quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Plantas ornamentais: Ipomoea purpurea

 



Ipomoea purpurea (L.) Roth *
Planta anual, trepadeira, com caules herbáceos, pilosos, volúveis, podendo atingir até 6 m de altura ou comprimento; folhas pecioladas, cordiformes ou trilobadas; flores pentâmeras, pediceladas, com corola infundibiliforme com lóbulos sinuados, de cores variadas (designadamente, azul, branca, rosa ou roxa); fruto em forma de cápsula esférica, trilocular, com 6 sementes papilosas, negras.
Tipo biológico: terófito;
Família: Convolvulaceae;
Distribuição: planta nativa do México e da América Central, entretanto introduzida para fins ornamentais em regiões de todos os continentes, podendo considerar-se, actualmente, como planta cosmopolita.
Em Portugal ocorre, como planta cultivada e como subespontânea, quer no arquipélago da Madeira, quer no território do Continente, não sendo, contudo, aparentemente, muito frequente.
Ecologia/habitat: como subespontânea, em Portugal surge em sebes e em linhas de água na proximidade de jardins, hortas, e outros locais com intervenção humana, a altitudes até 1000m.
Floração: ao longo de boa parte do ano, mas com maior intensidade, de Março a Novembro.
* Sinonímia: Convolvulus purpureus L. (Basónimo)
Nomes comuns: partilha com outras plantas do género Ipomoea, as designações comuns de "Glória-da-manhã", "Bons-dias" e "Bos-noites".
(Avistamento: Troviscal - Sertâ; 14 - Outubro - 2023)

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Lotus ornithopodioides

 




Lotus ornithopodioides L.

Erva anual, em geral, densamente pilosa, com caules erectos ou ascendentes, raramente, decumbentes, podendo atingir até 50 cm; folhas com 5 folíolos, com pilosidade dispersa, com pêlos curtos; inflorescências axilares, pedunculadas, com 2 a 5 flores protegidas por uma bráctea trifoliolada; pedúnculo direito, ou ligeiramente encurvado, erecto-patente, até 2 vezes mais comprido que a folha axilante; flores com cálice claramente bilabiado e corola amarela, maior que o cálice; fruto (com 20 a 40 x 3 mm) pendente, muito comprimido, encurvado, com 7 a 20 sementes.
Tipo biológico: terófito:
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: Região Mediterrânica. Introduzida na Macaronésia (arquipélagos de Cabo Verde e da Madeira).
Em Portugal Continental, até recentemente, só havia conhecimento da sua ocorrência numa "área restrista do Sotavento Algarvio" (fonte).
Ecologia/habitat: pastos anuais, campos cultivados, incultos e baldios, clareiras de matos, bermas de estradas e caminhos, em solos básicos ou, raramente, ácidos, a altitudes até 300 m.
Floração: de Março a Maio.
Nota: figura na categoria de "Quase ameçada" na Lista Vermelha da Flora Vascular de Portugal Continental.
(Avistamento: Almada); 21 - Maio - 2025)

quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Galium murale




Galium murale (L.) All.

Erva anual, verde, multicaule, de pequenas dimensões (1,4 a 25 cm) com caules prostrados ou ascendentes, com frequência muito ramificados, com a maioria dos nós com flores, espécie que facilmente se distingue das suas congéneres por apresentar frutos virados para baixo e com pedicelos relativamente grossos, espécie que, pelas suas reduzidas dimensões e, frequentemente pela fragilidade e debilidade do hábito, pode com facilidade passar despercebida.
Tipo biológico: terófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: Região Mediterrânea; Sudoeste da Europa; Sudoeste da Ásia e Macaronésia. Introduzida na América do Norte e Austrália.
Em Portugal ocorre não só ao longo de todo o território do Continente (ainda que de forma descontínua) mas também nos arqupélagos dos Açores e da Madeira.
Ecologia/habitat: pastos anuais; bermas de estradas e caminhos; por entre as pedras das calçadas;  em clareiras de matos e bosques, em muros e rochedos, a altitudes até 1700 m. Indiferente à composição do solo.
Floração: de Fevereiro a Junho.
(Avistamento: Parque a Paz- Almada; 18 - Março - 2025)

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Phanera yunnanensis

 

