terça-feira, 14 de outubro de 2025

Cambroeira (Lycium europaeum)

 





Cambroeira * (Lycium europaeum L.)

Arbusto com copa algo irregular, podendo atingir até 3 m de altura; caule muito ramificado, com ramos protegidos por espinhos robustos; folhas alternas ou agrupadas em fascículos; flores hermafroditas, pediceladas, solitárias ou agrupadas (2 a 4) em fascículos, com corola hipocrateriforme, de cor esbranquiçada, com manchas de cor violeta, passando a creme, depois de seca; fruto (baga) esférico, avermelhado, quando maduro, com 5 a 6 mm de diâmetro.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Solanaceae;
Distribuição: Região Meditterânea; Sudoeste da Ásia e arquipélago da Madeira. Em Portugal Continental, pelos registos conhecidos, a sua ocorrência parece limitada ao Algarve, Alentejo e Estremadura.
Ecologia/habitat: sebes, taludes; bermas de estradas e caminhos eoutros sítios ruderalizados, em solos nitrificados, a altitudes até 1100m.
Floração:  dispersa ao longo de quase todo o ano.
* Outros nomes comuns: Cambroeira-bastarda; Espinheiro-alvar-na-casca; Espinheiro-de-casca-branca.
(Avistamento: Cacela a Velha (Algarve); 14 - Outubro - 2021)

sábado, 11 de outubro de 2025

Plantas exóticas: Zygophyllum fabago

 







Zygophyllum fabago L.
Erva perene, glabra, algo suculenta, com caules ramificados. ascendentes ou decumbentes, com 40 a 80 cm; folhas opostas, bifolioladas; flores axilares, pentâmeras, com cerca de 1,5 cm de diâmetro; fruto sob a forma de cápsula oblonga, pendente, com sementes acastanhadas e fortemente comprimidas.
Tipo biológico: hemicriptófito.
FamíliaZygophyllaceae
Distribuição: nativa da Europa de Leste (Rússia, Ucrânia, Bulgária e Roménia) e da Ásia Central e Médio Oriente. Introduzida e naturalizada no Sul do Europa e no Oeste dos Estados Unidos, onde é tida na conta de erva daninha com potencial invasor.
Em Portugal não eram, até agora, conhecidos registos da sua presença, mas estando já bem estabelecida na vizinha Espanha, a sua chegada, mais dia menos dia,  a território português não será caso para causar grande admiração. 
Ecologia/habitat: áreas secas, salgadiças e outras onde não conte com grande concorrência, bem como  terrenos baldios, abandonados e sítios perturbados.
Floração (no Hemisfério Norte): de Março a Outubro.
Nota: os botões florais são, alegadamente, comestíveis, afirmando-se que podem ser usados em substituição das alcaparras.
(Avistamento: Almada; 15 - Agosto - 2025)

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Plantas ornamentais: Ipomoea purpurea

 



Ipomoea purpurea (L.) Roth *
Planta anual, trepadeira, com caules herbáceos, pilosos, volúveis, podendo atingir até 6 m de altura ou comprimento; folhas pecioladas, cordiformes ou trilobadas; flores pentâmeras, pediceladas, com corola infundibiliforme com lóbulos sinuados, de cores variadas (designadamente, azul, branca, rosa ou roxa); fruto em forma de cápsula esférica, trilocular, com 6 sementes papilosas, negras.
Tipo biológico: terófito;
Família: Convolvulaceae;
Distribuição: planta nativa do México e da América Central, entretanto introduzida para fins ornamentais em regiões de todos os continentes, podendo considerar-se, actualmente, como planta cosmopolita.
Em Portugal ocorre, como planta cultivada e como subespontânea, quer no arquipélago da Madeira, quer no território do Continente, não sendo, contudo, aparentemente, muito frequente.
Ecologia/habitat: como subespontânea, em Portugal surge em sebes e em linhas de água na proximidade de jardins, hortas, e outros locais com intervenção humana, a altitudes até 1000m.
Floração: ao longo de boa parte do ano, mas com maior intensidade, de Março a Novembro.
* Sinonímia: Convolvulus purpureus L. (Basónimo)
Nomes comuns: partilha com outras plantas do género Ipomoea, as designações comuns de "Glória-da-manhã", "Bons-dias" e "Bos-noites".
(Avistamento: Troviscal - Sertâ; 14 - Outubro - 2023)

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Lotus ornithopodioides

 




Lotus ornithopodioides L.

