimeiras (em geral com 3 a 14 flores) dispostas ao longo do eixo da inflorescência, eixo que se mostra pubescente glanduloso na parte apical e densamente puberulento o hispídulo na parte restante; frutos sob a forma de cápsula ovóide, esverdeada ou acastanhada; sementes castanho-escuras.
São reconhecidas duas variedades desta espécie: a nominal (var. scorodonia) e a var. glabrescens [descritores: (Cout.) Ortega Oliv. & Devesa] distinguindo-se esta pelo facto de, a olho nú, parecer glabra ou glabrescente, ainda que, na realidade, apresente uma pubescência pouco densa, formada por pêlos de menos de 0,2 mm, ao invés da var. nominal onde se incluem plantas densamente pubescentes, com pubescência bem visível.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Scrophulariaceae;
Distribuição: há que distinguir entre as 2 referidades variedades; a var. glabrescens é considerada como endemismo ibérico do Sudoeste peninsular, com ocorrência em Portugal na Estremadura, Alto e Baixo Alentejo; e a var. scorodonia que ocorre como planta autóctone no Oeste e Sudoeste da Europa (Espanha e Portugal; Sul de Inglaterra e Oeste de França; Noroeste de Marrocos e Região Macaronésia (ocorrência circunscrita, neste caso, aos arquipélagos dos Açores e da Madeira). Em Portugal Continental distribui-se por todo o território ainda que não uniformemente, visto ser bem mais comum nas regiões do Norte e Centro, do que nas regiões a sul do Tejo.
Ecologia/habitat: margens de cursos de água, orlas e clareiras de bosques e matagais; prados húmidos e outros locais frescos e sombrios, a altitudes até 1300. Indiferente á natureza do solo.
Floração: de Março a Setembro.
* Outros nomes comuns: Trolha; Japão.Trolha
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sábado, 22 de outubro de 2022

Cheflera (Schefflera arboricola)



 

Cheflera * [Schefflera arboricola (Hayata) Merr.]
Arbusto ou pequena árvore que pode desenvolver-se, quer a partir do solo, quer como epífita, atingindo, no máximo, 9 m de altura. Possui folhas persistentes, palmatiformes, compostas por 7 a 9 folíolos peciolulados, coriáceos, de margem inteira; flores de reduzida dimensão (4 a 5 mm) pentâmeras, hermafroditas, agrupadas em inflorescências em panícula composta por numerosas umbélulas com 5 a 10 flores cada uma. Frutos (drupa) amarelo-alaranjados, com cerca de 5 cm de diâmetro, não comestíveis.
Tipo biológico: fanerófito:
Família: Araliaceae;
Distribuição: planta nativa da Ilha Formosa (Taiwan) e da provícia chinesa de Hainan. Introduzida e cultivada actualmente noutras regiões para fins ornamentais, sendo usada quer como planta de jardim, quer como planta de interiores.
*Outros nomes comuns: Cheflera-pequena; Árvore-guarda-chuva-anã.
Toxicidade: há alegações no sentido de que se trata de planta tóxica.
(Avistamento: Costa da Caparica; 24 - Agosto - 2022)
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quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Fentilho (Asplenium billotii)





Fentilho (Asplenium billotii F.W.Schultz)
Feto com rizoma com escamas linear-lanceoladas ou simplesmente lineares nas partes mais jovens; frondes com 10 a 30 cm, com pecíolo brilhante, de verde a castanho avermelhado, igual ou mais curto que a lâmina; esta ovado-lanceolada ou oblongo-lanceolada, em geral, bipinada, de cor verde intenso, com consistência mais ou menos coriácea, com ráquis verde, mas castanho avermelhada na base; pinas (até 20 pares) curtamente pecioladas ou subsésseis, de ovado-oblongas a ovado-lanceoladas; pínulas (6 a 9 pares) de ovadas a ovado-lanceoladas; soros oblongos inseridos na proximidade das margens das pínulas, característica que permite distinguir com facilidade esta espécie da congénere A. adiantum-nigrum, em que os soros surgem na proximidadae da nervura média.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Aspleniaceae;
Distribuição: Europa atlântica; Oeste da Região Mediterrânica e Macaronésia (com excepção de Cabo Verde)
Em Portugal, ocorre em todas as regiões do Continente e também nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: fendas de rochas, taludes e muros, em locais sombrios e frescos, geralmente em solos siliciosos a altitudes até 1000 m.
Reprodução: ocorre ao longo de todo o ano, mas com maior intensidade de Março a Setembro.
[Avistamento: Troviscal (Sertã); 11/19 - Abril - 2020]
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sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Arabis planisiliqua







Arabis planisiliqua (Pers.) Rchb.
Planta bienal, unicaule ou, frequentemente, pluricaule, com 30 a 80 cm, com indumento formado por pêlos estrelados, sésseis ou subsésseis; caules simples ou ramificados na parte superior; folhas com margem inteira ou serrado-crenada; as inferiores dispostas em roseta, com pecíolo largo; as caulinares lanceoladas, sagitadas ou auriculadas na base; flores agrupadas (20 a 40) em inflorescências em cacho, glabro; pedicelos rectos, erectos muito próximos do eixo do cacho, na frutificação; sépalas elípticas. glabras; pétalas brancas com o ápice arrendondado; estigma cilíndrico; frutos (silíqua) com sementes planas e com margem alada.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: Sudoeste da Europa.
Em Portugal esta espécie ocorre apenas no território do Continente, estando circunscrita à Estremadura, Ribatejo, Beira Litoral e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: clareiras de matos e fissuras de rocha, em substratos calcários ou, menos frequentemente, quartzíticos, a altitudes até 1150m.
Floração: de Março a Julho.
(Avistamento: Minde (Serra d'Aire); 3 - Maio - 2022)
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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Rorippa palustris






