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Galeopse (Galeopsis tetrahit L. subsp. tetrahit)
Erva anual (tipo fisionómico: terófito) da família Lamiaceae, com caule erecto, mais ou menos ramificado, de secção quadrangular, revestido de pêlos rígidos, que pode atingir até 130 cm; com folhas revestidas de pêlos nas duas faces do limbo (mais compridos na superior e mais curtos na inferior), opostas, ovado-lanceoladas, dentadas; flores com corola branca ou levemente rosada, bilabiada, com o lábio inferior com manchas amareladas raiadas de púrpura e branco, dispostas em verticilos próximos entre si, na parte apical e mais afastados na base.
Distribuição: Espécie nativa de boa parte da Europa e da Ásia, encontra-se naturalizada na América do Norte. Na Península Ibérica, segundo a Flora Ibérica, a espécie está presente apenas no Norte da Península e, segundo a mesma fonte, em Portugal, a sua ocorrência está limitada às regiões do Minho e Trás-os-Montes, tese que o aparecimento dos exemplares das imagens vem, no entanto, contrariar. Trata-se, com efeito de espécimes fotografados em dois anos consecutivos (Junho de 2011 - fotos 1 a 5 - e Agosto de 2012 - foto 6) nas margens do Rio Côa, nas proximidades da povoação de Rapoula do Côa, concelho do Sabugal, concelho que é situado no limite sul da Beira Alta.
As plantas foram fotografadas por mim, mas o mérito da identificação das plantas em questão cabe por inteiro ao Miguel Porto, responsável pela concepção e programação do portal da SP Botânica, Flora. on. Foi ele, de facto, quem fez o favor e teve todo o trabalho de as identificar, através de fotografias por mim enviadas.
Em todo o caso, a ocorrência da espécie, em Portugal, deve ser rara, pois a "Flora Digital de Portugal" não inclui nem sequer o género Galeopsis e, por outro lado, no portal Flora.on, os únicos registos existentes, até ao momento, são os resultantes das referidas observações.
Habitat: em geral, locais frescos e sombrios, em comunidades nitrófilas. Indiferente edáfica, mas algo silicícola.
Habitat: em geral, locais frescos e sombrios, em comunidades nitrófilas. Indiferente edáfica, mas algo silicícola.
Floração: atendo-me apenas às datas de obtenção das fotos supra, diria eu que a floração decorre, pelo menos, entre Junho e Agosto.
(Clicando nas imagens, amplia)
2 comentários:
Muito boa descoberta. Sabugal parece cheio de surpresas, mas, como sempre nestas coisas, é preciso olho atento e dedicação para as descobrir. O género Galeopsis até tem bastantes espécies, mas tirando essa nenhuma chegou cá. Nas nossas andanças pelo norte do país nunca a vimos, havendo porém notícias dela para os lados de Bragança.
Paulo, o mérito da descoberta pertence por inteiro ao Miguel Porto, pois, sem a sua intervenção, as fotografias não teriam saído dos meus ficheiros, como tantas outras. Outro tanto não direi das muitas descobertas feitas pelo Paulo e pela Maria, uma dupla magnífica a quem a botânica portuguesa já deve muito. Abraço.
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