Erva anual, em geral, densamente pilosa, com caules erectos ou ascendentes, raramente, decumbentes, podendo atingir até 50 cm; folhas com 5 folíolos, com pilosidade dispersa, com pêlos curtos; inflorescências axilares, pedunculadas, com 2 a 5 flores protegidas por uma bráctea trifoliolada; pedúnculo direito, ou ligeiramente encurvado, erecto-patente, até 2 vezes mais comprido que a folha axilante; flores com cálice claramente bilabiado e corola amarela, maior que o cálice; fruto (com 20 a 40 x 3 mm) pendente, muito comprimido, encurvado, com 7 a 20 sementes.
Tipo biológico: terófito:
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Região Mediterrânica. Introduzida na Macaronésia (arquipélagos de Cabo Verde e da Madeira).
Em Portugal Continental, até recentemente, só havia conhecimento da sua ocorrência numa "área restrista do Sotavento Algarvio" (fonte).
Ecologia/habitat: pastos anuais, campos cultivados, incultos e baldios, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos, em solos básicos ou, raramente, ácidos, a altitudes até 300 m.
Floração: de Março a Maio.
Nota: figura na categoria de "Quase ameçada" na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental.
(Avistamento: Almada); 21 - Maio - 2025)

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Galium murale




Galium murale (L.) All.

Erva anual, verde, multicaule, de pequenas dimensões (1,4 a 25 cm) com caules prostrados ou ascendentes, com frequência muito ramificados, com a maioria dos nós com flores, espécie que facilmente se distingue das suas congéneres por apresentar frutos virados para baixo e com pedicelos relativamente grossos, espécie que, pelas suas reduzidas dimensões e, frequentemente pela fragilidade e debilidade do hábito, pode com facilidade passar despercebida.
Tipo biológico: terófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânea; Sudoeste da Europa; Sudoeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida na América do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre não só ao longo de todo o território do Continente (ainda que de forma descontínua) mas também nos arqupélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: pastos anuais; bermas de estradas e caminhos; por entre as pedras das calçadas;  em clareiras de matos e bosques, em muros e rochedos, a altitudes até 1700 m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Junho.
(Avistamento: Parque a Paz- Almada; 18 - Março - 2025)

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Phanera yunnanensis

 

Phanera yunnanensis (Franch.) Wunderlin *
Planta trepadeira, lenhosa, inerme, glabra, com folhas alternas, pecioladas (pecíolo com até 3 cm) bifolioladas; flores com cálice bi-segmentado e corola com 5 pétalas subiguais de cor branca a rosada; fruto (vagem) linear, comprimido, alongado, glabro, deiscente.
Tipo biológico: Fanerófito; 
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: planta nativa do Sudeste da Ásia (China e Indochina), introduzida, designadamente,  nos EUA (Flórida) e Austrália.
* Sinonímia: Bauhinia yunnanensis Franch.
(As imagens publicadas foram obtidas a partir de um exemplar existente no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, em 20 - Agosto - 2025) 

sábado, 27 de setembro de 2025

Plantas ornamentais: Solanum bonariense

 
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Solanum bonariense L. *
Arbusto inerme ou espinhoso, erecto, muito ramificado, podendo atingir até cerca de 2,5 m de altura. Apresenta folhas pecioladas, lanceoladas, com margens sinuado-lobadas; flores pediceladas, hermafroditas, actinomorfas, ebracteadas, com cálice campanulado e corola rotácea, com 5 lóbulos, de cor azulada ou branca; fruto (baga) globoso, com cerca de 1 cm de diâmetro, esverdeado, de início, mas amarelado ou alaranjado depois de maduro.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Solanaceae;
Distribuição: planta nativa da América do Sul (Sul e Sudeste do Brasil, Uruguai e Nordeste da Argentina). Introduzida para fins ornamentais e naturalizada no Norte de África (Argélia e Tunísia) e no Sul da Europa (Espanha, Itália e França e também em Portugal, onde já aparece como planta assilvestrada, mormente em terrenos perturbados).
*Sinonímia: Solanum fastigiatum Willd.
(Avistamento: Costa da Caparica; 24 - Agosto 2022 (fotos 1 a 5); 4 - Setembro 2025 (fotos 6 a 8)]

