terça-feira, 30 de maio de 2023

Ineixas (Hirschfeldia incana)







Ineixas [Hirschfeldia incana (L.) Lagr.-Foss. *]

Planta anual ou perenizante, com revestimento de pêlos simples. Possui caule muito ramificado, folhoso, com pilosidade densa, podendo atingir até 120-140 cm de altura; folhas inferiores dispostas em roseta, lirado-penatissectas, com 4 a 6 segmentos laterais e um terminal, ovado, dentado; as superiores muito mais pequenas, menos divididas, de lanceoladas a lineares, sésseis; flores agrupadas em cachos numerosos e compridos, sem brácteas, formando um conjunto muito emaranhado à medida do avanço da floração e da frutificação. As flores apresentam pedicelos curtos e tão grossos quanto a base dos frutos; sépalas erectas (3 a 4 mm), com as laterais gibosas na base; pétalas (4) (com 6 a 9mm), unguiculadas, de cor amarelo-pálida. Frutos sob a forma de silíqua, com 2 segmentos (porção valvar com 4 a 6 sementes em cada lóculo e o rostro, geralmente mais curto que a porção valvar, umas vezes, direito e outras vezes retorcido.
Tipo biológico: terófito ou hemicriptófito;
Família: Brassicaceae (Cruciferae)
Distribuição: planta oiginária das regiões mediterrânica e irano-turânica. Entretanto introduzida em muitas outras regiões.
Em Portugal ocorre como espécie autóctone em todo o território do Continente e no arquipélago da Madeira. Presente também no arquipélago dos Açores como espécie introduzida.
Ecologia/habitat: planta ruderal, frequente em bermas de estradas e caminhos, taludes, baldios, campos agrícolas abandonados e em cultivo, a altitudes até 2200 m.
Floração: de Março a Agosto.
* Sinonímia: Sinapis incana L. (Basónimo)
(Avistamento: Parque da Paz - Almada; 9 - Maio - 2023)
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sexta-feira, 26 de maio de 2023

Malvão (Lavatera cretica)











Malvão * (Lavatera cretica L.)
Planta anual ou bienal, com alguma pilosidade em partes jovens, bem como em pecíolos, pedúnculos e epicálice, formada por pêlos estrelado-pubecentes ou hispídulos. Possui caule simples, ou, mais comummente, ramificado, erecto ou ascendente, podendo alcançar até 2 m de altura; folhas pecioladas, com limbo cordiforme-orbicular que, nas inferiores, pode atingir até 20 cm de diâmetro, com 5 a 7 lóbulos pouco profundos, arredondados e crenado-dentados. Flores agrupadas (2 a 8) em fascículos axilares, com pedúnculos desiguais, mais curtos que o pecíolo da folha axilante;  epicálice com 3 peças quase livres entre si, mais curtas que o cálice; este formado por cinco sépalas triangular-ovadas terminando em ponta curta, algo acrescentes e convergentes na frutificação; pétalas (5) 2 a 3 vezes mais compridas que as sépalas, profundamente emarginadas, de cor rosa ou violácea; fruto múltiplo (esquizocárpico) com 7 a 9 mericarpos convexos, lisos ou ligeiramente rugosos no dorso, em geral, amarelados.
Tipo biológico: fanerófito ou hemicriptófito;
Família: Malvaceae;
Distribuição: Sul e Oeste da Europa; Norte de África; Sudoeste da Ásia. Introduzida e naturalizada na África do Sul e América do Norte. 
Em Portugal ocorre como planta autóctone em todas as regiões do Continente, embora de forma irregular e descontínua, sendo rara na Beira Alta e em Trás-os-Montes. Como espécie introduzida está também presente nos arquipélagos da Madeira e dos Açores.
Ecologia/habitat: planta ruderal, frequente em bermas de estradas e caminhos, taludes, campos cultivados e incultos, baldios, e mesmo junto de depósitos de entulhos, a altitudes até 800m.
Floração: de Março a Julho.
* Outros nomes comuns: Malva; Malva-alta; Malva-bastarda.

