(1. A planta)
(2. Espiga madura)
(3. Espiga desfolhada - "maçaroca")
À pergunta formulada em título (sugerida pela expressão "milho-rei") há que responder afirmativamente, pois o
Milho (
Zea mays L.), planta da família
Poaceae, originária da América (os autores tendem a considerar como local de origem e de dispersão o vale de Tehuacán, Estado de Puebla, no México actual) é, presentemente, o cereal com maior produção em todo o mundo.
Foi introduzido na Europa, através da Espanha, ainda no século XVI, após o descobrimento da América, mas só assumiu grande importância como planta alimentar a nível mundial, ao longo do século XIX.
Como se pode ver pela imagem supra (foto 1) a planta apresenta inflorescências masculinas e femininas separadas: no topo surge a inflorescência masculina (designada vulgarmente por "bandeira" ou "pendão") enquanto uma ou mais inflorescências femininas aparecem a meio da planta sob a forma de espigas que, depois de maduras, apresentam a forma supra (foto 2.) e, uma vez desfolhadas, o aspecto da foto 3.
O Milho é actualmente cultivado para a produção de forragem para alimentação animal, mas sobretudo para aproveitamento dos seus grãos utilizados na alimentação animal (em espécie, ou sob a forma de rações), e na alimentação humana, após a sua transformação em farinha que é usada em culinária na confecção de variados pratos (p.e. papas de milho) e no fabrico do pão que, entre nós, é designado por broa. A espigas e os grãos de milho, antes de atingirem a maturação, também são objecto de consumo humano: aquelas, designadamente, sob a forma de "pickles" e os grãos, geralmente, como acompanhamento de outros alimentos, embora não só. De facto, as "maçaroças" assadas na brasa são um belíssimo acepipe. Quem nunca comeu, não sabe o que perdeu. Isto digo eu, por experiência pessoal.
O Milho está actualmente no centro de uma acesa controvérsia a propósito do cultivo e utilização de
alimentos trangénicos, pois é, porventura, a espécie mais sujeita a transformações genéticas, controvérsia que está para "lavar e durar" sobre os benefícios (que serão alguns) e os danos (porventura maiores e mais graves) atribuíveis aos organismos geneticamente modificados.
(Clicando nas imagens, amplia)