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Barrilha-branca (Caroxylon vermiculatum)






Barrilha-branca (Caroxylon vermiculatum (L.) Akhani & Roalson * )

Pequeno arbusto muito ramificado, com hábito (= formato) bastante irregular, com até 100 cm de altura; folhas carnosas, alternas, lineares, semicilíndricas, diminutas (com até 12 mm); flores hermafroditas, em geral, solitárias, dispostas em espigas agrupando-se estas em inflorescências em panícula; fruto seco (aquénio) rodeado por 5 peças do perianto (entretanto aumentado durante a frutificação), cada uma delas com uma asa dorsal escariosa, rosada ou arroxeada.
Tipo biológico: caméfito:
Família: Amaranthaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. Introduzida, pelo menos, na Califórnia e no Paquistão.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente (Algarve; Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo).
Ecologia/ habitat: terrenos de sapal, margens de estuários e arribas litorais.
Floração; de Maio a Novembro.
* Sinónimos: Nitrosalsola vermiculata Theodorova; Salsola vermiculata L. (Basónimo).
[Avistamento: Estuário do Tejo (Ponta dos Corvos - Baía do Seixal); 22 - Setembro - 2025]

sábado, 20 de setembro de 2025

Ambrósia (Ambrosia artemisiifolia)






Ambrósia (Ambrosia artemisiifolia L.)
Erva anual, pilosa, com até cerca de 80 cm de altura, com caule erecto, ramificado; folhas profundamente divididas; com flores masculinas e femininas, no mesmo indivíduo (planta monoica): aquelas dispostas em pequenos capítulos agrupados em inflorescências especiformes surgindo na ponta dos ramos, aparecendo as femininas isoladas nas axilas das folhas; frutos (aquénios) com uma única semente.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta nativa do continente americano, introduzida e actualmente naturalizada em muitas outras partes do globo, desde a Europa até ao Sul de África e, passando pelaÁsia, até à Austrália, tornando-se, em termos de distrbuição, uma planta cosmopolita, com características de planta invasora e como tal classificada.
Em Portugal ocorre como planta introduzida, ao que parece, ainda com dispersão limitada (no portal da SPBotânica ainda apenas constam 6 registos de ocorrências), mas há estudos realizados que consideram que "a planta encontra condições propícias à sua dispersão numa parte relativamente grande do nosso pais" (fonte).
Ecologia/habitat: considerada como planta pioneira e ruderal, surge, quer em terrenos cultivados, quer em terrenos baldios, bermas de estradas e caminhos, quer noutros locais mais ou menos perturbados.
Floração (no Hemisfério Norte): de Julho a Outubro.
Nota: a planta produz pólen abundante considerado alergénico, podendo causar alergias com gravidade. 
(Avistamento: Vila de Rei; 5 de Setembro - 2025)

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Plantas ornamentais: Estrela-do-Egipto (Pentas lanceolata)

 





Estrela-do-Egipto [Pentas lanceolata (Forssk.) Deflers *]
Sub-arbusto com 30 a 60 cm de altura, com caule erecto; folhas opostas, lanceoladas; flores pentâmeras, de cores variadas (não limitadas às que as imagens supra apresentam) agrupadas em inflorescências terminais, densas.
Tipo biológico: nanofanerófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: planta nativa de África (Djibuti, Comores, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Etiópia, Eritreia, Quénia, Uganda, Malawi, Ruanda, Tanzânia e Moçambique) e da Ásia (Iémen, Arábia Saudita e Bangladesh) encontra-se actualmente dispersa por grande parte do globo terrestre, ou como planta naturalizada ou, pelo menos, como planta cultivada para fins ornamentais.
Em Portugal não ocorre a não ser como planta cultivada.
* Sinónimo: Ophiorrhiza lanceolata Forssk. (Basónimo)
(Avistamento: Almada; 17 - Setembro - 2025)