terça-feira, 23 de maio de 2023

Opuntia leucotricha







Opuntia leucotricha DC.
Arbusto ou pequena árvore que, por via de regra, não ultrapassa 5 m de altura. Cladódios ovados ou obovados, com revestimento de pêlos eriçados com cerca de 1 cm de comprimento e espinhos aguçados com cerca de 3 cm de comprimento, estruturas que surgem neste tipo de plantas (vulgarmente designadass por cactos) em substituição das folhas ou como folhas transformadas. Flores amarelo-esverdeadas com 4 a 8 cm de diâmetro. Frutos comestíveis, com  4 a 6 cm de diámetro, de cor rosada ou verde-amarelada.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Cactaceae;
Distribuição: planta endémica do México. Introduzida para fins ornamentais na Europa (Portugal, Espanha e Itália, designadamente), Ilhas Canárias, Africa do Sul, Ilhas Galápagos e Estados Unidos da América, sendo actualmente considerada como planta invasora na Flórida. Em Portugal, se não estou em erro, apenas cocorre como planta cultivada.
Em Portugal encontra-se em floração nesta altura.
[Avistamento: Trafaria (Almada); 23 - Maio - 2023 (as 5 primeiras fotos); 4 - Janeiro - 2023 (as 2 últimas)]
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sábado, 20 de maio de 2023

Leiteira-amarela (Euphorbia flavicoma subsp. flavicoma)

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Leiteira-amarela (Euphorbia flavicoma subsp. flavicoma DC.)
Planta perene, rizomatosa, subarbustiva, frequentemente multicaule, com caules erectos ou decumbentes, raramente ultrapassando 35 cm de altura; folhas polimorfas (desde ovadas, elípticas, rombico-elípticas, a obovadas ou oblanceoladas), frequentemente glaucas e serrilhadas na metade superior; pleiocásio com 3 a 5 raios, bifurcados 1 a 3 vezes; brácteas pleiocasiais elípticas ou rômbico-elípticas, inteiras ou pouco denticuladas; brácteas dicasiais, elípticas, rômbico-elípticas ou obovadas, obtusas, livres; cíato séssil, com nectários sem apêndices, inicialmente amarelados e, no final, avermelhados; fruto sob a forma de cápsula subglobosa a ovóide, ligeiramente sulcada, com 3 lóculos arredondados, com abundantes verrugas semi-esféricas na superfície.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Euphorbiaceae;
Distribuição: planta endémica da Península Ibérica, só recentemente encontrada em Portugal por Miguel Porto (em Maio de 2017) sendo apenas conhecida uma única subpopulação, com 2 núcleos, nas proximidades de Arruda dos Pisões e Tremês.
Ecologia/habitat: "clareiras e orlas de matos, taludes em semi-sombra e sob coberto de pinhal, em encostas calcárias margosas muito secas." (fonte)
Floração: de Abril a Julho.
Nota: incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental, onde é  classificada como "Vulnerável" de acordo com  critérios da IUCN em matéria de risco de extinção 
[Avistamentos: Arruda dos Pisões (Rio Maior); 13 - Maio - 2018 (Fotos 1 a 8); 4 - Abril - 2018 (fotos 9 e 10)]
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domingo, 14 de maio de 2023

Alho-social (Tulbaghia violacea)




Alho-social *(Tulbaghia violacea Harv.)
Planta bulbosa, perene, cespitosa, podendo atingir até 60 cm de altura. Possui folhas lineares, algo carnosas; flores tubulares, de cor lilás, rosa, ou mesmo branca, agrupadas em inflorescências terminais, longamente pedunculadas; frutos com a forma de cápsulas triangulares que, na maturação, libertam as sementes pretas que elas contêm.
Tipo biológico: geófito;
Família:Amaryllidaceae;
Distribuição: planta originária da África do Sul, entretanto introduzida e cultivada em ambos os hemisférios, principalmente para fins ornamentais.
Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada.
Floração (em Portugal): de Maio a Setembro.
* Outros nomes comuns: Tulbagia; Agapanto-rosa.
Nota: é considerada como planta comestível, sendo as suas folhas usadas, sobretudo em saladas, como substituto do alho e da cebola. Não parece, no entanto, que tal uso seja comum em Portugal.
(Avistamento: Cova da Piedade - Almada; 10 - Maio - 2023
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quinta-feira, 11 de maio de 2023