Rorippa palustris (L.) Besser
Erva anual ou perenizante, com 10 a 100 cm; caules geralmente erectos e ramificados; folhas pecioladas; as basais dispostas em roseta e não persistentes após a floração; as caulinares com pecíolo alado e limbo penatipartido, com 2 a 6 pares de segmentos laterais e um terminal muito maior; inflorescências em cacho, sem brácteas: flores com corola formada por 4 pétalas amarelas (dispostas em cruz como é típico das plantas da mesma família) ligeiramente mais compridas ou mais curtas que as sépalas; pedicelos erecto-patentes, com frequência recurvados, tal como os frutos; estes em forma de siliqua contendo sementes dispostas em 2 ou 3 filas em cada lóculo.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae);
Distribuição: planta nativa da Europa, Ásia e América do Norte. Naturalizada em África, Oceania, América Central e América do Sul.
Ecologia/habitat: margens de rios e outros cursos de água e seus leitos de cheia e outros lugares húmidos ou encharcados, a altitudes até 800m.
Floração: de Abril a Setembro.
(Avistamento: Rio Ocreza; 11 - Agosto - 2022)
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domingo, 9 de outubro de 2022

Maónia (Mahonia aquifolium)



Maónia ou Uva-do-Oregon [Mahonia aquifolium (Pursh) Nutt. *]

Arbusto de folha perene e copa arredondada que pode atingir até 2 metros de altura, com folhas coriáceas, com margem levemente espinhosa, algo semelhantes às do azevinho; flores amarelas agrupadas em inflorescências em cacho; frutos de cor azul escura muito decorativos.
Tipo biológico: fanerófito:
Família: Berberidaceae;
Distribuição: planta nativa do Noroeste dos Estados Unidos da América, entretanto naturalizada em vários países, como o Canadá e Nova Zelãncia e cultivada noutras regiões, para fins ornamentais.
*Sinonímia: Berberis aquifolium Pursh (Basónimo)
(Avistamento: Bragança; 21 - Junho - 2019)
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sábado, 8 de outubro de 2022

Helianthemum apenninum subsp. stoechadifolium





Helianthemum apenninum subsp. stoechadifolium (Brot.) Samp.
Subarbusto com 7 a 42 cm, de aspecto esverdeado, cinzento ou branco-acinzentado, cespitoso, com caules de ascendentes a suberectos, pubescentes ou tomentosos; folhas de elípticas a lineares, frequentemente com margem revoluta; inflorescências simples, pouco densas, com 2 a 10 flores; botões florais ovóides ou ovóide-cónicos; pétalas amarelas ou alaranjadas; fruto (cápsula) ovóide-esferoidal densamente pilosa.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Cistaceae;
Distribuição: Centro e Oeste da Região Mediterrânica.
Em Portugal está presente apenas no território do Continente e com ocorrência limitada ao Baixo Alentejo, Estremadura e Trás-os-Montes, ocorrência que é duvidosa na Beira Alta.
Ecologia/habitat: tomilhais e outros matos baixos, em vários tipos de substratos, arenosos ou pedregosos ou rochosos, a altitudes até 1600m.
Floração: de Março a Julho.
Nota: figura na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental onde é incluída na categoria (IUCN) de "Quase ameaçada".
[Avistamento: Serras de Montesinho e da Nogueira (Trás-os-Montes); 16/18 - Junho - 2019]
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quinta-feira, 6 de outubro de 2022

Genista micrantha

Genista micrantha Ortega

Subarbusto com 15 a 40 cm, com cepa grossa, muito ramificado a partir da cepa, com ramos prostrado- ascendentes; folhas alternas, sem estípulas; flores com corola amarela agrupadas em inflorescências em cacho dispostas no ápice dos ramos; frutos ovóides, glabros, terminando em pico.
Tipo biológico: caméfito;
Família: Fabaceae /Leguminosae;
Distribuição: endemismo ibérico com ocorrência limitada à metade norte da Penìnsula Ibérica.
Em Portugal encontra-se apenas na Beira Alta, Minho e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: prados, pastagens e matos baixos, em locais húmidos, em zonas de montanha, a altitudes desde 700 a 1600 m.
Floração: de Maio a Setembro.
[Avistamento: Serra de Montesinho (Bragança - Trás-os-Montes); 20 - Junho - 2019]
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segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Dasiphora fruticosa




Dasiphora fruticosa (L.) Rydb. *
Pequeno arbusto de copa arredondada, muito ramificado que, por via de regra. não ultrapassa um metro de altura, com folhas penatissectas, caducas. Flores [solitárias ou dispostas 2 a 2 em grupos axilares ou agrupadas (4 a 15) em cimeiras] com 5 pétalas amarelas, sendo, porém, certo que existem cultivares com pétalas com outras cores.
Tipo biológico: fanerófito.
Família: Rosaceae;
Distribuição: planta circumboreal, distribuindo-se pela Europa, Ásia e América do Norte. Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada para fins ornamentais.
*Sinonímia: Potentilla fruticosa L. (Basónimo)
(Avistamento: Bragança; 21 - Junho - 2019)
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