Consolda * (Symphytum officinale L.)
Erva perene, com 10 a 50 cm; caules erectos, alados, híspidos; folhas caulinares sésseis, decurrentes; flores com corola rosada ou violeta, agrupadas em inflorescências ramificadas paniculiformes.
Tipo biológico: hemicriptófito;
Família: Boraginaceae;
Distribuição: grande parte da Europa e Oeste da Ásia (Turquia). Naturalizada em muitas partes do globo.
A presença desta espécie em território português, como planta cultivada, é certa**, mas a sua ocorrência como planta autóctone é tida como duvidosa, admitindo-se, como possível a sua existência (aparentemente não confirmada) no Minho.
Ecologia/habitat: relvados húmidos e margens de cursos de água, em substratos ácidos, a altitudes desde 100 a 1200 m.
Floração: de Março a Julho.
Fitoterapia: o uso da planta em fitoterapia tem uma larga tradição, quer por via interna (designadamente, no tratamento de gastroenterites, úlceras pépticas e cólon irritável), quer externamente (inflamações cutâneas, pele seca, contusões, distensões musculares e luxações, entre outras). No entanto, o uso por via interna é perigoso, visto que a planta, devido à presença de alcalóides pirrolizidínicos, é hepatotóxica. No Brasil, o uso por via interna é mesmo interdito.
*Outros nomes comuns: Consolda-maior; Consólida-maior; Orelha-de-asno; Orelha-de-burro; Confrei.
** As plantas supra foram fotografadas no jardim existente na Casa da Cerca, em Almada, incluídas numa coleção intitulada "O Chão das Artes" dedicada a plantas utilizadas em tinturaria. De acordo com a informação recolhida no local, as folhas e o caule da Consolda tingem de amarelo as fibras naturais.