Silene-das-areias (Silene psammitis subsp. psammitis)



Silene-das-areias (Silene psammitis subsp. psammitis Link ex Spreng.)
Erva anual, algo verdosa, pubescente-glandulosa, com 6 a 40 cm de altura. Caule, em geral, ramificado desde a base, com revestimento de pêlos glandulíferos, patentes; folhas inferiores em geral oblanceoladas, raramente lineares; as superiores de lanceoladas a linear-lanceoladas; flores agrupadas em monocásios, raramente solitárias; cálice com até 24mm, subcilíndrico durante a antese, muito inflado na frutificação; pétalas com limbo obcordado, rosado; fruto (cápsula) ovóide, com dentes ultrapassados pelos do cálice em menos de 3mm.
Tipo biológico: terófito.
FamíliaCaryophyllaceae;
Distribuição: planta endémica do Centro e Oeste da Península Ibérica, com ocorrência em Portugal circunscrita ao Algarve, Alto e Baixo Alentejo, Estremadura, Beira Baixa, Beira Alta e Trás-os-Montes.
Ecologia/habitat: prados e pastagens em solos derivados de granitos e xistos, a altitudes até 1500m.
Floração: de Março a Junho.
[Avistamento: ribeira da Foupana - Odeleite (Algarve); 25 - Março - 2023]
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quarta-feira, 10 de maio de 2023

Alfeneiro-da-China (Ligustrum sinense)






Alfeneiro-da-China ou Ligustro-da-China  (Ligustrum sinense Lour.)
Arbusto de folha caduca, com 2 a 7 m de altura. Caule muito ramificado, com ramos flexíveis; folhas opostas, pecioladas, inteiras, verdes, brilhantes; flores numerosas, com pétalas brancas, agrupadas em inflorescências em cacho; fruto (drupa) subgloboso com 5 a 8 mm de diâmetro. É considerado venenoso.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Oleaceae;
Distribuição: planta originária do Leste da Ásia (China, Taiwan, Laos e Vietname). Introduzida e naturalizada no Sul de África, na Austrália e Nova Zelândia e no Sudeste dos Estados Unidos da América, sendo aqui tida na conta de planta invasora.
Em Portugal ocorre apenas como planta cultivada
Floração (em Portugal): de Março a Junho.
Notas:
1.´É utilizada como planta ornamental, incluindo, frequentemente, na construção de sebes.
2. O descritor acima identificado abreviadamente por Lour. foi o jesuíta português João de Loureiro (n. Lisboa, 1710 – m. Lisboa, 1791)  missionário e, ao mesmo tempo, médico, botânico e paleontologista.
(Avistamento: Almada; 10 - Maio - 2023)
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segunda-feira, 8 de maio de 2023

Bérberis (Berberis thunbergii)




Bérberis * (Berberis thunbergii DC.)
Pequeno arbusto lenhoso, de folha caduca, muito ramificado, com ramos espinhosos, de copa arredondada, que pode atingir até 2 m de largura e outros tantos de altura; folhas inteiras, de cor desde o verde escuro ao avermelhado ou púrpura; flores amarelas agrupadas em cachos pendentes; frutos (bagas) vermelhos na maturação.
Tipo biológico: nanofanerófito;
Família: Berberidaceae;
Distribuição: planta originária do Sul do Japão, naturalizada na Europa (Centro), Estados Unidos da América e Canadá.
Em Portugal, ocorre como planta ornamental cultivada.
Floração (em Portugal): ao longo da Primavera.
* Outros nomes comuns: Uva-espim-do-Japão; Uva-espim-dos-jardins.
[Avistamento: Almada (Jardim do Castelo); 8 - Maio - 2023]
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