Phanera yunnanensis (Franch.) Wunderlin *
Planta trepadeira, lenhosa, inerme, glabra, com folhas alternas, pecioladas (pecíolo com até 3 cm) bifolioladas; flores com cálice bi-segmentado e corola com 5 pétalas subiguais de cor branca a rosada; fruto (vagem) linear, comprimido, alongado, glabro, deiscente.
Tipo biológico: Fanerófito; 
Família: Fabaceae (Leguminosae)
Distribuição: planta nativa do Sudeste da Ásia (China e Indochina), introduzida, designadamente,  nos EUA (Flórida) e Austrália.
* Sinonímia: Bauhinia yunnanensis Franch.
(As imagens publicadas foram obtidas a partir de um exemplar existente no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, em 20 - Agosto - 2025) 

sábado, 27 de setembro de 2025

Plantas ornamentais: Solanum bonariense

 
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Solanum bonariense L. *
Arbusto inerme ou espinhoso, erecto, muito ramificado, podendo atingir até cerca de 2,5 m de altura. Apresenta folhas pecioladas, lanceoladas, com margens sinuado-lobadas; flores pediceladas, hermafroditas, actinomorfas, ebracteadas, com cálice campanulado e corola rotácea, com 5 lóbulos, de cor azulada ou branca; fruto (baga) globoso, com cerca de 1 cm de diâmetro, esverdeado, de início, mas amarelado ou alaranjado depois de maduro.
Tipo biológico: fanerófito;
Família: Solanaceae;
Distribuição: planta nativa da América do Sul (Sul e Sudeste do Brasil, Uruguai e Nordeste da Argentina). Introduzida para fins ornamentais e naturalizada no Norte de África (Argélia e Tunísia) e no Sul da Europa (Espanha, Itália e França e também em Portugal, onde já aparece como planta assilvestrada, mormente em terrenos perturbados).
*Sinonímia: Solanum fastigiatum Willd.
(Avistamento: Costa da Caparica; 24 - Agosto 2022 (fotos 1 a 5); 4 - Setembro 2025 (fotos 6 a 8)]

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Barrilha-branca (Caroxylon vermiculatum)






Barrilha-branca (Caroxylon vermiculatum (L.) Akhani & Roalson * )

Pequeno arbusto muito ramificado, com hábito (= formato) bastante irregular, com até 100 cm de altura; folhas carnosas, alternas, lineares, semicilíndricas, diminutas (com até 12 mm); flores hermafroditas, em geral, solitárias, dispostas em espigas agrupando-se estas em inflorescências em panícula; fruto seco (aquénio) rodeado por 5 peças do perianto (entretanto aumentado durante a frutificação), cada uma delas com uma asa dorsal escariosa, rosada ou arroxeada.
Tipo biológico: caméfito:
Família: Amaranthaceae;
Distribuição: Região Mediterrânica. Introduzida, pelo menos, na Califórnia e no Paquistão.
Em Portugal ocorre apenas no território do Continente (Algarve; Baixo Alentejo, Estremadura e Ribatejo).
Ecologia/ habitat: terrenos de sapal, margens de estuários e arribas litorais.
Floração; de Maio a Novembro.
* Sinónimos: Nitrosalsola vermiculata Theodorova; Salsola vermiculata L. (Basónimo).
[Avistamento: Estuário do Tejo (Ponta dos Corvos - Baía do Seixal); 22 - Setembro - 2025]

sábado, 20 de setembro de 2025

Ambrósia (Ambrosia artemisiifolia)






Ambrósia (Ambrosia artemisiifolia L.)
Erva anual, pilosa, com até cerca de 80 cm de altura, com caule erecto, ramificado; folhas profundamente divididas; com flores masculinas e femininas, no mesmo indivíduo (planta monoica): aquelas dispostas em pequenos capítulos agrupados em inflorescências especiformes surgindo na ponta dos ramos, aparecendo as femininas isoladas nas axilas das folhas; frutos (aquénios) com uma única semente.
Tipo biológico: terófito;
Família: Asteraceae (Compositae)
Distribuição: planta nativa do continente americano, introduzida e actualmente naturalizada em muitas outras partes do globo, desde a Europa até ao Sul de África e, passando pelaÁsia, até à Austrália, tornando-se, em termos de distrbuição, uma planta cosmopolita, com características de planta invasora e como tal classificada.
Em Portugal ocorre como planta introduzida, ao que parece, ainda com dispersão limitada (no portal da SPBotânica ainda apenas constam 6 registos de ocorrências), mas há estudos realizados que consideram que "a planta encontra condições propícias à sua dispersão numa parte relativamente grande do nosso pais" (fonte).
Ecologia/habitat: considerada como planta pioneira e ruderal, surge, quer em terrenos cultivados, quer em terrenos baldios, bermas de estradas e caminhos, quer noutros locais mais ou menos perturbados.
Floração (no Hemisfério Norte): de Julho a Outubro.
Nota: a planta produz pólen abundante considerado alergénico, podendo causar alergias com gravidade. 
(Avistamento: Vila de Rei; 5 de Setembro - 2025)

quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Plantas ornamentais: Estrela-do-Egipto (Pentas lanceolata)

 





