segunda-feira, 29 de julho de 2024

Agrião-da-estrela (Murbeckiella boryi)





Agrião-da-estrela [Murbeckiella boryi (Boiss.) Rothm. *]
Erva perene, unicaule ou multicaule, com caules que podem atingir até 25 cm; folhas basais (numerosas) inteiras ou divididas superficialmente; folhas caulinares (raras) penatífidas ou penatissectas; flores com pétalas brancas, agrupadas em inflorescências em cacho, desprovidas de brácteas; frutos (silíquas) com 10 a 25 mm de comprimento.
Em Portugal ocorre uma outra espécie do mesmo género, com "hábito" muito semelhante: Murbeckiella sousae. Para distinguir as duas espécies o portal da SPBotânica (Flora.on) sugere que se atente: i) na forma das folhas basais (as da M. boryi são, em geral e ao contrário das da M. sousae, "inteiras ou só superficialmente divididas"); e ii) no comprimento dos frutos (os da M. boryi com 10 a 25 mm de comprimento, são bem mais curtos que os da congénere, com 30 a 50 mm). Um outro dado pode servir para remover eventuais dúvidas: a M. sousae não ocorre a altitudes superiores a 1300m e, ao invés, a M. boryi só surge altitudes a partir de 1300m.
Tipo biológico: caméfito.
Família: Brassicaceae / Cruciferae;
Distribuição: planta com ocorrência limitada à Península Ibérica e Norte de África. Em Portugal a ocorrência da espécie está concentrada nas serras da Estrela, do Gerês e do Marão, sendo a subpopulação da serra da Estrela muito mais numerosa que as restantes.
Ecologia/habitat: fissuras de rochas siliciosas em zonas montanhosas, a altitudes desde 1300m a 3300 m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Sinonímia: - Cardamine boryi Boiss. (Basónimo)
Nota: espécie incluída na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental (LVFVPC) na categoria (IUCN) de "QUASE AMEAÇADA"
(Avistamento: Serra da Estrela; 7 - Junho - 2016)

sexta-feira, 19 de julho de 2024

Orvalhinha (Drosera intermedia)






Orvalhinha; Rorela; Rorela-de-folhas-compridas (Drosera intermedia Hayne)

Erva perene (tipo biológicoHemicriptófitoHelófito) da família das Droseraceae, plantas "de hábito carnívoro, as quais obtêm parte de seus nutrientes (...) por meio da digestão enzimática de insetos" (fonte).
Distribuição:América do Norte; Centro e Oeste da Europa; Ásia Menor. 
Em Portugal ocorre apenas em parte do território do Continente e, nomeadamente, no Alentejo, Estremadura, Beira Baixa, Beira Litoral, Douro Litoral e Minho.
Ecologia/habitat: turfeiras, pequenas lagoas, charcos e terrenos inundados ainda que temporariamente, a altitudes até 1800m.
Floração: de Junho a Agosto.
(Avistamento: Pombal; 2 - Julho - 2024)

quinta-feira, 18 de julho de 2024

Cravina-vulgar (Petrorhagia nanteuilii)







Cravina-vulgar [Petrorhagia nanteuilii (Burnat) P.W.Ball & Heywood *]

Planta anual, com caules glabros ou rugoso-pubescentes com até cerca de 60 cm de altura; folhas caulinares lineares, rugosas na margem; inflorescência capitada, por vezes, reduzida a uma única flor, com brácteas ovadas, as internas obtusas ou mucronadas; flores hermafroditas, hipóginas; cálice com 12 a 25 mm, com dentes trinérvios; 5 pétalas rosadas ou purpúreas, excepcionalmente brancas, com limbo obcordado ou bífido, com uma mancha ao longo da base do nervo médio; fruto sob a forma de cápsula oblonga com sementes tuberculadas.
Tipo biológico: terófito;
Família: Caryophyllaceae;
Distribuição: Europa Ocidental; Noroeste de África e Macaronésia (arquipélagos das Canárias e da Madeira); introduzida na Austrália, Grã Bretanha e América do Norte.
Em Portugal está presente, como planta autóctone, não apenas na Madeira, mas também em todo o território do Continente.
Ecologia/habitat: solos arrenosos, em substrato ácido ou neutro, em locais mais ou menos ruderalizados, a altitudes até 1700m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Sinonímia: Dianthus nanteuilii Burnat
(Avistamentos: Pragal - Almada; Maio - 2024)

domingo, 14 de julho de 2024

Plantas ornamentais: Eryngium planum






Eryngium planum L.
Planta perene, com cerca de 50 cm de altura; caule erecto, ramificado pelo menos na parte superior; folhas basais inteiras ou serrado/crenadas; limbo com cerca de 10 a 15 cm de comprimento por 7 a 8 de largura; flores de reduzida dimensão, hermafroditas, pentâmeras, roxas ou azuladas, agrupadas em inflorescências terminais, aproximadamente esféricas, protegidas por 5 a 8 brácteas mais ou menos espinhosas, com até 6 cm de comprimento.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Apiaceae (Umbelliferae);
Distribuição: planta nativa da Europa (Centro, Leste e Sudeste) e da Ásia Central. Introduzida e cultivada noutras partes do globo como planta ornamental.
Ecologia/habitat: terrenos húmidos, em solos arenosos, nos locais de origem.
Floração: de Junho a Setembro.
(Avistamento: Almada; 13 - Julho - 2024)

quinta-feira, 11 de julho de 2024

Alfafa-amarela (Medicago falcata)




 Alfafa-amarela *(Medicago falcata L.)
Erva perene, erecta ou ascendente, muito ramificada, sedosa; caules com 30 a 70 cm, lenhosos na base; folhas trifolioladas; as inferiores com folíolos ovado-oblongos; as superiores com folíolos linear-acuneados; inflorescências pedunculadas, com pedúnculo maior que a folha adjacente, com flores numerosas agrupadas em cachos densos; flores com cálice pubescente, não glanduloso e corola amarela, com 7,5-10 mm; fruto (vagem) pubescente, falciforme ou formando quase uma espira completa.
Tipo biológico: caméfito:
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Centro e Sul da Europa; Sibéria; Ásia (Centro e Oeste e Índia); Norte de África (Marrocos). Introduzida e naturalizada na Austrália e no Sul de África.
Em Portugal tem ocorrência limitada ao território do Continente (Alto Alentejo e Estremadura) onde, todavia, não parecem ser numerosos os registos de avistamentos.
Ecologia/habitat: terrenos nitrificados, com preferência por substratos arenosos, gessosos ou margoso-calcários, a altitudes até 1500m.
Floração: de Abril a Agosto.
* Outros nomes comuns: Cassoa; Luzerna-de-sequeiro; Melga-dos-prados.
[Avistamentos: Pragal (Almada); de 3 Maio a 17 Junho - 2024]