Estrela-do-Egipto [Pentas lanceolata (Forssk.) Deflers *]
Sub-arbusto com 30 a 60 cm de altura, com caule erecto; folhas opostas, lanceoladas; flores pentâmeras, de cores variadas (não limitadas às que as imagens supra apresentam) agrupadas em inflorescências terminais, densas.
Tipo biológico: nanofanerófito;
Família: Rubiaceae;
Distribuição: planta nativa de África (Djibuti, Comores, Sudão, Sudão do Sul, República Democrática do Congo, Etiópia, Eritreia, Quénia, Uganda, Malawi, Ruanda, Tanzânia e Moçambique) e da Ásia (Iémen, Arábia Saudita e Bangladesh) encontra-se actualmente dispersa por grande parte do globo terrestre, ou como planta naturalizada ou, pelo menos, como planta cultivada para fins ornamentais.
Em Portugal não ocorre a não ser como planta cultivada.
* Sinónimo: Ophiorrhiza lanceolata Forssk. (Basónimo)
(Avistamento: Almada; 17 - Setembro - 2025)

sábado, 30 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Malvavisco (Malvaviscus arboreus)


Malvavisco ou Hibisco-colibri (Malvaviscus arboreus Cav.)
Arbusto algo lenhoso e muito ramificado, podendo atingir até cerca de 4 metros de altura, apresenta floração durante boa parte do ano, característica que o torna interessante do ponto de vista ornamental.
Planta originária das Américas (Central e do Su), entretanto introduzida em dezenas de outros países para fins ornamentais, pelo que tem actualmente uma larga distribuição a nível global.
Tipo biológico: Fanerófito.
Família: Malvaceae.
Nota: A planta das imagens faz parte da coleção no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, onde foi fotografada em 20 - Agosto - 2025

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Palma-branca ou Palmeira-azul-mexicana (Brahea armata)

 


Palma-branca ou Palmeira-azul-mexicana* (Brahea armata S.Watson)

Palmeira originária do México (Noroeste) e da Baixa Califórnia (Estados Unidos da América), entretanto introduzida noutras partes do globo para fins ornamentais.
Pode atingir até 15 metros de altura e 3 metros de diâmetro. Possui folhagem persistente de cor verde-azulada.
Tipo biológico: fanerófito (Árvore)
Família: Arecaceae:
A floração (em Portugal) ocorre por volta do mês de Maio.
*Designações comuns usadas, respectivamente, em Portugal e no Brasil.
(Nota: na imagem temos um exemplar existente no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, onde foi fotografado em 20 - Agosto - 2025. Em Portugal existe, pelo menos, um outro exemplar desta palmeira no Parque Botânico da Tapada da Ajuda do Instituto Superior de Agronomia.)

domingo, 24 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Palmeira-de-Guadalupe (Brahea edulis)

Palmeira-de-guadalupe ( Brahea edulis H.Wendl. ex S.Watson *) 

Palmeira nativa do México e da Ilha de Guadalupe (Caraíbas), entretanto introduzida noutras latitudes como planta ornamental.
Planta de folha persistente, pode atingir até 9 m de altura e cerca de 3 m de diâmetro. 
Floresce durante a Primavera e o Verão.
Tipo biológico: Fanerófito
Família: Arecaceae.
* Sinonímia Erythea edulis (H.Wendl. ex S.Watson) S.Watson-
Nota: A planta que figura na imagem encontra-se no Jardim Botânico Tropical, em Lisboa, fazendo parte da sua colecção. Uma placa existente no local informa que se trata de um exemplar plantado em 13 de Junho de 1913 (já lá vão uns anos!) pelo primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga.
(Foto datada de 20 - Agosto - 2025)

sábado, 23 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Bismarckia nobilis

Bismarckia nobilis Hildebr. & H.Wendl.
Palmeira endémica de Madagascar é actualmente cultivada como planta ornamental em regiões tropicais e subtropicais do globo. No Brasil, onde é cultivada é designada vulgarmente por "Palmeira-azul".
É planta dióica, havendo, pois, indivíduos masculinos e femininos.
Tipo biológico: fanerófito:
Família: Arecaceae.
[Avistamento: a planta da imagem supra foi fotografada em 20 do corrente mês de Agosto, no Jardim Botânico Tropical, (situado na proximidade do Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa), onde ocorrrem, atendendo aos fins e natureza de instituição científica, plantas de proveniência diversa que, todavia, não são cultivadas em Portugal, como julgo ser o caso da Bismarckia nobilis.]

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Plantas ornamentais: Spireia-do-Japão (Spiraea japonica)




Spireia-do-Japão (Spiraea japonica L. f.)

Pequeno arbusto de folha caduca, com até  cerca de 1,5 m de altura e com aproxidamente a mesma  largura. Flores de cor rósea ou púrpurea agrupadas em cacho no ápice dos ramos.
Tipo biológico: nanofanerófito;
Família: Rosaceae;
Distribuição: espécie originária da Ásia (Japão, China e Coreia). Introduzida para fins ornamentais noutras partes do globo, incluindo os Estados Unidos da América do Norte e Canadá, onde entretanto se naturalizou.
Em Portugal é também usada como planta ornamental, mas não ocorre a não ser como planta cultivada.
Floração (em Portugal): de Junho a Agosto.
(Avistamento: Casa da Cerca - Almada; 9 - Agosto - 2025)